sexta-feira, abril 29, 2016

National Geographic fala de experiências com a morte

Recheada de testemunhos e relatos de pessoas que passaram pela tal experiência de quase morte (EQM), a matéria de capa da edição de abril da revista National Geographic tem como título “A ciência explica a morte”. Só que, depois da leitura, a gente percebe que não explica coisa nenhuma, e o texto é apenas um apanhado requentado de várias pesquisas e muitas especulações. A verdade é que ninguém sabe o que é a morte nem por que morremos. Não existe explicação naturalista nem científica para esse evento dramático. Prova disso é que a matéria da National Geographic, como eu disse, está rechegada de experiências de pessoas que juram ter se “desprendido” do corpo ou caminhado pelo famoso túnel de luz. Fala em ciência, mas menciona espíritos e coisas do tipo, e deixa no ar uma sensação de mistério em lugar de explicações científicas. Só que há dois tipos de explicação para as EQMs: uma científica e outra teológica. Vamos lá.     

Uma pesquisa da Universidade do Kentucky, em Lexington (EUA), fez uma experiência de monitoramento cerebral. Eles descobriram que as situações de proximidade com a morte, durante um sono induzido por anestesia, ativam os mesmos mecanismos neurológicos que entram em ação quando uma pessoa tem sonhos lúcidos, com plena consciência do que está sonhando. Ambos seriam estimulados pelo córtex dorsolateral pré-frontal, uma área que normalmente só funciona quando estamos acordados.

O coordenador do estudo, Kevin Nelson, disse que os resultados da pesquisa indicam que uma “intrusão” do estado de sono REM contribui para as sensações de “quase morte”. “Vejo (o fenômeno) como uma ativação de certas regiões do cérebro que também estão ativas durante o estado de sonho”, disse Nelson ao jornal britânico Daily Telegraph.

Na Califórnia, existe o Centro de Pesquisas de Experiências Fora-do-corpo (OOBE Research Center, na sigla em inglês), especializado no assunto. Com base no estudo de Kentucky, os pesquisadores da Califórnia conduziram um estudo com quatro grupos de voluntários, cada grupo tendo entre 10 e 20 integrantes. Os participantes foram colocados para dormir, com a condição de imaginarem ao máximo a ideia de estarem entrando por um túnel com fim luminoso e tentarem sonhar com isso. Dezoito voluntários afirmaram terem sido capazes de sonhar com isso. Outros, embora não tenham conseguido, tiveram a experiência de “sair do corpo”, vendo a si mesmos flutuando e, às vezes, tendo a visão de um ente querido já falecido.

Entre os que “saíram do corpo”, o momento da ocorrência foi mensurável: em geral, acontecia durante a tênue linha entre estar acordado e adormecido. Isso se observou como ponto em comum entre todos os participantes, o que indica, segundo os pesquisadores, que se trata de um mecanismo cerebral pré-programado – tudo pode ser apenas um reflexo condicionado do cérebro, que gera um sonho com extremo realismo.

Um grupo de médicos da Universidade George Washington percebeu que a atividade cerebral de pessoas que estavam morrendo ia ficando cada vez menor. Mas, nos últimos momentos antes da morte, o córtex cerebral (área responsável pela consciência) simplesmente disparava, e permanecia 30 a 180 segundos num nível muito mais alto, antes de cessar de vez. Isso acontece porque, quando os neurônios ficam sem oxigênio, perdem a capacidade de reter energia e começam a disparar em sequência – num efeito dominó que poderia provocar alucinações. “Isso pode explicar as experiências extracorpóreas relatadas por pacientes que quase morreram”, afirma o estudo assinado pelos médicos.

Mas por que é tão comum o relato do tal túnel de luz? Vou tentar explicar com outro caso de uma pessoa que esteve à beira da morte e voltou para contar a história.

Orlando Mário Ritter é adventista do sétimo dia de nascimento e pastor há vários anos. Em 2014, devido a um sério problema de saúde, ele teve que passar por várias cirurgias, uma particularmente delicada que quase o levou à morte (leia o relato aqui). Sobre essa experiência, ele conta o seguinte: “Um médico espiritualista me perguntou, depois de uma breve explicação sobre minha ‘quase morte’: ‘Você passou pelo túnel de luz? Você viu os espíritos?’ E eu respondi: ‘Sim, passei pelo túnel de vidro, mas não vi nenhum espírito.’ Ele tornou a perguntar: ‘O que você viu, então?’ O que eu ‘vi’ de forma surpreendentemente clara – e não foi por pouco tempo – foi a história da humanidade, conforme o relato bíblico. Vi desde o fim do dilúvio até momentos antes da volta de Cristo, quando o mar começava a engolir as ilhas e cidades costeiras, até que subitamente tudo ficou escuro e não vi mais nada.”

O médico então perguntou novamente para o pastor Orlando: “Você não viu a luz no fim do túnel?” E ele respondeu que havia “visto” cenas incríveis da História, mas não luz alguma no fim do túnel. Então o médico explicou o que ocorre nesse estado de “quase morte”: conforme vai diminuindo a oxigenação do cérebro, começam a surgir imagens vindas do subconsciente na forma de “túnel”, e provavelmente ele não tenha visto o fim do túnel porque sua condição de oxigenação melhorou e o “sonho vívido” foi forte o suficiente para ficar gravado, mas sem ser finalizado.

Para o pastor Orlando, que também é formado em Química e Pedagogia, os sonhos podem revelar imagens que estão latentes no subconsciente e que, no caso dele, não incluíam “espíritos” de forma alguma, já que sua formação está alicerçada na Bíblia Sagrada.

A maioria das pessoas tem algum tipo de visão espiritualista da vida, ainda que sejam católicas ou evangélicas, já que essas correntes religiosas acreditam na imortalidade da alma e na existência de “espíritos”. Acreditam também em conceitos equivocados a respeito de céu e inferno, e são frequentes relatos de crentes que dizem ter sonhado com esses lugares mitológicos.

