quarta-feira, junho 13, 2018

A criação das plantas (parte 1)

A criação das plantas ocorreu no terceiro dia da criação e foi algo bem simples. Deus ordenou e a Terra se encheu de vegetação. Essa narrativa simples tem despertado a curiosidade de muitos leitores e tem deixado detalhes interessantes sobre como isso ocorreu. O texto bíblico nos diz o seguinte: "Então disse Deus: 'Cubra-se a terra de vegetação: plantas que deem sementes e árvores cujos frutos produzam sementes de acordo com as suas espécies.' E assim foi. A terra fez brotar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas espécies, e árvores cujos frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom" (Gênesis 1:11,12, Nova Versão Internacional).

Sabemos que o autor do livro de Gênesis não tinha a intenção de classificar taxonomicamente toda a diversidade de flora e fauna criadas por Deus. A classificação se deu de forma muito simples e seguindo a limitação do autor. Podemos notar que há três tipos de plantas criadas: A erva verde (דֶּ֔שֶׁא deshe), a erva que dê semente (עֵ֚שֶׂב eseb) e as árvores frutíferas (עֵ֣ץ פְּרִ֞י ets peri). O autor descreveu resumidamente a vegetação rasteira em geral, as árvores e as árvores frutíferas. 

Essa ordem criativa já nos desperta uma curiosidade tremenda sobre o que aconteceu. Por uma dessas "coincidências" comuns no livro de Gênesis, temos na criação das plantas a mesma ordem em que as plantas teriam surgido segundo a teoria da evolução: Briófitas, Gimnospermas e Angiospermas. Esse detalhe faz com que o texto bíblico tenha crédito até entre os mais céticos. 


Briófitas, Gimnospermas e Angiospermas

Na história evolutiva das plantas, sabemos que as "primeiras sementes" apareceram durante o Devoniano superior, o que tornou as plantas que as produziam independentes da umidade. Mas só no período Carbonífero é que podemos verificar melhor o surgimento dessas estruturas. Isso ocorreu, segundo a cronologia evolutiva, há 300 milhões de anos.[1]

Porém, o registro fóssil nos mostra alguns detalhes que não conferem com essa informação. Encontramos a pteridospermatophyta, uma ordem extinta de samambaias com sementes. Isso demonstra que houve uma "involução", pois hoje sabemos que as samambaias não têm sementes. Criacionistas sustentam que as espécies primordiais de plantas foram criadas prontas e após isso houve diversificação. Os relatos evolutivo e criacionista se confundem nesse desenvolvimento, pois, apesar de os surgimentos serem contraditórios, a microevolução posterior se seguiu normalmente com todas as espécies se adaptando nas regiões a que foram chegando após o dilúvio.


Fóssil de pteridospermatophyta

Porém, no segundo capítulo de Gênesis, temos algo intrigante. O texto diz o seguinte: "Ainda não tinha brotado nenhum arbusto no campo, e nenhuma planta havia germinado, porque o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra, e também não havia homem para cultivar o solo" (Gênesis 2:5, Nova Versão Internacional). Se as plantas foram criadas no terceiro dia, como o autor diz que nada havia brotado? 

Em Gênesis 2:5 não encontramos as três classes criadas anteriormente (deshe, eseb e ets peri), o que nos faz entender que aqui não se trata da criação das plantas. O texto fala claramente que por causa da chuva, e por falta de pessoas para cultivar o solo, essa planta não podia crescer. Que planta é essa que foi traduzida como "arbusto", e em outras versões como "planta do campo" ou "planta da terra"? É bem simples a resposta, que já está implícita no texto. Esse trecho se refere à agricultura. As palavras sadeh (הַשָּׂדֶ֗ה) e  siach (שִׂ֣יחַ) Indicam que se trata de um campo cultivado, um espaço reservado para o plantio. Ou seja, no capítulo 1 Deus criou as plantas e no capítulo 2 temos o relato do ato de cultivar essas plantas.

Então, concluímos que não há contradição entre os capítulos 1 e 2 de Gênesis. A narrativa e o texto original em hebraico nos fazem entender que os trechos são coisas distintas. Que a criação das plantas de forma resumida e simples se deu no capítulo primeiro e o começo da agricultura se deu no segundo capítulo.

Nas próximas postagens abordaremos detalhes de como essas plantas puderam se espalhar por todo o globo; e também falaremos do conceito das plantas no relato bíblico. Será que havia o ciclo biológico antes da queda do ser humano? Havia "morte" celular antes do pecado? Qual o papel das plantas nesse contexto?

(Alex Kretzschmar - Onze de Gênesis)

[1] SIMPSON, M.G. 2010. Plant Systematics. 7ª ed. London: Elsevier Academic Press.

