sexta-feira, setembro 30, 2011

Vulcão mais mortal está prestes a entrar em erupção

A última vez que o vulcão mais mortal do planeta explodiu foi em 1815. Mais de 71 mil pessoas morreram no local. Ele também foi responsável por um inverno vulcânico que causou a pior fome em todo o mundo no século 19. Agora, ele pode explodir novamente. O Monte Tambora está localizado na ilha de Sumbawa, na Indonésia. Enquanto ele não tem a explosão de vulcão mais poderosa da história, tem a que causou mais mortes diretas e indiretas. Quando a explosão aconteceu em abril de 1815, Sumbawa foi obliterada. A caldeira, em seguida, entrou em colapso, após alguns meses de atividade pesada. A maioria da população da ilha foi morta e sua vegetação foi reduzida a cinzas. Algumas árvores foram arrancadas e empurradas para dentro do mar, juntamente com cinzas, criando jangadas gigantes. E tsunamis gerados pela explosão afetaram ilhas nas proximidades. Mas o seu poder destrutivo não foi apenas limitado à região. A explosão do vulcão afetou o mundo inteiro.

Cinzas subiram em uma coluna que atingiu 43 quilômetros de altura, até a estratosfera. As partículas mais pesadas eventualmente caíram, mas um véu de aerossóis de sulfato permaneceu na estratosfera por anos, escurecendo a luz do sol em toda parte. Isso interrompeu todo o clima global em grande forma, e iniciou uma cadeia de eventos que matou milhões através do Hemisfério Norte. No ano seguinte, não houve verão e as temperaturas desceram uma média de 0,5 grau Celsius. Não parece muito, mas o enxofre liberado pelo vulcão causou estragos em culturas agrícolas e morte da pecuária em todos os lugares.

Os Estados Unidos experimentaram extremas geadas e neve pesada no meio do “verão”, arruinando tudo nos campos. O mesmo aconteceu em outros lugares, causando uma grande fome em todo o mundo. Essa fome ajudou a espalhar uma nova cepa da cólera na Ásia e uma epidemia de tifo no sudeste da Europa e no Mediterrâneo oriental. Não foi divertido.

Sabendo de tudo isso, especialistas estão dizendo que o Monte Tambora está pronto para entrar em erupção novamente. Um fluxo constante de terremotos está agitando a ilha, de menos de cinco por mês em abril para mais de 200 agora. Colunas de cinzas já estão ventilando tão altas quanto 1.400 metros.

As autoridades já estabeleceram um perímetro de perigo de 3,22 quilômetros e seus habitantes estão evacuando a área sob as ordens do governo. A maioria das pessoas de lá conhece a história de 1815 e não precisa de qualquer ordem para começar a correr. Na verdade, as pessoas de fora da zona de perigo também estão fugindo por puro medo.

Ninguém sabe ao certo se o Monte Tambora vai explodir com a mesma intensidade de 1815, ou quando vai explodir. Mas sabemos que ele está despertando, o que certamente não é bom.

(Hypescience)

Leia mais: "O supervulcão de Yellowstone"

O cérebro tem mais "interruptores" do que a internet

O cérebro humano é verdadeiramente notável. Um cérebro normal contém cerca de 200 bilhões de células nervosas que estão conectadas umas as outras através de trilhões de sinapses. Não só cada sinapse funciona como um microprocessador, como também dezenas de milhares delas podem conectar um único neurônio a outras células nervosas. Só no córtex cerebral há mais ou menos 125 trilhões de sinapses, que é basicamente o número de estrelas que seriam necessárias para preencher 1.500 galáxias como a Via Láctea. […]

Pesquisadores da Escola Médica da Universidade Stanford passaram os últimos anos criando um novo modelo de representação que eles chamaram de “Array Tomography” - em conjunto com um novo software computacional - de modo a unir pedaços de imagens como forma de construir uma imagem tridimensional que pode ser rodopiada, vista por dentro e navegada. […]

O professor de Fisiologia Molecular e Celular e principal autor do artigo que descreve o estudo, o Dr. Stephen Smith, afirma que eles descobriram que a complexidade do cérebro está para além do que alguma vez imaginaram, quase até o ponto de estar para além do que algum dia se poderia acreditar.

O Dr Smith explica: “Uma sinapse, por si só, é mais como um microprocessador – contendo sistemas para o arquivamento e processamento de informação – do que um mero interruptor ‘ligado/desligado’. De fato, uma sinapse pode conter cerca de mil interruptores moleculares. Um único cérebro humano possui mais interruptores que todos os computadores e routers e ligações de internet que há na Terra.”

Apesar dessa complexidade que está “para além do que alguma vez imaginaram” – e de toda a complexidade e especificidade presente nas formas biológicas –, os militantes evolucionistas estão certos de que esses sistemas surgiram por si mesmos, sem plano e sem intervenção inteligente em nenhuma etapa do processo. Eles não conseguem explicar como, mas estão certos de que essa posição é um “fato”. Além disso, qualquer outra explicação não é científica e os chimpanzés possuem demasiadas semelhanças com os seres humanos. Como se isso não fosse suficiente, há demasiada maldade no mundo, e de forma alguma Deus criaria todas aquelas baratas, portanto, a evolução deve ser verdade.

Conclusão: com os evolucionistas tudo gira em volta da Filosofia e da Teologia. A ciência é apenas uma tentativa de justificar a rejeição que eles têm a tudo o que tenha a ver com Deus. O problema é que a ciência refuta a noção de que répteis evoluíram para colibris ou de que lobos/vacas evoluíram para baleias.

Em relação ao tema do post: acho que qualquer pessoa não ébria com o darwine pode claramente ver que o cérebro humano é o resultado de design inteligente – e não um design qualquer, mas um design que vai bem para além daquilo que nós, com toda a nossa tecnologia, somos capazes de imitar.

A pergunta que a ciência deixa para os ateus evolucionistas é: Até onde eles estão dispostos a rejeitar as observações como forma de justificar sua aversão pelo Criador? Vocês podem fingir que não veem as sinapses, as estruturas das células, os neurônios e tudo o mais, mas mais cedo ou mais tarde vão ter um encontro com o Criador. Usem seus neurônios e não deixem que pessoas como Dawkins, Hitchens ou outro teofóbico qualquer determine o lugar em que vão passar a eternidade [: na nova Terra, aprendendo mais e mais sobre as maravilhas do Universo com o Criador dele, ou no esquecimento da morte eterna].

(Darwinismo)

O LHC na visão de um estudante de Engenharia Física


O LHC (Large Hadron Collider, acelerador de partículas) custou 10 bilhões de dólares em um consórcio internacional que durou 20 anos; uma média de meio bilhão de dólares por ano. Isso é muito menos do que um país europeu como a Alemanha ou a Itália gastam em ciência. E foram 500 milhões de dólares anuais divididos por muitos países em um acordo de cooperação pacífica para o desenvolvimento da Física. Para mim (e para os físicos de forma geral) parece dinheiro gasto de maneira bastante racional.

Ainda que não se achem partículas novas, o LHC provavelmente desenvolverá alguma tecnologia nova. No mínimo, um grande esforço técnico teve de ser empregado na engenharia de supercondutores e no desenvolvimento de sistemas computacionais capazes de interpretar os resultados das colisões. Foi no CERN (centro de pesquisas no qual se localiza o LHC) que, ao se desenvolver um sistema para interpretar dados de pesquisas, foi criada a base para a internet que conhecemos hoje. Não duvido que o LHC, daqui a alguns anos, possa alicerçar outra tecnologia da informação.

Nem todos os físicos gostam do modelo padrão e querem achar o bóson de Higgs. Curiosamente, todos os físicos de partículas que eu já conheci pessoalmente dizem que ficariam muito satisfeitos se vissem o modelo padrão falhar. Quando saíram as notícias do neutrino mais rápido do que a luz, o comentário geral foi: “Provavelmente há um erro no tratamento dos erros sistemáticos. Mas tomara que esteja certo, porque então teremos que rever nossos modelos.” Atualmente, pelo menos nas áreas que eu já vi da Física, não há nenhuma que tente ajustar os dados para tentar provar uma teoria como correta, já que as teorias em aberto são disputadas em equilíbrio no número de físicos contra e a favor (como o modelo padrão) e as que estão fechadas possuem grande número de experimentos que comprovam seu domínio de validade (mecânica clássica, eletromagnetismo, mecânica quântica, etc.).

A mídia faz muito sensacionalismo quando diz que “o bóson de Higgs é a partícula de Deus” ou que “o LHC irá mostrar as características do Universo instantes após o big bang”. Não importa o exagero e o floreio que a mídia em geral faça quando fala sobre o LHC, mas, sim, o que os físicos que estão trabalhando lá realmente esperam encontrar. O LHC, em essência, é um grande colisor de partículas. Estudar os resultados dessas colisões é um dos poucos meios de se estudar partículas elementares, e o único que conheço que permite estudá-las em ambiente controlado. As partículas devem ser aceleradas a grandes energias, a temperaturas extremamente baixas e com grande velocidade (o que justifica o tamanho enorme desses aceleradores).

