terça-feira, junho 30, 2015
Programa Origens: complexidade irredutível
terça-feira, junho 30, 2015
design inteligente, Origens, vídeos
Papa recebe tchecos e recorda Huss, que a igreja matou
Huss morreu como mártir |
No
final da manhã [de] segunda-feira (15/6), o papa Francisco recebeu em audiência
uma delegação da República Tcheca por ocasião dos 600 anos da morte de Jan Hus [John Huss].
Hus foi um teólogo e reformador religioso da Boêmia, além de Reitor da
Universidade Carolina de Praga. No seu discurso aos ilustres representantes da
Igreja tcheco-eslovaca hussita e da Igreja evangélica dos Irmãos tchecos,
Francisco afirmou que o encontro oferecia a oportunidade para renovar e
aprofundar as relações entre as comunidades. Muitas disputas do passado –
continuou o Santo Padre – pedem para serem revistas à luz do novo contexto no
qual vivemos; acordos e convergências serão alcançados se afrontarmos as
tradicionais questões que provocam conflitos com um olhar novo, acrescentou o papa.
Sobretudo, não podemos esquecer que a compartilhada profissão de fé em Deus
Pai, no Filho e no Espírito Santo, na qual fomos batizados, já nos une em
vínculos de autêntica fraternidade.
O
Santo Padre recordou em seguida que já em 1999, São João Paulo II, falando
durante um Simpósio internacional dedicado a este nobre personagem, expressou a
sua “tristeza pela cruel morte a ele infligida e o inseriu entre os
reformadores da Igreja”. À luz de tal abordagem, exortou o papa, é
necessário continuar o estudo sobre a pessoa e a atividade de Jan Hus, que
por muito tempo foi objeto de conflito entre cristãos, enquanto hoje se tornou
motivo de diálogo. Essa pesquisa, conduzida sem condicionamentos de tipo
ideológico, será um importante serviço à verdade histórica, a todos os cristãos
e a toda a sociedade, também para além das fronteiras da nação.
O
papa, depois de citar o Concílio Vaticano II, que afirmou que a “renovação da
Igreja” é sem dúvida a razão do movimento em direção da unidade, fez votos de
que “respondendo ao chamado de Cristo a uma contínua conversão, da qual tanto
necessitamos, possamos progredir juntos no caminho da reconciliação e da paz.
Ao longo desta estrada aprendemos, por graça de Deus, a nos reconhecermos uns
aos outros como amigos e a considerar as motivações dos outros na melhor luz
possível.
(News.va)
Nota:
Ironicamente, John Huss foi
queimado vivo há 600 anos pelo poder perseguidor de Roma papal. É como
se tem dito entre muitos cristãos: o protesto terminou, o que abre ainda mais o
caminho para a prevista união das igrejas. Ocorre que continuam aí as falsas
doutrinas às quais se opuseram John Huss e tantos outros reformadores. A Igreja
de Roma não mudou nesse aspecto, apenas adotou uma face conciliadora. Se
estivessem vivos, homens como Huss certamente ficariam de queixo no chão com o
desprezo dos crentes pelas verdades bíblicas em nome da união ecumênica (como já fizeram os valdenses). [MB]
“Sendo
de novo exortado [pelos bispos] a retratar-se, replicou [Huss], voltando-se
para o povo: ‘Com que cara, pois, contemplaria eu os Céus? Como olharia para as
multidões de homens a quem preguei o evangelho puro? Não! aprecio sua salvação
mais do que este pobre corpo, ora destinado à morte.’ [...] Quando estava atado
ao poste, e tudo pronto para acender-se o fogo, o mártir uma vez mais foi
exortado a salvar-se renunciando aos seus erros. ‘A que erros’, disse Huss, ‘renunciarei
eu? Não me julgo culpado de nenhum. Invoco a Deus para testemunhar que tudo que
escrevi e preguei assim foi feito com o fim de livrar almas do pecado e
perdição; e, portanto, muito alegremente confirmarei com meu sangue a verdade
que escrevi e preguei.’ Quando as chamas começaram a envolvê-lo, pôs-se a
cantar: ‘Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim’, e assim continuou até
que sua voz silenciou para sempre” (Ellen G. White, O Grande Conflito, capítulo 6).
Calça apertada pode colocá-la no hospital
terça-feira, junho 30, 2015
comportamento, saúde
Saúde x vaidade |
As
famosas calças jeans skinny parecem
inofensivas, mas não são. Pelo menos em um caso, elas já mandaram uma mulher
para o hospital. A paciente, de 35 anos, passou dias em um leito hospitalar
após perder a sensibilidade nas pernas. Seu caso virou um estudo publicado no Journal of Neurology, Neurosurgery &
Psychiatry. A mulher havia passado o dia ajudando um parente a fazer uma
mudança, ficando horas de cócoras enquanto esvaziava armários. Quando estava
caminhando para casa naquela noite, seus pés ficaram dormentes, e ela caiu.
Imobilizada, passou horas no chão antes de ser encontrada e levada para o
hospital. “Nós culpamos o que aconteceu a uma combinação de cócoras prolongada
por horas e os jeans apertados que
ela estava usando”, disse o Dr. Thomas Kimber, professor do Royal Hospital
Adelaide, na Austrália, que tratou a paciente. Segundo os profissionais que
cuidaram da mulher, agachar em jeans
skinny pode danificar nervos e músculos. Os médicos foram forçados a cortar
a calça das pernas da paciente, porque elas haviam ficado muito inchadas.
“Normalmente,
os músculos podem expandir para compensar o inchaço, mas houve um efeito de
torniquete criado pela calça, de modo que os músculos tiveram de expandir para
dentro e compactaram vasos sanguíneos e nervos”, explica Kimber. Como
resultado, a paciente perdeu a circulação em suas pernas e não pode mover seus
tornozelos ou pés corretamente.
Caso
você não tenha entendido totalmente a gravidade do problema, os médicos afirmam
que se a mulher não tivesse sido capaz de chegar ao hospital quando chegou, a
compressão poderia ter sido prolongada e causado danos residuais nos nervos. A
paciente só foi liberada após ficar quatro dias sob terapia intravenosa, até
ser capaz de andar novamente.
Portanto,
se você não quiser ser mais uma vítima da moda, pense duas vezes antes de
adquirir um par de jeans skinny muito
apertado.
Nota:
Não é à toa que há mais de cem anos Ellen White já recomendava que, por motivos
de saúde e, obviamente, de decência, não se usassem roupas apertadas. Ela dizia
exatamente o que poderia acontecer como no caso acima: roupas apertadas
prejudicam a circulação. Mas as calças apertadas podem trazer problemas também
de ordem íntima (confira). [MB]
“Parte
alguma do corpo deve jamais ficar mal acomodada por meio de roupas que
comprimam qualquer órgão, ou restrinjam sua liberdade de movimento. As roupas
de toda criança devem ser bastante folgadas a fim de permitir a mais livre e
ampla respiração, e arranjadas de maneira que os ombros lhes suportem o peso” (A Ciência do Bom Viver, p. 382).
“A cada pulsação do coração, o sangue deve fazer, rápida e facilmente, seu caminho a todas as partes do corpo. Sua circulação não deve ser estorvada por vestuários ou cintas apertadas, nem por deficiente agasalho dos membros. Seja o que for que prejudique a circulação, força o sangue a voltar aos órgãos vitais, congestionando-os. Dor de cabeça, tosse, palpitação, ou indigestão, eis muitas vezes os resultados” (ibidem, p. 271).
“O corpo feminino não deve no mínimo ser comprimido... O vestuário deve ser perfeitamente cômodo, para que os pulmões e o coração tenham ação sadia” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 478).