Leia também a parte 2.

quinta-feira, junho 07, 2018

Estudo revela que 90% dos animais surgiram ao mesmo tempo


Uma nova pesquisa que envolve a análise de milhões de códigos de barra de DNA desmascarou muito do que sabemos hoje sobre a evolução das espécies. Em um imenso estudo genético, o pesquisador associado sênior Mark Stoeckle do Programa para o Ambiente Humano na Universidade Rockefeller e o geneticista David Thaler da Universidade de Basel descobriram que 90% de todos os animais da Terra surgiram ao mesmo tempo. Mais especificamente, eles descobriram que 9 em cada 10 espécies de animais no planeta surgiram ao mesmo tempo que os humanos, cerca de 100.000 a 200.000 anos atrás (segundo a cronologia evolutiva). “Essa conclusão é muito surpreendente e eu lutei contra ela o máximo que pude”, afirma Thaler.

Durante a última década, centenas de cientistas coletaram cerca de 5 milhões de códigos de barra de DNA de 100.000 espécies de animais em diferentes partes do globo. Stoeckle e Thaler analisaram essas 5 milhões de impressões genéticas para chegar a uma das descobertas mais surpreendentes sobre evolução até agora.

Existem dois tipos de DNA. A maioria das pessoas conhece o DNA nuclear. Esse é o DNA que contém o esquema genético para cada indivíduo único. É passado dos pais para os filhos. O genoma é feito de tipos de moléculas arranjados em pares. Existem 3 bilhões desses pares, que são usados então para formar milhares de genes.

O outro tipo de DNA, menos familiar, é encontrado na mitocôndria das células. A mitocôndria gera energia para a célula e contém 37 genes. Um desses é o gene COI, que é usado para criar códigos de barra de DNA. Todas as espécies têm um DNA mitocondrial muito similar, mas seu DNA é também suficientemente diferente para distinguir entre as espécies.

Paul Hebert, diretor do Instituto de Biodiversidade de Ontário, desenvolveu uma nova forma de identificar espécies estudando o gene COI.

Ao analisar o COI de 100.000 espécies, Stoeckle e Thaler chegaram à conclusão de que a maioria dos animais apareceu simultaneamente. Eles descobriram que a mutação neutra entre espécies não era tão variada quanto se esperava. A mutação neutra se refere a pequenas mudanças no DNA que ocorrem ao longo das gerações. Eles podem ser comparados aos anéis das árvores, já que podem informar qual a idade de certa espécie ou indivíduo.

Quanto a como isso deve ter acontecido, é incerto. Uma provável possibilidade é a ocorrência de um evento abrupto. Um trauma ambiental em larga escala pode ter erradicado a maioria das espécies da Terra.

“Vírus, eras glaciais, novos competidores bem-sucedidos, perda de presas – tudo isso pode causar períodos em que a população de um animal reduz bruscamente”, argumenta Jesse Ausubel, diretor do Programa para o Ambiente Humano. Tais momentos dão origem a mudanças genéticas generalizadas pelo planeta, causando o aparecimento de novas espécies. No entanto, a última vez que tal evento ocorreu foi há 65 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], quando um asteroide atingiu a Terra e (acredita-se) dizimou os dinossauros e metade de todas as outras espécies no planeta.

O estudo foi publicado no periódico Human Evolutionneste link.


Nota: Tudo indica que houve um “gargalo” na história da Terra, e que em algum momento dessa história os seres vivos simplesmente apareceram sobre o planeta, quase como num passe de mágica. O que isso lhe sugere? Cuidado! Você pode estar pensando em hipóteses perigosamente criacionistas... [MB]

Núcleo da Sociedade Criacionista Brasileira é fundado em Curitiba

No dia 12 de maio foi realizado o 1º Simpósio Criacionista do Núcleo Curitibano da Sociedade Criacionista Brasileira (NC-SCB). O evento marcou a inauguração das atividades do núcleo criacionista na cidade de Curitiba. O simpósio foi realizado no Espaço Bem pelo Bem, um centro de influência mantido pela Igreja Adventista do Sétimo Di Central de Curitiba. A Sociedade Criacionista Brasileira tem um projeto de expansão da divulgação do criacionismo pela América do Sul por meio da implantação de núcleos regionais. Os médicos da Clínica Adventista de Curitiba, a psiquiatra Karen Aguirres Guerra Lenz Betz e o neorologista Roberto Lenz Betz já haviam participado da fundação de um núcleo criacionista na cidade de Blumenau, SC. Chegando à Curitiba, resolveram juntar-se a um grupo de pesquisadores, como o estudante de biologia Weliton Augusto Gomes, a estudante de engenharia ambiental Tatielli Machado Pereira Costa, o geógrafo André Luiz Marques, o doutorando em Geologia Exploratória Hérlon Costa e o doutor em agronomia Jetro Turan Salvador, que já vinham somando esforços para fundar um núcleo na capital paranaense. O evento contou com a participação de 130 pessoas de diversas denominações religiosas, incluindo ateus. 