Por que os físicos estudam partículas elementares? Basicamente, porque a Física busca compreender a natureza do ponto de vista mais fundamental possível e há evidências de que tudo o que conhecemos (na análise primária, todas as coisas feitas de átomos) é constituído por elas. Assim, estudá-las passa a ser uma espécie de obrigação para os físicos. Para conseguir dados em laboratório sobre tais partículas foi necessário criar aquela máquina gigantesca, que tem um propósito bastante importante: prover um laboratório adequado para fazer testes bastante precisos que demonstrarão ou refutarão a teoria da Física que até agora explicou bem as partículas elementares - o modelo padrão.

Todo o modelo padrão foi testado e confirmado, exceto o bóson de Higgs. Se ele não for encontrado, o LHC ainda será utilizado para fazer todo tipo de experimento em Física de altas energias que deverá fornecer dados razoáveis para um novo modelo. E há coisas mais complicadas ainda a ser testadas, como simetrias e testes das forças fundamentais da natureza. Resultados peculiares também podem ocorrer, como os neutrinos mais rápidos que a luz, por exemplo. Enfim, o LHC não foi construído só para fazer uma coisa.

Em resumo, o LHC não está fazendo na Física algo parecido com o que ocorre na evolução darwiniana. Ele não tem o propósito de impor na Física uma verdade, principalmente considerando o número de físicos que esperam que haja algo de errado com o modelo padrão. Antes, é uma manifestação de uma nova forma de realizar a física experimental, baseada no método científico, de forma a se ajustar às dificuldades de se trabalhar com partículas de tamanho muito reduzido. Nessas circunstâncias, experimentos só podem ser feitos em locais especiais, que exigem trabalhos de longo prazo (no caso, 20 anos), consórcio entre muitos países e soma considerável em dinheiro, mas de forma alguma exorbitante (é bem menos do que os gastos anuais de países desenvolvidos com C&T). Mas a essência é a mesma dos trabalhos de Newton e Galileu (inclusive, as colisões no LHC são explicadas com teorias mecânicas).

Ainda que não se encontre o bóson de Higgs, o LHC servirá de local teste para novas teorias de uma área muito importante da Física. E mesmo que esses experimentos não forneçam à Física os melhores resultados, áreas da engenharia como a tecnologia de supercondutores, a tecnologia de informação e a de automação e controle quase com certeza já foram beneficiadas, o que resultará em inovações para benefício de pessoas que nem sabem o que é uma partícula elementar.

Logicamente, outras pessoas trabalhavam nessas áreas fora do LHC, mas a construção dessa máquina forneceu o caso real de aplicação dos conhecimentos para que eles fossem testados. Considerando que essas mesmas tecnologias às vezes são testadas em guerras - que custam bilhões de dólares por mês -, não tenho dúvida em dizer que o CERN criou um mecanismo muito mais eficiente, barato e com objetivo bem mais nobre do que qualquer outro.

(Willian Natori, estudante de Engenharia Física na Ufscar [turma de 2008] e adventista do sétimo dia)

quinta-feira, setembro 29, 2011

Não acharam o Bóson de Higgs, e a culpa é de... Deus?

Deus está ficando com cada vez menos espaço para se esconder, pelo menos na complexa área da física de partículas. [Ou os cientistas estão demonstrando aqui sua profunda ignorância nessa área científica?] O Grande Colisor de Hádrons (LHC), maior acelerador de partículas do mundo, já acumulou dados suficientes para praticamente excluir a possibilidade da existência do Bóson de Higgs, apelidado “partícula de Deus”, em uma vasta gama de experiências. Se isso ficar realmente comprovado, todo o Modelo Padrão da física, formulado em 1964, terá que ser revisto. Das 32 partículas fundamentais do Universo (como prótons, nêutrons, elétrons, entre outras) previstas pelo modelo, o Higgs é a única que ainda não foi detectada. Sua detecção é um dos principais alvos da construção do LHC, que consumiu investimentos da ordem de US$ 10 bilhões. Pela teoria, essa partícula seria responsável por dar massa a todas as demais, formando uma espécie de campo análogo ao campo magnético de um ímã em que as partículas mais “pesadas” sofreriam maior influência.

Segundo a Teoria da Relatividade de Albert Einstein e sua famosa equação E=MC2, energia e matéria são intercambiáveis. Um próton tem uma massa de 1 gigaeletronvolts (GeV)/C2. Diante disso, os cientistas do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), que construiu e opera o LHC, já descartaram com 95% de certeza a possibilidade de o Bóson de Higgs estar no espectro de massa que vai de 145 a 466 GeV/C2. Some-se a isso dados de experimentos anteriores com outros aceleradores já mostrarem que o Bóson de Higgs também não está na região abaixo dos 115 GeV/C2, seu “esconderijo”, se o Modelo Padrão estiver correto e ele de fato existir, está bem apertado.

“Isso deixa a busca ainda mais interessante, pois pelo Modelo Padrão ‘puro’, isto é, sem outras extensões e modelos teóricos, a previsão é de que a massa do Bóson de Higgs esteja abaixo dos 160 GeV/C2”, conta Carla Göbel Burlamaqui de Mello, professora do Departamento de Física e do Centro Técnico Científico da PUC-Rio e integrante de um dos grupos de pesquisa instalados no acelerador do Cern, o LHCb.

O problema, diz Carla, é que essa faixa de massa mais baixa é mais difícil de examinar com o LHC, justamente por causa de sua grande energia, mesmo com o acelerador ainda operando à metade da potência máxima prevista. Isso porque os aceleradores funcionam promovendo colisões de feixes de partículas a altas velocidades, ou energia. Detectores muito sensíveis acompanham os destroços das “explosões” resultantes desses choques, que, então, são analisados pelos cientistas em busca de sinais do decaimento das partículas formadas.

Também no Cern, Alberto Santoro, diretor do Departamento de Física de Altas Energias da Uerj, lembra que a medida em que mais dados são acumulados, aumentam as certezas em torno da exclusão do Bóson de Higgs nas várias faixas de massa. Santoro ressalta ainda que é mais importante a busca pela partícula em si do que ela ser de fato encontrada. “A questão da exclusão carrega uma carga muito forte de pessimismo. Se o Higgs existe só a experiência vai dizer. Não basta uma teoria para determinar uma realidade, é preciso confirmar com a experiência. E se a experiência não encontra o que se procura, paciência, o jeito é construir outra teoria. E talvez esta seja uma realidade mais excitante ainda.” [Aplique-se isso à teoria geral da evolução de Darwin - as experiências científicas não encontram como se deu a origem e evolução das espécies através da seleção natural e n mecanismos evolucionários desde 1859: Darwin 1.0 já foi. Darwin 2.0 está indo pra lata do lixo da História da Ciência. Darwin 3.0 - Síntese Evolutiva Ampliada - somente em 2020! Muito excitante a espera...]

Carla segue na mesma linha. “Os processos que poderiam produzir o Higgs diretamente são muito raros. É como ganhar na Mega Sena. Estamos jogando trilhões de vezes para ter chance de observar algum evento que indique sua presença. [Gente, mas é o que os governos no mundo inteiro vêm fazendo - jogando dinheiro fora em pesquisas buscando uma miragem transformista do século 19...] Além disso, o LHC não foi construído só para buscar pelo Higgs, estamos também procurando por uma física além do Modelo Padrão, como a subestrutura dos quarks e dimensões extras. Mas tudo que estamos encontrando até agora é compatível com o previsto Modelo Padrão e outros modelos teóricos alternativos estão sendo descartados, inclusive os que preveem um Higgs de alta massa”, afirmou a cientista.

(Jornal da Ciência)

Nota: As declarações dos cientistas envolvidos em pesquisas no LHC mais parecem justificativas, pedidos de desculpas, tendo em vista todo o alarde midiático em torno do lançamento do equipamento multibilionário. A máquina que iria “recriar o big bang” está longe da pirotecnia anunciada. (Os comentários entre colchetes no texto acima são do mestre em História da Ciência Enézio de Almeida Filho.)[MB]

Leia também: "Bóson de Higgs e as outras 'não descobertas' do LHC"

Por que cuidados dos idosos e dos doentes?

Gente frágil e com dificuldade para sobreviver sozinha poderia ser vista como inútil. Mas nossa mente foi projetada para sentir compaixão pelos outros

Sabe a máxima “Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a você”? Pois esse é um dos possíveis motivos. Cuidar de idosos e de doentes é um comportamento movido pelo nosso instinto de moral e por uma capacidade conhecida como “teoria da mente”, por muito tempo vista como unicamente humana. Ela equivale a se colocar no lugar de outra pessoa, e até de outros seres vivos, para imaginar sua dor, seus sentimentos. Intuir o que se passa com o outro é o que acaba levando à compaixão e, por fim, ao altruísmo sem segundas intenções. Como explica o psicólogo americano Steven Pinker em seu livro Tábula Rasa, “nossa teoria da mente está ligada à nossa habilidade para ter empatia e à nossa concepção de vida e morte (...). É a fonte do conceito de alma. Uma crença na alma, por sua vez, entrelaça-se às nossas convicções morais”. E o cerne da moralidade, continua ele, “é o reconhecimento de que os outros têm interesses tanto quanto nós temos”.