“A cada pulsação do coração, o sangue deve fazer, rápida e facilmente, seu caminho a todas as partes do corpo. Sua circulação não deve ser estorvada por vestuários ou cintas apertadas, nem por deficiente agasalho dos membros. Seja o que for que prejudique a circulação, força o sangue a voltar aos órgãos vitais, congestionando-os. Dor de cabeça, tosse, palpitação, ou indigestão, eis muitas vezes os resultados” (ibidem, p. 271).
“O corpo feminino não deve no mínimo ser comprimido... O vestuário deve ser perfeitamente cômodo, para que os pulmões e o coração tenham ação sadia” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 478).
Casamento e sábado: instituições sob ataque (vídeo)
terça-feira, junho 30, 2015
comportamento, profecia, sábado, sexualidade
segunda-feira, junho 29, 2015
Casamento e sábado: instituições sob ataque
segunda-feira, junho 29, 2015
bíblia, comportamento, Michelson Borges, profecia, sábado
Criados por Deus |
Em
Gênesis 1:27 e 28, lemos: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de
Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede
fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a.” E em Gênesis 2:23 e 24
está escrito: “E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da
minha carne; chamar-se-á varoa [mulher], porquanto do varão foi tomada. Por
isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só
carne.” Jesus reafirmou essa verdade ao dizer que “no princípio da criação Deus
‘os fez homem e mulher’. ‘Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá
à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’. Assim, eles já não são dois,
mas sim uma só carne” (Marcos 10:6-8). A
concepção bíblica/criacionista de casamento permaneceu relativamente segura
através dos séculos, com uma ou outra tentativa de fazer uma releitura dessa
instituição. Mas isso mudou radicalmente no dia 26 de junho de 2015, quando a
Suprema Corte dos Estados Unidos aprovou o “casamento” de pessoas do mesmo
sexo. A ironia está no fato de que uma nação fundada sobre princípios cristãos
aprova uma lei que vai contra esses mesmos princípios.
É
claro que a doutrinação favorável ao “casamento” gay vem sendo feita há muitos
anos por meio de filmes, seriados, músicas, enfim, da mídia de modo quase
geral. No Brasil não é diferente: em maio de 2011, uma novela exibiu o primeiro beijo gay na TV em nosso país. Foi um alarde. Discussão pra todo lado.
Polêmicas. Ataques e defesas. Etc. Pouco tempo depois, a maior emissora do país
levou ao ar uma novela em que os personagens principais eram homossexuais. No
último capítulo, os dois protagonizaram também uma cena de beijo. A polêmica
foi menor e até senhoras donas de casa (que certamente antes se escandalizariam
com a cena) passaram a defender o romance dos dois rapazes. Finalmente, numa
novela intitulada Babilônia, o beijo
gay, desta vez envolvendo duas idosas lésbicas, foi exibido logo no primeiro
episódio. E recebeu muitos elogios.
Zuckerberg apoiou a causa |
Depois
da aprovação do “casamento” gay pela Suprema Corte norte-americana, foi
desencadeada uma onda de apoio aos homossexuais. Mark Zuckerberg, criador e
dono do Facebook, alterou a foto de seu perfil na rede, aplicando nela as cores
do arco-íris gay (que tem seis cores, em lugar do verdadeiro arco-íris, que tem
sete). Foi uma febre instantânea. Pessoas e empresas, no Twitter, no Face e em
outras redes sociais, passaram a exibir suas fotos e seus logos com as cores do
movimento LGBT.
Levam
a coisa na brincadeira e parecem ignorar as consequências de tudo isso. Dawn
Stefanowic, filha de um “casal” homossexual e autora do livro Out From Under, escreveu num artigo
publicado na internet: “A liberdade para pensar livremente a respeito do
casamento entre homem e mulher, família e sexualidade é hoje restrita [no
Canadá]. A grande maioria das comunidades de fé se tornaram ‘politicamente
corretas’ a fim de evitar multas e cassações de seu status caritativo. A mídia canadense está restrita pela Comissão
Canadense de Rádio, Televisão e Telecomunicações. Se a mídia publica qualquer
coisa considerada discriminatória, suas licenças de transmissão podem ser
revogadas, bem como serem multadas e sofrerem restrições de novas publicações no
futuro.”
Em
um artigo publicado no site da revista Time,
Rod Dreher analisa riscos semelhantes aos quais os Estados Unidos podem estar
colocando os cristãos ditos “ortodoxos”, ou seja, aqueles que querem continuar
fieis à Palavra de Deus. O título do artigo de Dreher é “Cristãos ortodoxos
devem aprender a viver como exilados em seu próprio país”.
Em
seu livro O Maior Discurso de Cristo
(p. 63, 64), Ellen White escreveu: “Então tiveram origem o casamento e o
sábado, instituições gêmeas para a glória de Deus no benefício da humanidade.
Então, ao unir o Criador as mãos do santo par em matrimônio, dizendo: Um homem
‘deixará... o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne’ (Gn 2:24), enunciou a lei do matrimônio para todos os filhos de Adão,
até ao fim do tempo. Aquilo que o próprio Pai Eterno declarou bom, era a lei da
mais elevada bênção e desenvolvimento para o homem.”
E
no livro Educação (p. 250) ela afirma
que “o sábado e a família foram, semelhantemente, instituídos no Éden, e no
propósito de Deus acham-se indissoluvelmente ligados um ao outro”.
Note
que ela relaciona intimamente as duas instituições e chega a considerar o
casamento heterossexual monogâmico uma lei divina, assim como o sábado do
quarto mandamento também o é (Êxodo 20:8-11) (assista a este vídeo). E ambas as instituições vêm sendo
atacadas ao mesmo tempo. Além disso, é bom notar como, da noite para o dia, os
Estados Unidos aprovaram uma lei que contraria a lei de Deus. Desta vez foi a
lei do casamento. Mas o que virá a seguir?
É
só lembrar da defesa que o papa Francisco faz do domingo como o novo shabbat, como se o sábado pudesse ser
substituído por outro dia, assim como o casamento vem sendo substituído por
outro tipo de união. Na encíclica Laudato Si, Francisco apresenta o primeiro dia da semana como uma possível solução
para o aquecimento global. E esse esforço do papa em favor do meio ambiente foi
saudado e elogiado por Barack Obama, que espera discutir mais a fundo o assunto
com o líder católico e convidou os líderes mundiais a igualmente apoiá-lo (assista a este vídeo).
Você
tem alguma dúvida de que estamos vivendo tempos solenes, de decisões rápidas e
cumprimento profético? Eu não.
“Irou-se
o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os
que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Apocalipse
12:17).
Michelson Borges
Vaticano assina primeiro acordo histórico com a Palestina
E cresce o poder de influência |
A
Santa Sé e o “Estado da Palestina” assinaram [na] sexta-feira (26) no Vaticano
um histórico acordo sobre os direitos da Igreja Católica nos territórios
palestinos, anunciou o Vaticano em um comunicado. A preparação desse texto por
uma comissão bilateral levou 15 anos. Embora o Vaticano se refira ao “Estado da
Palestina” desde o início de 2013, os palestinos consideram que a assinatura do
acordo equivale a um reconhecimento de fato de seu Estado, o que irrita Israel.
Israel lamentou o acordo e advertiu que isso pode ser nocivo para os esforços
para a paz na região. O ministério israelense das Relações Exteriores “lamentou
a decisão do Vaticano de reconhecer oficialmente a Autoridade palestina como um
Estado no acordo assinado hoje”, afirmou o porta-voz da chancelaria, Emmanuel
Nahshon, citado em um comunicado.
O
acordo foi assinado no Palácio pontifício pelo secretário para as relações com
os Estados (ministro das Relações Exteriores), pelo prelado britânico Paul
Richard Gallagher e pelo ministro palestino de Relações Exteriores, Riyad
al-Maliki.