Os temas abordados foram a Cosmovisão Bíblica, com palestra apresentada por Alexandre Kretzschmar, diretor executivo do Núcleo Blumenauense da SCB (NBLU-SCB). Alexandre é teólogo, fundador do projeto Onze de Gênesis e autor do livro de mesmo nome. O outro tema foi a respeito dos dinossauros, apresentado por Everton Alves. 

“Numa época em que a intelectualidade humana é rotineiramente colocada acima das Escrituras, o criacionismo se torna uma ferramenta importantíssima para apresentar Deus e Seus atributos ao mundo. Sendo Deus o Criador, é de se esperar que a natureza esteja repleta de Suas digitais, e o NC-SCB faz justamente isto: mostra por meio de evidências científicas que a Bíblia está com a razão”, disse Roberto Lenz, que coordena o núcleo. 

 O próximo evento do NC-SCB será a temporada "Descobertas", que também será realizada no Espaço Bem pelo Bem e inicia no dia 9 de junho. Interessados em participar dos eventos e também colaborar ativamente com o núcleo podem entrar em contato através do WhatsApp pelo número (48) 98403-4563, e também acompanhar o NC-SCB através do Instagram: Nucleocuritibanoscb, e pelo Facebook: Núcleo Curitibano-SCB. 

(Bruna Portes é jornalista da Clínica Adventista de Curitiba)

terça-feira, junho 05, 2018

Evolucionistas admitem: vida não poderia surgir na Terra


Essa não dá para perder! Trata-se de um novo artigo científico, “Causa da Explosão Cambriana – Terrestre ou Cósmica?”, que argumenta em favor da panspermia. Em outras palavras, a semeadura da vida na Terra vinda do espaço sideral. Publicado na revista Progress in Biophysics and Molecular Biology (Progresso em Biofísica e Biologia Molecular), ele vem trazendo uma impressionante lista de mais de trinta autores de instituições renomadas em volta do mundo. Os próprios editores do periódico são altamente confiáveis, incluindo Denis Noble da Universidade de Oxford. Darwinistas responderão com a usual risada sem graça da hiena. Mas não se trata de uma piada. Os proponentes do design inteligente falarão sobre o artigo por muito tempo, já que ele aborda os mesmos problemas que teoristas como Stephen Meyer do Instituto Discovery buscam resolver – a origem da informação biológica, a origem da vida, a origem de novos genes, a Explosão Cambriana, a aparição abrupta de outras vidas complexas na Terra, e até mesmo as origens humanas.

Discutimos outras explanações materialistas propostas do enigma Cambriano – a teoria do oxigênio, a teoria do lodo, a teoria do ponto da virada, a teoria do câncer, mais recentemente a teoria da pipoca. Esta, a teoria do espaço sideral, pelo menos tem a virtude de levar a sério o problema da informação biológica. As outras são absurdas. O apelo à panspermia é extremamente exagerado, mas interessante. Sim, eles estão tentando substituir teorias de origem terrestre com algo vindo de um filme de ficção científica. (De fato um muito divertido, Prometheus, de Ridley Scott.) Do Resumo do artigo:

“A vida pode ter sido semeada aqui na Terra por cometas que transportam vida assim que as condições na Terra permitiram que ela florescesse (por volta ou próximo de 4,1 bilhões de anos atrás); e organismos vivos resistentes ao espaço como bactérias, vírus, células eucariontes complexas, ovos fertilizados e sementes têm sido continuamente entregues desde sempre à Terra, sendo portanto um importante meio de evolução terrestre, a qual resultou em considerável diversidade genética e a qual levou ao surgimento da humanidade.”

Ao tratar da aparição abrupta dos animais, o artigo propõe que “ovos criopreservados de lula e/ou polvo chegaram em meteoritos centenas de milhões de anos atrás”, e que isso ajuda a explicar “o rápido surgimento do polvo por volta de 270 milhões de anos atrás”. Isso mesmo: eles argumentam, entre outras propostas extraordinárias, em prol de polvos e lulas alienígenas, vindos das estrelas.