A observação desse tipo de comportamento em nossos primos mais próximos [sic], os bonobos e os chimpanzés, sugere que a atenção com o próximo foi uma característica perpetuada pela evolução, como propõe o primatólogo holandês Frans de Waal em seu livro Eu, Primata. [...]

Estudos do neurocientista brasileiro Jorge Moll Neto sobre altruísmo de certo modo confirmam essa ideia. Em um trabalho publicado na revista científica PNAS, ele sugeriu que o comportamento altruísta ativa o sistema de recompensas do cérebro – área ligada ao prazer. Ele observou que uma doação para uma entidade filantrópica ativava essa região e também o córtex subgenual (envolvido com a formação de laços afetivos, como o que ocorre entre mãe e filho, entre casais e amigos).

Extrapolando um pouco [um pouco?!] as conclusões do estudo, Moll Neto propôs uma explicação evolutiva para o altruísmo [para os darwinistas, só existe uma explicação para tudo: a deles]. Ele usa como exemplo as primeiras sociedades tribais, em que as pessoas tinham eventualmente de se juntar para construir algo para a comunidade nascente. “Podemos deduzir que o sistema de apego foi remodelado de modo a nos envolvermos com causas abstratas. Acredito que isso foi fundamental para a estabilização da espécie. Nossa sobrevivência individual dependeu de a gente cooperar com o grupo.” [Ainda bem que Moll Neto admite “acreditar” nessa hipótese. Eu não acredito. E, como fé é algo subjetivo, ficamos nisso mesmo.]

US$ 300 milhões é o valor aproximado anual de doações para caridade feitas nos EUA, o país do mundo que mais faz esse tipo de contribuição aos necessitados. [Seriam eles mais evoluídos ou seria isso resquício do cristianismo que, esse sim, nos ensina a fazer aos outros o que queremos que eles nos façam?]

(Superinteressante)

Nota: Nossa mente foi projetada para sentir compaixão, é? Quem projetou? O acaso cego projeta alguma coisa? Não teria o editor dessa matéria da Super “escorregado” no uso da palavra? Teria levado um bronca de seus pares, depois? Note que a partir das pesquisas os darwinistas sempre “extrapolam um pouco” a fim de encaixar qualquer resultado em seu ponto de vista evolutivo. Mesmo quando um comportamento ou sistema de complexidade irredutível claramente aponta para um projeto inteligente, eles dão um jeito de desviar o assunto e afirmar que “a evolução explica”, sempre sob o guarda-chuva epistêmico do naturalismo filosófico. Por que a evolução favoreceria a criação do processo de recompensa cerebral relacionado a um comportamento desfavorável à sobrevivência, qual seja o de cuidar de idosos e doentes? E a sobrevivência do mais apto, como fica? Cuidamos de idosos e doentes porque fomos criados com senso de moralidade e compaixão (compartilhado em certa medida com nossos companheiros de planeta, os animais).[MB]

Palestras sobre o uso da internet

Clique aqui e aqui e faça o download gratuito de duas palestras em PowerPoint sobre o uso da internet. Os textos que servem de base para as apresentações podem ser obtidos aqui e aqui.[MB]

quarta-feira, setembro 28, 2011

Revista Cristianismo Hoje avalia A História da Vida

A Cristianismo Hoje, com tiragem de 40 mil exemplares/mês, é uma “revista evangélica nacional e independente, que tem como objetivo informar, encorajar, unir e edificar a Igreja brasileira, comunicando com verdade, isenção e profundidade os fatos ligados ao segmento cristão, bem como o poder transformador do Evangelho a todos os seus leitores” (segundo texto que consta no expediente da revista).

Na edição de setembro, página 51 (seção “Avaliamos”), há uma nota sobre o livro A História da Vida, da CPB: “Obras de divulgação científica para leigos nem sempre conseguem responder satisfatoriamente questões como a origem da vida e o funcionamento do Universo. Em A História da Vida, o estudioso Michelson Borges não se limita a fazer uma introdução ao criacionismo ou debater questões filosóficas sobre qual teoria responde melhor as questões essenciais da existência. O autor, de fé adventista, conta histórias, analisa descobertas, discute pesquisas e descortina ao leitor, de forma acessível e prática, importantes questões da ciência. A edição original, na verdade, foi lançada há mais de dez anos, mas volta agora, totalmente atualizada e com mais informação e argumentos que discutem por que muitas descobertas que deram origem à teoria da evolução podem ter sido mal interpretadas. Igualmente provocantes são os capítulos que relacionam narrativas bíblicas com fatos históricos. Para Borges, longe de ser lenda, catástrofes bíblicas como o Dilúvio podem trazer verdades inconvenientes para os céticos.”

Só posso dizer que eles compreenderam perfeitamente bem minhas intenções com a publicação desse livro.[MB]

Médium não consegue impedir chuva no Rock in Rio

A produção do Rock in Rio deve ter ficado confusa quando testemunhou a chuva que caiu na Cidade do Rock no sábado, 24. Isso porque eles contrataram a Fundação Cacique Cobra Coral justamente para que os céus não mandassem água. A Fundação explicou em nota o motivo para ter chovido durante o evento. “Ontem [sábado], tínhamos 30 minutos para entrar na Cidade do Rock, fazer o que precisava ser feito e voltar à nossa base, montada na cidade, para distribuir a chuva por toda a cidade, para evitar enchentes. Por falta do adesivo no carro, não tivemos acesso. Com o tempo escasso, retornamos à base e priorizamos a cidade”, diz a nota. A fundação costuma ser contratada para grandes eventos que acontecem em locais abertos [como reveillons na praia de Copacabana e shows do Roberto Carlos]. A médium Adelaide Scritori diz incorporar o espírito do Cacique Cobra Coral. A entidade teria a capacidade de influenciar o tempo.

De acordo com o site do jornal O Globo, a equipe conseguiu ficar na Cidade do Rock por 40 minutos na sexta e também no domingo. Nos dois dias, não houve chuva.

(Mundo Pop)

Nota: A desculpa é bem esfarrapada, mas não vai abalar a fé dos que confiam no poder dos “espíritos”. Segundo a Bíblia, os mortos não têm participação no mundo dos vivos (cf. Ec 9:5, 6, 10; Sl 146:4) e somente voltarão à vida na ressurreição por ocasião da volta de Jesus (1Ts 4:16, 17) ou mil anos depois, no caso dos perdidos (Jo 5:28, 29; Ap 20). Como existem fenômenos mediúnicos (entre muita charlatanice) e estes não são produzidos por “espíritos desencarnados”, fica claro, do ponto de vista bíblico (Ap 16:14), que há seres interessados em propagar a mentira da imortalidade incondicional humana e, para isso, se fazem passar por “espíritos de mortos”. Esses são os anjos caídos (demônios), cujo principal trabalho consiste em afastar as pessoas de Deus, o único ser verdadeiramente imortal (1Tm 6:16) que pode conferir imortalidade àqueles que aceitam Sua oferta de salvação. Embora tenha poder para, inclusive, manipular os elementos, Satanás tem suas limitações impostas pelo Criador. Curiosamente, mesmo num evento que cultua estilos musicais fortemente relacionados com o satanismo (basta observar o tópico símbolo feito com as mãos, na foto acima) não foi possível manifestar o poder das trevas – e o dia era sábado...[MB]

Leia também: "Governos e prefeituras querem que país afunde de vez"

Só dieta à base de vegetais reverte doenças cardíacas

Diga adeus a bifes, peixes, arroz branco e açúcar. Farinha e grãos, só integrais. Azeite de oliva, nem pensar. Para o cirurgião americano Caldwell Esselstyn, 77, uma alimentação baseada em folhas, frutas, legumes e grãos integrais é o único jeito de evitar, deter e reverter doenças cardiovasculares. Seu método, que vem sendo aperfeiçoado nos últimos 30 anos, é o tema do documentário “Forks over Knives” (trocadilho que quer dizer tanto “garfos sobre facas” quanto “garfos no lugar de bisturis”), lançado nos EUA e ainda inédito no Brasil. O filme conta a história de pacientes de Esselstyn, médico da Cleveland Clinic (Ohio). Eles venceram problemas cardíacos e evitaram cirurgias ao adotar a dieta. Para o cirurgião, que falou à Folha por telefone, a dieta extrema não é a que ele propõe, e sim a adotada pela maioria dos ocidentais. “Ela garante que milhões de pessoas serão submetidas a cirurgias de peito aberto. Vamos comer vegetais. É para isso que fomos criados.” [Leia mais]

terça-feira, setembro 27, 2011

Mais propaganda espírita na Superinteressante

Na semana passada, foi a vez da revista Época dar sua contribuição para a disseminação da ideologia espírita, com a matéria de capa sobre o “tratamento” espiritual que o ator Reynaldo Gianecchini está buscando para seu câncer. Agora é a vez de a revista Superinteressante (outubro) incensar uma vez mais o espiritismo, com a matéria de capa “Ciência espírita” (sic). Conforme demonstro em meu livro Nos Bastidores da Mídia, não é de hoje que a imprensa secular de modo geral e a Superinteressante, em particular, publicam textos/reportagens/documentários (sem contar os muitos filmes) com conteúdo de apologia à doutrina de Allan Kardec e suas variantes. O espiritismo e a parcialidade escancarada estão em alta na mídia – só não vê quem não quer.