Também não podemos descartar a atuação do inimigo de Deus na mente das pessoas, no sentido de ajudar a reforçar e dar publicidade à sua mentira de que o ser humano possuiria imortalidade incondicional.

Uma pessoa cuja mente foi alimentada com as verdades da Palavra de Deus, segundo a qual os mortos estão como que dormindo aguardando a ressurreição por ocasião da volta de Jesus (veja o vídeo abaixo), dificilmente verá túneis de luz e espíritos.

Michelson Borges


Vida começa com um clarão de luz

Faíscas da fecundação do óvulo
A vida humana começa com um clarão de luz, no momento em que o espermatozoide encontra o óvulo. Foi o que cientistas da Northwestern University, em Chicago, nos Estados Unidos, mostraram pela primeira vez, capturando em vídeo os incríveis “fogos de artifício”. Em reportagem do The Telegraph, os pesquisadores explicam que uma explosão de pequenas faíscas irrompe do óvulo no exato momento da concepção. Cientistas já viram o fenômeno em outros animais, mas é a primeira vez que se comprova que isso também acontece com os humanos. O brilho ocorre porque quando o espermatozoide se insere no óvulo ocorre um súbito aumento de cálcio que desencadeia a liberação de zinco. Quando o zinco é solto, prende-se a pequenas moléculas que emitem uma fluorescência que pode ser captada por câmeras microscópicas. Não se trata apenas de um incrível espetáculo, que destaca o momento em que uma nova vida começa, como também o tamanho do brilho pode ser usado para determinar a qualidade do óvulo fertilizado.

Os pesquisadores reportaram que alguns óvulos brilham mais do que outros e isso se relaciona com a sua maior propensão a gerar um bebê saudável. “Foi memorável”, disse Teresa Woodruff, uma das autoras do estudo, ao jornal britânico. “Descobrimos as faíscas de zinco há apenas cinco anos em camundongos. Ver o mesmo acontecer em óvulos humanos foi de tirar o fôlego.”

“Toda a biologia começa na fecundação, mas ainda assim não sabemos quase nada sobre os eventos que acontecem na fecundação humana”, disse Woodruff.

No experimento, os cientistas usaram enzimas de espermatozoides em vez dos próprios espermatozoides para ver o que acontece no momento da concepção.

O estudo foi publicado em 26 de abril na revista Scientific Reports. Assista a um vídeo sobre a descoberta da Northwestern University:


Médico demitido por se posicionar contra homossexualidade

Proibido opinar
Em 2015, Kelvin Cochran, chefe dos bombeiros de Departamento de Bombeiros de Atlanta, Georgia, foi demitido após escrever um livro sobre o pecado original e suas consequências. Entre as afirmações, ele classifica a homossexualidade e o lesbianismo como “perversão sexual”. Por causa dos protestos de grupos LGBT, ele acabou sendo demitido. Diferentemente do Brasil, nos Estados Unidos, não existe a mesma estabilidade dos concursos públicos. Agora, o doutor Eric Walsh [foto ao lado] é quem luta na justiça contra sua demissão. Funcionário do Departamento de Saúde Pública da Geórgia, o motivo de sua exclusão do quadro funcional do Estado é o fato de ele ser pastor e pregar contra a homossexualidade [note: não contra os homossexuais]. Além de médico, ele foi ordenado [ao ministério] pela Igreja Adventista do Sétimo Dia e seus sermões estão disponíveis no YouTube.

Além de ser formado em Medicina, ele possui doutorado em Saúde Pública. Trata-se de um profissional reconhecido, tendo sido parte do Conselho Consultivo sobre o HIV/AIDS do presidente Barack Obama.

Seus advogados estão processando o governo da Georgia, baseados em uma Lei de Direitos Civis, de 1964, que proíbe decisões de empregadores que tenham como base motivos religiosos.

Documentos que foram divulgados pela sua defesa e comprovam que funcionários do Departamento de Saúde usaram como “prova” os sermões do pastor, nos quais ele defende o casamento tradicional. Para o médico, trata-se de algo orquestrado por militantes LGBT que já se manifestaram contra ele em um evento numa universidade.

O processo está em andamento desde 2014 e na época Walsh afirmou em comunicado que não “podia acreditar” que sua demissão foi por motivos alheios ao serviço. “Sou filho de uma mãe solteira que sempre me ensinou qual era a nossa fé. Aprendi na igreja a importância de estudar e esses valores [cristãos] me levaram a querer servir aos necessitados. Foi por isso que me tornei médico e continuarei divulgando minha crença. A minha fé é importante para mim; frequentemente falo sobre ela em igrejas e conferências”, disse.

E acrescentou: “Eu não posso acreditar que eles me demitiram por causa de coisas que eu falei em meus sermões. Não consegui mais emprego na saúde pública desde então. Ao rever meus sermões, me demitiram por causa das minhas crenças religiosas. O Estado da Geórgia destruiu a minha carreira no serviço público.”

Jeremy Dys, um dos advogados de Walsh, afirmou à imprensa: “Se é permitido ao governo demitir alguém com base no que disse em um sermão, então poderão vir atrás de qualquer um de nós por causa de nossas crenças... Precisamos garantir que cada cidadão tenha o direito de falar sobre sua fé na igreja, sem ser demitido ou impedido de trabalhar no serviço público.” 

quinta-feira, abril 28, 2016

Amor de mãe faz cérebro do filho se desenvolver mais

A importância dos primeiros anos
A autora que liderou o estudo, a psiquiatra infantil Joan Luby, da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, descobriu que uma importante área do cérebro cresce duas vezes mais rápido em crianças cujas mães demonstravam afeto e apoio emocional, em comparação com as que eram mais distantes e frias. Imagens do cérebro mostraram que esse tipo de criação era mais benéfica para crianças com menos de seis anos – e que mesmo que uma mãe se torne mais afetuosa quando a filha ou filho é um pouco mais velho, não é possível compensar os anos em que esse amor foi negligenciado. Segundo Joan, o estudo sugere que isso ocorre porque há um período crucial em que o cérebro responde mais ativamente ao apoio materno, provavelmente por conta da maior plasticidade do cérebro quando as crianças são mais novas. Ou seja, esse amor materno é ainda mais importante nos primeiros anos de vida.

