sexta-feira, dezembro 31, 2010

Montanha chinesa tem mais de 20 mil fósseis marinhos

Mais de 20 mil fósseis de répteis, mariscos e outras criaturas marinhas pré-históricas [sic] foram localizadas em uma montanha na China. A descoberta, feita por uma equipe do Centro Geológico Chengdu, pode fornecer pistas de como as espécies são menos ou mais suscetíveis à extinção. A vida quase foi aniquilada há 250 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] por uma erupção vulcânica na região da Sibéria [segundo a hipótese levantada], seguida de um aquecimento na temperatura em termos globais, e somente uma em cada dez espécies sobreviveu à explosão ocorrida no fim do período Permiano. Os fósseis encontrados representam um ecossistema completo resgatado depois dessa época. A montanha fica em Luoping, a sudoeste da China, e praticamente teve metade de sua superfície escavada. A camada de calcário onde os fósseis foram encontrados é remanescente da época em que a região sul chinesa era ainda um território com clima tropical, cercada provavelmente de coníferas.

Os fósseis são excepcionalmente bem preservados, e mais da metade está intacta. Peles delicadas que sobreviveram à ação do tempo também podem indicar como a dieta e a locomoção desses animais eram feitas.

Um talatossauro é a maior criatura encontrada pelos cientistas, cujo comprimento é de até três metros. Além dele, também havia um ictiossauro, que lembra remotamente um golfinho.

(Folha.com)

Nota: Mais uma vez os pesquisadores arranham a verdade, mas se recusam a admitir (ou reconhecer) os fatos. O que fósseis de animais marinhos fazem no alto de montanhas (não apenas na China, é bom lembrar)? O que seria capaz de preservá-los em tão boas condições (com a pele delicada, inclusive), já que se sabe que, para isso ocorrer, é necessário um sepultamento rápido sob lama e sedimentos? Mais: quanta lama seria necessária para soterrar 20 mil espécimes, alguns dos quais com até três metros de comprimento? Os cientistas deveriam seguir as evidências levassem aonde levassem, mesmo que “esbarrassem” em certo relato bíblico a respeito de uma catástrofe hídrica global.[MB]

Leia também: "Tempo, fé e fósseis de baleias"

Abstinência antes do casamento ajuda vida sexual

Um estudo publicado pela revista científica Journal of Family Psychology, da Associação Americana de Psicologia, sugere que casais que esperam para ter relações sexuais depois do casamento acabam tendo relacionamentos mais estáveis e felizes, além de uma vida sexual mais satisfatória. Entre os ouvidos para a pesquisa, pessoas que praticaram abstinência até a noite do casamento deram notas 22% mais altas para a estabilidade de seu relacionamento do que os demais. As notas para a satisfação com o relacionamento também foram 20% mais altas entre os casais que esperaram, assim com as questões sobre qualidade da vida sexual (15% mais altas) e comunicação entre os cônjuges (12% maiores). Para os casais que ficaram no meio do caminho - tiveram relações sexuais após mais tempo de relacionamento, mas antes do casamento - os benefícios foram cerca de metade daqueles observados nos casais que escolheram a castidade até a noite de núpcias.

Mais de duas mil pessoas participaram da pesquisa, preenchendo um questionário de avaliação de casamento online chamado RELATE, que incluía a pergunta “Quando você se tornou sexualmente ativo neste relacionamento?”

Apesar de o estudo ter sido feito pela Universidade Brigham Young, financiada pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como Igreja Mórmon, o pesquisador Dean Busby diz ter controlado a influência do envolvimento religioso na análise do material.

“Independentemente da religiosidade, esperar (para ter relações sexuais) ajuda na formação de melhores processos de comunicação e isso ajuda a melhorar a estabilidade e a satisfação no relacionamento no longo prazo”, diz ele. “Há muito mais num relacionamento que sexo, mas descobrimos que aqueles que esperaram mais são mais satisfeitos com o aspecto sexual de seu relacionamento.”

O sociólogo Mark Regnerus, da Universidade do Texas, autor do livro Premarital Sex in America, acredita que sexo cedo demais pode realmente atrapalhar o relacionamento. “Casais que chegam à lua de mel cedo demais - isso é, priorizam o sexo logo no início do relacionamento - frequentemente acabam em relacionamentos mal desenvolvidos em aspectos que tornam as relações estáveis e os cônjuges honestos e confiáveis.”

(BBC Brasil)

Nota: Vez após vez, pesquisas têm confirmado conselhos dados há milênios nas páginas da Bíblia Sagrada. Quando as pessoas (a maioria) perceberão e admitirão que a Bíblia é um guia seguro para orientar a vida? Gostaria muito de ver essa pesquisa destacada em revistas masculinas e femininas. Mas algo me diz que essas publicações passarão o assunto por alto.[MB]

Leia também: "Eles nunca leram Cantares de Salomão..."

Marcas de ferramentas humanas no lugar errado

Uma reportagem desconcertante que imediatamente gerou comentários céticos por parte dos evolucionistas revela que uma equipe de pesquisadores anunciou recentemente a descoberta de ossos que, segundo eles, mostram terem sido cortados e aparados com ferramentas. Essa descoberta não seria fora do normal se não fosse o fato de as datas designadas aos ossos datarem em um milhão de anos a linha temporal evolutiva em relação à emergência do homem. As marcas presentes nos ossos não parecem ter sido feitas por garras, cascos ou dentes de outros animais, mas sim ranhuras paralelas feitas por cortes múltiplos com facas de pedra. Os pesquisadores analisaram as marcas com eletro-microscópios.

As ferramentas mais antigas tinham sido datadas (pelos evolucionistas) com idades de 2,6 milhões de anos, mas esses ossos recentemente encontrados foram datados com idades na ordem dos 3,4 milhões de anos. Isso se revela um problema para os evolucionistas uma vez que, segundo a fábula neodarwiniana, o homem só apareceu há 2,5 milhões de anos. Supostamente, antes desse tempo só existiam criaturas parecidas com macacos tipo a “Lucy” – que mais tarde deram origem ao homem.

Qualquer ser capaz de entalhar/cinzelar a carne da mesma forma que o homem moderno faz seria indistinguível deste último. Se os tais entalhadores de carne existiram durante o tempo em que a Lucy era totalmente macaco, então a Lucy não pode ser um ancestral do ser humano.

Claro que quando a ciência transtorna os planos dos naturalistas, eles se manifestam de forma a proteger sua fé. O paleoantropólogo Richard Potts insistiu que antes de se estabelecer que as marcas nos ossos sejam o resultado de facas feitas por humanos, primeiro é preciso encontrar ferramentas no mesmo estrato geológico. Sileshi Semaw, da Universidade de Indiana, concordou, mas isso não faz sentido nenhum. O que eles estão tentando fazer é usar a teoria da evolução como forma de proteger a própria teoria da evolução. Siga a lógica:

Encontramos ossos com marcas feitas por seres humanos num estrato geológico. Segundo a escala evolutiva, os seres humanos só evoluíram mais tarde. Como os seres humanos evoluíram mais tarde, então essas marcas não foram feitas por seres humanos. A evolução se torna, assim, evidência para a evolução. Para além disso, é visivelmente ilógico afirmar-se que primeiro tem que se encontrar ferramentas nesse estrato geológico para se concluir que os ossos que foram encontrados foram marcados por seres humanos. Se nós nunca encontrarmos ferramentas nesse estrato, será que isso anula o fato de os ossos terem marcas que só podem ser o resultado de atividade humana?

Essa é a forma como alguns evolucionistas defendem a sua fé em Darwin.

Outros evolucionistas seguem outro caminho e tentam harmonizar essa descoberta científica com o mito ateu com o nome de teoria da evolução. Alguns antropólogos começaram a interpretar essa nova evidência de uma forma previsivelmente pró-darwiniana. Em vez de admitirem que as marcas nos ossos sejam o resultado de trabalho humano, alguns evolucionistas afirmam que esse feito foi levado a cabo por hominídeos parecidos com a Lucy.

Essa “lógica” foi recentemente aplicada às famosas pegadas Laetoli (veja este texto): vários estudos demonstraram que quem quer que tenha feito as tais pegadas na lama caminhava exatamente da mesma forma que os seres humanos atuais andam (manifesto no tipo de pegadas). No entanto, como isso era problemático para os evolucionistas, eles inventaram um cenário onde a Lucy possuía pés idênticos ao homem moderno!

A interpretação “foi a Lucy quem fez isso” é consequência lógica das premissas evolutivas e não dos dados científicos. Depois de terem assumido que o ser humano não existia antes de certa linha temporal, os evolucionistas são forçados a defender a posição de que as marcas nos ossos, embora perfeitamente observáveis como resultado de atividade humana, foram feitas por um “ancestral” do ser humano (para o qual não há a mínima evidência). Por aqui se vê o peso que a teoria da evolução tem na interpretação dos dados.

Contrariamente aos mitos ateus, a Palavra de Deus não precisa inventar cenários e hipóteses contra-factuais como forma de se defender. Uma vez que o ser humano sempre viveu lado a lado com os animais mal a semana da Criação chegou ao fim, a descoberta de artefatos feitos por seres humanos – como pegadas e marcas de ferramentas – nesses depósitos pós-Dilúvio ajustam-se perfeitamente com a Criação.
Essas marcas nossos ossos foram feitas por seres humanos e os métodos de datação evolucionistas não funcionam. Sabemos que não funcionam porque atribuem idades na ordem dos “milhões de anos” a objetos que foram visivelmente feitos pelo homem moderno.