O subtítulo da matéria da Super não esconde o jogo: “Espíritos existem? E reencarnação? Para alguns cientistas, sim. São pesquisadores sérios, do mundo todo, Brasil incluído, que buscam provas sobre a existência da alma. E eles já conseguiram resultados surpreendentes.”

Curioso: muitos cientistas sérios, do mundo todo, Brasil incluído, acreditam no criacionismo e muitos mais ainda duvidam da validade do darwinismo (especialmente da dita macroevolução), mas esses nunca mereceram uma capa simpática da Superinteressante. Um título como “Ciência criacionista”, então, só em sonhos! É exatamente isso que eu chamo de parcialidade e mau jornalismo. Pau na “subjetividade criacionista” e benefício da dúvida para as alegações sobrenaturais dos espíritas.

A Super já abordou o tema algumas vezes, quase sempre na capa e sempre de maneira positiva (coisa que não pode ser dita das pautas sobre assuntos bíblicos). Desta vez, a revista cita pesquisadores fascinados pelo mundo dos espíritos e divulga alguns testemunhos impressionantes. O fato é que a cura existe, mas quem garante que o poder por trás dos “milagres” tem que ver com os supostos espíritos dos mortos? Por que a ciência (ou, pelo menos, a ciência apresentada pela revista), neste caso, aceita tão facilmente a metafísica espírita? E se o poder sobrenatural for de outra natureza? Como aferir/investigar isso?

Note o perigo nas palavras de Eurípedes Miguel, chefe do Departamento de Psicologia da USP: “A medicina está se movendo de um eixo (que tinha como meta combater a doença) para outro (que privilegia a promoção da saúde). Estamos interessados em qualquer método que possa ajudar as pessoas, mesmo que fuja aos nossos padrões.” Com o perdão da comparação um tanto forçada, Saul, no afã de vencer uma batalha contra os filisteus, também não se importou com os métodos e foi consultar uma feiticeira. Se você não conhece o fim dessa história, pesquise na Bíblia. Em nome da cura, valem quaisquer recursos? Mesmo que isso envolva flertar com o inimigo?

Depois de adular o espiritismo ao longo de dez páginas, a revista que parece não gostar de fazer perguntas dedica apenas pouco mais de 20 linhas para questionar a tal “ciência espírita”. Mesmo assim, conclui deste jeito: “Com tantas evidências contra, é difícil não acreditar que os pesquisadores de reencarnações [sim, a matéria também trata dessa ‘ciência’], EQMs e afins se movam mais pela fé do que pela curiosidade científica. Mesmo assim, continua sendo uma forma de ciência, já que a busca é por resultados concretos. Se um dia eles vão chegar a esses resultados? Quem viver verá. E quem morrer também.”

Quem morrer verá? Com essas palavras, a Super confirma sua vocação para o espiritismo e a crença na vida após a morte. Ah, se os criacionistas contassem com, pelo menos, dez por cento dessa boa vontade...

Michelson Borges

Leia também: "Para Globo, estudo sobre reencarnação é ciência", "A Bíblia e o espiritismo - parte 1" e "O que é a morte"

segunda-feira, setembro 26, 2011

Mulheres que usam saia são mais bem avaliadas

Um estudo realizado pela Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, revela que as mulheres que usam saias, ao invés de calças, são consideradas mais confiáveis no trabalho e estão mais propensas a ganhar um salário maior. Segundo Karen Pine, professora do departamento de psicologia e uma das coordenadoras do estudo, a descoberta contradiz pesquisas anteriores que sugerem que as mulheres devem se vestir como homens para ter sucesso no trabalho. No total, 300 pessoas participaram do estudo. Elas foram convidadas a avaliar oito imagens de mulheres vestindo saia ou calça de acordo com os seguintes critérios: confiança, sucesso, credibilidade, salário e flexibilidade. As roupas usadas pelas modelos foram feitas com o mesmo tipo de tecido na cor azul marinho e as características faciais foram ocultadas digitalmente.

Os cientistas descobriram que as mulheres que vestiam saia receberam mais avaliações positivas do que as outras. Pine explica que depois de ver um rosto por apenas um segundo, as pessoas fazem julgamentos sobre atributos pessoais e profissionais e as mulheres devem manter uma identidade que equilibra profissionalismo com atratividade.

“A saia pode atingir esse equilíbrio sem parecer provocativa. Mas é preciso tomar cuidado com decotes ou micro-saias. Roupas provocantes são consideradas de baixo status profissional”, declarou ao Mail Online.

(UOL)

Nota: Não é de hoje que o meio empresarial dá recados àqueles que querem representar a Deus e a boa religião por meio de seu vestuário. Matéria publicada na revista Exame, anos atrás, recomendava cuidado com decotes, roupas justas e maquiagem por parte de mulheres que desejam fazer entrevistas de emprego. Essa pesquisa da Universidade de Hertfordshire faz eco a outras do gênero, ao bom senso e à própria Bíblia, uma vez que confirma as vantagens da distinção de vestuário para homens e mulheres e reforça a importância dos princípios defendidos na Palavra de Deus: decência, bom gosto e modéstia. Se no mundo dos negócios existe essa preocupação, como deveriam se comportar aqueles que pretender ser embaixadores/embaixatrizes do reino de Deus? Evidentemente que há roupas para várias ocasiões e culturas, mas os princípios são permanentes e inegociáveis.[MB]

Leia também: “Importa realmente o que vestimos?”

sexta-feira, setembro 23, 2011

Pescadores ou pescados – parte 2

O que há de pior na internet (e como se livrar disso)

Segundo Mark Hurd, presidente da empresa de informática Hewlett Packard, a quantidade de informações publicadas na web já é maior do que tudo o que foi produzido pela humanidade até agora em matéria de conhecimento. Precisaríamos de mil anos para receber o que se produz em um mês no mundo. A título de comparação, uma edição como a do jornal The New York Times contém mais informações do que uma pessoa comum poderia incorporar durante toda a existência dela, no século 17, nos Estados Unidos.

Vivemos na era da informação. Mas e a capacidade de processamento dessa informação? Esse excesso de informação tem criado o estresse digital (sentir-se dominado pelas tecnologias) e a ansiedade de informação (não dar conta de se atualizar). Além disso, tem contribuído para a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). [Leia mais]

Leia também: "Pescadores ou pescados – parte 1"

Pescadores ou pescados – parte 1

O que há de melhor na internet (e como usar isso)

Há quase dois mil anos, o apóstolo Paulo escreveu: “Mas, quando chegou a plenitude do tempo [kairós, tempo escolhido por Deus], Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher” (Gálatas 4:4, 5). De acordo com os estudiosos, a interpretação adequada de “plenitude dos tempos” é: “tempo certo”, “momento ideal”, “ocasião propícia” designada por Deus. Mas por que Paulo considerava aquele o tempo certo para a vinda do Messias? Por, pelo menos, seis motivos: (1) domínio mundial do Império Romano; (2) povos unificados (hoje chamamos isso de “globalização”); (3) predomínio da cultura greco-romana e de uma língua universal, o grego koiné; (4) paz universal (pax romana) que conferia relativa estabilidade ao Império; (5) importância das cidades (aglomerados e rotas populacionais), que favoreciam o contato com pessoas e ideias; e (6) intercâmbio entre os vários povos (estradas boas e seguras). [Leia mais]

Leia também: "Pescadores ou pescados – parte 2"

quinta-feira, setembro 22, 2011

EUA defendem direito de caçar inimigos no exterior

Na conferência intitulada “Lei, Segurança e Liberdade depois de 11 de Setembro: Olhando para o Futuro”, que fez na noite de sexta-feira, na Faculdade de Direito de Harvard, o principal conselheiro do presidente Obama em contraterrorismo, John Brennan, declarou que os Estados Unidos se reservam o direito de perseguir unilateralmente terroristas em qualquer país do mundo, como noticiam a CNN e o The New York Times. “Os Estados Unidos não veem sua autoridade de usar força militar contra a Al Qaeda restrita unicamente a campos de batalha ‘quentes’ como o do Afeganistão. Nos reservamos o direito de agir de forma unilateral, se ou quando outros governos não quiserem ou não puderem agir por eles mesmos”, ele disse aos alunos de direito de Harvard.

Segundo o The New York Times, a palestra de Brennan teve como pano de fundo um artigo publicado horas antes pelo próprio jornal sobre um acirrado debate entre advogados do Departamento de Estado e do Pentágono. O assunto do debate foi sobre os limites do uso de força militar em países como o Iêmen e a Somália.