A pesquisa foi feita com 127 crianças, que faziam periodicamente exames de ressonância magnética no cérebro desde que começaram a frequentar a escola até a adolescência. Para qualificar o tipo de mãe, os pesquisadores a gravavam em uma situação em que ela tinha de fazer alguma tarefa estressante na presença dos filhos. Pediam às mães que concluíssem essas tarefas e, enquanto isso, davam aos filhos um presente em um pacote bem atrativo, que os filhos não podiam abrir imediatamente.

Situações similares ocorrem várias vezes ao dia em qualquer família, especialmente com crianças pequenas, que demandam atenção em momentos que, por um motivo ou outro, a mãe não pode dar. Seja porque está trabalhando em casa ou cuidando de outro filho.

Os pesquisadores explicaram que a razão por trás desse tipo de teste é que essas situações são enfrentadas diariamente por muitas mães e são verdadeiros desafios às habilidades maternas.

As mães que conseguiam manter o autocontrole e completar a tarefa, enquanto ofereciam algum tipo de apoio emocional ao filho, foram classificadas como mais afetuosas e mais acolhedoras. Já as que desprezavam ou ignoravam as crianças ou as que agiam de maneira punitiva recebiam notas menores do quesito apoio emocional.

As ressonâncias mostraram o impacto dessa diferença de comportamento materno no hipocampo das crianças – uma área no cérebro localizada nos lobos temporais, que é responsável por habilidades como memória, aprendizado e controle das emoções.

“Pequenas mudanças no apoio emocional geram grandes diferenças no resultado final. A relação entre uma criança e a mãe durante o período pré-escolar é vital, e ainda mais importante do que quando a criança é maior”, disse a psiquiatra ao site especializado em ciência Science Daily. “Acreditamos que isso se deve a uma maior plasticidade cerebral quando a criança é menor, o que significa que o cérebro é afetado mais fortemente por experiências no começo da vida. Isso sugere que é vital que crianças recebam apoio emocional e afeto nesses primeiros anos.”

A pesquisa mostrou ainda que a trajetória de crescimento do hipocampo estava associada com um desenvolvimento emocional mais saudável quando as crianças passavam para a adolescência.

De acordo com Joan, a pesquisa sugere que talvez seja possível ajudar as crianças a irem melhor na escola, a lidar melhor com a vida adulta e a se desenvolverem de maneira saudável ajudando os pais a aprenderem a oferecer mais apoio e afeto nos primeiros anos dos filhos. “Também sabemos que fornecer esse apoio aos pais pode ter um impacto positivo em outras características do desenvolvimento infantil, sejam comportamentais ou de adaptação. Então, temos uma razão muito lógica para encorajar políticas que ajudem os pais a oferecer mais apoio emocional aos filhos”, afirma a psiquiatra. [Na foto acima, a atleta americana Alysia Montano está com sua filha, Linnea Dori.]


Nota: No século 19, Ellen White, com base em princípios bíblicos, já falava sobre a importância dos primeiros anos de uma criança na formação dela e as consequências disso para toda a vida, e falava também sobre o papel importantíssimo e incomparável da mãe na formação dos filhos. Clique aqui e leia um texto importantíssimo. [MB]

Malásia: “aparição misteriosa” e fenômenos em escola

Assombração?
Uma escola no norte da Malásia foi temporariamente fechada depois do que a imprensa local chamou de um caso de “histeria coletiva”. O problema começou na semana passada, quando vários estudantes e professores de uma escola na cidade de Kota Bharu alegaram ter visto espíritos ou ter vivenciado experiências sobrenaturais. A escola, chamada SKM Pengkalan Chepa 2, fica no Estado de Kelantan, uma região muito tradicional e de religiosidade marcante. Autoridades do setor educacional decidiram fechar a escola e chamar especialistas em tradição islâmica, acadêmicos e até feiticeiros para fazer sessões de orações e “exorcismos”. No domingo, a escola foi reaberta e as autoridades disseram que a situação voltou ao normal. No entanto, nem todas as perguntas relativas ao episódio foram respondidas e o caso ainda desperta muito interesse no país.

Na semana passada, um pequeno grupo de estudantes começou a alegar que tinha visto uma “silhueta escura” nos corredores da escola. Depois disso, mais estudantes e até professores disseram ter visto a mesma figura ou sentido uma presença sobrenatural na escola. Uma professora disse ao canal local Astro Awani que sentiu uma presença “pesada” se agarrando a ela. Outra afirmou que uma “silhueta escura” estava tentando entrar no corpo dela. Um estudante disse ao jornal local Sinar Harian que sentiu dormência nas mãos enquanto sua mente estava “dispersa”. Uma funcionária da escola confirmou à BBC que cerca de cem pessoas, a maioria estudantes, foram afetadas. “Nossos estudantes foram possuídos e perturbados (por esses espíritos). Não sabemos exatamente por que aconteceu. Não sabemos o que nos afetou”, disse a funcionária, sem se identificar. “Mas o lugar é meio velho e crianças às vezes são desobedientes, às vezes elas jogam o lixo dentro da escola. Talvez elas tenham acertado alguns ‘djinns’ (fantasmas) e ofendido os espíritos.”

A escola fechou na quinta-feira e convidou religiosos islâmicos a recitar o Corão e fazer orações dentro de suas instalações. Autoridades locais também estão enviando consultores para a escola nesta semana. Já o Departamento Estadual de Educação de Kelantan não respondeu aos pedidos de entrevista da BBC.

Com base nas informações da imprensa, Robert Bartholomew, sociólogo que pesquisou histeria coletiva na Malásia, disse à BBC que este é um caso típico: histeria coletiva (ou ilusão coletiva) é definida por crenças falsas ou exageradas se espalhando rapidamente dentro de uma população. Tais episódios geralmente ocorrem dentro de pequenos grupos de pessoas, todas muito próximas, em ambientes fechados.