(Darwinismo)

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Feliz Natal e um abençoado 2011 para você

Clique na imagem para vê-la ampliada.

Dinossauros vegetarianos

A maior parte dos dinossauros terópodes, exceto pelo Tiranossauro Rex e pelo Velociráptor, era herbívora e não carnívora, como se acreditava, revelaram paleontólogos americanos nesta segunda-feira. Lindsay Zanno e Peter Makovicky, do Field Museum de Chicago, concluíram com base em análises estatísticas que o regime alimentar de 90 espécies de dinossauros terópodes era constituído por plantas. Esses resultados contradizem a visão comum entre os paleontólogos de que quase todos os dinossauros terópodes caçavam para se alimentar, especialmente os antepassados mais próximos das aves [sic]. “Grande parte dos terópodes estava claramente adaptada a uma vida de predador, mas, em certo momento da evolução até as aves [sic], esses dinossauros se tornaram herbívoros”, explicou Lindsay Zanno.

Os dois pesquisadores encontraram cerca de meia dúzia de traços anatômicos que, estatisticamente, ligam a maior parte dos terópodes ao comportamento herbívoro, incluindo um bico desprovido de dentes.

“Após ter estabelecido uma relação entre certas evoluções anatômicas desses dinossauros e provas diretas de hábitos alimentares, buscamos quais outras espécies de terópodes compartilhavam os mesmos traços”, assinalou a paleontóloga, cujos trabalhos aparecem nos Anais da Academia Nacional de Ciências. “Desta maneira, pudemos determinar os herbívoros e os carnívoros.”

Aplicando essa análise, os pesquisadores determinaram que 44% dos terópodes, distribuídos em seis grandes linhagens, eram herbívoros.

(UOL)

Nota: Agora só falta revisar a crença de que as aves evoluíram dos dinossauros. Mas nunca é tarde para abandonar certas “certezas” científicas baseadas em fósseis, apenas fósseis.[MB]

Nota do blog Desafiando a Nomenklatura Científica: “Pelo andar da carruagem, daqui a pouco os terríveis lagartos-dinossauros vão se transmutar em dóceis animaizinhos, e precursores há milhões de anos de uma dieta saudável: vegetariana. Ah, vai, esta especulação sua não é científica, antes, é o favorecimento escancarado de certa prática de determinadas subjetividades religiosas! Pereça tal pensamento! Tenho amigos assim, mas a profecia feita aqui é científica, e traz outras implicações epistêmicas, pois determinado livro oriental antigo há muito já disse que os animais e até os seres humanos eram vegetarianos!!! Ah, mas lá não tem nada de ciência! Ué, não tem? Mas é um contexto em que a conclusão científica se encaixa! Então por que a conclusão desta pesquisa é científica: os dinos eram vegetarianos, e a outra afirmação é pseudociência? Alguém me belisque, por favor!!!

“Fui, nem sei por que, sem entender mais nada da Lógica Darwiniana 101. Aliás, nem os darwinistas xiitas, fundamentalistas, pós-modernos, chiques e perfumados a la Dawkins entendem essa lógica epistêmica do crioulo doido. Como dizia Feyerabend, vale tudo quando a questão é Darwin, capice? Até ser parecido nas afirmações e conclusões dos de subjetividades religiosas...”

Conversa com um estudante de Paleontologia

Formado em Teologia pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho, e futuro mestrando em Paleontologia pela Universidade de Loma Linda, Califórnia, Estados Unidos, o brasileiro Kleber Mereth do Amaral participou de escavações com equipes de paleontólogos adventistas da Southwestern Adventist University. Nesta entrevista, concedida ao jornalista Márcio Tonetti, Kleber fala um pouco sobre essa experiência e seu gosto pela área:

Quando surgiu o interesse pela paleontologia?

Meu interesse por paleontologia existia antes de cursar Teologia. Como tenho um irmão e uma prima que são biólogos, e uma irmã professora, percebia os pontos conflitantes existentes entre a fé e o que eles estudavam, ou seja, as informações que recebiam. Antes de cursar Teologia, a área de ciências já me atraía. Entretanto, Deus me levou por alguns caminhos que não compreendia bem, mas que aceitei. E se tivesse estudado ciência sem ter uma base teológica, talvez abandonasse a fé.

Estudando Teologia, percebi que poderia direcionar meu interesse anterior por ciência para poder levar pessoas sinceras a Cristo. Pessoas que são enganadas por informações incorretas que recebem.

Você participou de alguma expedição com paleontólogos?

Participei de um grande projeto que existe há pelo menos dez anos na Universidade Adventista do Texas (Southwestern Adventist University), e é dirigido pelo Dr. Art Chadwick, Ph.D. O projeto tem como objetivo encontrar novos fósseis, identificá-los, catalogá-los e expô-los no museu virtual da universidade.

Também participei de outra expedição em agosto de 2009, no Peru, com o Dr. Raul Esperante (do Geoscience Research Institute, emLoma Linda). Pesquisamos fósseis de baleias que foram encontrados na região.

Ao participar dessas expedições e visitas a sítios paleontológicos e se deparar com fósseis, até que ponto isso fortaleceu sua fé?

Fortaleceu muito, pois pude tocar e perceber claramente evidências de que o Dilúvio foi um evento real e que teve uma magnitude que não podemos imaginar.

Que descobertas cientificas recentes na paleontologia reforçam suas convicções em uma catástrofe global por ocasião do Dilúvio, conforme lemos na Bíblia?

As descobertas de fósseis de baleias no Peru, por exemplo, bem como outras descobertas não somente no campo da paleontologia, têm reforçado minha convicção em uma catástrofe global. Assim como os estudos na área da genética e pesquisas no campo da geologia têm levado inúmeros cientistas a crer em um Criador do universo.

Que elementos o levam a crer que esses fósseis de baleias são evidências do Dilúvio?

Essa descoberta é importante porque os fósseis estão a uma distância média de 120 km da costa do Peru, e a uma altitude de aproximadamente 400 metros acima do nível do mar. Isso reforça a ideia de uma catástrofe, aos olhos dos criacionistas. Ao participar de escavações, quaisquer que sejam, você pode perceber que as catástrofes modificam muito rapidamente o que aos olhos dos naturalistas levaria milhões de anos para se formar. Por isso, levar em conta uma catástrofe é importante para entender alguns eventos que não compreendemos até agora.

Como a comunidade cientifica reage diante de descobertas como essa?

Alguns cientistas tentam justificar e atacar as áreas de estudos dizendo que essas pesquisas estão influenciadas por dogmas, por concepções religiosas, lançando descrédito sobre esses trabalhos. Também tentam impedir a publicação dos resultados em revistas de divulgação científica renomadas.

Como você pretende utilizar no seu ministério esses conhecimentos adquiridos?

Pretendo usar o conhecimento adquirido para informar jovens e lhes fornecer material para compreenderem as bases do criacionismo, e conhecerem muitas evidências científicas que reforçam a veracidade das narrativas bíblicas.

Conforme está escrito em Romanos 1:20, Deus Se revela através das “coisas que foram criadas”. A palavra empregada no texto que expressa essa ideia é poiema. Meu objetivo é ajudar outros a lerem mais o poiema e identificarem seu Autor; e o mais importante: relacionar-se com Ele e aceitá-Lo com Senhor das suas vidas.

terça-feira, dezembro 21, 2010

Vida começou há três bilhões de anos – como?

A vida na Terra teria surgido há cerca de três bilhões de anos, provavelmente quando formas primitivas desenvolveram estratégias mais eficazes de captar energia do sol, segundo estudo publicado na revista científica Nature. A conclusão é de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), que construíram [!] um “fóssil genômico”, essencialmente um modelo matemático que tomou 1.0000 genes chave existentes hoje e calculou como evoluíram a partir de um passado muito distante. Segundo o estudo, o genoma coletivo de toda a forma de vida se expandiu maciçamente entre 3,3 e 2,8 bilhões de anos e durante esse tempo, 27% de todas as famílias de genes existentes atualmente emergiram para a vida.

Os cientistas Eric Alm e Lawrence David afirmaram que a grande emergência provavelmente se deu através do advento de um processo bioquímico chamado transporte de elétrons. Essa é uma função chave da biologia, que envolve o movimento de elétrons dentro das membranas das células e é central para plantas e alguns micróbios, capacitando-os a captar energia do sol através da fotossíntese e respirar oxigênio.

A grande mudança, que Alm e David apelidaram de expansão Arqueana, foi seguida, cerca de 500 milhões de anos depois, de um fenômeno conhecido como Grande Evento da Oxidação, quando a atmosfera terrestre se tornou progessivamente impregnada de oxigênio. O Grande Evento de Oxidação foi, possivelmente, a maior reviravolta de espécies da história da Terra, uma vez que as formas de vida primitivas ou biológicas anaeróbicas morreram, sendo substituídas por formas aeróbicas maiores e mais inteligentes.

“Nossos resultados não podem dizer se o desenvolvimento do transporte de elétrons causou diretamente a Expansão Arqueana”, admitiu David. “No entanto, podemos especular que ter acesso a uma disponibilidade muito maior de energia permitiu à biosfera abrigar ecossistemas microbianos mais complexos e maiores”, disse.

Os fósseis remotos datam de um período chamado de Explosão Cambriana, 588 milhões de anos atrás. Mas, com raras exceções, formas de vida pré-cambrianas tinham o corpo macio, e por isso não deixavam marcas fossilizadas. Mesmo assim, deixaram como legado um DNA abundante, que explica a recriação do “fóssil genômico” em computador. “O que é realmente notável sobre essas descobertas [?] é que provam que as histórias de eventos muito antigos são registradas no DNA compartilhado por organismos vivos”, disse Alm. “Agora que começamos a entender como decodificar essa história, espero que possamos reconstruir alguns dos eventos mais remotos da evolução da vida em detalhes”, emendou.