Ao tratar da origem da vida, eles dizem que um “milagre” seria necessário para que isso ocorresse na Terra: “A transformação de um amontoado de monômeros biológicos apropriadamente selecionados (por exemplo, aminoácidos, nucleotídeos) em uma célula viva primitiva capaz de evoluções adicionais parece requerer a superação de uma barreira de informação de proporções superastronômicas, um evento que não poderia ter acontecido dentro da linha do tempo da Terra exceto, acreditamos, por um milagre (Hoyle and Wickramasinghe, 1981, 1982, 2000). Todos os experimentos de laboratório que tentaram simular tal evento até agora levaram a deprimentes fracassos (Deamer, 2011; Walker and Wickramasinghe, 2015). Parece então razoável irmos ao maior ‘local’ disponível com relação a espaço e tempo.”

A solução? “Uma origem da vida cosmológica parece então plausível e esmagadoramente provável para nós.”

E a origem de novas informações genéticas? É oriunda de vírus, segundo eles, “dentre os sistemas naturais mais ricos em informação do Universo conhecido”, tendo, novamente, sido transportados à Terra a partir espaço:

“Devemos então plausivelmente considerar os vírus dentre os sistemas naturais mais ricos em informação no Universo conhecido. Seu tamanho os define como alvos muito pequenos, minimizando a probabilidade de destruição por ondas de calor ou radiação ionizadora (Hoyle and Wickramasinghe [1979], Capítulo 1). Suas dimensões nanométricas plausivelmente permitem fácil transporte e dispersão em grãos de poeira micrométricos e outras matrizes protetivas físicas de tamanho similar. Eles são então vetores genéticos de tamanho de nanopartículas que contêm toda a informação essencial para assumir e liderar a fisiologia de qualquer célula-alvo com a qual eles entram em contato. Seu crescimento replicante significa que eles são produzidos, e existem em números enormes em escalas cósmicas; de tal forma que eles (e em menor escala quantitativa seus reservatórios celulares) podem sofrer grandes perdas por inativação ao mesmo tempo em que deixam resíduos de milhões de partículas sobreviventes ainda potencialmente infecciosas. O vírus é então um tipo de módulo comprimido em contato com a totalidade da habilidade da célula de crescer e dividir para produzir a prole de células e dessa forma evoluir.”

Eles então argumentam que a informação necessária para construir vida complexa chegou à Terra antes que a vida complexa surgisse: “Em outras palavras, podemos agora plausivel e cientificamente argumentar que uma característica-chave de sistemas genéticos de informação densa para fazer organismos mais complexos já estava presente na Terra antes da aparição de fato da maior complexidade terrestre subsequente.”

Assim como o design inteligente, esse é um argumento de informação pré-existente. E eles aplicam a mesma forma de explicação à origem de humanos, plantas e animais, os quais eles dizem terem sido infectados por “vírus ricos em informação”, que fizeram com que eles evoluíssem: “Os genes cruciais mais relevantes para a evolução de hominídeos, assim como de todas as espécies de plantas e animais, parecem ser prováveis em muitos aspectos de origem externa, sendo transferidos ao longo da galáxia por vírus ricos em informações.”

E quanto à questão mais importante de todas: De onde essas informações nesses vírus viajantes do espaço vieram originalmente? Eles nem mesmo mencionam isso. E quem pode culpá-los? Então enquanto dão a impressão de explicar a origem da complexidade biológica, eles estão apenas deixando a questão para trás. Isso é o que a panspermia geralmente faz.

Bem, de certa forma, a abordagem faz total sentido se você for um materialista e, como eles afirmam, você “não encontrar teoria científica alternativa ao modelo de Wickramasinghe de Panspermia Cósmica (Cometária) como o maior condutor de vida na Terra”. O artigo é uma admissão de que as teorias Cambriana e outras antigas falharam. Enquanto bizarra, literalmente, a solução do espaço sideral sugere que o materialismo pode estar no caminho de dar seus últimos suspiros.

(Evolution News & Science Today; tradução de Leonardo Serafim)

Criacionismo amplifica importância de preservar o meio ambiente


Os crescentes e violentos golpes contra o meio ambiente, principalmente em nome do capitalismo, têm fragilizado o planeta e o levado a enfrentar condições críticas. Isso foi reconhecido pelos 195 países que assinaram, no final de 2015, o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Na ocasião, eles se comprometeram a trabalhar para restringir os níveis do aquecimento global para 1,5 °C. Hoje, dez nações são responsáveis por 70% da emissão dos gases de efeito estufa, incluindo o Brasil. A flora e a fauna também sentem os efeitos diretos das ações humanas: as mudanças climáticas têm aumentado a incidência de furacões e tsunamis, como lembra o geólogo Marcos Natal, que nesta entrevista pontua não apenas os desafios que isso representa para a população mundial, mas o que ela pode fazer para ajudar a amenizar tal situação. Atual presidente da Sociedade Criacionista Brasileira e diretor do Instituto de Pesquisa em Geociência para oito países da América do Sul, Natal ainda sublinha o papel que o criacionismo desempenha para incentivar a preservação da Terra