Vários casos famosos de histeria coletiva já foram registrados no mundo todo, inclusive um suposto “surto de dança” séculos atrás, quando pessoas começavam a dançar incontrolavelmente durante horas.

Em 2012, a cidade de LeRoy, em Nova York, EUA, foi parar no noticiário depois que estudantes começaram a apresentar estranhos tiques ou momentos de fala ininterrupta, sem nenhuma causa aparente. Depois, o Departamento Estadual de Saúde de Nova York descobriu que os estudantes afetados, em sua maioria meninas, estavam sofrendo de uma espécie de “distúrbio de conversação”, uma forma de histeria coletiva. [...]

“Malaios são suscetíveis por causa de suas crenças em uma variedade de espíritos”, acrescentou Bartholomew, afirmando ainda que geralmente esses incidentes ocorrem mais em colégios internos femininos, que são os mais severos. Medos ou crenças já existentes com frequência influenciam o que as pessoas apontam como causas para a histeria coletiva. [...]


Nota: É o mesmo de sempre: chamam um “especialista” que não estava no local e ele tenta colocar panos quentes buscando alguma explicação cética. Independentemente de ter isso um fenômeno espiritualista ou não, uma coisa fica clara: se uma “aparição sobrenatural” foi capaz de causar tanto alarde num país muçulmano, imagine se isso começar a acontecer com mais frequência e se até mesmo “extraterrestres” entrarem no “jogo”, como já vimos aqui... De uma forma ou de outra, o grande engano edênico (de que o ser humano seria imortal) se espalha mais e mais pelo mundo. [MB]

O fim depende do começo

Harmonia impressionante
Existe relação entre os primeiros e os últimos capítulos do Livro sagrado do cristianismo? As evidências bíblicas e científicas confirmam a literalidade da semana da criação?    

[Este artigo foi escrito por meus alunos de pós-graduação Márcio Tonetti, Reisner Martins, Sueli Ferreira de Oliveira, Ulisses Arruda e Valter Cândido. - MB]

A crença de que a semana da criação narrada no primeiro livro da Bíblia representaria um período de longas eras (ou de milhões de anos, segundo a cronologia evolucionista) se popularizou no meio cristão. Uma forte evidência disso é que já existem igrejas nos Estados Unidos que anualmente participam das comemorações do dia dedicado a Darwin (12 de fevereiro). Embora continuem atribuindo a Deus a origem da vida no planeta, os adeptos da evolução teísta não veem os "dias" descritos nos primeiros capítulos de Gênesis como períodos de 24 horas.

O Brasil quer se antecipar às profecias?

Manifestantes protestam
De acordo com o cenário pintado e antecipado pelo profeta João, no livro do Apocalipse, no fim dos tempos assistiremos a um ataque à democracia e às liberdades individuais, com o poder representado pela “besta” (Apocalipse 13) impondo um sistema de adoração e um dia não bíblico de repouso (confira aqui). Claro que essas imposições virão de uma potência mundial, mas no Brasil já tem gente querendo se antecipar às profecias. Pelo menos é o que parece, quando tomamos conhecimento de que uma deputada propôs prisão para quem “falar mal” de políticos na internet! Duvida? Assista aqui. E, como se não bastasse isso, deputados de Alagoas aprovaram lei que pune professores que manifestarem opinião em sala de aula. Duvida também? Veja aqui. A partir de agora, os professores de lá não podem mais opinar sobre política, religião ou qualquer outra “ideologia”, sob pena de até serem demitidos. Nos quesitos desigualdade social, corrupção, licenciosidade, injustiças e outros, já estamos entre os campeões. Será que vamos querer, também, bater recordes de intolerância e voltar a uma ditadura? [MB] 

quarta-feira, abril 27, 2016

A Bíblia é realmente muito antiga



Sempre surge alguém tentando descaracterizar a Bíblia Sagrada, argumentando que seu texto seria muito mais recente do que se crê e que, portanto, suas profecias não seriam realmente predições, mas histórias redigidas depois que os acontecimentos tiveram lugar.

Quanto ao Antigo Testamento, nunca é demais destacar a importância dos Manuscritos do Mar Morto. Até meados de 1947, o manuscrito mais antigo disponível no qual era baseada toda a tradução do Antigo Testamento datava de algo em torno do ano 900 depois de Cristo. Havia um lapso quase instransponível entre os originais perdidos e a única cópia à disposição dos acadêmicos. É bem no meio desse vasto e largo abismo que surgem os famosos Manuscritos do Mar Morto, descobertos acidentalmente em 1947 por um pastor de cabras, na região do Mar Morto, na Jordânia.

terça-feira, abril 26, 2016

A Bíblia teria sido escrita antes do que pensávamos

Inscrições ajudam no estudo da Bíblia
Mesmo quem não tem religião conhece a influência gritante que a Bíblia exerce na sociedade ocidental há pelo menos três mil anos. Agora, uma pesquisa publicada no periódico PNAS promete mudar o que sabíamos sobre o texto sagrado do Cristianismo. Um time de pesquisadores, formado por matemáticos e arqueólogos, está usando inteligência artificial para criar uma estimativa de quantas pessoas poderiam ler e escrever durante certos períodos da Antiguidade. Conduzido pela matemática Shira Faigenbaum-Golovin, da Universidade de Tel Aviv, o grupo desenvolveu novas técnicas de processamento de imagens e reconhecimento de caligrafia. A tecnologia foi utilizada para investigar 16 inscrições que foram encontradas em um forte em Arad, próximo ao Mar Morto. 

Datadas de 600 antes de Cristo, as inscrições detalham alguns comandos militares comuns e pedidos de suprimentos. Foram escritos em um tipo de cerâmica chamada ostraca durante o período do Primeiro Templo, 24 anos antes que o Reino de Jerusalém fosse conquistado pelo reinado babilônico. Até aí, tudo bem: a maioria dos pesquisadores concorda que os textos mais antigos são dessa época, representando que uma pequena elite estaria lendo e escrevendo nesse período. Mas será mesmo?