Para o Departamento de Estado (que corresponde ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil), “os Estados Unidos podem, em defesa própria, legalmente matar militantes de alto escalão que estejam envolvidos em conspirações para atacar o país, mas não militantes de baixo escalão, que estão focados em questões domésticas, como o controle de terras ‘sem governo’ no Golfo de Áden, que separa os dois países”. Para o Pentágono (ou Secretaria da Defesa), os Estados Unidos podem atacar quaisquer membros da Al Qaeda e seus aliados, apesar da política de atacar apenas indivíduos de alto valor.

Segundo o conselheiro da Casa Branca, “os Estados Unidos assumem legalmente a posição – de acordo com a lei internacional – de que têm a autoridade para agir contra a Al Qaeda e suas forças aliadas sem ter de fazer uma análise separada de autodefesa a cada vez”. Ele disse que “não na faz diferença se a ameaça vem de um militante de baixo escalão, com uma missão suicida de detonar bombas, ou de alto escalão. Os EUA têm o direito de caçá-los”.

A comunidade de inteligência e os militares americanos têm usado de diversos meios para caçar terroristas com ou sem a cooperação dos países em que eles estão e, em certas circunstâncias, unilateralmente, diz a CNN. O Comando de Operações Especiais Conjuntas dos EUA está gradualmente mais ativo na Somália e no Iêmen. “Um dos alvos principais das forças americanas, no momento, é o clérigo iêmen-americano Anwar al-Awlaki. Em maio, ele sobreviveu a um ataque feito por um drone (avião teleguiado, sem tripulação) porque mudou de carro um pouco antes de a operação ser disparada pelos militares americanos”, contou à CNN uma fonte da Secretaria de Defesa.

“Mas isso não significa que podemos usar força militar sempre que quisermos e onde quisermos. Os princípios jurídicos internacionais, incluindo o respeito pela soberania dos Estados e as leis da guerra impõem restrições importantes a nossa capacidade de agir unilateralmente – e na maneira com que podem usar a força – em territórios estrangeiros”, disse Brennan, em Harvard. Ele afirmou ainda que o entendimento de alguns de que os Estados Unidos preferem matar a capturar um suspeito de terrorismo é “absurdo”.

(João Ozorio de Melo, Consultor Jurídico)

Nota: Essa é outra notícia que mostra o quanto as atitudes “dragônicas” (Ap 13) dos Estados Unidos mudaram ou se intensificaram após o 11 de Setembro, com implicações bastante proféticas. Leia o artigo “Dez anos depois do 11 de Setembro”, para conhecer mais detalhes sobre isso.[MB]

Colunista fala da atuação de desbravadores em SC

Não falar das enchentes a essa altura, ou cota, seria atitude estranha de um colunista. Impossível não abordá-las. O Vale, incomodamente habituado a elas, a cada evento vive novas histórias. A maioria é triste, algumas pitorescas. Numa combinação de estupefação e contrariedade, desde criança vejo a cidade ser tomada por um silêncio peculiar, permeado por sons incomuns como a batida dos remos nas canoas e conversas à distância, inimagináveis em dias normais. Ainda há a histeria dos alarmes e o rodopiar dos helicópteros, ingredientes mais recentes do caos. Algumas tevês e quase todas as rádios substituem a programação por plantões ao vivo. Também emergem os clichês sobre a solidariedade do blumenauense, “inexistente quando a cidade voltar ao normal”, mas isso é lá com os sociólogos.

Este ano tivemos como nunca a participação ágil e eficiente das redes sociais. Com informações preciosas – intercaladas por tiradas espirituosas (“comportas, comportem-se!”), críticas mordazes (contra o governo e em particular à igreja que negou abrigo porque estava sendo decorada para uma festa), “malas” relatando o que estavam comendo (“torradas fresquinhas com geleia e chá de jasmim”) e até piadas de gosto duvidoso (“Blumenau está liquidada”) – o Twitter, principalmente, trouxe solução para muita gente em apuros, divulgando telefones e endereços onde havia água, alimentos, abrigos e serviços imprescindíveis para o momento.

Mas quero relatar uma situação inesperada e gratificante. Participei da limpeza e reorganização da Setting Psicoterapias, cujas instalações também foram solenemente ignoradas pelo lamaçal. O clima ainda era aquele de não saber por onde começar, quando, de repente, um pelotão de jovens voluntários uniformizados, surgidos do nada, enviados pelo simples ato de ajudar a quem precisa, uniu-se ao grupo. Com rodos, vassouras, lava a jato e músculos, sem muito perguntar e movidos por uma determinação férrea, puseram mãos à obra, da manhã ao anoitecer, até a aparência da clínica devolver a seus profissionais a esperança de um breve recomeço.

Adra – [Agência Adventista de] Desenvolvimento de Recursos Assistenciais e Everest – Clube de Desbravadores, eram estas as siglas dos coletes envergados pela valente rapaziada. Leio no Wikipedia: Desbravadores e Aventureiros. Um departamento de jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia, semelhante aos escoteiros. Desenvolvem talentos, habilidades, percepções e o gosto pela natureza. Estão presentes em mais de 160 países, com 90 mil sedes e mais de dois milhões de participantes desde 1950. Mesmo sendo um programa oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, meninos e meninas de qualquer fé religiosa são convidados a participar.

Ao anoitecer, deixaram discretamente o local. Os comentários sobre o advento da preciosa ajuda refluem constantemente e a clínica, mesmo com a precariedade natural à situação, já voltou a atender os pacientes. No Santa da terça: “40 anos de espera. Sistema de contenção de cheias do Vale do Itajaí esbarra há quatro décadas na falta de verbas e coragem política. Estado previa cinco barragens que nunca saíram do papel.” Nossos representantes em Brasília dispensam apresentações: arrogantes em seus locais, coitadinhos lá. As catástrofes são recorrentes, o que pouco se lhes dá. De colarinhos impecáveis e fichas sujas, seguem fustigando a paciência nacional, como a da jornalista Adriana Vasconcelos (O Globo) em seu Twitter: “É mole? A promotora Deborah Guerner, acusada de envolvimento no mensalão do DEM, quer a restituição de R$ 280 mil confiscados na Operação...”

Vê aí, politicalha, a coisa está transbordando. Quando acontecer, não haverá voluntário, desbravador, aventureiro nem escoteiro pra secar a pele de vocês.

(Cao Hering, Jornal de Santa Catarina)

Especial 11 de Setembro



Como complemento a esse programa, leia: "Dez anos depois do 11 de Setembro"

Dr. Nahor concede entrevista à ASN

terça-feira, setembro 20, 2011

Um manifesto contra o criacionismo

Um grupo de 30 dos mais proeminentes cientistas [sic], entre eles Richard Dawkins [foto ao lado] e David Attenborough, assinou uma petição defendendo a ideia de que a Teoria da Evolução, de Charles Darwin, deve ser ensinada às crianças a partir dos cinco anos. Em carta ao governo britânico o grupo pede o combate às aulas de criacionismo nas escolas. O ensino do criacionismo e do design inteligente nas aulas de ciência, como se fossem teorias científicas, vem ganhando defensores e causando polêmica em todo o mundo. Embora o ensino da Teoria da Evolução não seja compulsório nas escolas primárias do Reino Unido, muitas já ensinam alguns de seus aspectos nas aulas. A proposta de colocar a Evolução no currículo nacional foi aceita pelo governo anterior, mas derrubada no ano passado e, atualmente, está sendo revista pelo Ministério da Educação.

A crença religiosa segundo a qual a humanidade, a vida e o próprio planeta Terra teriam sido criados por Deus em seis dias vem alimentando polêmica em diversos países nos últimos anos desde que ganhou novas roupagens, como o chamado design inteligente, e ampliou sua popularidade. A polêmica tomou os Estados Unidos e o Reino Unido. O biólogo Richard Dawkins, da Universidade de Oxford, acabou se tornando uma das principais vozes em defesa do evolucionismo de Charles Darwin.

A petição do governo britânico sustenta que embora o criacionismo e o design inteligente não sejam teorias científicas, eles são apresentados como se o fossem por “fundamentalistas religiosos” que tentam promover suas visões de mundo em escolas financiadas com verbas públicas.

A petição também defende o ensino da Teoria da Evolução desde o pré-primário, como parte obrigatória do currículo mínimo exigido das escolas. A teoria científica de Darwin, internacionalmente aceita, sustenta que todos os seres vivos se desenvolveram a partir de organismos primitivos por meio de mutações genéticas aleatórias e de um processo chamado de seleção natural - em que as espécies mais bem adaptadas sobrevivem.

O documento assinado pelos cientistas [apenas 30, frise-se, liderados pelos escritor metido a cientista] ressalva o fato de que algumas organizações religiosas estão conseguindo incluir nas aulas de ciência sobre evolução ensinamentos sobre o design inteligente - como se ambos fossem teorias científicas equivalentes - e pede ao governo que interfira.