(UOL)

Nota: Os cientistas ainda não sabem o que causa um simples soluço; não sabem se o universo é múltiplo ou único e nem se tem muita ou pouca matéria escura; confundem bactérias terrestres com vida alienígena (isso aconteceu com o meteorito de Marte [lembra?] e com a pataquada da Nasa); e querem que acreditemos que eles sabem como a vida “surgiu” há supostos três bilhões de anos! Isso é que é ufanismo darwinista! A ciência é uma tremenda ferramenta útil, quando trabalha dentro dos limites do método científico. Mas, quando resolve extrapolar sua esfera de ação para a história e a filosofia, a coisa começa a complicar, pois fica-se na dependência de pressupostos não verificáveis. Uma experiência feita com modelo computacional, com premissas alimentadas por cientistas que já sabem o que querem encontrar... Isso é ciência empírica? Passa longe. E o que seria uma forma de vida “primitiva”? Uma célula? Mas esta já deveria conter informação genética para existir e se multiplicar. Informação surge do nada? Deveria ter, também, uma membrana seletiva composta de proteínas específicas. Isso já existia, então? E antes que surgisse o tal processo bioquímico de transporte de elétrons, essencial à vida? Como as primeiras formas de vida “se viravam”? Complexidade irredutível surge de repente? O uso das palavras “possivelmente”, “provavelmente” e “especulação” dá o tom da matéria acima. Mas, para quem lê somente os títulos das reportagens e suas linhas (não as entrelinhas), fica a certeza de que a vida pode simplesmente surgir.[MB]

Répteis alados “embolam” história evolutiva

A parceria entre paleontólogos brasileiros e chineses trouxe à tona duas novas espécies de pterossauros, répteis voadores da Era dos Dinos. Os bichos têm um estranho mosaico de características, embolando ainda mais as tentativas de entender a evolução de seu grupo. “Eles abrem uma nova janela para a diversidade de pterossauros e mostram que, de fato, a gente ainda não entende bem as relações entre eles”, disse à Folha Alexander Kellner, especialista do Museu Nacional da UFRJ e coautor da descrição (a “certidão de nascimento” científica) dos répteis alados. Junto com Xiaolin Wang (membro da Academia Chinesa de Ciências) e outros colegas, Kellner batizou os novos bichos de Darwinopterus linglongtaensis e Kunpengopterus sinensis. Além da homenagem óbvia a Charles Darwin, o “pai” da teoria da evolução, há também um tributo a Kun Peng, criatura voadora da mitologia chinesa (e antigo nome de uma empresa aérea da região norte da China).

No estudo, que acaba de sair na revista especializada Anais da Academia Brasileira de Ciências, os paleontólogos admitem a dificuldade de classificar os novos bichos, bem como seus parentes mais próximos. Em tese, por serem pterossauros de cauda longa, eles estariam entre os répteis voadores mais primitivos. Mas a coisa parece ser bem mais complicada, diz Kellner. “Eles têm tanto características primitivas quanto derivadas [ou seja, “avançadas”, diferentes do padrão ancestral de seu grupo]”, explica.

Um exemplo é a chamada fenestra nasoantorbital do Kunpengopterus - nome complicadíssimo para uma grande cavidade craniana, perto do focinho e das órbitas dos olhos, cuja presença ajuda a deixar o crânio mais leve. Esse é um traço derivado, enquanto a fusão dos ossos da mandíbula dos bichos segue o padrão primitivo [sic].

Como ocorre com outros fósseis chineses da província de Liaoning, os bichos tiveram alguns de seus tecidos moles preservados. Há algumas das fibras que davam sustentação às asas das criaturas e, no caso do Kunpengopterus, parte do que parece ter sido uma vistosa crista.

Até pouco tempo atrás, achava-se que apenas os pterossauros de cauda curta, os chamados pterodactiloides, possuíam cristas. “Mas os de cauda longa têm nos surpreendido ultimamente, tanto apresentando cristas ossificadas quanto as de tecido mole”, afirma Kellner.

O paleontólogo defende a tese de que, na maioria das espécies, membros de ambos os sexos tinham os ornamentos, diferentemente do que se vê entre certas aves.

(Folha.com)

Nota: Na verdade, todos os seres vivos pluricelulares têm características “primitivas” e “derivadas”. Isto é, todos têm a complexidade inerente de uma célula, por exemplo, e a variação que caracteriza os diversos seres vivos – o que faz deles tudo, menos primitivos. O que leva um pesquisador a encarar certas características como “primitivas” é a ideia/filosofia da macroevolução, segundo a qual todos os seres vivos descenderiam de ancestrais mais “primitivos”. Outro detalhe interessante relacionado com a descoberta dos répteis alados é a presença de tecido mole em fósseis que deveriam ter milhões de anos. Isso é quase tão impressionante quanto a descoberta de tecidos moles em fósseis de T-Rex. Mesmo sendo tão “embolada” a história evolutiva de muitos seres vivos, Darwin continua sendo homenageado nos nomes desses animais que mostram apenas a variabilidade de espécies (microevolução) do mundo anterior à catástrofe que os sepultou na lama que virou rocha.[MB]

Pesquisadores criticam bactéria “ET” da Nasa

Boa parte da comunidade científica internacional tem reagido com ceticismo e até raiva ao anúncio da bactéria “ET” feito pela Nasa em 2 de dezembro. Na ocasião, a agência espacial norte-americana anunciou a descoberta de uma bactéria que substitui o fósforo - um dos seis elementos considerados essenciais à vida - pelo arsênio. A mudança chegaria até ao DNA do mirco-organismo. Foram tantas cartas com comentários técnicos, algumas assinadas por grandes nomes da ciência, recebidas pela Science, responsável pela publicação do trabalho, que a revista decidiu editar um novo artigo com uma espécie de revisão da pesquisa. Até que ele fique pronto, a revista tem publicado alguns flashes com comentários na sua edição online “com o objetivo de facilitar a compreensão da pesquisa”.

Encontrada no lago Mono, na Califórnia, a bactéria foi submetida em laboratório à privação de fósforo, em condições similares às extraterrestres. Nesse ambiente, o estranho micro-organismo sobreviveu e se multiplicou. O debate gira em torno de duas principais questões: possibilidade de contaminação do meio de cultura e necessidade de mais testes. Conforme as críticas, o ambiente do laboratório poderia estar contaminado por fósforo - o que faria com que a bactéria sobrevivesse. Outra possibilidade é que algumas bactérias estivessem incorporando fósforo de outras que morreram no meio de cultura.

“Críticos dizem que não foram feitos experimentos simples que poderiam mostrar além de qualquer dúvida que o fósforo do DNA realmente foi substituído por arsênio”, comenta Leandro Tessler, físico da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Acostumado a lidar com controvérsias científicas, Tessler diz que o fato do arsênio substituir o fósforo seria uma novidade importante. “Mas daí a sugerir que essa forma de vida tem origem extraterrestre é um longo caminho”, analisa.

Outro ponto nevrálgico da discussão é à forma como a Nasa anunciou a novidade, com coletiva de imprensa e menção à vida extraterrestre. “A Nasa vem buscando justificativas para sua existência”, analisa Tessler. De fato, a agência espacial sofreu cortes de orçamento, anunciados em fevereiro, e parece que continuaria mal das pernas na “era Obama”.

Para Tessler, o trabalho de Felisa Wolfe-Simon, autora do estudo, teria pouca repercussão se não fosse o barulho feito pela Nasa. “Mas ela é vítima ou cúmplice?”, questiona. É a dúvida que fica no ar. [...]

(Folha.com)

Nota: O que me chateia como jornalista é que, geralmente, o desmentido não ganha tanto destaque quanto a mentira. Ainda há pessoas que acreditam que a desacreditada experiência de Urey-Miller e os rabiscos de Haeckel são válidos como evidência da macroevolução. Bem que eu disse, quando da divulgação da notícia sobre a tal bactéria “ET” da Nasa, que era preciso paciência para aguardar mais pesquisas. Não sou profeta nem filho de profeta, mas olhe o que está acontecendo...[MB]

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Sem Deus não há argumentos contra o incesto

O post “Suíça considera legalizar o incesto” gerou algumas reações surpreendentes por parte dos esquerdistas. A ideologia cristã defende que quando se nega que Deus seja a Referência Moral Absoluta, o homem fica moralmente à mercê da arbitrariedade humana. A questão do incesto demonstrou-o de forma óbvia. As seguintes citações foram feitas por pessoas que negam que o Deus da Bíblia seja a Ponto de Referência Absoluto para comportamentos morais. Segundo esses “iluminados”, cada sociedade deve decidir por si qual o caminho moral que quer seguir. Tendo isso como pano de fundo, vejamos o que eles respondem quando pressionados a declarar se um pai que tenha relações sexuais consentidas com as filhas adultas age bem ou mal. À medida que vai lendo as suas respostas, lembre-se de que essas são as mesmas pessoas que geralmente usam o que eles chamam de “argumento do mal” contra o Deus que eles pensam que não existe.

Comecemos pelas perguntas que deixei no blog do militante ateu Ludwig Krippahl: Qual é o argumento ateu contra o que os suíços querem fazer? Se a homossexualidade é permissível na base de que ninguém tem nada a ver com o que dois adultos fazem em privado e em consentimento, então quais os argumentos “laicos” contra um pai ter relações sexuais com a filha maior, se ambos assim o quiserem?