Para tirar a dúvida, os pesquisadores recuperaram as inscrições usando os processadores de imagem e, então, utilizando a ferramenta de reconhecimento de caligrafia para determinar quantas pessoas realmente escreveram na cerâmica. Segundo o Gizmodo, “a análise revela pelo menos 16 autores diferentes na ostraca. Ao examinar o conteúdo do texto, os pesquisadores identificaram todas as posições militares de comando”. Arie Shaus, uma das matemáticas da pesquisa, explica: “Até os comandantes de nível mais baixo podiam se comunicar por meio da escrita. Foi bastante surpreendente.”

Logo, se até os militares de patente mais baixa conseguiam ler e escrever por volta dos anos 600 a.C., é possível entender que a “proliferação da literatura” já havia ocorrido muito antes, e que isso traz implicações para quando os primeiros livros da Bíblia foram escritos. Já que os escritos mais antigos representavam as ideologias políticas e teológicas dos autores, pondera Israel Finkelstein, “faz sentido pensar que pelo menos os literatos poderiam lê-los. Se um grande número de pessoas pudesse ler o texto, seria mais fácil distribuir essas ideias para a população”.

Isso pode empurrar a origem dos primeiros textos bíblicos pelo menos duzentos anos para o passado. Mas para chegar mais perto de respostas mais concretas, os pesquisadores estão trabalhando no desenvolvimento de mais ferramentas que possam esmiuçar o quanto puderem de textos antigos. Com sorte (e mais evidências), talvez seja possível descobrir realmente quando os textos foram originados. Resta esperar para ver. 


Nota: Podem ainda não ser as cronologias mais precisas, mas já servem para silenciar alguns críticos defensores da ideia de que a Bíblia teria sido resultado de uma composição bem mais recente do que se crê. Ela é, sim, um documento histórico bastante antigo, o que chama ainda mais atenção para suas profecias detalhadas e precisamente cumpridas, embora tenham sido escritas séculos e até milênios antes de seu cumprimento. [MB]


segunda-feira, abril 25, 2016

Utah: pornografia é problema de saúde pública

Um vício que ganha o mundo
Utah se tornou o primeiro Estado norte-americano a declarar a pornografia um problema de saúde pública. Segundo o governador, Gary Herbert, que sancionou a nova lei, o objetivo é “proteger nossas famílias e nossa juventude”. [...] Um representante da indústria pornográfica chamou a lei de “antiquada”. Segundo o texto, a pornografia “perpetua um ambiente sexualmente tóxico” e “contribui para a hiperssexualização dos adolescentes, e até das crianças na pré-puberdade, na nossa sociedade”. A lei defende mudanças nos campos da “educação, prevenção, pesquisa e políticas em nível social e comunitário” contra o que chamou de epidemia. [...] Em 2009, um estudo da Escola de Negócios da Universidade de Harvard disse que Utah era o Estado com o maior percentual de usuários de pornografia online nos Estados Unidos. [...] A Free Speech Coalition, uma associação da indústria pornográfica, reivindicou maior abertura ao diálogo. “Devemos viver em uma sociedade em que a sexualidade é falada abertamente, e discutida de forma educada e nuançada, mas nunca estigmatizada”, afirmou Mike Stabile, porta-voz do grupo. [...]


Nota: Depois de muitos anos e muito sofrimento, foi tomada a decisão de advertir os consumidores de tabaco quanto à periculosidade do hábito de fumar. A nicotina nos cigarros vicia e destrói a saúde. Aos poucos, o álcool também vai sendo visto como inimigo da saúde, das famílias e da sociedade. E campanhas vão sendo feitas contra os dois: cigarro e bebidas alcoólicas. Quanto tempo mais será necessário para que se tomem medidas efetivas contra a pornografia? O problema não se restringe a Utah. Na verdade, essa epidemia tomou o mundo. Por meio da internet, as crianças têm acesso muito fácil a esse tipo de conteúdo, e milhares delas, talvez milhões estão viciadas em pornografia. Por isso, chega a ser revoltante a hipocrisia da Free Speech Coalition. É preciso falar abertamente sobre sexualidade? Claro que sim, mas da maneira certa e no momento certo. Sexualidade é um dom de Deus para ser desfrutado no casamento. E pesquisas mostram que somente assim ele é desfrutado plenamente, sem peso na consciência e com garantia de saúde física e emocional. É ridículo a bilionária indústria pornográfica falar em sexualidade, quando o que eles veiculam é adultério, perversão e vício.

A ex-atriz pornô Shelley Lubben, em seu livro Truth Behind the Fantasy of Porn (A Verdade por Trás da Fantasia da Pornografia), afirma que a pornografia é “a maior ilusão do mundo”. Segundo ela, muitas mulheres desse universo bebem e usam drogas para poder fingir que gostam do que fazem. Embora a indústria do sexo tente pintar outra realidade, Shelley revela que “as mulheres estão com uma dor indizível por ser espancadas, cuspidas e xingadas. [...] Pornografia é nada mais do que sexo falso, contusões e mentiras em vídeo”. 

Um grande número de jovens consumidores de pornografia na internet está sofrendo de ejaculação precoce, ereções poucos consistentes e dificuldades de sentir desejo com parceiras reais, é o que afirma reportagem publicada na revista Psychology Today. Pesquisa feita pela Universidade de Pádua, na Itália, indicou que 70% dos homens jovens que procuravam neurologistas por ter um desempenho sexual ruim admitiam o consumo frequente de pornografia na internet.