O governo já havia dito que não aceitaria propostas de o ensino do criacionismo integrar o currículo escolar de ciência, nem mesmo como alternativa a teorias científicas. “A Evolução é uma explicação para a existência verdadeiramente satisfatória e completa; eu suspeito que isso seja algo que uma criança pode apreciar desde muito nova”, escreveu Dawkins em texto publicado no Times. Ele escreveu ainda que a Evolução poderia ser ensinada de forma “mais simples de ser entendida do que os mitos”. Isso porque, acrescentou, “mitos deixam várias perguntas sem resposta ou acabam por levantar mais questões do que as explicam”.

(O Globo)

Nota: Chamar Dawkins de “cientista proeminente” é forçar a barra. Há quantos anos ele não põe os pés num laboratório? Que descoberta ou pesquisa científica ele fez? O neoateísta ultradarwinista-mor vive da venda de seus livros polêmicos e, certamente, de sua aposentadoria de ex-professor universitário. Ele não faz ciência, apenas divulga estridentemente seu naturalismo filosófico antiteísta e anticriacionista por meio de livros, campanhas mal-educadas e, inclusive, acampamentos para doutrinação de crianças. (Aliás, o último livro dele para crianças tem como título The Magic of Reality. Isso é muito estranho, porque, anos atrás, o biólogo que também escreveu Deus, um Delírio, disse que ensinar religião para crianças é como praticar estupro. Mas ele pode ensinar ateísmo travestido de ciência?)

A verdade é que o próprio Dawkins admite que foi por razões filosóficas e não científicas que ele se sentiu atraído para a ciência: “My interest in biology was pretty much always on the philosophical side”, ele disse, listando a seguir as questões essenciais que o guiaram: “Why do we exist, why are we here, what is it all about?” Essas são questões metafísicas e não necessariamente científicas. Mas misturar as coisas parece atitude comum no pensamento e nos textos do britânico.

Dawkins mistura propositalmente o criacionismo e a teoria do design inteligente, mas ele sabe que há diferenças entre ambos. Enquanto os criacionistas (bíblicos) sustentam que o Designer é Yahweh, os teóricos do design inteligente “não se preocupam” com a identificação do Designer, uma vez que se atêm ao método científico e às ferramentas de detecção de projeto na natureza. Eles deduzem, a partir da existência de informação complexa específica e complexidade irredutível nos seres vivos, que o acaso e a aleatoriedade jamais poderiam ser responsáveis pela existência/surgimento da vida. É mais ou menos como a ciência forense que detecta evidências na cena do crime, ainda que o criminoso tenha se evadido do local. Nesse sentido, não há por que não se ensinar design inteligente nas escolas, uma vez que o conteúdo religioso não fará parte do currículo. Por que existe esse medo de se questionar o evolucionismo? Por que apresentá-lo como “fato”, quando se sabe de suas insuficiências epistêmicas? E por que fazer isso justamente com crianças que não terão visão crítica suficiente para se posicionar? Suspeito que o objetivo final de Dawkins e seus pares seja o de criar uma sociedade ateia, usando a ideia de um não ateu (agnóstico) útil: Charles Darwin.

A teoria segundo a qual todos os organismos se desenvolveram a partir de seres primitivos (se é que podemos chamar assim seres que já possuíam as indispensáveis máquinas moleculares e a tremenda informação genética da qual dependem) é a macroevolução, nunca demonstrada em laboratório ou observada na natureza. O que Darwin constatou foi a diversificação de baixo nível que promoveu mudanças no tamanho e formato do bico e na plumagem dos tentilhões, de uma ilha para outra, em Galápagos. Somente isso. O resto é extrapolação metafísica. E é isso que Dawkins e sua turma querem empurrar para a cabeça das crianças indefesas. Doutrinação pura!

O artigo acima mostra, uma vez mais, como a polarização criacionismo x evolucionismo (e, no fim das contas, também sábado x domingo) vai se tornando cada vez mais evidente. Aos poucos, os ultradarwinistas vão associando o pejorativo (e hoje, em tempos pós 11/9, praticamente criminoso) nome de “fundamentalistas” àqueles que defendem a Criação segundo o livro de Gênesis. Marcelo Gleiser já havia chamado de “criminosos” aqueles que ensinam o criacionismo. Pois é, dias (bem) piores virão. Mas isso já estava escrito... Os criacionistas que se preparem![MB]

Leia também: “David Attenborough joins campaign against creationism in schools” (note como a matéria associa discretamente o criacionismo bíblico e o criacionismo islâmico)

Nasa “absolve” asteroide por extinção dos dinossauros

A queda do asteroide Baptistina na Terra, há [supostos] 65 milhões de anos, pode não ter sido a causa do desaparecimento dos dinossauros, segundo estudo baseado em observações recentes captadas pela sonda WISE e divulgado nessa segunda-feira pela Nasa (agência espacial americana). Os cientistas têm certeza de que um grande asteroide atingiu o planeta e provocou a morte dos répteis gigantes, mas desconhecem sua origem exata. Em 2007, um estudo realizado com telescópios terrestres, feito pelo Instituto de Pesquisa de Southwest, no Colorado, apontou como suspeito pela extinção dos dinossauros um corpo celeste do tipo Baptistina, situado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.

Segundo essa teoria, o corpo celeste se chocou contra outro asteroide do cinturão há [mais supostos ainda] 160 milhões de anos, que se despedaçou em fragmentos gigantescos. Um deles acabou atingindo a Terra, no que hoje é a península de Yucatã, no México, e causou a morte dos répteis. No entanto, observações realizadas com instrumentos infravermelhos da sonda WISE afastaram essa possibilidade, deixando sem resposta um dos grandes mistérios do universo.

Durante mais de um ano, uma equipe da Nasa estudou 120 mil asteroides, entre eles 1.056 da família Baptistina, e constatou que a quebra do asteroide cujo pedaço atingiu a Terra aconteceu há [supostos] 80 milhões de anos, metade do tempo sugerido anteriormente.

A pesquisa mostrou que se esse asteroide fosse o culpado da extinção, ele teria que ter se chocado contra a Terra em menos tempo do que se acreditava anteriormente. Segundo a principal cientista do projeto, Amy Mainzer, não houve tempo para que o corpo celeste provocasse o fim do período Cretáceo.

(Exame)

Nota: Segundo os criacionistas, vários meteoritos (e não apenas um) se chocaram contra a Terra há bem menos tempo do que supõe a esticada cronologia evolucionista. A teoria do grande bombardeamento se encaixa bem nos modelos propostos para a grande catástrofe (dilúvio global) que levou à extinção a grande maioria dos dinossauros, outras espécies e a geração de Noé.[MB]

Leia também: "Colisão no espaço acabou com os dinossauros?"

O estouro das bolhas pós-11/9

Terça-feira, 11 de setembro de 2001. Era uma manhã comum de trabalho na redação da Casa Publicadora Brasileira. A rotina seguia seu curso: textos para revisar, matérias para escrever, decisões editoriais. Até que alguém gritou da sala de reuniões: “Venham ver isso aqui!” Quando entrei na sala, o relógio marcava nove horas e a TV estava ligada. A imagem que vi parecia a de um desses filmes apocalípticos hollywoodianos, mas o logotipo da emissora norte-americana CNN deixava claro que não se tratava de ficção. Uma das torres gêmeas do World Trade Center em Nova York estava pegando fogo! Assentei-me numa das cadeiras e fiquei sabendo, instantes depois, que um avião da American Airlines (voo 11) havia atingido o arranha-céu fazia poucos minutos. Nem os repórteres (muito menos nós, que estávamos ali naquela sala a mais de oito mil quilômetros de distância) sabiam exatamente o que estava acontecendo. Teria sido um terrível acidente? Às 9h03, com os olhos ainda grudados na tela da TV, tivemos certeza de que aquilo não se tratava de acidente: outro avião, agora da United Airlines (voo 175), acabava de atingir a torre sul. Em duas horas, tudo o que sobrou dos dois edifícios foi uma montanha de entulho e muita poeira. Meus colegas e eu emudecemos. As imagens eram dramáticas e as informações, escassas. Pairava no ar a sensação de que aquele dia mudaria os rumos da história em nosso planeta. E mudou. [Leia mais e deixe seu comentário lá.]

segunda-feira, setembro 19, 2011

Cientistas questionam “elos perdidos”

Recentemente, dois paleoantropólogos questionaram a “humanidade” de alguns fósseis de primatas descobertos. Para eles, a interpretação de fragmentos ósseos de sete milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] é mais complexa do que alguns pensam. Os fósseis em questão correspondem às espécies Orrorin tugenensis, Sahelanthropus tchadensis e Ardipithecus ramidus, e fizeram fama por [supostamente] preencher lacunas na história da evolução de macacos para seres humanos. Porém, os paleoantropólogos acreditam que os fósseis não sejam restos de alguns dos nossos antepassados hominídeos, mas sim apenas ossos de macaco. O problema é que uma série de características que têm sido identificadas como relacionadas aos seres humanos podem ser interpretadas de maneiras diferentes. Por exemplo, o Sahelanthropus, o mais antigo gênero que se acredita ter sido um hominídeo, é um crânio parcial de sete milhões de anos [sic]. Pela sua forma, os cientistas concluíram que o modelo deve ter andado ereto. A posição do seu “forame magno” no local onde o cérebro se conecta a medula espinhal historicamente tem sido associada ao bipedismo. No entanto, a anatomia comparativa prova que isso nem sempre é o caso.