O
acordo expressa o apoio do Vaticano a uma solução “do conflito entre
israelenses e palestinos no âmbito da fórmula de dois Estados”, havia explicado
em maio o monsenhor Antoine Camilleri, chefe da delegação da Santa Sé.
Para
a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), esse acordo converte o Vaticano no
136º país a reconhecer o Estado da Palestina. Para Israel, por sua vez, “uma
decisão como essa não faz o processo de paz avançar e afasta a direção
palestina das negociações bilaterais”.
A
Santa Sé tem relações com Israel desde 1993. Negocia desde 1999 um
acordo sobre os direitos jurídicos e patrimoniais das congregações católicas no
Estado hebreu, mas cada reunião semestral termina com um fracasso.
Nota:
Agora imagine se Francisco consegue negociar a paz e interferir positivamente
nas relação entre Israel e a OLP, como fez com Cuba e EUA... Sua influência
global cresceria estratosfericamente, e todo mundo sairia anunciando “paz, paz”
(1Ts 5:3). [MB]
Leia também: Holy See, Palestine Sign Treaty Protecting Religious Liberty
Leia também: Holy See, Palestine Sign Treaty Protecting Religious Liberty
domingo, junho 28, 2015
A linha de montagem de fabricação do espermatozoide
domingo, junho 28, 2015
design inteligente
Linhas de produção surgem do nada? |
Os
testículos humanos são verdadeiros mestres da produção em massa, cuspindo
espermatozoides a uma taxa de 200 milhões por dia. Esse número fica mais
impressionante quando se aprende que o processo não é nada rápido – leva 64
dias para fazer um espermatozoide. O órgão mantém a contagem alta com uma linha
de montagem muito eficaz, que dimensiona o desenvolvimento de esperma. Cerca de
300 “pacotes” de túbulos seminíferos se escondem debaixo da parede fibrosa de
um testículo. Cada pacote contém 1 a 3 túbulos. Os túbulos são ocos, e a maior
parte do desenvolvimento do espermatozoide acontece nas suas paredes. A
parede do túbulo é constituída por dois tipos de células: as células de Sertoli
e as espermatogônias. Espermatogônias são células germinativas: as células-mãe
que dão origem a todos os espermatozoides. Elas se amontoam na borda exterior
da parede, rodeadas pelas células de Sertoli.
Quando
uma espermatogônia começa a se tornar espermatozoide, se divide e divide seus
pares de cromossomos, tornando-se primeiro dois espermatócitos e então quatro
espermátides. Conforme faz isso, células de Sertoli adjacentes cercam cada
conjunto de células filhas movendo-as, como uma correia transportadora
biológica, em direção ao centro do túbulo. Durante todo esse tempo, as células
de Sertoli secretam proteínas para nutrir o espermatozoide em desenvolvimento e
empurrá-lo para a maturação.
À
medida que as espermátides amadurecem, condensam seus cromossomos e crescem as
caudas que usarão para nadar, também abandonam a maior parte de seu citoplasma
e outras organelas celulares a fim de ficarem menores e mais velozes. Por conta
disso, as células de Sertoli também atuam como “governantas”, absorvendo toda a
gosma que as espermátides jogam fora.
Quando você olha atentamente para o interior de um túbulo seminífero, é possível ver a linha de montagem de espermatozoide em ação. Entre cada par de células de Sertoli, ao longo de cada túbulo, espermatócitos em desenvolvimento são empilhados no início da cavidade, e milhões de espermátides se preparam para se mover por conta própria no final da linha.
Nota:
Se eu lhe dissesse que surgiu por acaso – por meio de mutações aleatórias selecionadas
naturalmente – uma linha de montagem automatizada capaz de produzir 200 milhões
de nanomáquinas por dia, com um grau de precisão impressionante, você
acreditaria nisso? E mais: se eu lhe dissesse ainda que toda essa maquinaria
evoluiu de modo independente em um tipo de organismo, e que outra maquinaria
igualmente impressionante, mas totalmente distinta, evoluiu em outro tipo de
organismo, e que ambas as maquinarias evoluídas de modo distinto são
perfeitamente compatíveis, capazes de gerar outro ser com suas próprias
maquinarias... Você acreditaria? Mas sabia que tem gente que acredita? E eu que
sou crente... [MB]
sexta-feira, junho 26, 2015
Professor da UFRGS chama criacionismo de 'crença infantil'
sexta-feira, junho 26, 2015
criacionismo, educação, vídeos
Educador por excelência
sexta-feira, junho 26, 2015
Michelson Borges, testemunho
Um exemplo de vida |
Orlando Ritter
dedicou mais de 60 anos ao ensino e ao criacionismo, duas de suas paixões
No
modesto apartamento em que vive com a esposa Edda, em Campo Grande (MS),
Orlando Rubem Ritter ainda guarda algumas orquídeas de sua coleção que chegou a
cerca de 600 exemplares, quando morava no campus paulistano do Unasp, na casa
nº 7, que ocupou por 56 anos, enquanto lecionou e exerceu cargos administrativos
naquela instituição. Além das orquídeas, Orlando guarda também a preciosa
coleção de selos que exibe com orgulho, descrevendo em detalhes a história de
cada um. Embora o peso dos 91 anos completados neste mês esteja visível no
corpo, a mente do professor Ritter (ou “Ritão”, como muitos de seus alunos o
conheciam) continua viva, clara e prodigiosa.
Filho
do pastor e administrador Germano Ritter, Orlando nasceu em Porto Alegre (RS),
no ano de 1924. O pai valorizava muito a educação adventista e ajudou a fundar
colégios como o IAP, no Paraná, e o Iasp, em Hortolândia (SP). Por conta de sua
função na organização adventista, Germano viajava muito de trem, tendo levado o
filho em algumas dessas viagens. Não foi por acaso que Orlando se apaixonou
pelas duas coisas: educação e trens.
Em
1930, com apenas seis anos, Orlando visitou pela primeira vez o Colégio
Adventista de São Paulo, na região praticamente deserta do Capão Redondo (hoje
uma “loucura” de prédios, casas, comércio e trânsito intenso). Na época, o
“nosso Colégio” (como era mais conhecido) tinha apenas 15 anos de existência, e
o pequeno Ritter não poderia ter imaginado que viveria 67 anos naquela “ilha”
de saber e de tranquilidade – a colina de onde saíram centenas de pastores e
profissionais para servir à obra adventista no Brasil e fora dele.
Em
1932, enquanto o mundo enfrentava a crise decorrente da quebra da bolsa de
valores de Nova York, Orlando (já alfabetizado graças à leitura de livros e
revistas da Casa Publicadora Brasileira) começou seus estudos formais no
Colégio Adventista. Em certo culto jovem (na época chamados de reunião dos
Missionários Voluntários), Orlando teve a oportunidade de ver a apresentação de
um menino que lhe chamou a atenção: Siegfried Schwantes, que anos depois seria
seu professor.
Com
13 anos de idade, em março de 1938, Orlando tomou uma decisão importante: abriu
mão de férias prolongadas no Rio Grande do Sul para voltar a São Paulo e se
matricular no primeiro ano ginasial. Embarcou num trem em Cachoeira do Sul, fez
conexão em Santa Maria e chegou a São Paulo. Foi sua primeira grande viagem
sozinho. Em sua autobiografia O Professor, ele recorda: “Jamais me esquecerei
das paisagens sulistas, bem como da decisão de ter preferido a educação
adventista a um bom período de férias em minha terra natal.”