P.S.: Antes que algum ateu tente desviar a conversa aludindo para eventos que ele não acredita terem acontecido: (1) Ló não teve a aprovação de Deus para o seu incesto. Reportar algo não significa aprovar algo; (2) veja este texto com a resposta sobre os filhos de Adão e Eva.

Eis as respostas dos esquerdistas:

“O incesto - consensual entre adultos, repito - é uma questão muito complicada, mas de foro moral e não legal. E como todas as questões de foro moral, penso que cabe ao indivíduo decidi-la” (Cristy).

“As pessoas não precisam de Deus para saber que o incesto é uma pratica a evitar” (jmoitacarrasco).

“O que me preocupa a mim o que decidem entre si dois adultos na plena posse das suas faculdades? Em que medida é mau para mim ou para a minha família, que tu gostas tanto de puxar à conversa?” (Cristy).

“Isso para te dizer que os casos diferem, não se pode avaliar todos pelo mesmo padrão. E, no fim, a decisão cabe ao indivíduo, porque este, repito, não é um assunto legal” (Cristy).

“E o que eu acho é que o código penal não tem nada que ver com isso. Objetivamente, a única razão para evitar o incesto é o perigo de problemas genéticos. [...] Por isso também me parece difícil aceitar que a polícia se intrometa no incesto entre adultos” ([Ludwig).

“Para quem está sempre a condenar o intervencionismo de Estado como prática esquerdista e socialista, acho estranho que agora já julge que esse mesmo Estado tem o direito de se intrometer nas famílias” (Sérgio Sodré).

“Livremente sem coação entre adultos é entre eles, ou entre eles e Deus (para quem acredita no Deus bíblico ou alcorânico), e mais ninguém…” (Sérgio Sodré).

“O problema não é se o comportamento é moralmente correto, o problema é se outrem (coletivo ou individual) tem o direito de se intrometer no seio das famílias pela força” (Sérgio Sodré).

“O Estado sem aspas que fique do lado de fora dos lares e das famílias se não houver crimes contra a liberdade individual de ninguém” (Sérgio Sodré).

“Não sei o que o Estado deve fazer apenas sei que não o quero a espionar a vida interna das famílias, nem acho que ele tenha esse direito” (Sérgio Sodré).

Resumindo: segundo os “laicos”, o incesto é (1) “uma questão complicada”, (2) do “foro moral e não legal”, (3) moralmente qualificável apenas pelos “adultos” envolvidos (ninguém - nem o Estado - tem nada que se meter entre um homem e sua filha adulta que decidam ter relações sexuais), (4) aceitável se não houver “problemas genéticos” mas, ao mesmo tempo, (5) “uma prática a evitar”.

Ficou mais uma vez patente o quão à deriva nós humanos ficamos quando removemos o Deus da Bíblia como a Autoridade Moral Suprema neste universo. As pessoas citadas acima estão mais do que cientes de que há algo de fundamentalmente errado no incesto, mas, sem Deus, elas não têm como classificar esse comportamento como moralmente errado (para além da sua subjetividade pessoal).

As palavras supracitadas são um lembrete poderoso do quão baixo podemos cair quando nós humanos nos colocamos no lugar de autoridade moral vigente. Sem Deus, o homem fica à mercê do maior tirano que existe sobre a Terra: o nosso pecado.

(Darwinismo)

Tuitaço #Deusexiste chega ao 1º lugar nos TTs Brasil

Na última sexta-feira, a partir das 18h, tuiteiros adventistas organizaram o “tuitaço” com a hashtag #Deusexiste. Foi a campanha mais significativa do ano, já que alcançou o primeiro lugar nos Trends Topics Brasil (TTs) durante boa parte da noite de sexta-feira. Tuitaços são eventos virtuais durante os quais os internautas presentes na rede social Twitter tuítam e retuítam mensagens com uma tag específica. No caso do tuitaço de sexta e sábado, milhares de tuiteiros disseminaram textos bíblicos, frases e links com conteúdos alusivos à existência de Deus e às razões para crer nEle.

Para o diretor de internet da Rede Novo Tempo, Carlos Magalhães, “os tuitaços têm sido uma grande oportunidade de aprendizado. Em cada edição entendemos como podemos nos comunicar melhor nas redes sociais e a maneira de motivar as pessoas a compartilhar mensagens relevantes”.

Na semana anterior ao evento, os organizadores procuraram lembrar que as mensagens deveriam ser respeitosas e sem qualquer “sabor de intolerância”.

Na avaliação de Magalhães, o tuitaço #Deusexiste foi o melhor do ano devido a seis fatores: (1) Know-how adquirido nas edições anteriores; (2) a rede virtual de adventistas no Twitter já conhece os objetivos e a forma de usar os tuitaços; (3) maior número de adventistas usando o Twitter; (4) recentes TTs evangélicas #voucasarvirgem e #orgulhodesercrente acabaram involuntariamente preparando o caminho para o #Deusexiste, durante a semana; (5) a participação do público evangélico no #Deusexiste, que é um tema comum a todas as igrejas; (6) a colaboração dos ateus em retuitar e comentar a campanha.

“O segredo do sucesso desse tipo de evento, depois da atuação divina, creio que é a adesão do público multiplicador. Sem gente é impossível fazer uma ação de massa na rede. Existe um número mínimo de tuítes e retuítes que precisamos gerar na primeira hora da campanha. Depois o fenômeno se torna viral e incontrolável, até atingir o limite da nossa rede e voltar a cair. A escolha da hashtag e o esclarecimento dos objetivos também são muito importantes”, lembra Magalhães.

Para Helen Cândido (twitter.com/helencandido), coordenadora do Portal da Educação Adventista, “foi contagiante ver o envolvimento dos jovens em divulgar mensagens de esperança reforçando a existência de Deus”. Ela acredita que, nessa ação, muitas pessoas intimidadas em sair às ruas se envolveram de forma muito significativa através de uma ferramenta digital.


“Com certeza, quando realizamos ações de forma pessoal, o resultado é melhor, mas considerando que precisamos levar o evangelho ao mundo, a internet contribui para descobrirmos multiplicadores regionais, antes inalcançáveis, que podem influenciar o meio em que residem, de forma pessoal”, diz a publicitária. “O tuitaço #Deusexiste foi uma pequena amostra do potencial que temos com a internet. Se explorarmos cada vez mais os talentos da juventude nos meios de comunicação disponíveis, com certeza, estaremos contribuindo para o breve retorno de Jesus”, conclui.

A iniciativa do tuitaço #Deusexiste foi do blog www.criacionismo.com.br (cujo Twitter tem mais de 5 mil seguidores), e foi uma reação à campanha ateísta que tinha por objetivo espalhar em duas capitais brasileiras cartazes ofensivos à religião.

(Felipe Lemos, ASN)

domingo, dezembro 19, 2010

Selo postal celebra os 110 anos da CPB

A Casa Publicadora Brasileira (CPB), uma das quase 60 editoras adventistas espalhadas pelo mundo, completou 110 anos de existência neste ano. Comemorando essa data tão significativa, os Correios prepararam um selo postal especial. Toda a correspondência postada a partir da editora e grande parte da que sair dos Correios de Tatuí nos próximos seis meses levarão o selo comemorativo dos 110 anos da CPB. Carimbos e selos postais comemorativos são marcas que registram e documentam a história através da filatelia – arte de colecionar selos, fixando acontecimentos relevantes através do tempo. O carimbo comemorativo é utilizado por um período determinado na agência central da cidade, estampando com a marca desejada todas as correspondências confiadas àquela unidade.

O selo dos 110 anos da Casa Publicadora Brasileira apresenta, na primeira imagem, a bandeira nacional tremulando ao vento sobreposta pela moldura do mapa do Brasil preenchido pelas flores do ipê amarelo - árvore-símbolo nacional. Na segunda parte, a peça retrata uma vista aérea do parque gráfico da CPB e simboliza a solidez da empresa, que há 110 anos tem como missão produzir materiais para promover o bem-estar físico, mental e espiritual do ser humano. A logomarca dos 110 anos é destacada e centralizada na parte superior do selo. Na parte inferior, aparece o slogan: “Casa Publicadora Brasileira: 110 anos imprimindo qualidade de vida.”

A perfeição dos flocos de neve

Que a neve é um fenômeno muito bonito ninguém duvida – mas cada partícula que constitui a neve é um espetáculo à parte. [A imagem acima foi feita no microscópio.] A simetria dos flocos de neve encanta pesquisadores desde a antiguidade, quando chineses notaram que seus lados eram perfeitamente iguais. Até mesmo famosos cientistas como Johannes Kepler, Descartes e Robert Hooke [ficaram impressionados]. Um agricultor americano chamado Wilson Bentley fotografou milhares de flocos em toda a sua vida para tentar provar que eles eram completamente diferentes um dos outros. Atualmente, sabe-se que os flocos de neve são distintos porque seu formato depende da temperatura e da pressão das nuvens. Como eles nunca se formam exatamente no mesmo lugar e caem em momentos diferentes, o histórico deles não é o mesmo, logo sua forma sempre varia. Até hoje, nunca se encontrou dois flocos de neve exatamente iguais.

(Hypescience)

sábado, dezembro 18, 2010

Os ingredientes do seu corpo – menos um

Seu corpo não passa de um amontoado de elementos que não custam nem R$ 150. O que não tem preço, claro, é o jeito que tudo isso se organiza para formar você.