O Orrorin, o segundo mais antigo, também seria bípede. Os paleoantropólogos também acham que ele pode não ter andado na vertical. E o famoso esqueleto parcial de Ardipithecus de 4,4 milhões de anos se parece muito com macacos do mesmo período.

Essas questões propostas pelos cientistas nos fazem pensar: Será que tais erros de interpretação são comuns? Será que tudo pode ser diferente do que se ensinam nas escolas?

Em ciência, sempre há diferenças de interpretação e debates. Não é fácil ser conclusivo ou definitivo, ainda mais em ciência histórica que não permite experiências. [Pena que as revistas científicas populares e a mídia em geral geralmente não admitam isso e tratem o assunto como certeza. – MB]

As espécies em debate viveram há milhões de anos [isso também não seria especulativo?], em uma pequena região da África em populações pequenas. Hoje, existem apenas exemplos isolados e demora um pouco para que vários cientistas tenham uma chance de estudá-los.

Também existem outros problemas na área, como encontrar a idade correta de fósseis. Apesar de existirem técnicas espetaculares, há limites. A técnica de argônio é realmente precisa, mas exige a presença de rochas vulcânicas que não são encontradas em todos os lugares. Datação por carbono 14 não é confiável em fósseis com mais de 40 mil anos.

Uma dificuldade acrescida é a ocorrência de homoplasia: uma situação em que os traços de duas espécies distantes evoluíram para uma aparência semelhante (ao invés de se parecerem por causa de uma estreita relação genética). Esse é um problema real no estudo e registro de fósseis. A semelhança não implica necessariamente a ancestralidade.

Considerando todas essas dificuldades, a compreensão científica atual das origens humanas é surpreendentemente bem desenvolvida. O registro fóssil humano é um dos melhores em biologia [então, imagine os piores...]. Desde que os humanos modernos evoluíram, há 200.000 anos [sic], a evidência fóssil que deixaram para trás é extensa, e de 50.000 a 60.000 anos atrás os nossos antepassados deixaram fósseis em uma grande região do mundo. O histórico é bastante sólido, mas o registro ancestral humano indiscutível só começa em torno de 4.200 anos atrás [os criacionistas sugerem que a vida humana tenha em torno de seis a dez mil anos, e o registro ancestral humano indiscutível também remonta a alguns milhares de anos]. Há muitos detalhes a serem ainda trabalhados.

(Hypescience)

Nota: Releia os trechos que grifei em bold para perceber o grau de incerteza nesse tipo de pesquisa evolucionista. A despeito disso, no último parágrafo, eles tentam salvar a teoria afirmando o que negam desde o começo: “a compreensão científica atual das origens humanas é surpreendentemente bem desenvolvida.” Como pode ser bem desenvolvida com tão poucos e incompletos fósseis antigos? Como pode ser bem desenvolvida, se é tão baseada em interpretações de evidências mínimas? De qualquer forma, já é um grande avanço a publicação de uma matéria dessa natureza. Parabéns ao Life’s Little Mysteries pela publicação e ao Hypescience, pela republicação.[MB]

domingo, setembro 18, 2011

Nobel discorda da tese sobre mudanças climáticas

O físico e prêmio Nobel norueguês Ivar Giaever renunciou à American Physical Society (APS) por discordar de sua postura com relação às mudanças climáticas, disse uma porta-voz dessa entidade à AFP. “Posso confirmar que (Giaever) renunciou”, disse Tawanda Johnson, porta-voz dessa respeitada sociedade americana de Física, destacando que Giaever, de 82 anos, enviou uma carta informando sua decisão à diretora-executiva da APS, Kate Kirby, [na] terça-feira. “A razão é que ele está em desacordo com a postura da APS sobre as mudanças climáticas”, explicou Johnson. Com 48 mil membros, a APS adotou uma declaração de política nacional em 2007, na qual estabelece: “a evidência é incontestável: o aquecimento global está acontecendo”. No ano passado, outro cético das mudanças climáticas, o professor Hal Lewis, da Universidade da Califórnia, também deixou o grupo, alegando que o aquecimento global é uma “fraude” e um “engano pseudo-científico”.

Em declaração emitida após a saída de Lewis, a sociedade anunciou que “no tema do aquecimento global, a APS destaca que praticamente todos os cientistas de renome estão de acordo (...) de que o dióxido de carbono está aumentando na atmosfera devido à atividade humana”.

Giaever, que foi um dos ganhadores, em 1973, do Nobel de Física por suas “descobertas experimentais com relação aos fenômenos de túneis de semicondutores”, não respondeu a um e-mail da AFP solicitando comentários.

Johnson destacou que a posição de Giaever representa uma minoria da comunidade científica e que embora a APS esteja “decepcionada” com a sua partida, não tem a intenção de mudar sua posição. “Não há membros renunciando em massa ou coisa parecida”, disse a porta-voz da APS.

(Exame)

Nota: Já destacamos aqui, várias vezes, que a causa do aquecimento global supostamente causado pelo ser humano defende interesses ECOmênicos escusos (o medo da destruição constantemente alimentado pela mídia reflete a engenharia social também empregada na "guerra ao terror"). Assim como há cientistas de renome renunciando à visão darwinista que contamina a ciência (clique aqui para conhecer o grupo), também existem os corajosos que ousam discordar do consenso e manifestar sua discordância no que diz respeito à bandeira ECOmênica. É bom ver que os ditos “céticos do aquecimento global” contam também com cientistas de peso em seu time.[MB]

Cenas de um mundo que afunda (2)

Não se engane com a morena da foto. Ela não está usando maquiagem para o Halloween, nem foi vítima de violência doméstica. Trata-se de Gina Carano, uma das melhores lutadoras americanas de artes marciais mistas (MMA), logo após um combate. Gina perdeu o trono ano passado por nocaute técnico para a brasileira Cris Cyborg. Perdeu a luta, não perdeu a graça. Mas os machucados superficiais no rosto podem esconder lesões mais graves no cérebro da lutadora. As consequências ao cérebro depois de tanto impacto ainda não são conhecidas pelos profissionais de saúde. Por isso mesmo, está sendo lançado um estudo com 500 lutadores profissionais (boxeadores e de luta livre), em parceria com a Cleveland Clinic, nos Estados Unidos. O projeto está sendo financiado pela bilionária fundação Kirk Kerkorian’s Lincy. A ideia é justamente entender o impacto físico das pancadas no cérebro dos atletas com a finalidade de melhorar o tratamento das lesões cerebrais. [Lamentavelmente, o interesse pela luta livre tem crescido em nosso país. Já tínhamos e temos o pão e circo sob várias formas, desde novelas ao infame BBB. Agora, para completar, temos os gladiadores nos coliseus modernos e uma legião de torcedores ávidos por sangue alheio. – MB]

(Espiral)


Fotos da abertura da Oktoberfest de Munique. Em Santa Catarina, depois da enchente que assolou cidades no norte do Estado, Blumenau também se prepara para sua festa da bebedeira.

Leia também: “Cenas de um mundo que afunda” e “O que nos faz pensar que somos melhores?”

sexta-feira, setembro 16, 2011

Em cima do Rio Negro, nós oramos

Ao fundo, o cais flutuante do Rio Negro
Minha primeira viagem ao Estado do Amazonas foi bastante marcante. A convite da Associação Central Amazonas da Igreja Adventista (Aceam), pude apresentar palestras e pregar para cerca de duas mil pessoas reunidas no 7º Acampamento de Jovens Adventistas (AcampJA), realizado no município de Novo Airão, a 200 km de Manaus. Eram jovens muito vibrantes e interessados nas coisas de Deus, o que me faz crer que Deus tem uma geração sendo preparada para concluir a missão da igreja neste planeta. Além de assistir à programação espiritual e a vários seminários, os acampantes participaram de passeata de conscientização ambiental, realizaram mutirões de saúde e de revitalização de locais públicos e participaram da inauguração do templo da Igreja Adventista de Novo Horizonte, resultado direto do esforço dos participantes da Missão Calebe. Para mim, fazer parte disso foi muito gratificante, mas minha “aventura” começou quando ainda estava em São Paulo.

Naquela sexta-feira, dia 2 de setembro, a cidade de São Paulo enfrentou o pior engarrafamento do ano, até ali. E lá estava eu, tentando chegar ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, num trajeto que pode ser percorrido em pouco mais de 30 minutos, mas que levou quase duas horas, naquela tarde. Não deu outra: perdi o voo. Graças a Deus, consegui outro que sairia quase duas horas mais tarde, mas que me permitiria chegar a tempo de pregar meu primeiro sermão no dia seguinte.