O
DESAFIO DA USP
Aluno
dedicado, Orlando prosseguiu brilhantemente na vida escolar. Seu objetivo era
concluir os estudos pré-universitários para, então, ingressar no curso de
Teologia e se tornar pastor. Mas Deus tinha outros planos para ele. Em 1943, o
diretor de Educação da União Sul-Brasileira, professor Renato Oberg, desafiou
alguns alunos de bom aproveitamento a ingressar na Universidade de São Paulo
(USP), a fim de se prepararem para ser professores no Colégio Adventista. Nevil
Gorski e Orlando aceitaram o desafio e se tornaram os primeiros professores
adventistas no Brasil com formação em universidade pública. Ambos cursaram
Matemática.
A
partir de 1944, Orlando teve que conciliar seus estudos universitários com o
magistério de matemática e física no Colégio Adventista. De um ano para o
outro, Ritter passou de aluno a professor e não mais parou de lecionar até sua
aposentadoria, no fim de 2003.
Em
1949, Orlando se casou com Edda Martinelli Balzi. A lua de mel foi no Rio de
Janeiro. E eles foram de trem a bordo do Cruzeiro do Sul, num camarote especial
reservado para viajantes ilustres. Um presente de amigos.
Na
parede do orquidário da casa nº 7 podia ser lido: “Neste lugar Deus também é
adorado / Em meio aos resplendores da natureza / Por haver ele estas joias
assim criado / Com tanto amor, com tanta beleza!” Nessa casa, Orlando e Edda
criaram seus quatro filhos.
Em
1950, Orlando começou a lecionar Astronomia e Geologia Criacionista para o
curso de Teologia. Mais tarde, essas disciplinas foram agrupadas numa só,
conhecida como Ciência e Religião. Orlando elaborou um material didático
pioneiro: as apostilas “Estudos em Ciência e Religião”. E lecionou essa matéria
por 42 anos.
Quando
subia ao púlpito, esse homem quieto e circunspecto se tornava um gigante da
oratória. Quem teve o privilégio de assistir a pelo menos uma de suas palestras
deve se recordar dos argumentos claros, da lógica impecável, do português
irretocável e da autoridade impressa em cada palavra.
PIONEIRISMO
CRIACIONISTA
A
ideia de se organizar uma entidade criacionista, no fim de 1971, está
diretamente ligada à pessoa de Orlando Ritter e à realização de uma semana
cultural organizada no ano anterior, em São Carlos, pelo pastor Leondenis
Vendramin, então distrital na cidade. Nesse evento, vários palestrantes, na
maioria professores do Colégio Adventista (então rebatizado como Instituto
Adventista de Ensino), foram convidados a expor assuntos de interesse cultural
e científico. O professor Ritter apresentou uma palestra sobre datação com
carbono radioativo. No fim de sua fala, ele indicou bibliografia crítica sobre
o assunto, fazendo menção à Creation Research Society, entidade criacionista
norte-americana, fundada havia cerca de dez anos e que vinha publicando sua
revista trimestral com artigos muito bem fundamentados.
O
impacto desse contato do professor Ritter com os futuros fundadores da
Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) os inspirou a publicar, inicialmente,
traduções em português dos artigos daquele periódico dos Estados Unidos. “Dessa
forma, com o influxo inicial proporcionado pelo professor Ritter, e com o
subsequente apoio da Creation Research Society, que autorizou a tradução dos
artigos, foi possível estabelecer informalmente a Sociedade Criacionista
Brasileira”, conta o Dr. Ruy Carlos de Camargo Vieira, presidente-fundador da
SCB.
No
mês de março, por ocasião de uma celebração alusiva aos cem anos do Unasp,
Orlando Ritter foi homenageado com outras figuras importantes do criacionismo
no Brasil. No fim da tarde do sábado, dia 7, com o Salão de Atos lotado, Ritter
pegou o microfone e falou brevemente sobre a regularidade e a predizibilidade
das séries de eclipses do Sol e da Lua, por meio dos quais é possível confirmar
as datas dos reinos de Israel, Judá, Assíria e Babilônia e a própria
interpretação profética. Agradeceu a homenagem e adicionou mais uma pequena
aula às suas mais de 40 mil aulas ministradas durante sua carreira.
E
uma vez mais o “Ritão” se mostrou como o gigante que é.
(Michelson Borges,
Revista Adventista)
Adquira o livro O Professor e conheça em detalhes a história desse grande educador (clique aqui).
Robô Curiosity encontra “pirâmide” em Marte
sexta-feira, junho 26, 2015
astronomia, design inteligente
Quem fez? |
Uma
nova imagem divulgada pela Nasa enviada pelo Robô Curiosity, que está em Marte
desde 2012, inspirou teorias da conspiração, por mostrar uma pedra com a forma
perfeita de uma pirâmide. Segundo alguns acreditam, a descoberta é prova da
existência de vida no planeta vermelho. A pirâmide tem o tamanho aproximado de
um carro. Nas discussões da internet e sites de ufologia, a maioria das pessoas
acredita que existe uma “coincidência” no formato. Entretanto, o canal no Youtube
“ParanormalCrucible” afirma que o formato e design
são perfeitos e que “é o resultado de vida inteligente e de um projeto e
certamente não um truque de luz e sombra”. Alguns espectadores também apontaram
a possibilidade de a misteriosa pirâmide ter sido formada pelo vento.
(Terra)
Nota:
Por que toda essa discussão? Se átomos, moléculas, proteínas, DNA, vida, órgãos,
sistemas, máquinas moleculares, etc. podem surgir do nada, por que não uma
reles pirâmide na superfície de um planeta deserto? [MB]
Leia também: "Extraterrestres existem?"
quinta-feira, junho 25, 2015
Tribunais dos EUA viram cortes internacionais
quinta-feira, junho 25, 2015
profecia
Estendendo as garras |
Ao
mesmo tempo em que o papa Francisco apresenta uma face bondosa e estende o
abraço ao mundo, inclusive procurando curar feridas históricas, como a
infligida contra os valdenses (confira), os
Estados Unidos, que serão o grande apoiador do Vaticano em suas pretensões
(leia o livro O Grande Conflito para entender o que
estou dizendo aqui), estendem o poder de seus tribunais, tornando-os cortes
internacionais (confira aqui). Isso ficou muito claro no mês passado, com o indiciamento por promotores do
Brooklin de dirigentes da Fifa de outros países, acusados de corrupção.
Conforme destaca a matéria da Folha de S.
Paulo, os EUA vêm convertendo seus tribunais federais em “arenas de
aplicação internacional das leis”. Em processos por terrorismo, a ampliação de
uma lei de 2004 permitiu ao país levar estrangeiros para seu solo e julgá-los
lá.
Os
EUA se tornaram “carcereiro, frente militar e agora promotor” que indicia
acusados de crimes globais, disse Karen Greenberg, diretora do Centro Sobre
Segurança Nacional da Escola de Direito da Universidade Fordham, em Nova
York.
De
acordo com Apocalipse 13, os Estados Unidos estão, aos poucos, mostrando as
garras do dragão em que estão se convertendo. Num comentário a uma postagem
minha replicada no Facebook, um leitor escreveu: “Levando em consideração o
fato de os Estados Unidos apoiarem a encíclica papal de
proteção ao planeta e essa própria encíclica defender diretamente o domingo
como dia de descanso, como um meio de combater as mudanças
climáticas, quanto tempo levará para que aqueles que não aderirem a essa
encíclica – quando ela virar uma lei americana e mundial, por a
considerarem contrária à Palavra de Deus, que ordena a guarda do sábado bíblico e não do domingo católico – sejam criminalizados por
essa decisão? Quanto tempo levará para que estes, que serão considerados fundamentalistas por acreditar no Gênesis bíblico e na
iminente volta de Jesus, sejam arrastados para esses
tribunais, julgados e encarcerados? Só o tempo dirá... Despertemos e
estejamos preparados, pois o momento é solene.”
