quinta-feira, julho 25, 2019

Fósseis de aves descobertos no Brasil deixam Paleontólogos intrigados


Uma matéria publicada nos principais jornais brasileiros no dia 16 de maio certamente deixou muitos paleontólogos de “queixo caído”. Um grupo de pesquisadores composto por brasileiros, americanos e argentinos encontrou novos fósseis de aves, crocodilo e peixes em um sítio paleontológico brasileiro. Esses últimos achados ocorreram no Parque dos Girassóis, zona sul de Presidente Prudente, oeste de São Paulo, nas proximidades de um condomínio residencial. O local vem sendo escavado e pesquisado pelo paleontólogo brasileiro William Nava, há 14 anos, por isso, em sua homenagem, o sítio recebeu o nome de “William’s Quarry” (Pedreira do William).

O pesquisador Luis Chiappe, do Museu de História Natural de Los Angeles, afirma intrigado que “são raríssimos mundialmente os vestígios de aves tão pequenas, semelhantes às atuais, mas que viveram em período tão remoto”. De acordo William Nava, pelo menos três espécies de aves descobertas podem ser inéditas na paleontologia mundial.

Para nossa sorte, um dos animais que acabaram sendo depositados e fossilizados nesse sedimento fininho foram as aves, misturados com dentes de dinossauros, crocodilos, escama de peixe”, afirmou Nava. “Entre mais ou menos dois mil ossinhos coletados aqui de aves, temos, por baixo, três ou quatro novas espécies em nível mundial. Espécies de aves primitivas, que foram extintas junto com os dinossauros. Então, três ou quatro espécies novas. Essas espécies ainda não têm um nome científico, mas vão ter, porque são raridades. Depois serão produzidos com esses fósseis alguns artigos científicos, que serão disponibilizados para toda comunidade científica da América do Sul, do Norte, Europa, Ásia, África, principalmente com o material da China, que vai ser comparado com o de Prudente.

Segundo os pesquisadores, um dos mais importantes registros relacionam-se a algumas pré-maxilas dessas aves que apresentam dentes, indicando que poderiam ser carnívoras, e outras que aparentam não ter dentes, o que os deixou muito intrigados. (Nesse ponto, é relevante entender que “suposições” sobre os hábitos alimentares de seres vivos extintos não é tarefa fácil, uma vez que dentes fortes e pontiagudos, ao contrário do que se pensa, nem sempre são sinônimo de alimentação carnívora. Exemplo disso é a dentição do urso panda, forte e pontiaguda, como a de carnívoros, necessária para triturar o bambu, sua principal fonte de nutrição.)

De acordo com o pesquisador brasileiro, essa é a primeira descoberta desse tipo na América do Sul, contendo possivelmente espécies inéditas de aves. “Quando os fosseis foram contrastados com fósseis desse mesmo grupo de aves extintas, encontradas na Argentina e em outros países, as aves brasileiras apresentaram diferenças no úmero e em outros ossos, evidenciando serem espécies novas para o antigo continente Gondwana, porção de terras que, durante o Cretáceo Superior, reunia partes da Antártida, América do Sul, África, Índia e Austrália”, disse Nava.

Outra informação interessante é que os fósseis de aves estavam incrustados em uma rocha fina, que se alternava lateralmente com outra mais grossa, nas quais estavam dentes de dinossauro e de crocodilo. “As avezinhas estão preservadas porque ficaram depositadas numa lama fininha, há milhões de anos [sic], sendo cobertas por outras camadas de lama fina”, afirma o paleontólogo brasileiro.

No sítio brasileiro também foram encontrados dentes de crocodilos, dinossauros e escamas de peixes, possivelmente do mesmo período, além de outros fósseis ainda não identificados. Quando houver uma confirmação de que os fósseis das aves retratam espécies novas primitivas, elas serão descritas e devem ganhar um nome científico. Posteriormente, o grupo deve publicar no meio científico as descrições desses fósseis para publicações especializadas.

Integram também a equipe o paleontólogo Agustin Martinelli, o técnico especialista Guilhermo Aguirrezaba e o estudante de doutorado Sebastian Rozadilla, do Museu Argentino de Ciências Naturais de Buenos Aires, e ainda Jonatan Kaluza, da área de Paleontologia da Fundação Félix de Azara, de Buenos Aires.

(Liziane Nunes Conrad Costa é formada em Ciências Biológicas com ênfase em Biotecnologia [UNIPAR], especialista em Morfofisiologia Animal [UFLA] e mestranda em Biociências e Saúde [UNIOESTE]. É diretora-presidente do Núcleo Cascavelense da SCB [Nuvel-SCB])

Nota: Essa descoberta é intrigante porque, segundo a teoria da evolução, os dinossauros viveram numa era em que as aves e as criaturas terrestres, que não eram répteis, ou se encontravam numa forma “primitiva”, ou nem existiam ainda. Portanto, fósseis de dinossauros só deveriam ser encontrados com outros fósseis de dinossauros. Entretanto, novamente percebemos que as hipóteses evolucionistas não empatam com a realidade, uma vez que foram encontrados fósseis de dinossauros juntamente com aves, crocodilos e peixes, os quais, segundo os próprios pesquisadores, datam de um mesmo período. Além disso, diferentemente do que afirmam os evolucionistas, essas aves de tempos tão remotos são muito semelhantes às aves de hoje, fazendo cair por terra, novamente, os postulados sobre a linha do tempo evolutiva das espécies.

Essa descoberta, além de trazer entusiasmo por ter ocorrido em território nacional, revela mais evidências de que os dinossauros viveram “lado a lado” com outros animais, como as referidas aves encontradas. Isso reforça o que os criacionistas há muito já sabem: que as camadas rochosas onde se encontram os dinossauros têm todo o tipo de criaturas, dos mais diversos habitats. Nesse sentido, embora os evolucionistas não tenham argumentos para explicar as repetidas contradições entre suas hipóteses e a realidade encontrada por meio das descobertas científicas, o criacionismo, em contrapartida, se fortalece ao serem reforçadas suas pressuposições.

Fontes: Terra e Globo

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