Outros estudos de comportamento sugerem que a perda da libido acontece porque esses grandes consumidores de pornografia estão abafando a reposta natural do cérebro ao prazer. Anos substituindo os limites naturais da libido por uma intensa estimulação acabariam prejudicando a resposta desses homens à dopamina. Esse neurotransmissor está por trás do desejo, da motivação – e dos vícios. Ele rege a busca por recompensas. Uma vez que o prazer está fortemente ligado à pornografia, o sexo real parece não oferecer recompensa. Então essa seria a causa da falta de desejo em muitos homens.

A socióloga americana Gail Dines é uma das fundadoras do movimento Stop Porn Culture, dá aulas de sociologia e gênero na Faculdade Wheelock, em Boston, e é uma grande crítica da indústria pornográfica. Ela é autora do livro Pornland e destaca que a pornografia relaciona sexualidade ao menosprezo pelas mulheres. “É uma combinação muito ruim, especialmente quando pensamos que os meninos veem pornografia pela primeira vez por volta dos 13 anos”, diz ela. “O que significa para um menino que ainda está desenvolvendo sua sexualidade ver esse tipo de pornografia?”, pergunta Gail. “Quanto mais erotizamos essas imagens, mais dizemos aos homens que é dessa maneira que eles devem tratar as mulheres, que eles devem achar isso excitante. E os garotos vão construir sua identidade sexual em torno dessas imagens.”

A ex-atriz pornô Jennifer Case admite que os consumidores de pornografia têm parte da culpa pelas mazelas sofridas pelos envolvidos com esse mundo, mas ela diz que compreende que só com a ajuda de Deus os homens conseguem sair do vício, assim como foi com a ajuda de Deus que ela deixou essa indústria. Ela diz o seguinte aos homens: “Se você está vendo pornografia ou está viciado em pornografia, você está tentando encher um vazio dentro de você que só Deus pode preencher. Toda vez que você vê pornografia, você está aumentando o vazio, e você destruirá sua vida.” Ela diz ainda que a pornografia é “maligna” e “é uma droga, veneno e mentira”. “Se você pensa que poderá guardá-la no escuro, Deus a tirará para fora, para a luz, para deter você e curar você. [...] Atores e atrizes pornôs morrem o tempo todo de aids, overdose de drogas, suicídio, etc. Por favor, parem de olhar pornografia!”, apela Jennifer.

Como qualquer vício, o da pornografia geralmente começa com o descuido e a curiosidade e vai se aprofundando, até que a pessoa se dá conta de estar escravizada pelo hábito destrutivo. Só com a ajuda de Deus se pode conseguir a libertação do vício. Portanto, se você vive esse drama, intensifique sua comunhão com Deus por meio da oração sincera, do estudo devocional diário da Bíblia, das boas companhias e da frequência regular à igreja. Quando Jesus controla nossa mente, os pensamentos e desejos se tornam puros e corretos. [MB]

Grupo acha fóssil inédito de peixe com coração fossilizado

Grau de preservação impressionante
Um coração fossilizado de um peixe com 100 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] foi achado na Chapada do Araripe, na cidade do Crato, interior do Ceará. A descoberta foi anunciada [na] quarta-feira (20) na revista eLife. De acordo com a revista, a imagem digitalizada da descoberta mostra o coração fossilizado em três dimensões perfeitamente preservado do peixe com cerca de 113 a 119 milhões de anos de idade [idem], encontrado no Brasil, chamado Rhacolepis. De acordo com a eLife é a primeira vez na história que se tem certeza da descoberta de um coração fossilizado de um vertebrado. Segundo a publicação, a descoberta demonstra o potencial para mais descobertas dessa natureza, permitindo que mais discussão sobre a anatomia comparada dos órgãos moles em organismos extintos e como eles evoluíram ao longo do tempo.

Para José Xavier Neto, do Laboratório Nacional de Biociências Brasileira, encontrar um coração fossilizado completo em um peixe quase 120 milhões de anos é considerado um “grande avanço” para os estudos na área no Brasil. Também participaram da equipe que descobriu o fóssil Lara Maldanis da Universidade de Campinas, Vincent Fernandez da Facilidade Europeia Síncrotron Radiação e colegas do Brasil e da Suécia.

“Pela primeira vez, nós realmente temos um ponto de dados para estudar a anatomia em detalhe de um coração fossilizado em um grupo extinto de peixes da Chapada do Araripe”, declarou o pesquisador José Xavier.
  

Nota: Já é impressionante a quantidade de fósseis marinhos encontrados lá em Crato, região tão distante do mar. Agora, explicar a preservação de tecidos moles, sem que tenha sido por um evento hídrico catastrófico, isso, sim, é que é difícil! Ou esses animais poderiam ter “esperado” tempo suficiente no ambiente até que fossem fossilizados, sem que seu coração se decompusesse? [MB]

domingo, abril 24, 2016

Acordo climático abre espaço para autoridade mundial

Comemoração pelo acordo aprovado
[É interessante conferir a posição deste site evangélico com respeito à assinatura do acordo climático no dia 22. Meus comentários seguem logo após o texto. – MB]

Vocês se lembram do fracassado Tratado de Copenhague? Mais uma vez os globalistas e eco-fascistas querem impor goela abaixo esse tratado que visa a facilitar ainda mais sua interferência nas soberanias nacionais, abrir espaço para a criação de uma autoridade única mundial e, é claro, gerar mais lucros. Tudo isso usando como justificativa a farsa do aquecimento global. Mais de 150 países [assinaram na] sexta-feira (22) o acordo sobre mudanças climáticas fechado em dezembro do ano passado em Paris, durante a COP 21. A assinatura [foi feita] em uma cerimônia na sede da ONU, em Nova York, na qual [havia] mais de 60 chefes de Estado e de governo, entre eles a brasileira Dilma Rousseff. Nunca antes na história da organização se tinha alcançado um número tão alto de países que assinam uma convenção internacional no primeiro dia em que fica aberta para assinatura.

Entre os signatários [estavam] algumas das maiores potências industriais do mundo e vários dos principais emissores de gases do efeito estufa, como China, Estados Unidos, Índia, Japão e vários países da União Europeia. O acordo é o primeiro pacto universal de luta contra a mudança climática de cumprimento obrigatório e determina que seus 195 países signatários ajam para que a temperatura média do planeta sofra uma elevação “muito abaixo de 2 °C”, mas “reunindo esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5 °C”.