Realmente,
precisamos estar atentos aos eventos que estão ocorrendo bem diante de nossos
olhos e atentos, principalmente, à nossa condição diante de Deus. [MB]
Um cantor, um carro e um final infeliz
quinta-feira, junho 25, 2015
devocional
Injustiça divina? |
Na última quarta-feira, dia 24 de junho, o Brasil amanheceu
com a notícia de que um jovem artista, Cristiano Araújo, e sua namorada, Allana
Moraes, haviam morrido durante a madrugada em um grave acidente
automobilístico. O veículo, ocupado pelo casal e por um dos empresários do
cantor, era conduzido por um segurança do grupo, que retornava de um show realizado na cidade de Itumbiara,
localizada há cerca de 200 km de Goiânia, e, por causas ainda não esclarecidas,
saiu da pista e capotou no canteiro da rodovia, ficando completamente
destruído. Após a divulgação da tragédia, as redes sociais foram inundadas com
manifestações de solidariedade às famílias das vítimas e pela comoção dos fãs
que, naquele dia, haviam perdido seu “ídolo”. Uma entrevista, porém, chamou minha
atenção. Horas depois da confirmação das mortes, o pai do cantor falou com a
imprensa e, bastante abalado com o ocorrido, declarou que sentia uma tristeza
muito grande. Disse que, todos os dias, fazia uma oração, pedindo
a Deus que acompanhasse o filho nas viagens: “Entro no carro ou no avião e faço uma oração. Eu não estava com ele
ontem? Será que Deus existe?”
Você talvez não concorde comigo, mas compreendo a dúvida
desse pai. Ele acreditava em Deus. Confiava a vida e a segurança do filho a
Deus. Pedia a proteção de Deus. No entanto, nada disso parecia fazer sentido
naquele momento, quando o corpo do filho amado se encontrava inerte na maca de
um necrotério.
Ao longo da vida, fomos ensinados que morrer jovem é
sinônimo de injustiça de Deus, como se tivéssemos um “direito adquirido” a
oitenta, noventa ou, para os mais “sortudos”, cem anos de existência.
Aprendemos ainda a aceitar a morte na velhice, embora isso não a torne, de
nenhum modo, menos dolorosa ou estranha ao nosso desejo pela eternidade
(Eclesiastes 3:11).
Não fomos feitos para morrer. Nem aos 29, nem aos 99. E
ponto. O Criador não incluiu, em Seu plano original, um final para o nosso
começo. Fomos feitos à semelhança dEle, com potencial para viver para sempre. A
morte foi sugestão do inimigo de Deus, acatada pela humanidade rebelde, que
acreditou que o conhecimento do mal compensava o risco.
Cristiano Araújo estava no auge de sua carreira, era um dos
cantores mais populares do Brasil e realizava, em média, vinte shows por mês. Vivia a concretização de
um sonho perseguido desde a infância, de se tornar famoso e de alcançar
reconhecimento por seu talento musical. Tinha dinheiro, amigos e fama – tudo interrompido
por um inesperado desvio no trajeto da estrada que o levava de volta para casa.
Alguns dirão: “Mas
o que importa é que ele viveu intensamente.” Será? Será que vinte e nove
anos, dos quais apenas os últimos quatro ou cinco foram de “sucesso”, são tudo?
Será que nos diminuímos a tal ponto de achar que poucos anos “bem vividos”
valem mais do que a possibilidade de ser eternos? Não estou falando aqui da
trasladação ao paraíso dos desenhos animados, em que nos tornamos seres alados,
ocupados com harpas o dia todo. Não acredito nesse conto nada atraente.
Refiro-me ao Céu prometido em Apocalipse 21, no qual todas as coisas conhecidas
deste mundo serão refeitas, e reunidas as pessoas que amamos. Acredito na
promessa de que o próprio Deus Se aproximará de cada ser humano, lhe enxugará
dos olhos toda lágrima, e terá a chance de explicar o porquê de cada uma delas.
Naquele instante, Ele, que tem tolerado pacientemente nossas acusações injustas
e nossas dúvidas a respeito de Seu caráter, abrirá as cortinas dos bastidores do
grande conflito e revelará o verdadeiro culpado do tormento e da dor que, nestes
dias maus, parecem intermináveis.
Cristiano Araújo e sua namorada estavam em um dos carros
considerados mais seguros do mundo. A polícia afirma, porém, que eles não usavam
o cinto de segurança no momento do acidente, o que poderia, em hipótese, ter salvado
a vida deles. E você? Está seguro em seus planos? Tem um emprego estável, uma
família equilibrada e a saúde em dia? Vive o auge da vida ideal? Só não pode
negar a existência de desvios na estrada e a possibilidade de que, de um minuto
para o outro, tudo vire de cabeça para baixo e você se veja sem chão. Onde está
a sua segurança? Nos airbags? Nos freios? No cinto? Ou na mentira
continuamente repetida aos nossos ouvidos: “Você não morrerá nunca” (Gênesis 3:4)?
Cristiano e Allana, agora, dormem, aguardando o veredito do
julgamento encerrado para eles na madrugada do dia 24 de junho de 2015. Pode
ser que, para o leitor deste texto (ou para sua autora), a sentença esteja pronta,
aguardando apenas a assinatura do Juiz. Qual terá sido a sua escolha? Viver a
ilusão da felicidade dos seus cem anos – se chegar até lá – ou optar pela
esperança de que estamos apenas no prólogo da história?
Bruna Mateus Rabelo dos Reis, 29
anos, goiana
quarta-feira, junho 24, 2015
Para professor da UFRGS, criacionismo é crença infantil
quarta-feira, junho 24, 2015
criacionismo, evolucionismo, Michelson Borges, mídia
Lugar comum e muito preconceito |
Em
entrevista concedida à RBS TV, o professor de pós-graduação Fernando Becker, da
UFRGS, comentou a proposta da deputada Liziane Bayer de que se ensine
criacionismo em escolas públicas (confira).
Várias vezes deixei claro aqui que muitos criacionistas, incluindo os associados
da Sociedade Criacionista Brasileira, entre os quais me incluo, discordam de
propostas dessa natureza (confira).
Mas a argumentação de Becker é por demais rasa e até injusta. Melhor seria
terem convidado um criacionista esclarecido para explicar por que o criacionismo
não deve ser ensinado em escolas públicas, e não apenas um professor cujas
opiniões revelam desconhecimento das discussões sobre o tema. Mais um exemplo
de mau jornalismo... Assista aqui e aqui aos vídeos. A seguir, quero pontuar algumas frases do professor.
Becker
começa com o lugar comum de que criacionismo é religião e deve ser relegado ao
seu “gueto”, digo, à igreja. Ainda que seja um fenômeno cultural, para Becker
ele não deve sequer ser ensinado nas escolas. Ele diz que a “função da escola é
trazer o conhecimento científico para a população”. Ok, mas instantes depois defende
o ensino de uma teoria segundo a qual a vida teria surgido da não vida, há
bilhões de anos, e se tornado mais e mais complexa ao longo do tempo. Becker
omite o fato de que essa ideia pertence ao campo da filosofia (naturalismo
filosófico), e não à ciência propriamente dita. O macroevolucionismo naturalista
não pode ser submetido à investigação científica e, portanto, seguindo o
argumento do professor, também não deveria ser ensinado em aulas de ciências.
Becker
diz que falta tempo para ensinar tantos conteúdos e que, portanto, não haveria
espaço para o criacionismo. Essa é boa! Becker é educador e deveria saber que a
melhor forma de se aprender a pensar (e não apenas memorizar conteúdos) é
analisando o contraditório. Em lugar de empurrar a teoria da evolução – com
todas as suas insuficiências epistêmicas – goela abaixo dos alunos, por que não
promover um ensino crítico da evolução? Aliás, por que não promover o ensino
crítico da própria ciência, como estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, em lugar de endeusá-la?
