segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Dilúvio em Marte. E na Terra, não?


Essas fotos são versões incrivelmente detalhadas em 3D feitas pela Agência Espacial Europeia da região Vallis Tiu, na superfície do planeta Marte. A região erodida é um vale no quadrângulo de Oxia Palus. Sua extensão é de 1.720 quilômetros e seu nome vem da palavra “Marte” em inglês antigo (germânico ocidental). O mosaico da região foi codificado por cores (que indicam as áreas mais e menos elevadas) e destaca a geografia espetacular da área, que teria sido criada por inundações altamente energéticas do rugido da água que um dia existiu em toda a superfície do planeta. As imagens geradas com dados do sistema de câmera estéreo de alta resolução da nave Mars Express mostram modelos digitais de terreno do que a topografia da superfície poderia ser derivada. Cores foram atribuídas a diferentes elevações na paisagem. As imagens foram capturadas em dez órbitas da nave e mostram uma área de aproximadamente 380 quilômetros de comprimento.


A agência disse que fica claro que o Tiu Vallis e as massas de água que fluíram dentro dele escavaram a uma profundidade de 1.500 a 2.000 metros ao norte do planalto marciano. Crateras de impacto individuais no fundo do vale formaram depressões marcantes, que ocorreram em um momento que a água já não corria mais ali – caso contrário, teriam sido preenchidas com sedimentos.


Nota: Muita coisa com respeito às marcas de erosão em Marte continua envolta em total mistério. De onde teria vindo e para onde teria ido toda aquela água? Teria sido levada a bordo de enormes cometas, o que explicaria as marcas de impacto, a erosão e a rápida evaporação da água? Uma coisa parece certa: esse evento em Marte, ao que muita coisa indica, estaria associado ao grande bombardeamento de meteoritos que atingiu também a Lua e a Terra e que muitos pesquisadores creem ter desencadeado o dilúvio. Curiosamente, os cientistas naturalistas não veem grandes problemas em admitir que tenha havido grandes inundações no seco planeta marciano, mas se negam a admitir que um dilúvio global tenha ocorrido na “molhada” Terra, na qual as evidências geológicas da catástrofe são abundantes.[MB]