"O darwinismo social tem origem na teoria da seleção natural de Charles Darwin, que explica a diversidade de espécies de seres vivos através do processo da evolução. O sucesso da teoria da evolução motivou o surgimento de correntes nas ciências sociais baseadas na tese da sobrevivência do mais adaptado, da importância de um controle sobre a demografia humana. De acordo com esse pensamento, existiriam características biológicas e sociais que determinariam que uma pessoa é superior à outra e que as pessoas que se enquadrassem nesses critérios seriam as mais aptas. Geralmente, alguns padrões determinados como indícios de superioridade em um ser humano seriam a habilidade nas ciências humanas e exatas em detrimento das outras ciências, como a arte, por exemplo, e a raça da qual ela faz parte" (Wells, D. Collin. 1907. "Darwinismo social". American Journal of Sociology, v. 12, n° 5, p. 695-716).
"O darwinismo social foi empregado para tentar explicar a inconstância pós-Revolução Industrial, sugerindo que os que estavam pobres eram os menos aptos (segundo interpretação da época da teoria de Darwin) e os mais ricos que evoluíram economicamente seriam os mais aptos a sobreviver, por isso, os mais evoluídos. Durante o século 19, as potências europeias também usaram o darwinismo social como justificativa para o imperialismo" (Spencer, Herbert. 1860. "O organismo social", publicado originalmente em The Review Westminster. Reproduzido em (1892) de Spencer Ensaios: científico, político e especulativo. Londres e Nova York).