sexta-feira, agosto 10, 2018

Estromatólitos: evidências da hidrologia pré-diluviana (parte 2)

Recentemente, a equipe de pesquisa do ICR apresentou uma interpretação da geografia pré-diluviana baseada em estudos de sedimentos do Dilúvio e suas relativas camadas estratigráficas. Montamos o mapa usando dados de mais de 1.500 colunas estratigráficas de três continentes.[10] Escolhemos uma configuração semelhante à do supercontinente Pangeia, pois se encaixa melhor nos dados empíricos. Usando esse mapa, a equipe plotou a localização de muitos dos locais conhecidos com fósseis de estromatólitos ao redor do mundo (figura ao lado). Nosso estudo estratigráfico cobre apenas áreas da América do Norte, América do Sul e África, até o momento, mas esperamos que as localizações dos estromatólitos sejam semelhantes no restante do globo. Uma análise do mapa mostra que os estromatólitos não parecem seguir nenhum padrão ambiental específico. Suas localizações são encontradas em regiões pré-diluvianas que são interpretadas como mares rasos, terras baixas e terras altas. 

Antes da recente descoberta de estromatólitos em terra, essa interpretação teria se mostrado incoerente. Mas agora, com registros de estromatólitos encontrados vivendo em água doce, água salgada e também em terra, não é nenhuma surpresa pensar que os estromatólitos antes do dilúvio existiam em todos os tipos de ambientes. 

Deus nos revela em Gênesis 2:6 que antes da grande inundação “brotava água da terra e irrigava toda a superfície do solo” (Nova Versão Internacional). Se nossa interpretação baseada nos dados estiver correta, a presença de estromatólitos fósseis confirma a hidrologia pré-diluviana, como descrita no livro de Gênesis. O planeta devia ter grande abundância de nascentes, para permitir o florescimento de estromatólitos em todos os continentes e em todos os ambientes. As nascentes regavam tanto as terras baixas quanto as terras altas, provendo águas ricas em minerais nas quais os estromatólitos prosperavam. 

Deus também criou o ambiente perfeito para o crescimento das bioconstruções, nos mares rasos pré-diluvianos. Estes eram provavelmente alimentados pelas fontes de água que proveram condições hipersalinas semelhantes às encontradas atualmente em Shark Bay, na Austrália. 

A história dos estromatólitos se encaixa melhor em uma criação recente e um posterior dilúvio, como descrito na Bíblia. A maioria dos cientistas criacionistas concorda que Deus fez os estromatólitos como parte da criação original, provavelmente no terceiro dia da semana da criação, quando Ele fez as plantas. Os estromatólitos aparentemente se proliferaram em ambientes pré-diluvianos e cresceram extensivamente durante os cerca de 1.650 anos que separaram a criação e o dilúvio. Além disso, os criacionistas propõem que a natureza catastrófica do dilúvio redesenhou a superfície da Terra, e destruiu os ambientes pré-diluvianos onde os estromatólitos anteriormente se proliferavam.[11]

Atualmente, são apenas ambientes específicos que permitem o desenvolvimento e crescimento das esteiras microbianas, seja em terra ou no oceano. O dilúvio também destruiu a maior parte do registro estratigráfico anterior a ele, que continha a maioria dos estromatólitos. Apenas algumas exposições de rochas dessa época são encontradas ao redor do mundo, nas rochas do Arqueano e Proterozóico. É claro que muitas provavelmente permanecem cobertas pelos sedimentos pós-diluvianos, e outras foram, sem dúvida, destruídas pelas altas pressões e temperaturas associadas ao movimento rápido das placas e aos eventos de vulcanismo que ocorreram durante o evento da grande inundação. Mas, mesmo assim, há restos suficientes preservados para indicar sua abundância. 

Essas descobertas recentes ajudam a demonstrar a exatidão e a confiabilidade da Palavra de Deus. Algumas pessoas argumentam que existem erros na Bíblia e que sua representação sobre a história da Terra não deve ser levada a sério, por não se tratar de um livro científico. Mesmo assim, vez após vez a ciência verdadeira vem demonstrando a verdade contida no relato bíblico. Quando a Bíblia trata sobre cência, sempre se mostra correta, até o mínimo detalhe. 

(Texto original: Tim Clarey, PhD. Tradução e adaptação: Hérlon Costa e Thiago Soldani)

Referências:
1) Neuendorf, K. K. E., J. P. Mehl, Jr., and J. A. Jackson, eds. 2005. Glossary of Geology, 5th ed. Alexandria, VA: American Geological Institute, 636. 
2) Proemse, B. C. et al. 2017. Stromatolites on the rise in peat-bound karstic wetlands. Scientific Reports. 7: 15384. 
3) Wicander, R., and J. S. Monroe. 2016. Historical Geology: Evolution of Earth and Life Through Time, 8th ed. Boston, MA: Cengage Learning. 
4) Lowe, D. R. 1994. Abiological origin of described stromatolites older than 3.2 Ga. Geology. 22 (5): 387-390. 
5) Hladil, J. 2005. The formation of stromatactis-type fenestral structures during the sedimentation of experimental slurries—a possible clue to a 120-year-old puzzle about stromatactis. Bulletin of Geosciences. 80 (3): 193-211. 
6) Mueller, P. A., and A. P. Nutman. 2017. The Archean-Hadean Earth: Modern paradigms and ancient processes. In The Web of Geological Sciences: Advances, Impacts, and Interactions II. M. E. Bickford, ed. Boulder, CO: Geological Society of America Special Paper 523, 75-237. 
7) Tomkins, J. P. and T. Clarey. Cellular Evolution Debunked by Evolutionists. Creation Science Update. Posted on ICR.org September 29, 2016, accessed March 10, 2018. 
8) Awramik, S. M. and K. Grey. 2005. Stromatolites: biogenecity, biosignatures, and bioconfusion. Proceedings of the SPIE. 5906: 1-9. 
9) Frazer, J. Stromatolites Defy Odds by A) Living B) on Land. Scientific American. Posted on blogs.scientificamerican.com December 21, 2017, accessed January 4, 2018. 
10) Clarey, T. 2018. Assembling the Pre-Flood World. Acts & Facts. 47 (4): 11-13. 
11) Purdom, G. and A. A. Snelling. 2013. Survey of Microbial Composition and Mechanisms of Living Stromatolites of the Bahamas and Australia: Developing Criteria to Determine the Biogenicity of Fossil Stromatolites. In Proceedings of the Seventh International Conference on Creationism. M. Horstemeyer, ed. Pittsburgh, PA: Creation Science Fellowship. *Dr. Timothy Clarey é pesquisador associado ao Institute for Creation Research e obteve seu Ph.D em Geologia pela Western Michigan University. Para citar este artigo: Tim Clarey, Ph.D. 2018. Stromatolites: Evidence of Pre-Flood Hydrology. Acts & Facts. 47 (5).