A adoção do texto de Paris, que colocou fim a anos de complexas e trabalhosas negociações, “não quer dizer que as partes aderem automaticamente ao acordo”, lembra Eliza Northrop, do World Resources Institute. Ainda são necessárias duas etapas: a assinatura (aberta de sexta-feira até abril de 2017) e a ratificação em função das regras nacionais (votação pelo parlamento, decreto, etc.). Formalmente, para entrar em vigor, o acordo de Paris precisa ser ratificado por 55 países que representem 55% das emissões mundiais de gases de efeito estufa. [...]

A partir [da] sexta, o acordo precisa ser submetido, a “ratificação, aceitação ou aprovação” dentro de cada país. Isso significa que, em países como os Estados Unidos – onde o Congresso de maioria republicana resiste a aprovar medidas de corte de emissão, as decisões podem ser implementadas por decretos presidenciais – sem a aprovação de leis no sentido estrito, envolvendo decisões do poder legislativo.

Esse subterfúgio jurídico desfaz um nó que durou décadas na negociação do acordo do clima, com a União Europeia, o Brasil e outros grandes emissores exigindo um acordo “legalmente vinculante”, e os EUA se esquivando.

Nota: Para dar uma força aos líderes que participaram da reunião na ONU, o papa Francisco, grande promotor do combate ao aquecimento global, tuitou neste fim de semana: “Uma verdadeira abordagem ecológica sabe cuidar do ambiente e da justiça, ouvindo o clamor da terra e o clamor dos pobres”, e: “As mudanças climáticas constituem hoje um dos principais desafios para a humanidade, e a resposta requer a solidariedade de todos.” Quer por solidariedade e união de todos, quer por decretos presidenciais, uma coisa é certa: o ECOmenismo avança a passos largos e, para que não se esqueça, uma das propostas do papa para ajudar a conter esse problema ambiental que estaria ameaçando a vida neste planeta, é justamente o descanso dominical, a fim de que a Terra possa “descansar”. Está lá da encíclica Laudato Si, documento que vem sendo estudado por muitas pessoas e organizações ao redor do mundo. Será que chegaremos ao ponto em que um decreto presidencial obrigará as pessoas a descansar no domingo para o “bem de todos”? Alguns “ensaios” locais já vêm sendo feitos. Na ONU, Ban Ki-Moon chegou a dizer que estamos em uma corrida contra o tempo” (confira). [MB]

quinta-feira, abril 21, 2016

Cantor Prince conheceu a mensagem adventista

Ele cantou sobre a volta de Jesus
Morreu hoje, aos 57 anos, o famoso cantor Prince, popstar quase tão famoso em anos passados quanto Michael Jackson. Prince teve contato com a mensagem adventista na infância, e manifestou grande fé ao dizer à mãe: “Mãe, eu não vou mais ficar doente” (ele teve crises epiléticas). Ela perguntou por que, e ele respondeu: “Porque um anjo me disse isso.” O cantor se tornou testemunha de Jeová em 2001 (embora tenha dito ao The New Yorker que não via isso como realmente uma conversão), e escreveu muitas vezes sobre Deus, fé e vida após a morte. Uma de suas músicas parece refletir sua fé adventista da infância, em oposição a algumas crenças jeovistas. Trata-se de “The Cross” (A Cruz), do álbum “Sign of the Times” (Sinais dos Tempos). As testemunhas de Jeová ensinam que Jesus foi morto numa estaca e não na cruz (confira aqui), e Sign of the Times é o nome de uma conhecida e tradicional publicação adventista do sétimo dia.

Uma parte da letra dessa música diz o seguinte, numa tradução livre: “Dia negro, noite de tempestade. / Sem amor, sem esperança à vista. / Não chore, Ele está vindo. / Não morra sem saber da cruz.”

Além de mencionar a cruz, Prince se refere à futura volta de Jesus, algo em que os jeovistas também não creem, pois advogam que Jesus teria voltado de maneira invisível em 1914 (confira aqui).

A experiência religiosa de Prince nos faz pensar em quantas pessoas – os mais diversos tipos de seres humanos – já tiveram contato com a mensagem da volta de Jesus e com as verdade bíblicas ensinadas pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. Espero que o cantor tenha morrido em paz com Deus e que, quando a tempestade desta vida passar, ele possa ressuscitar para a eternidade ao lado dAquele que deu a vida na cruz para salvar pessoas como ele e como eu.

(Michelson Borges, com informações do site Alabama)

quarta-feira, abril 20, 2016

A semente que “se disfarça” de fezes

O rola-bosta dá uma mãozinha
Para a Ceratocaryum argenteum, a reprodução não é uma tarefa fácil: essa planta africana precisa enterrar suas sementes para poder germinar. E, segundo descobriu recentemente uma equipe de pesquisadores sul-africanos, ela faz isso utilizando um mecanismo único e curioso: a planta produz algumas sementes que são muito parecidas com os excrementos de antílopes. Ao confundi-las por causa de seu aspecto, mas sobretudo por seu odor (o excremento e as sementes têm uma série de substâncias químicas em comum), escaravelhos de uma espécie conhecida como “rola-bosta”, que se alimentam de fezes, as enterram no solo para depois comê-las e depositar ali seus ovos. Quando se dão conta do engano, eles deixam as sementes enterradas e continuam com sua rotina. “Esse engano é muito pouco comum (na natureza)”, afirmou à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, Jeremy Midgley, pesquisador da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, e principal autor do estudo. “O que geralmente ocorre (com as demais plantas) é que uma ave, por exemplo, come uma fruta e, ao defecar, espalha suas sementes. Neste caso, no entanto, o escaravelho não obtém benefício algum”, acrescenta.