Apoiando
o argumento de Becker, a entrevistadora diz que a ciência trabalha com
evidências e o criacionismo, com fé. E reforça o lugar comum de que o assunto
se trata da polarização entre ciência e religião. Isso é falso! Teoria da
evolução não é sinônimo de ciência, tanto quanto criacionismo não é sinônimo de
religião. A teoria da evolução conta com evidências científicas (pelo menos no
que se refere à chamada “microevolução”), mas mistura um bocado de filosofia
naturalista em seu modelo. O criacionismo tem também sua base
teológico/filosófica, mas afirmar que o modelo não conta com evidências é
desprezar as descobertas da biologia molecular e da bioquímica (que apontam
para um design inteligente e para a
complexidade irredutível) e da geologia catastrofista (que mostra evidências de
um dilúvio e de uma coluna geológica não necessariamente tão antiga), por
exemplo. Há muitos cientistas sérios discutindo essas evidências. Por que
certos setores da mídia e certos professores insistem em ignorar isso? Deixando
de lado o componente filosófico dos dois modelos (criacionista e
evolucionista), é perfeitamente possível discutir/analisar as evidências
apresentadas por ambos os lados. Dizer que a questão se resume a ciência versus religião é evitar o debate e
blindar o evolucionismo.
O
pior mesmo é Becker dizer que “a religião trabalha com o emocional e com a
crença, a ciência trabalha com a razão e a evidência”. Que absurdo! Primeiro,
porque cientistas não são máquinas. Eles possuem pressupostos, preconceitos,
subjetividades, opiniões, cosmovisões, e isso tudo certamente interfere na
forma como veem as coisas. Seria bom Becker estudar um pouco Thomas Kuhn.
Segundo, porque teólogos estudam, sim, evidências e usam e muito a razão e
ferramentas científicas. Dediquei cinco anos a um mestrado em que estudei
hermenêutica, ciência e religião, sociologia, arqueologia bíblica, antropologia
e outras disciplinas. Mestrado em quê? Teologia. Becker deve estar pensando em
certas religiões emocionalistas que não dão valor ao estudo acadêmico, e mais
uma vez cai no lugar comum.
O
professor cita o encantamento de Einstein com o fato de o Universo ser
inteligível e, sem querer, dá um tiro no pé, colocando em cheque sua defesa do
naturalismo. Essa é uma grande questão. Como explicar o fato de que nosso
cérebro, nosso intelecto consegue entender o Universo, a realidade que nos
cerca? Se somos apenas um ajuntamento fortuito de moléculas, por que devo
aceitar as conclusões desse cérebro simiesco a respeito? Por que devo crer que a
massa cinzenta de átomos e moléculas que compõem o cérebro de Becker está
fazendo uma análise correta do assunto sobre o qual está discorrendo?
Para
o docente, não há como conciliar ciência e religião. Mas ele deveria dizer isso
para Galileu, Copérnico, Kepler, Newton, Pascal, Pasteur, Collins e tantos
outros. O que ele deveria ter dito é: não se pode conciliar o naturalismo
filosófico ateísta com a cosmovisão bíblico-criacionista. Aí estaria coberto de
razão.
Mais
uma pérola beckeriana: “A biologia fala que a vida apareceu neste planeta há
três e meio bilhões de anos.” Não, a biologia não diz nada sobre isso. Os
biólogos se ocupam da vida e só podem estudar a vida que eles têm ao alcance
dos olhos, das mãos, do microscópio. Quem afirma que a vida “apareceu”
(abracadabra!) neste planeta são os evolucionistas e sua teoria. Novamente Becker
confunde um modelo hipotético com uma área da ciência empírica.
E
o professor universitário termina “apoteoticamente” sua entrevista com uma
frase de efeito, afirmando que os que os que defendem o criacionismo são “adultos
professando crenças infantis”.
Essa
entrevista quase desastrosa e totalmente parcial ajudou a firmar minha
convicção de que o criacionismo não deve mesmo ser ensinado em escolas
públicas. E um dos motivos que me convencem disso é o risco de que ele seja
ensinado por professores como Becker.
Michelson Borges
Batman vs Superman: a volta dos deuses
quarta-feira, junho 24, 2015
mídia
Metáfora da luta entre o bem e o mal |
Vem
aí mais um filme de super-heróis. E, assim como aconteceu em Superman: Man of Steel (confira), fica mais uma vez evidente a inspiração do roteiro em temas religiosos. Na
verdade, em Batman vs Superman, cujo
primeiro trailer foi lançado
recentemente, os roteiristas reforçam ainda mais essa relação. O vídeo começa
com a fala: “Nós que povoamos este planeta buscamos um salvador”, e em seguida
aparece o Superman cercado de pessoas. Depois, em outra cena, soldados se
ajoelham diante do homem de aço e uma fala em off diz: “Os demônios não vêm do inferno sob nós. Não, eles vêm do
céu.” Depois, uma estátua do personagem aparece com uma pichação: “Falso deus.”
E quando o épico encontro entre o kryptoniano e o Batman ocorre, o homem
morcego pergunta com voz cavernosa: “Diga-me: Você sangra? Vai sangrar.” As
metáforas nesse tipo de filme ficam mais explícitas a cada produção. Conforme
destacou o leitor Leandro B. Gozzo, de Taquarituba, SP, “os autores desses
super-heróis não escondem o fato de que eles foram criados como suas concepções
de Jesus Cristo (Superman) e do diabo (Batman). Mas o que surpreende é a trama
desse novo filme. Batman, como amigo da humanidade, luta contra um alienígena
parecido com os humanos (Cristo?), a quem a população chama de ‘falso deus’, ‘corrupto
pelo poder’, e que está sendo expulso do planeta. Querem mostrar no filme como
as coisas podem ser diferentes do que a Bíblia prega. Talvez Deus esteja
nos usando, e nosso verdadeiro salvador seja o diabo, um gênio incompreendido. Por
que produtores ateus se importam tanto com esse tema ‘religioso’, mas negam a
própria religião? Qual será a real intenção deles? Por que será que a fé está
se acabando no mundo? Existe uma doutrina sendo pregada em todos os cantos. Na
arte, no entretenimento, na política e até nas igrejas, atualmente. E não é a
doutrina bíblica, senão ‘um outro evangelho’. Você consegue identificar isso?
Conhece o verdadeiro evangelho? Ou pensa que conhece?”
Dê
uma olhada nesta apresentação em Prezi, cujo vídeo está em preparo para ser
postado em meu canal no YouTube. Depois, assista ao trailer abaixo e veja por si mesmo. [MB]
E-mails que nos alegram (57)
quarta-feira, junho 24, 2015
“Prezado Michelson Borges, bom dia. Meu nome
é Caio Azevedo. Sou professor do Departamento e Estatística do IMECC – Unicamp.
Sou um cristão que congrega na Igreja Batista do Cambuí, Campinas. Sou
criacionista, adepto da Teoria do Design Inteligente, dissidente da
macroevolução e seguidor, mesmo em minha pequenez, das Escrituras. Acompanho
com atenção seu blog criacionismo.com.br e gosto do modo como você expõe as
reportagens nele e manifesta sua visão acerca delas. Discordo de você em alguns
pontos, como a guarda do sábado (ou de qualquer dia em especial) e o consumo de
alimentos, mas, na maioria das vezes, concordo com o que você diz. Tenho muito
a amadurecer na Palavra e a na ciência, mas tenho vivido uma experiência de
transformação em Cristo Jesus através do Espírito Santo de Deus, desde há
aproximadamente dois anos, quando me converti. Tenho estudado diversos temas
que antes não faziam parte da minha agenda, tais como: teoria da evolução, TDI,
astronomia, biologia, Teoria da Informação, entre outros. Mesmo tendo sido um ‘católico’,
não estudava quase nada as Escrituras, principalmente porque não conseguia
encontrar ambiente para discussão a respeito. Depois de minha conversão, passei
a estudar com regularidade as Escrituras. Mergulhar em tudo isso tem me feito
muito bem. Venho parabenizá-lo pelo seu trabalho, desejar que Deus abençoe você
e sua família e me colocar à disposição para conversarmos sobre quaisquer temas.