Carbono - 23% - 16 quilos - O que é a vida? O efeito colateral de uma propriedade dos átomos de carbono. Eles se juntam naturalmente em cadeias grandes e complexas. E seu corpo, em última instância, é uma dessas cadeias. Se o DNA fosse uma árvore, o carbono formaria os galhos. E esses galhos somos nozes: os vemos na forma de músculos, pele, cabelos...

Cálcio - 1,4% - 1 quilo - Não é só de dentes e ossos que se faz o cálcio no corpo humano. Ok, 99% é. O minério mais abundante do organismo (e das salas de aula, já que giz é cálcio puro) tem outras funções tão importantes quanto: sem ele, o sangue não coagularia e não conseguiríamos mover os músculos.

Fósforo - 0,83% - 580 gramas - No nosso corpo, o fósforo está longe de causar explosões. O que ele faz é armazenar e transportar energia dentro das células (e entre elas). Mesmo assim, só 20% do fósforo do organismo está nas células e no fluido em que elas boiam. Os outros 80% combinam-se com o cálcio para formar ossos e dentes.

Nitrogênio - 2,6% - 2,22 litros - O nitrogênio se junta com carbono para formar o ácido nucleico, coisa que você conhece como DNA, a supermolécula que organiza todos os ingredientes [em] uma estrutura bem especial, capaz de criar cópias de si mesma, se reproduzir. Em outras palavras, uma estrutura viva.

Água - 55% - 38,5 litros - Sem água não há vida porque é boiando na água que as moléculas do corpo se encontram e reagem quimicamente - a transformação de ar em energia via respiração é uma dessas reações. E claro: os 6 litros de sangue correndo aí para transportar nutrientes são 92% água (quase uma Coca-Cola, que é 95%).

Enxofre - 0,2% - 140 gramas - O enxofre não deve ser subestimado e reduzido a um gás fedorento - pelo menos não quando está no organismo. Aqui ele não aparece na forma gasosa, mas sempre ligado a outros átomos. E compõe proteínas como a insulina, que transporta a glicose do sangue para servir de combustível às células.

Cloro e sódio - 0,27% - 195 gramas - Juntos, o cloro e o sódio formam o sal. Mas no corpo eles trabalham separados. São como válvulas: não deixam faltar nem sobrar água nos tecidos do organismo. O sódio também é uma das peças envolvidas na contração muscular - para isso ele atua com o elemento aqui embaixo.

Potássio - 0,2% - 140 gramas - Quando o sistema nervoso envia um sinal para que um músculo seja contraído, começa um movimento dentro das células: o potássio sai e o sódio entra. Essa troca da guarda gera o movimento. Por isso, a deficiência (ou o excesso) de potássio pode causar paralisia.

Metais - 0,009% - 6 gramas - Ferro, zinco, cobre... Você também é feito de metal. O corpo usa 7 deles para funcionar. Ferro é o mais abundante (4,2 g): ele se junta com proteínas para formar nossos glóbulos vermelhos, os veículos que transportam oxigênio pelo corpo. O zinco, 2º mais presente (2 g), entra na receita dos glóbulos brancos, os soldados do sistema imunológico.

*Esse é o peso que o carbono representa em um adulto de 70 quilos. O mesmo vale para as quantidades dos outros elementos.

(Superinteressante)

Nota: Muito interessante essa descrição química do ser humano. Mas quero chamar atenção para algo escrito no começo dessa matéria da Superinteressante: “tudo isso se organiza para formar você”. Como assim se organiza? Elementos químicos têm a capacidade de se auto-organizar? Isso é científico? Então, se juntarmos os elementos químicos na proporção certa teremos um ser humano funcionando? Claro que não. O ingrediente essencial esquecido por Superinteressante e que sem o qual não há vida é justamente o fôlego de vida dado por Deus (Gn 2:7) e que nos torna mais do que um amontoado de matéria.[MB]

sexta-feira, dezembro 17, 2010

As redes sociais e o evangelho viral

Concedi a entrevista abaixo ao jornalista Wagner Cantori, do Curso de Comunicação do Unasp, campus Engenheiro Coelho, SP.

Michelson, o blog, que é um site pessoal na internet, trouxe mais oportunidade para o internauta mostrar seus gostos e opiniões?

Os blogs representaram, em certa medida, a quebra do monopólio da transmissão de informações que caracterizou as mídias anteriores ao advento da internet. Com a utilização da web pelas “pessoas comuns”, conceitos como interatividade e comunicação de mão dupla despontaram com força. O internauta, além de consumir informação, pode também gerar e partilhar informação. Claro que há riscos nesse processo, como a banalização de conteúdos e a falta de apuração e de confiabilidade. Isso demanda mais pesquisa e ceticismo de quem lê, ouve ou vê. Mas, por outro lado, democratiza o acesso aos meios de informação e mostra que a notícia tem seus caminhos – muitas vezes tortuosos – até chegar ao consumidor da informação. [Leia mais]

quinta-feira, dezembro 16, 2010

É tudo um grande mistério

Segundo Richard Leakey (A Origem da Espécie Humana), três grandes revoluções marcaram a história da vida na Terra, a saber:

1. “A primeira foi a origem da vida propriamente dita, em alguma época situada antes dos 3,5 bilhões de anos atrás. A vida, na forma de micro-organismos, tornou-se uma força poderosa em um mundo onde anteriormente apenas a química e a física haviam operado.”

2. “A segunda revolução foi a origem dos organismos multicelulares, há cerca de meio milhão de anos. A vida tornou-se complexa, as plantas e os animais em miríades de formas e tamanhos evoluíram e interagiram em ecossistemas férteis.”

3. “A origem da consciência humana, em alguma época nos últimos 2,5 milhões de anos, foi o terceiro evento. A vida tornou-se ciente de si própria, e começou a transformar o mundo da natureza com seus objetivos próprios.”

Antes, porém, confessa Leakey: “Embora não possamos ter certeza sobre o processo pelo o qual os seres humanos evoluíram, com certeza sabemos que ele envolveu a emergência do tipo de mundo mental que experimentamos hoje” (p. 116, Editora Rocco, 1997).

Se do ponto de vista evolutivo não se pode ter certeza acerca de como se deu o processo que culminou na evolução do ser humano, o que se dirá então das três revoluções citadas pelo paleontólogo?

Sobre a origem da vida, embora aleguem que não seja um assunto do escopo da explicação evolutiva, estão sempre prontos para atacar com voracidade toda argumentação filosófica que não se enquadre numa visão estritamente materialista. No que concerne à evolução propriamente dita, as explicações estão sempre isentas de um fundamento preciso, normalmente elaboradas a partir de conjecturas não factuais, tomando por base aquilo que poderia ter sido, levando em conta aquilo que é. Já em relação à consciência humana, as especulações neste âmbito se avolumam estrondosamente, culminando quase sempre em teorias excêntricas e desprovidas de elementos concretos que as confirmem, como no caso dos pressupostos da Psicologia Evolutiva, que sempre ficam no “acredite se quiser”.

Resumindo: é tudo um grande mistério.

(Humor Darwinista)

Genocídio ateu

O cartaz acima é uma paródia da campanha que os ateus militantes (aqueles que deixam constrangidos os ateus sensatos) tentaram promover em algumas capitais brasileiras. O cartaz acima não foi afixado em ônibus, como o pessoal da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) queria afixar os deles. O cartaz acima é uma amostra da mesma associação injusta feita por certos ateus que tomam a parte pelo todo e julgam todos os cristãos por erros cometidos por alguns.

Leia também: "E Deus com isso?"

Suíça considera legalizar o incesto

Em mais um passo que demonstra de forma conclusiva os malefícios que descendem sobre uma sociedade que deixa de temer a Deus, políticos suíços tencionam legalizar o incesto. Eles consideram repelir as leis contra o incesto por as considerarem “obsoletas”. A câmara superior do parlamento suíço concluiu uma lei que visa a descriminalizar o ato sexual consentido entre membros da mesma família. Essa lei vai agora ser avaliada pelo governo. Só houve três casos de incesto no país desde 1984. Pelo menos casos reportados. A Suíça, que recentemente teve um referendo que aprovou uma lei que pune os imigrantes com a extradição por prática de alguns crimes, insiste que as crianças dentro das famílias vão continuar a ser “protegidas pelas leis que governam os abusos e a pedofilia”. Não se sabe como é que os esquerdistas vão fazer isso, mas eles de certo que têm tudo controlado.

Daniel Vischer, membro do Partido “Os Verdes”, afirmou que não vê nada de mal no ato sexual consentido entre adultos - mesmo que eles sejam da mesma família. Essa declaração não é surpresa uma vez que os esquerdistas apoiam qualquer medida que vise a destruir a instituição da família. O esquerdista afirma: “O incesto é uma questão moral delicada, mas não é uma que possa ser respondida pela lei penal.”

Barbara Schmid Federer, do Partido do Povo Cristão da Suíça, afirmou que a proposta da câmara superior é “totalmente repugnante”. O Partido Protestante Popular está também em oposição a essa lei. Um dos porta-vozes afirmou: “O assassínio também é bastante raro na Suíça, mas ninguém sugere que se removam dos nossos estatutos as leis que o castiguem.”