O odor de excremento presente na semente é tão forte, segundo Migley, que, depois de quase nove meses, as amostras que tem em seu laboratório continuam fedendo. “Isso é muito estranho, porque sementes em geral não têm cheiro. Se tivessem odor, seria mais fácil para os mamíferos encontrá-las”, ou seja, comê-las ou destruí-las, explica o pesquisador.

Outras estratégias mais conhecidas de dispersão de sementes empregadas pelas plantas envolvem o aproveitamento do vento, da água ou o traslado facilitado por animais. Porém, esse método que utiliza a “decepção” é algo que os cientistas sul-africanos observaram pela primeira vez.

Se não fosse pela ajuda do escaravelho, a reprodução da Ceratocaryum argenteum seria seriamente afetada. Como germinam em terrenos que passaram por incêndios, as sementes ficariam expostas aos efeitos danosos do sol e do ambiente, entre outros fatores, até que isso ocorresse.

Depois de se equivocar algumas vezes, os escaravelhos não deveriam ter evoluído para perceber as diferenças e não cair na armadilha? Segundo Midgley, o fato é que essa tarefa não recompensada não custa muito ao inseto. “A planta só libera as sementes por algumas semanas no ano. Como os escaravelhos não têm que lidar com elas todo o tempo, isso não chega a ter uma influência negativa sobre eles.”

Embora seus hábitos alimentares nos pareçam um tanto repugnantes, essa espécie de generosidade (mesmo que involuntária) desses insetos é algo que não pode ser negado.

(BBC Brasil)

Nota: Você já percebeu que qualquer explicação serve, quando o assunto é manter a hipótese da evolução das espécies? Um comportamento beneficia a espécie? Foi a evolução. Um comportamento não beneficia a espécie? Foi a evolução. Assim fica fácil sustentar uma “teoria”. Difícil mesmo é explicar como “surgiram” as diminutas sementes, que contêm toda a informação genética necessária para produzir árvores, algumas das quais gigantescas. Difícil é explicar como “surgiram” essas características específicas da semente da Ceratocaryum argenteum. Como a planta podia saber que essas características iriam “enganar” o rola-bosta? Como esse mecanismo pôde ser ajustado aos poucos, com muitas tentativas e erros, a alguns acertos selecionados, se a planta já dependia dele plenamente funcional, se não corria risco de extinção? E se ela “se virava” bem sem esse recurso, por que perder tempo desenvolvendo-o, sendo que ele é tão complicado e arriscado, pois depende do comportamento solidário de outro ser vivo? Parece que a melhor explicação vem do design inteligente. [MB]

Microfósseis eram na verdade forma peculiar de minerais

Uma nova análise de Brasier publicada na PNAS[1] parece resolver uma controvérsia que se estendeu desde a última década. Os “microfósseis” de Apex eram na verdade uma forma peculiar de minerais. As dúvidas começaram em 2002 com um questionamento publicado na Nature, também por Brasier, as quais foram seguidas por outras publicações, como a de García-Ruiz,[3] que sintetizou filamento indistinguíveis [veja a imagem] das supostamente biológicas a partir de compostos muito simples reproduzindo condições plausíveis. Isso abriria precedentes para perda de confiança na possibilidade de reconhecimento e distinção de padrões. A novo exame considerou tamanho, forma,¹ química² e distribuição¹ de carbono mineral. O Dr. Wacey, responsável pelo mapeamento por meio do microscópio eletrônico de transmissão, diz:

“Logo ficou claro que a distribuição de carbono era diferente de tudo visto em microfósseis autênticos. A falsa aparência de compartimentos celulares é dada por várias placas de minerais de argila que têm química inteiramente compatível com um ambiente hidrotermal de alta temperatura. Estudamos uma série de microfósseis autênticos usando a mesma técnica de microscopia eletrônica de transmissão e em todos os casos eles se revelam coerentes, invólucros esféricos de carbono tendo dimensões consistentes com sua origem a partir de paredes celulares e revestimentos. Em alta resolução espacial existe falta total de evidências de envoltórios esféricos coerentes nos ‘microfósseis’ de Apex. Em vez disso, eles têm uma complexa, incoerente, morfologia cheia de estruturas pontiagudas, evidentemente formados por filamentos de cristais de argila revestido com ferro e carbono.”

Eu não iria escrever nada sobre isso, mas aí entra o Design Inteligente. O artigo de García-Ruiz[3] foi citado pelo inteligentista Abel[4] na seção (2.6) onde é dito que auto-ordenação às vezes mimetiza organização. Eu pensei em escrever para ele que isso de alguma forma violaria o Filtro Explanatório[5] em que somente a inteligência mimetiza a natureza, não o inverso. Isso mesmo considerando o estado degradado das amostras. A descrição do Dr. Wacey demonstra que Abel superestimou os processos estocásticos em atribuir essa capacidade, pois Wacey usou duas análises básicas, clássicas para a inferência de design: composição² e configuração espacial.¹ Uma das duas já é o suficiente para eliminar o falso positivo.

(Junior D. Eskelsen, TDI Brasil)

Referências:
[1] Martin D. Brasier, Jonathan Antcliffe, Martin Saunders, and David Wacey, “Changing the picture of Earth’s earliest fossils (3.5–1.9 Ga) with new approaches and new discoveries.” PNAS 2015 112: 4859-4864.
http://www.pnas.org/content/112/16/4859.abstract
[2] Brasier, Martin D., et al. “Questioning the evidence for Earth’s oldest fossils.” Nature 416.6876 (2002): 76-81.
http://www.nature.com/nature/journal/v416/n6876/full/416076a.html
[3] García-Ruiz, Juan Manuel, et al. “Self-assembled silica-carbonate structures and detection of ancient microfossils.” Science 302.5648 (2003): 1194-1197.
[4] Abel, David L., and Jack T. Trevors. “Self-organization vs. self-ordering events in life-origin models.” Physics of Life Reviews 3.4 (2006): 211-228.
[5] Dembski, W. “The Explanatory Filter: A three-part filter for understanding how to separate and identify cause from intelligent design” (1996).