Um abraço em Cristo Jesus.”
“Olá, Michelson Borges, me chamo Emerson
Brais. Sou da Igreja Assembleia de Deus, Ministério de Santos. Acompanho o site criacionismo.com.br e
gosto muito das matérias ali apresentadas. Quero parabenizá-lo pelo ótimo trabalho
(embora você puxe uma sardinha para sua igreja :D). Que Deus te abençoe e guie!
Abraços. ‘Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois
pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem
parcialidade, e sem hipocrisia’ (Tiago 3:17).”
“Bom dia, Michelson! Meu nome é Fábio e, apesar de já lhe
conhecer há vários anos (através de alguns de seus artigos na Revista Adventista), somente de aproximadamente
um ano e meio para cá conheci, casualmente, pela internet, o site criacionismo.com.br,
o que, para mim, foi uma grande alegria, pois ele (a exemplo das profecias de
Daniel e Apocalipse) e desde que me tornei adventista do sétimo dia, tem sido
uma de minhas maiores paixões, tanto que não só tive (como ainda estou tendo) a
oportunidade de compartilhar algumas de suas palestras em vídeos (série ‘A História
da Vida’, dentre outras) com alguns amigos e interessados no tema, como também
divulgar o referido site para interessados e, principalmente, para minha igreja.
Louvo a Deus por esse site abençoado, bem como por seus vários artigos e vídeos,
os quais têm contribuído em muito para o meu crescimento espiritual, o que até
me estimulou a me associar à Sociedade Criacionista Brasileira. Na minha
adolescência (tenho 44 anos), se não fosse pela misericórdia de Deus,
provavelmente, hoje seria um agnóstico ou ateu, sendo que o que de fato me fez ‘despertar’
para o lado religioso (cristão) foi justamente o tema do criacionismo. Que a bênção
de nosso Deus esteja sobre sua vida espiritual, familiar e profissional. Grande
abraço.”
terça-feira, junho 23, 2015
Mamilos masculinos humanos: órgãos vestigiais ou sexuais?
terça-feira, junho 23, 2015
design inteligente, Everton Alves, sexualidade
Função que indica design inteligente |
Frequentemente
é levantada a questão da suposta inutilidade dos mamilos masculinos como
objeção ao conceito de um designer. Nas mulheres, os mamilos funcionam como um
dispositivo de entrega do leite para amamentar os bebês. Então, qual é o
propósito dos mamilos nos homens? A perspectiva evolutiva diz que eles são “restos”
do nosso passado evolutivo; portanto, eles são considerados “órgãos vestigiais”
ou “rudimentares”.[1] Isso sugere que eles teriam sido funcionais no passado,
mas, à medida que a evolução progrediu, a função deles teria se perdido. Essa
questão intrigou o avô de Charles Darwin, Erasmus Darwin, e muitos outros antes
e depois. Erasmus especulou que os mamilos masculinos teriam sido uma relíquia
de uma época em que os mamíferos eram hermafroditas -
sexo masculino e feminino em um indivíduo.[2] O biólogo evolucionista Stephen Gould
também afirmou que, em sua experiência com o público, “nenhum item provocou
mais confusão do que a própria questão que Erasmus Darwin escolheu como um
desafio primário para seu conceito de utilidade invasiva -
os mamilos masculinos”.[3: p. 43]
Um
exemplo moderno de pressupostos evolucionistas que levaram os mamilos masculinos
a ser rotulados como inúteis foi apresentado pelo médico cirurgião Robert
Rothenberg: “Quando inspecionamos o Homo
sapiens, acusado de ser a mais ilustre realização da natureza, é óbvio que
o trabalho poderia ter sido feito muito melhor! Como exemplo, vamos
considerar o peito [mamilo] masculino, uma estrutura encontrada em todos os
mamíferos. O que a natureza tem em mente para esse apêndice decorativo? Era
suposto servir a um propósito real, ou foi um ato lunático cometido durante um
momento em que a natureza estava com um humor para brincadeira?” [4: p. 224]
O
filósofo e crítico das ciências Jim Holt escreveu em um artigo publicado no
jornal New York Times que “algumas
esquisitices não funcionais, como a cauda do pavão ou o mamilo masculino humano,
podem ser atribuídas a um sentido de capricho por parte do designer”.[5]
Porém,
o Dr. Rothenberg e o Sr. Holt se esqueceram de analisar que diferenças sexuais
físicas entre homens e mulheres são resultado do desenvolvimento que se deve a influencias
cromossômicas e hormonais. Os machos e as fêmeas são fisiologicamente
idênticos nas fases iniciais do desenvolvimento embrionário.[6] Os homens têm mamilos porque eles começam a se desenvolver
no momento em que é ativado o sinal hormonal masculino para se diferenciar.[7]
Assim,
ambos os projetos têm basicamente a mesma informação genética, e essa
informação é expressa de forma tão eficiente quanto possível, ao longo do
desenvolvimento do embrião. Essa é a economia de design. O desenvolvimento do mamilo masculino é, portanto, resultado
da diferenciação sexual concebida para produzir o dimorfismo sexual (ou seja,
contém características de ambos os sexos). Os mamilos são, obviamente,
parte funcional do projeto do corpo masculino.
Na
verdade, o argumento de que o mamilo masculino é inútil não faz sentido e
representa um argumento muito pobre para a evolução. Se a evolução fosse
verdadeira, os mamilos masculinos seriam redundantes. Tempo e acaso
certamente já os teriam eliminado, uma vez que a evolução sugere a
sobrevivência do mais apto para fins de reprodutibilidade. Assim, eles
deveriam ter sido selecionados naturalmente contra.
Porém,
Pau Carazo, um zoólogo evolucionista da Universidade de Oxford, argumenta que “os
homens têm mamilos porque, mesmo que eles não sejam úteis, a evolução não
funciona eliminando todas as partes dispensáveis no nosso corpo, mas
eliminando apenas as partes dispendiosas do ponto de vista evolutivo. A
evolução não tem dado atenção a mamilos masculinos porque eles não apresentaram
qualquer perigo para a nossa sobrevivência ou em desvantagem nosso sucesso
reprodutivo”.[8]
Michael
Le Page, jornalista da revista New
Scientist, também oferece sua explicação: “Mamíferos machos claramente não
precisam deles [mamilos]: eles os têm porque as fêmeas têm e porque não custa
muito para crescer um mamilo. Então, não houve nenhuma pressão para os
sexos evoluírem vias de desenvolvimento separadas e ‘desligar’ o crescimento de
mamilos no sexo masculino.”[9]
Então,
se na visão evolucionista os mamilos persistem por falta de seleção contra
eles, ao invés de seleção para eles, é curioso e até poderíamos argumentar que
a ocorrência de problemas associados com o mamilo masculino, tais como
carcinoma, constitui seleção contemporânea contra eles.[10, 11] Mas essa não é
a nossa proposta.