Conclusão: para aqueles cristofóbicos que supunham que seria possível manter a ordem social mesmo depois do desaparecimento da moral cristã, a realidade vai ser dolorosa. O que vocês vão ter é a total subversão da moral e dos costumes que serviram de fundamento para o sucesso social e econômico do mundo ocidental. Deus é o Fundamento Essencial para uma sociedade funcional e a História demonstra isso. Se rejeitamos o que Ele diz (e criamos nossa própria moral), a sociedade invariavelmente se degenera. Aconteceu com Israel dos tempos bíblicos, aconteceu com a Inglaterra e vai acontecer com os EUA, se eles continuarem a descender para a normalização da cristofobia. Não há uma única sociedade mundial que tenha sido criada, mantida e elevada à posição de relevo com base em ideologias anticristãs ou anti-Deus. A religião no geral, e o cristianismo, em particular, têm sido forças de orientação e controle sobre as paixões e falhas dos homens. Removendo esses limites, o homem fica à mercê dos demônios e do seu pecado.

“Na verdade que já os fundamentos se transtornam; que pode fazer o justo?” (Salmo 11:3).

“O Senhor está no Seu santo templo: o trono do Senhor está nos céus; os Seus olhos estão atentos, e as Suas pálpebras provam os filhos dos homens. O Senhor prova o justo; mas a Sua alma aborrece o ímpio e o que ama a violência. Sobre os ímpios fará chover laços, fogo, enxofre e vento tempestuoso: eis a porção do seu copo” (Salmo 11:4-6).

(Darwinismo)

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Ideias para o tuitaço #Deusexiste

Na próxima sexta-feira, os tuiteiros que desejarem estão convidados a participar do tuitaço com a tag #Deusexiste. É simples: a partir das 18h do dia 17, tuíte mensagens, pensamentos, textos bíblicos e links que apontem para o Deus Criador, sempre usando a tag #Deusexiste. Para facilitar, você pode copiar e colar as mensagens sugestivas abaixo, extraídas deste blog. Proclame sua fé em Deus e dê ao mundo, com respeito e mansidão, a razão da sua esperança (1 Pedro 3:15).

Deus Se revela http://bit.ly/f9jd0T >> #Deusexiste

Vídeo "Por Que Creio em Deus" http://bit.ly/gyihph >> #Deusexiste

O que a filha de Bertrand Russell queria que ele soubesse http://bit.ly/eMzriZ >> #Deusexiste

Papai Noel não existe? http://bit.ly/fkz7fg >> #Deusexiste

O retorno a Deus do ateu Heinrich Heine http://bit.ly/dG5G0e >> #Deusexiste

Precisamos ver com os olhos e com o coração http://bit.ly/ihf8n3 >> #Deusexiste

Dissonância cognitiva: um obstáculo à verdade http://bit.ly/h1Irxa >> #Deusexiste

Onde está Deus nas tragédias? http://bit.ly/hmvUg3 >> #Deusexiste

E Deus com isso? http://bit.ly/fPxzqL >> #Deusexiste

Ateus fazem campanha para celebrar “mito do Natal” http://bit.ly/gACIlj >> #Deusexiste

A opção pela amoralidade http://bit.ly/h5eop2 >> #Deusexiste

Neoateísmo: o novo nome da velha descrença http://bit.ly/e0fjut >> #Deusexiste

"Os ateus e o mal", um arrazoado http://bit.ly/hWK3RM >> #Deusexiste

Stephen Hawking: Deus não criou o universo http://bit.ly/evRR8F >> #Deusexiste

As objeções ateístas podem tornar a fé irracional? http://bit.ly/fua0y0 >> #Deusexiste

O cristianismo é bom para o mundo? http://bit.ly/iceix5 >> #Deusexiste

Se o ateísmo é natural, por que tantos insistem em crer? http://bit.ly/fIwyCh >> #Deusexiste

O ateu que quase se converteu http://bit.ly/ebytKa >> #Deusexiste

A existência de Deus – questão de escolha http://bit.ly/fcW9kP >> #Deusexiste

O erro do racionalismo http://bit.ly/eDTIQz >> #Deusexiste

Um "deus" chamado acaso http://bit.ly/dLQWQs >> #Deusexiste

A fé e a esperança segundo C. S. Lewis http://bit.ly/h3sql0 >> #Deusexiste

Se Dawkins pensasse por si mesmo, seria crente http://bit.ly/eY1Ycu >> #Deusexiste

O fortalecimento do neoateísmo http://bit.ly/dTsjwE >> #Deusexiste

Marcelo Gleiser chega perto, mas tapa os olhos http://bit.ly/eSCPkD >> #Deusexiste

Bem Carson: vivendo a fé em um mundo incerto http://bit.ly/eCmZr8 >> #Deusexiste

Acreditar em Deus reduz ansiedade e estresse http://bit.ly/hNkwcl >> #Deusexiste

Deus ainda não morreu http://bit.ly/fv3bSi >> #Deusexiste

Um ateu garante: Deus existe! http://bit.ly/f4V2NB >> #Deusexiste

Fé versus incredulidade http://bit.ly/enuLCD >> #Deusexiste

O Grande Pianista http://bit.ly/fY1dtj >> #Deusexiste

A atomística o levou de volta a Deus http://bit.ly/hFAYFi >> #Deusexiste

A ciência vai matar Deus? http://bit.ly/hWf2Pk >> #Deusexiste

Paradoxo ateístico http://bit.ly/h3qgvY >> #Deusexiste

Novo olhar sobre a visão – mais complexidade

Os resultados de uma pesquisa com neurônios localizados na retina, parte dos olhos que capta a luz, surpreenderam cientistas de instituições inglesas e norte-americanas. Experimentos com ratos mostraram que essas células, conhecidas até então apenas por seu papel em processos subconscientes, possuem a capacidade de transmitir informação visual ao cérebro. Portanto, desempenham importante papel na visão. A função dessas células nervosas está relacionada à sua habilidade de produzir uma proteína sensível à luz conhecida como melanopsina. Apenas 1% dos neurônios localizados na retina é capaz de fazer isso. No campo dos estudos sobre a visão, somente dois tipos de células fotossensíveis haviam sido identificados na retina de mamíferos: os cones e os bastonetes. Na presença de luz, essas células transmitem ao cérebro informações sobre forma, movimento e cor.

A descoberta de uma função visual em outras células da retina pode auxiliar em futuros tratamentos de determinados tipos de cegueira. “Podemos desenvolver tratamentos nos quais a melanopsina contribua ainda mais para a visão de pessoas com problemas na retina”, afirma Timothy Brown, neurocientista da Universidade de Manchester (Inglaterra) e autor principal do estudo publicado no periódico PLoS Biology, em entrevista à CH On-line.

O pesquisador adverte, no entanto, que a proteína pode fornecer, mesmo em ambientes bem iluminados, uma visão de baixa qualidade. “Talvez o suficiente para evitar grandes obstáculos, mas não para ler ou ver televisão”, diz Brown.

Brown e seus colegas analisaram ratos sem cones e bastonetes nos olhos e observaram que, embora fossem tecnicamente cegos, os animais ainda apresentavam atividade elétrica no córtex visual do cérebro, quando expostos à luz. “Utilizamos microeletrodos para monitorar mudanças provocadas por luzes de diferentes brilhos na atividade elétrica de áreas visuais do cérebro dos ratos”, explica o neurocientista.

Quando o experimento foi feito em ratos sem melanopsina, os pesquisadores perceberam que o sistema visual dos animais era incapaz de distinguir entre a intensidade de luz correspondente a um dia nublado ou um a dia ensolarado.

Além de auxiliar em novos tratamentos, a melhor compreensão da função dessas células nervosas poderia ser aplicada ao aperfeiçoamento da iluminação artificial, dos monitores de televisão e dos computadores. “A iluminação tradicional e os computadores são enxergados por meio da projeção realizada pelos cones e bastonetes”, explica Brown. “O uso de uma luz em torno da faixa de comprimento de onda média em que a melanopsina é mais sensível pode melhorar a experiência subjetiva de brilho”, completa.

Antes da descoberta, acreditava-se que o trabalho dos neurônios estudados se limitava ao envio de informações sobre a luz detectada no ambiente para o subconsciente. Essas informações serviriam, por exemplo, para mensurar o brilho e regular o tamanho das pupilas e o relógio biológico para os ciclos diurnos e noturnos.

(Ciência Hoje)

Nota: A maquinaria humana nunca deixa de surpreender os cientistas. Para conhecer mais a fundo a bioquímica da visão, recomendo a leitura do best-seller A Caixa Preta de Darwin, de Michael Behe. Behe descreve alguns sistemas de complexidade irredutível, entre os quais o olho humano. Já é difícil explicar como podem ter surgido ao mesmo tempo a pupila e seus micromúsculos, a retina e suas células especializadas, o nervo ótico, com sua capacidade de transmitir informação, e os neurônios especializados, com a capacidade de interpretar e decodificar a informação visual. Agora imagine explicar a complexidade específica da visão em nível bioquímico, no qual a palavra “evolução” (no contexto darwiniano) nem faz sentido... E quer “piorar” as coisas? De alto a baixo do registro fóssil, os animais sempre têm dois olhos. Milagre duplo![MB]

Memórias de infância. Você tem?

