quarta-feira, agosto 14, 2019

Professor de Yale abandona o darwinismo e diz por quê


Para o professor da Universidade de Yale, David Gelernter, a teoria da evolução de Charles Darwin é “uma bela ideia que foi efetivamente refutada”. A declaração foi feita por ele durante sua renúncia pública do darwinismo. Gelernter, que é conhecido por prever a World Wide Web e desenvolver muitas ferramentas complexas de computação ao longo dos anos, é hoje professor de ciência da computação em Yale, cientista-chefe da Mirror Worlds Technologies, membro do Conselho Nacional de Artes e autor prolífico. Em uma coluna para o Claremont Review of Books, Gelernter explicou como suas leituras e discussões sobre a evolução darwiniana e suas teorias concorrentes, como o design inteligente, o convenceram de que Darwin estava errado. Ele cita, por exemplo, o livro de Stephen Meyer, Darwin’s Doubt, de 2013, e The Deniable Darwin, de David Berlinski, para basear suas novas crenças a respeito da vida na Terra.

Há algumas semanas, ele voltou a falar sobre esse assunto em uma entrevista com a Hoover Institution da Universidade de Stanford, na qual ele diz não abraçar totalmente o design inteligente. “Meu argumento é com pessoas que rejeitam o design inteligente sem considerar, parece-me – é amplamente descartado no meu mundo acadêmico como um tipo de trabalho teológico – é um argumento científico absolutamente sério”, disse Gelernter.

Segundo o The College Fix, o professor afirmou que declarações como a sua o colocariam na mira de outros cientistas, mas que com ele não foi assim. “Eu não fui destruído, não sou biólogo, e não pretendo ser uma autoridade sobre esse assunto. [...] Estou atacando a religião deles e não os culpo por estarem todos de cabeça erguida, é um grande problema para eles. Não há razão para duvidar de que Darwin tenha explicado com sucesso os pequenos ajustes pelos quais um organismo se adapta às circunstâncias locais: mudanças na densidade da pele ou no estilo da asa ou na forma do bico”, escreveu o professor. “No entanto, há muitas razões para duvidar se ele pode responder às perguntas difíceis e explicar o quadro geral – não o ajuste fino das espécies existentes, mas o surgimento de novas espécies. A origem das espécies é exatamente o que Darwin não consegue explicar”, completa.

Para ele, a ideia de que o acaso e as mutações são a força motriz por trás da vasta complexidade da vida – mesmo com bilhões de anos – não é apenas cientificamente improvável, é uma impossibilidade, argumenta o acadêmico em seu artigo. “Darwin teria facilmente entendido que pequenas mutações são comuns, mas não podem criar mudanças evolutivas significativas; mutações importantes são raras e fatais”, escreveu Gelernter. “Não pode ser surpreendente que a revolução no conhecimento biológico ao longo do último meio século deva exigir uma nova compreensão da origem das espécies”.