Outro
ponto de discussão está na presença de glândulas mamárias tanto em homens
quanto em mulheres. Ernest Haeckel observou há mais de um século que o
desenvolvimento anormal do peito masculino podia levar os homens a produzirem
lactato.[12] Mas será que, conforme proposto por Darwin, isso realmente indica
um vestígio evolutivo do tempo em que homens podiam amamentar seus filhos?[13] Em
relação à lactação, as evidências sugerem que é possível surgir níveis de
prolactina em mamíferos do sexo masculino.[14, 15] No entanto, o fato de alguns
tecidos mamários masculinos em humanos (não saudáveis) apresentarem essa
capacidade simplesmente indica a presença de algum fator interferindo na função
do projeto.
A
conclusão errônea de que os mamilos masculinos não são utilizados para
amamentar e, portanto, são inúteis vai contra as evidências apontadas pela
literatura científica. Os mamilos masculinos têm várias funções
importantes, mas estão principalmente envolvidos na estimulação sexual.[16, 17] Ambos os mamilos,
masculinos e femininos, contêm uma abundância de tecido nervoso e, portanto,
são muito sensíveis ao toque.[18-23] Na
maioria das vezes, o mamilo masculino é tão sensível quanto o mamilo feminino.[24] Em relação à estrutura nerval, o médico cirurgião
Peter Sykes observou que “o mamilo é inervado principalmente pelos ramos
cutâneos anterior e lateral do quarto nervo intercostal. Também recebe
contribuições dos ramos correspondentes dos terceiro e quinto nervos
intercostais”.[18: p. 201] E a presença de grande quantidade de tecido nervoso
é um grande indício de que um órgão tem função. Embora existam várias
diferenças no complexo mamilo-areolar entre os gêneros, ambos os mamilos, masculinos
e femininos, podem ser estimulados pelo toque.[16, 24, 25]
Uma
diferença importante é que as mulheres têm mais e maiores zonas erógenas
mamárias, e elas são como um todo mais importantes para a resposta sexual delas.[24] Nos homens, os nervos da área do mamilo masculino
estão mais perto em conjunto em comparação com os das mulheres, o que resulta
no fato de os estímulos sexuais nos homens serem mais concentrados e discretos. O
mamilo masculino também é importante para reconstruir o complexo mamilo-areolar
masculino depois de um acidente ou doença.[26-30] De acordo
com Stoppard, é apenas nos seres humanos que os seios e os mamilos estão
envolvidos na atividade sexual, e não há nenhuma evidência para a evolução
dessa resposta importante a partir de primatas inferiores.[24]
Assim,
vemos que caracterizá-los como “vestigiais” é problemático, uma vez que eles
são totalmente vascularizados e possuem muitas terminações nervosas sensoriais
para o seu papel na prestação de estimulação em contato sexual. Então, por que
é difícil de aceitar ou entender que os mamilos também são órgãos sexuais de
sensibilidade que aumentam a experiência do sexo?
Lembrando
que homens e mulheres foram projetados por um mesmo Designer, isso deve nos dar
algumas dicas sobre por que algumas características são comuns em ambos os projetos.
E uma vez que os mamilos masculinos têm uma função, eles são consistentes com
uma explicação de design. De certa
forma, é compreensível o fato de os evolucionistas terem aversão ao tecido
mamário em homens, visto que eles não conseguem fornecer qualquer tipo de razão
para a existência e persistência de mamilos masculinos após supostos milhões de
anos no cenário evolutivo. Minha sugestão aos evolucionistas é a seguinte: se
conformem com a presença deles, pois eles fazem parte do projeto ideal.
(Everton Alves)
Referências:
[1] Mitchell T. “Why Do Men
Have Nipples?” Answers in Genesis, 2011. Disponível em:
https://answersingenesis.org/human-body/vestigial-organs/why-do-men-have-nipples/
[2] Lawrence E. “Why do men
have nipples?” Nature
News,
1999. Disponível em: http://www.nature.com/news/1999/990805/full/news990805-1.html
[3] Capítulo 4: “Male
nipples and clitoral ripples.” In: Gould SJ. Adam’s Navel and Other Essays. NewYork: Penguin Books, 2000.
[4] Rothenberg R. The Complete Book of Breast Care. New
York: Crown Pub. Inc., 1975.
[5] Holt J. “Unintelligent
Design.” [Ago. 2005]. The New York Times
magazine, 2005. Disponível em: http://www.nytimes.com/2005/02/20/magazine/unintelligent-design.html
[6] Yulsman T. “Why do men
have nipples?” Science Digest 1982;
90(1):104.
[7]
Endersby J. Pointless. [Nov. 1995]. “Last Word.” New Scientist 1995;
Supplement, p. 49.
[8] Carazo P. “Why do
men have nipples?” Mètode News, 2012.
Disponível em: http://metode.cat/en/Metode-s-Whys-and-Wherefores/Per-que-els-homes-tenen-mugrons
[9] Le Page M. “Evolution
myths: Everything is an adaptation.” [Abr. 2008]. Seção: “Life”, New Scientist, 2008. Disponível
em: http://www.newscientist.com/article/dn13615-evolution-myths-everything-is-an-adaptation.html#.VXgBuvlVj2M
[10]
Reis LO, Dias FG, Castro MA, Ferreira U. “Male breast cancer.”
Aging Male. 2011;
14(2):99-109.
[11] Oger AS, Boukerrou M, Cutuli B, Campion L, Rousseau E, Bussières E, Raro P, Classe JM. “Male breast cancer: prognostic factors,
diagnosis and treatment: a multi-institutional survey of 95 cases.” Gynecol Obstet Fertil. 2015; 43(4):290-6.
[12] Haeckel E. The Evolution of Man. 5 ed., vol. 1, New
York: Putnam, 1905, p.269. Disponível em: http://catalog.hathitrust.org/Record/002001069
[13]
Darwin CR. The descent of man, and selection
in relation to sex. Vol.
1, 1 ed. London: John Murray, 1871.
[14] Kunz TH, Hosken DJ. “Male
lactation: why, why not and is it care?” Trends
in Ecology & Evolution 2009; 24(2):80-85.
[15] Anoop TM, Jabbar PK, Pappachan JM. “Lactation associated with a pituitary tumour in
a man.” CMAJ. 2010; 182(6): 591.
[16] Masters W, Johnson V. Human Sexual Response. Boston: Little,
Brown e Co., 1966.
[17] Sloand E. “Pediatric
and adolescent breast health.” Lippincotts
Primary Care Practice 1998; 2(2):170–175.
[18] Sykes PA. “The nerve
supply of the human nipple.” J. Anat.
1969; 105(Pt 1):201.
[19] Robinson JE, Short RV. “Changes
in breast sensitivity at puberty, during the menstrual cycle, and at
parturition.” British Medical
Journal 1977; 1(6070):1188–1191.
[20] Kapdi CC, Parekh NJ. “The
male breast.” Radiology Clinical
North America 1983; 21(1):137–148.
[21] Sarhadi NS, Lee FD. “An
anatomical study of the nerve supply of the breast, including the nipple and
areola.” British J. Plastic Surgery
1996; 49(3):156–164.
[22] Sarhadi
NS, Shaw-Dunn J, Soutar DS. “Nerve supply of the breast with special
reference to the nipple and areola: Sir Astley Cooper revisited.” Clinical Anatomy 1997; 10(4):283–288.
[23] Wuringer E, Mader N, Porsch E, Holle J. “Nerve
and vessel supplying ligamentous suspension of the mammary gland.” Plastic and Reconstructive Surgery 1998; 101(6):1486–1493.
[24] Stoppard M. The Breast Book: The Essential Guide to Breast Care & Breast Health
for Women of All Ages. New York: Dorling Kindersley, 1996.
[25] Zubin J, Money J. Contemporary Sexual Behavior. Baltimore:
Johns Hopkins University Press, 1973.
[27] Aiache AE. “Male chest
correction. Pectoral implants and gynecomastia.” Clinical Plastic Surgery 1991; 18(4):823–828.
[28] Vasconez
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