Acordei num quarto de hotel que não era o nosso. Achei que estava sozinha, por uns instantes, até minha madrinha aparecer. Meus pais e irmãos tinham saído para um passeio. Fiquei. Quando descobri, chorei. Estávamos em Barbacena (MG). 1978. O carrinho branco de bolas azuis descia sacolejando as escadas da varanda da casa. Alguém me levava para passear. Eu tinha dois? Três anos? Meu corpinho magro e leve boiava na correnteza da piscina redonda armada no quintal de casa. As nuvens no céu passavam rápidas sobre mim – ou eu sob elas. Às vezes alguém parava na frente, e eu atropelava na inércia. Meus irmãos e minhas primas mais velhas faziam a água girar. Eu era café-com-leite e me deixava arrastar. Eu devia ter uns quatro anos. Eu acordava animadíssima, antes do sol raiar. Estava escuro ainda lá fora quando meu pai começava a arrumar o bagageiro da Brasília azul com nossas malas. Mamãe fazia meu Nescau e preparava o lanche para o longo caminho. A gente ia viajar, e antes de começar, o carro já tinha cheiro “de viagem”. Eu enjoava, e não entendia por que a estrada fazia tantas curvas até Lambari (MG). Eu era muito pequena. [Leia mais]

terça-feira, dezembro 14, 2010

Meu texto no OI: controvérsias arqueológicas

A revista National Geographic deste mês apresenta o cenário belicoso que há entre duas correntes arqueológicas: os que procuram negar a historicidade dos relatos bíblicos e os que tentam confirmá-los. A reportagem de capa merece ser lida pela riqueza de detalhes com que trata o assunto e pelo relativo equilíbrio entre os "dois lados" da história. Isso deveria ser imitado pelas populares revistas brasileiras de divulgação científica que frequentemente pecam pela superficialidade e partidarismo. O texto na National Geographic trata principalmente da descoberta feita em 2005 pela arqueóloga Eilat Mazar. Na época, ela anunciou que provavelmente havia descoberto o palácio do rei Davi. "Foi como se fizesse veemente defesa de uma proposição da velha escola de arqueologia que está sob ataque há mais de um quarto de século: a ideia de que a descrição bíblica do império fundado por Davi e levado adiante por seu filho Salomão é historicamente exata", diz a revista. "A contundente declaração de Eilat deu força àqueles cristãos e judeus do mundo todo para quem o Antigo Testamento pode e deve ser interpretado ao pé da letra." [Leia mais e deixe seu comentário lá.]

Por que o homem tem mamilos?

Por que os homens possuem mamilos e glândulas mamárias, se não produzem leite? Darwin inventa explica: “No homem e em algum outro macho de mamífero esses órgãos são notórios por se terem em algum caso desenvolvido tão bem durante a maturidade a ponto de produzirem boa quantidade de leite. Ora, se supormos que durante um longo período inicial os machos dos mamíferos ajudaram as fêmeas a nutrir os recém-nascidos e que em seguida, por algum motivo (como, por exemplo, a produção de um número menor de filhos), os machos deixaram de prestar essa ajuda, o não-uso dos órgãos durante a maturidade teria levado a uma inatividade inicial; e, em virtude dos dois bem conhecidos princípios de hereditariedade, esse estado de inatividade provavelmente se deve ter transmitido aos machos na correspondente idade adulta. Mas numa idade primitiva esses órgãos devem ter permanecido inalterados, de modo a se desenvolverem quase igualmente nos jovens de ambos os sexos” (A Origem do Homem e a Seleção Sexual, p. 195, 196).

Nota: Na verdade, no processo de desenvolvimento do feto, os mamilos aparecem em machos e fêmeas. Mas o homem não terá os hormônios – prolactina, que estimula a produção do leite, e ocitocina, que permite a saída do líquido – que colocam as glândulas para funcionar. Nas mulheres, esses hormônios começam a ser fabricados horas depois do parto. O que se percebe é projeto inteligente que determina a diferenciação entre os sexos e suas funções (algo que o darwinismo não sabe explicar como surgiu). A história contada por Darwin é apenas isto: história. Sem comprovação científica. Não seria mais fácil dizer que os mamilos do homem são uma simples questão de estética?[MB]

Aborto causa depressão e baixa estima

Além dos problemas políticos, religiosos e físicos, o aborto também pode afetar seriamente a saúde psíquica das mulheres. Em pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP com 120 mulheres que passaram por aborto, mais da metade apresentaram algum nível de depressão e a maioria sofria de baixa a média estima pessoal. “Esses resultados indicam que as equipes de saúde precisam buscar cada vez mais políticas públicas para prevenção da gravidez indesejada, levando em consideração as dificuldades ao uso de métodos contraceptivos com visão integral à mulher, ou seja, considerando todo seu contexto”, diz a enfermeira Mariana Gondim Mariutti Zeferino, autora do estudo.

Mariana cita como exemplo a violência familiar, o uso de álcool e drogas, a resistência do parceiro ao uso de métodos contraceptivos de barreira, principalmente quando a mulher tem efeitos colaterais ou contra-indicações aos anticoncepcionais hormonais e submissão ao parceiro. “E quando a gravidez indesejada acontece, tendo como consequência o aborto induzido, que a equipe possa oferecer assistência qualificada e humanizada e que estimule os profissionais de enfermagem a reconhecer as necessidades de implementar os cuidados e reforçar aspectos resilientes dessas mulheres”, alerta a pesquisadora.

O estudo foi realizado entre agosto de 2008 e setembro de 2009, com mulheres internadas em um hospital público do interior do Estado de São Paulo, com diagnóstico de abortamento. [...]

Entre as que apresentaram sinais de depressão, a maioria declarou-se solteira, trabalham, com mais de 40 anos de idade e tem religião. [...]

(Inovação Tecnológica)

Nota: Pesquisas já demonstraram que sexo sem afetividade e compromisso também causa depressão e baixa autoestima. Isso não lhe diz nada? Quanto ao aborto, além das políticas públicas para prevenção da gravidez indesejada, o governo deveria investir mais em campanhas que valorizassem o compromisso, a fidelidade e o casamento. Infelizmente, propagandas, filmes e novelas (exibidas em canais que detêm concessões públicas) incentivam justamente o contrário dos valores que poderiam preservar de maiores sofrimentos homens, mulheres e crianças. Não fomos criados para o sexo “livre” e para matar crianças.[MB]

Livro traz visão de 50 cientistas sobre criação bíblica

Foi lançado e está disponível para venda (http://www.scb.org.br/) uma importante obra sobre o ponto de vista criacionista bíblico. O livro Em Seis Dias – Por que 50 cientistas decidiram aceitar a criação foi organizado pelo australiano John Ashton e contém, como o próprio nome diz, depoimentos de 50 influentes cientistas de todo o planeta e sua avaliação sobre os motivos que os levaram a aceitar a criação tal como descrita no livro bíblico de Gênesis. A tradução para o português do livro originalmente publicado na Austrália, em inglês, foi realizada pela professora Ieda C. Tetzke e a revisão final procedida por uma equipe coordenada pela Sociedade Criacionista Brasileira, contando com a colaboração técnica dos professores mestres e doutores Eduardo Ferreira Lütz, Nahor Neves de Souza Jr., Queila de Souza Garcia, Tarcísio da Silva Vieira, Urias Echterhoff Takatohi e Wellington dos Santos Silva. São apresentados argumentos científicos em várias áreas do conhecimento humano como biologia, engenharia, física, química, geologia e outras. Todos os autores possuem doutorado obtido em universidades públicas de prestígio na Austrália, EUA, Reino Unido, Canadá, África do Sul e Alemanha. São professores universitários e pesquisadores, geólogos, zoólogos, biólogos, botânicos, físicos, químicos, matemáticos, pesquisadores biomédicos e engenheiros.

(Felipe Lemos, ASN)

Vencedores do concurso 5 anos do blog Criacionismo

1º lugar: Gabriel Saturnino Ribeiro (1.421 votos)

2º lugar: Eduardo Silva (1.085 votos)

3º lugar: Eziquel de Almeida Santos (220 votos)

4º lugar: Jesiel Sopzak Campos (39 votos)

5º lugar: Vera Bregalda da Cruz (2 votos)

6º lugar: Roberto Carvalho Lima (2 votos)

Os depoimentos podem ser lidos aqui. Os seis leitores vão receber os brindes em casa. Mais uma vez, muito obrigado aos que escreveram e aos que votaram.[MB]

domingo, dezembro 12, 2010

National Geographic e as controvérsias arqueológicas

A revista National Geographic deste mês apresenta o cenário belicoso que há entre duas correntes arqueológicas: os que procuram negar a historicidade dos relatos bíblicos e os que tentam confirmá-los. A reportagem de capa merece ser lida pela riqueza de detalhes com que trata o assunto e pelo relativo equilíbrio entre os “dois lados” da história. Isso deveria ser imitado pelas populares revistas brasileiras de divulgação científica que frequentemente pecam pela superficialidade e partidarismo.

O texto na National Geographic trata principalmente da descoberta feita em 2005 pela arqueóloga Eilat Mazar. Na época, ela anunciou que provavelmente havia descoberto o palácio do rei Davi. “Foi como se fizesse veemente defesa de uma proposição da velha escola de arqueologia que está sob ataque há mais de um quarto de século: a ideia de que a descrição bíblica do império fundado por Davi e levado adiante por seu filho Salomão é historicamente exata”, diz a revista. “A contundente declaração de Eilat deu força àqueles cristãos e judeus do mundo todo para quem o Antigo Testamento pode e deve ser interpretado ao pé da letra.” [Bem, a questão aqui não é de interpretação, como se verá mais adiante, mas de confirmação do pano de fundo histórico de um período descrito pela Bíblia.]