Quando cheguei a Manaus, os irmãos que estavam me esperando no aeroporto me informaram de que a última balsa que cruza o Rio Negro e dá acesso à rodovia que leva a Novo Airão tinha saído fazia uma hora. E agora? O jeito foi conseguir uma lancha voadeira. E lá fomos nós, de madrugada, cruzar o rio na noite escura. E que velocidade! Em poucos minutos, transpusemos os cerca de três quilômetros de uma margem a outra do rio. Quando chegamos ao outro lado, embarcamos numa caminhonete e iniciamos a viagem pela estrada sinuosa e deserta. Eu estava bastante cansado e com fome. Tinha saído de minha casa às 14 horas, já eram duas da madrugada e minha última refeição havia sido uma barrinha de cereais.

Quando chegamos à pousada em que me hospedei, já passava das quatro horas. Programei o despertador do celular para as 7h30 e desabei na cama. Antes de ser vencido pelo sono (o que não demorou), pedi a Deus que me desse forças para o dia cheio que me esperava e que aquelas poucas horas de repouso pudessem restaurar minhas energias.

O milagre aconteceu. Acordei bem disposto e pronto para enfrentar o calor de mais de 40 graus que me fez suar o dia todo. No ginásio (local das reuniões gerais), os acampantes estavam com o uniforme de gala dos jovens adventistas, reunidos por sociedades de jovens e cantando animadamente. Quando comecei a falar, senti o carinho e a consideração de todos eles. Apesar do calor e do acúmulo de pessoas, o silêncio era quase absoluto, como se estivéssemos em um templo, com boa acústica e conforto. Falei-lhes sobre a necessidade de fazermos escolhas sábias na vida e que a melhor e maior escolha que podemos fazer é andar com Jesus todos os dias.

No fim do culto, um jovem me cumprimentou e me entregou um bilhete. Minutos mais tarde, quando li o que ele havia escrito, fiquei muito feliz: “Michelson, Deus escolheu que eu viesse aqui, em lugar de estar em minha colação de grau, que ocorreu ontem [sexta-feira à noite]. Obrigado pela mensagem que fortaleceu minha fé! Não me arrependo da decisão que tomei.” Amém!

No domingo à tarde, meu ex-colega de mestrado em Teologia, pastor José Alves Maciel Jr., hoje presidente da Aceam, me levou para um agradável passeio nas proximidades do cais flutuante do Rio Negro, recém-inaugurado pelo Governo Federal. Visitamos um dos grandes barcos de madeira ancorados ali e tive uma verdadeira aula teórica de navegação, entremeada por lindas histórias contadas por meu amigo que já foi piloto de uma lancha missionária, a Luzeiro. A conversa foi muito instrutiva e inspiradora.

O Sol já havia se posto quando paramos o carro exatamente em cima do cais. As águas do Rio Negro corriam por baixo da estrutura metálica e meu amigo fez uma oração de gratidão a Deus.

Na segunda-feira pela manhã, apresentei minha última palestra e me despedi dos jovens amazonenses. Disse-lhes que eu estava com saudades da minha família, mas que também ficaria com saudades deles e que, infelizmente, esse sentimento continuará existindo até a volta de Jesus. Então, não mais haverá engarrafamentos, despedidas e distâncias.

Michelson Borges

Leia também: “Novo Airão recebe VII AcampJA da Associação Central Amazonas” e vira cidade dos “amigos da esperança”

Momento do apelo à reconsagração, no sábado de manhã

Igreja construída com o apoio dos jovens

Com o amigo Pr. José Alves, em frente à IASD de Novo Horizonte

Dinossauro é encontrado junto de suas próprias pegadas

Um fóssil alojado durante meio século em um museu polonês acabou por ser o primeiro esqueleto de dinossauro preservado com suas próprias pegadas. Uma recente busca do espécime de 80 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] revelou uma única pegada preservada nas rochas que também guardavam os ossos fossilizados. Caçadores de fósseis poloneses e mongolianos desenterraram a peça em 1965, na Mongólia. O dinossauro é um protocerátopo e, já que esse é um dos dinossauros mais comuns encontrados nos leitos fósseis, não foi considerado muito significativo. Mas os cientistas afirmam que é o primeiro exemplo de um dinossauro preservado com suas próprias pegadas. São poucos os exemplos em que os cientistas podem afirmar com certeza que tal pegada pertence a essa espécie, mas esse animal definitivamente morreu no caminho. A única pegada preservada pode ser vista nas rochas que guardaram o fóssil. Pesquisadores sugerem que algumas das rochas descartadas quando os cientistas encontram esqueletos de dinossauros podem conter pistas antigas sobre a vida dos animais extintos.

Tradicionalmente, paleontólogos procuram por esqueletos completos e, a fim de obter os ossinhos guardados, acabavam descartando a matriz. Muitas pegadas devem ter sido jogadas fora.

Desde os anos 1990, e com algumas descobertas espetaculares de pegadas fósseis da China, a investigação sobre pegadas de dinossauros recebeu muito mais atenção. Mas o que muitas vezes [se vê] são pegadas [sem os] esqueletos. De acordo com pesquisadores, rastros geralmente vêm de depósitos em praias, já os ossos são normalmente encontrados em canais de rios, onde talvez os animais tenham se afogado e foram rapidamente enterrados e preservados.

Infelizmente, porém, isso não resolve qualquer outro mistério de dinossauro, mas ajuda na combinação de diferentes tipos de pegadas. Além disso, vai fazer os caçadores de dinossauros prestarem mais atenção às pegadas.

Ainda há muitas descobertas como essa para serem feitas. Isso mostra que algumas coisas nunca vão aparecer, a menos que você esteja procurando por elas.

(Hypescience)

Nota: Se os cientistas dessem uma chance ao modelo diluviano, certamente muitas coisas “iriam aparecer” e o “mistério” poderia ser resolvido. É simples assim: para que uma pegada seja preservada em forma de fóssil é preciso que o animal pise em lama (não pode ser areia, como no deserto ou na praia, pois as impressões se desfazem rapidamente). Em seguida, essa pegada feita na lama precisa ser coberta por mais lama, a fim de que seja preservada e possa petrificar, com o tempo. Fósseis de dinossauros bem preservados de todos os tamanhos (alguns gigantescos) são encontrados em todo o mundo. Teriam todos eles se afogado e sido soterrados rapidamente por rios e riachos? (Sim, porque se não fossem, seriam logo devorados por carniceiros.) A explicação não parece convincente num contexto global. Para soterrar dinossauros de grande porte (em alguns lugares são encontrados muitos dinossauros juntos) seriam necessárias grandes quantidades de água e lama e um soterramento instantâneo (a maioria dos fósseis de dinossauros revela morte em agonia, na água). Geralmente, as pegadas não são encontradas junto com os fósseis dos animais que as imprimiram na lama porque, certamente, eles estavam em fuga e devem ter sido surpreendidos pelas águas em rápida elevação que os carregaram para longe, fossilizando-os em locais distantes de onde ficaram as pegadas. Frequentemente, são descobertos fósseis de dinossauros herbívoros em locais em que não havia vegetação, o que sugere mesmo o transporte desses animais pelas águas da grande inundação. No caso do protocerátopo da matéria acima, seu corpo foi encontrado junto com a pegada, o que revela o fato de que ele realmente foi enterrado por lama e não conseguiu escapar da inundação, ou não foi carregado por ela, por algum motivo.[MB]

Empresa de pornografia constrói “bunker apocalíptico”

O calendário maia crava o fim do mundo para o fim de 2012 [não é bem assim]. Enquanto os mais temerosos estocam alimentos e até armas, uma empresa de entretenimento adulto está construindo um bunker subterrâneo com bares completamente abastecidos, palco com plataforma rotatória e estúdio para produções audiovisuais [veja só o que eles querem manter no “mundo pós-fim”...]. Segundo reportagem da CNBC, a Pink Visual inicialmente planejou erguer uma espécie de fortaleza apenas para a equipe da empresa, amigos e familiares. Mas a ideia ganhou novas proporções e alguns fãs também devem ser agraciados com um ticket de entrada no bunker, que ficará pronto em setembro do ano que vem. Os que quiserem garantir seu lugar ao sol - ou melhor, embaixo da terra [infelizmente, é ali que vão ficar] - deverão passar por um processo seletivo que irá combinar mérito e sorte.

“Nosso objetivo é sobreviver ao apocalipse com conforto e luxo”, disse o porta-voz da Pink Visual, Quentin Boyer, que afirmou que o exercício de profissões específicas, como a medicina, deverá favorecer alguns candidatos [na verdade, médicos – e quaisquer outros profissionais – serão desnecessários no mundo pós-fim; clique aqui e saiba por quê]. Os demais ingressos serão divididos entre fãs, clientes e seguidores da produtora no Twitter.

Ainda não foi decidido se o acesso ao bunker será cobrado. Para Boyer, “o dinheiro pode simplesmente não ter valor intrínseco no mundo pós-apocalíptico”. A localização do esconderijo subterrâneo não foi divulgada “por motivos de segurança”.

(Exame)

Nota: Antes do fim do mundo que, talvez eles não saibam, vai revelar o estrago causado pela indústria pornográfica na vida de bilhões de pessoas, o pessoal dessa “indústria do pecado” tem outros problemas para resolver. (Para ler outras postagens relacionadas ao tema preocupante da pornografia, digite essa palavra no buscador do blog, no canto superior à direita.)[MB]

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