A crítica é mesmo antiga: arqueólogos minimalistas afirmavam que o império de Davi e Salomão jamais havia existido, pois aparentemente não há evidências de construções na região. Até que Eilat divulgou seu achado. A fim de desacreditar a descoberta, houve até ataques pessoais (ad hominem): críticos ressaltaram que as escavações da arqueóloga foram financiadas por duas organizações, a Fundação Cidade de Davi e o Centro Shalem, dedicadas a reivindicar direitos territoriais para Israel. “E zombam porque ela usa os métodos antiquados de antepassados arqueólogos, como os do avô, que não se constrangia em trabalhar com a pá numa mão e a Bíblia na outra”, diz a matéria. Note que os ataques são dirigidos à fonte de financiamento da pesquisa e aos métodos da arqueóloga, e não necessariamente à descoberta dela.

A matéria prossegue: “A prática antes comum de usar o livro sagrado como guia arqueológico é contestada por ser um raciocínio circular, anticientífico – e quem mais se empenha contra ela é o questionador-mor da Universidade de Tel-Aviv, Israel Finkelstein, que dedicou a carreira a demolir estrondosamente hipóteses desse feitio. Ele e outros proponentes da ‘baixa cronologia’ afirmam que o peso das evidências arqueológicas em Israel e seu entorno indica que as datas postuladas pelos estudiosos da Bíblia estão antecipadas em um século. As construções ‘salomônicas’ escavadas por arqueólogos bíblicos ao longo de várias décadas recentes em Hazor, Gezer e Megiddo não foram erigidas no tempo de Davi e Salomão, argumenta ele; portanto, devem ter sido construídas por reis da dinastia Omride, no século 9 a.C., bem depois do reinado de Salomão.”

Se acusam Eilat de ter interesses “escusos” e usar a Bíblia como documento histórico orientador de pesquisa, por que não lembram que Finkelstein é crítico ferrenho de tudo que “cheira a Bíblia”? É só notar a ferocidade da seguinte declaração dele: “É claro que não estamos olhando para o palácio de Davi! Tenha a santa paciência. Tudo bem, eu respeito seus [de Eilat] esforços. Gosto dela, é uma senhora simpática. Mas essa interpretação é, como direi?, um tanto ingênua.”

Finkelstein deve estar ainda mais irado, pois agora, segundo a National Geographic, é a teoria dele que está no paredão. “Logo depois que Eilat declarou ter descoberto o palácio do rei Davi, dois outros arqueólogos revelaram achados notáveis. Trinta quilômetros a sudoeste de Jerusalém, no vale de Elah – justamente onde a Bíblia diz que o jovem pastor Davi matou Golias –, o professor Yosef Garfinkel, da Universidade Hebraica, afirma ter escavado o primeiro trecho de uma cidade judaica datada da época exata em que Davi reinou. Enquanto isso, 50 quilômetros ao sul do Mar Morto, na Jordânia, um professor da Universidade da Califórnia em San Diego, Thomas Levy, passou os últimos oito anos escavando uma grande mina e fundição de cobre em Khirbat en Nahas. Segundo Levy, um dos mais importantes períodos de produção de cobre nesse sítio foi no século 10 a.C. – época em que, segundo a narrativa bíblica, os edomitas, antagonistas de Davi, ocupavam a região (estudiosos como Finkelstein, todavia, garantem que o reino de Edom surgiu apenas dois séculos depois). A própria existência de uma mina e fundição de cobre dois séculos antes do período em que o grupo de Finkelstein aponta como o do surgimento dos edomitas indicaria que havia atividades complexas bem no tempo em que Davi e Salomão reinaram. ‘É possível que isso tenha pertencido a Davi e Salomão’, analisa Levy sobre sua descoberta. ‘Porque a escala da produção de metal aqui é, de fato, a de um Estado ou reino antigo.’”

E as evidências? A revista informa que Levy e Garfinkel têm as pesquisas subvencionadas pela National Geographic Society e baseiam suas afirmações em uma profusão de dados científicos, entre eles fragmentos de cerâmica e datação por radiocarbono de caroços de azeitona e tâmara encontrados nos sítios. “Se as evidências de suas atuais escavações se sustentarem, a posição dos peritos de outrora que apontavam a Bíblia como um relato preciso da história de Davi e Salomão pode ser confirmada. Como diz Eilat Mazar com visível satisfação: ‘É o fim da escola de Finkelstein.’”

A reportagem apresenta outras evidências que corroboram as conclusões de Garfinkel – como centenas de ossos de boi, cabra, ovelha e peixe, mas nenhum osso de porco, o que sugere que judeus, e não filisteus, devem ter vivido ali. Tudo isso foi encontrado abaixo de uma camada do período helenístico. E tem mais: a equipe do arqueólogo topou também com um achado raríssimo, um caco de vasilha de cerâmica com inscrições que parecem ser em uma escrita protocananita contendo verbos característicos do hebraico. A conclusão parece óbvia: ali estava uma complexa sociedade judaica do século 10 a.C, do tipo que os defensores da baixa cronologia, como Finkelstein, afirmam que não existe.

Luiz Gustavo Assis é teólogo e trabalhou como auxiliar de pesquisa no Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork, localizado no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho. Para ele, Finkelstein não é o único com uma visão negativa a respeito da historicidade do relato bíblico. “Nos anos 1990, diversos teólogos e historiadores de universidades europeias publicaram obras extremamente belicosas contra a Bíblia Hebraica, como Thomas L. Thompson, Niels-Peter Lemche e Philip Davies. Esses são alguns dos nomes que compõem a Escola de Copenhagen, ou os chamados minimalistas, aqueles que desconsideram a Bíblia como um documento com informações históricas precisas”, informa Luiz.

Segundo o teólogo, não é preciso ter motivação religiosa para questionar as abordagens e conclusões desses autores, muitas vezes baseadas no silêncio de fontes arqueológicas. Luiz cita o agnóstico William G. Dever, autor do livro What did the Biblical Writers Know & When did They Know It?. Dever ataca ferozmente o niilismo por detrás dessa postura displicente de se encarar a história de Israel. “Dever não é um anônimo ou um novato no assunto”, diz Luiz. “Sua carreira como arqueólogo já passa dos 30 anos. Seu nome é tremendamente respeitado nos círculos acadêmicos quando o assunto é arqueologia siro-palestinense ou bíblica. Como um cético, ele não acredita em tudo o que o livro sagrado dos judeus diz, mas sua opinião é honesta: há informação histórica digna de crédito para se estabelecer uma parte da história de Israel.”

Finkelstein e outros que afirmavam não existir evidência de atividade escribal em Canaã antes do século 9 a.C. teve novamente que engolir a língua com a descoberta de um caco de cerâmica com aproximadamente 15 cm. O ostracon contém uma inscrição que data do 11º século a.C. e foi descoberto no sítio arqueológico de Khirbet Qeyafa. “Não se trata de uma aglomerado de palavras desconexas”, explica Luiz. “É um texto que faz menção de um juiz (shaphat), rei (melekh) e escravos (‘eved).” “Quando Frank Moore Cross – um dos principais especialistas em inscrições proto-cananitas de Harvard – examinou o ostracon e a inscrição, ele ficou duas noites sem dormir”, disse Lawrence Stager, professor de Arqueologia Bíblica em Harvard.

Ainda segundo a reportagem da National Geographic, para os arqueólogos minimalistas, Davi e Salomão foram simplesmente personagens fictícios. No entanto, a credibilidade dessa posição foi solapada em 1993, quando uma equipe de escavação no sítio de Tel Dan, no norte de Israel, descobriu uma estela de basalto negro com a inscrição “Casa de Davi” (para maior compreensão do que significa a expressão “Casa de Davi”, consulte a obra Escavando a Verdade, do Dr. Rodrigo Silva). Mas, como a Bíblia não pode ser usada como documento histórico, os minimalistas ainda afirmam que a existência de Salomão continua carente de comprovação.

O que Levy escavou em Khirbat en Nahas pode ainda dar muita dor de cabeça para Finkelstein e a escola da baixa cronologia. National Geographic compara: “As minas de cobre de Levy talvez não sejam tão sensacionais quanto o palácio do rei Davi ou o mirante com vista para a batalha entre Davi e Golias. Mas as escavações de Levy abrangem mais tempo e área que as de Eilat Mazar e Yosef Garfinkel, e fazem uso bem mais amplo da análise por radiocarbono para determinar a idade das camadas estatigráficas de seu sítio.”

A revista expõe a virulência de Finkelstein, que zomba das descobertas de Garfinkel em Khirbet Qeiyafa: “‘Você nunca vai me pegar dizendo ‘achei um caroço de azeitona num estrato em Megiddo, e esse caroço – contrariando centenas de outras datações por carbono 14 – vai decidir o destino da civilização ocidental.’ Ele para de falar de repente e solta uma risada sarcástica. E a ausência de ossos de porco, sugerindo que o sítio é judeu? ‘Um dado, mas não conclusivo.’ E a inscrição rara encontrada no sítio? ‘Provavelmente da cidade filistina de Gath, não do reino de Judá.’ [...] A hipótese de que uma sociedade complexa do século 10 a.C. possa ter existido nos dois lados do rio Jordão pôs na defensiva a posição de Israel Finkelstein sobre a era de Davi e Salomão. Seus muitos artigos de réplica e seu tom sarcástico refletem essa defensiva, e com argumentos que, não apenas para seus desafetos, muitas vezes parecem apelativos.”

Rodrigo Pereira da Silva é professor de teologia no Unasp, doutor em Teologia, especialista em Arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém e doutorando em Arqueologia pela USP (além de autor do livro recomendado acima). Ele conhece pessoalmente grande parte dos nomes citados na matéria da National Geographic. Já conversou com Filkelstein, foi aluno de Garfinkel (na verdade, sua primeira experiência arqueológica foi sob seu comando, em Shaar ha Golan). Para Rodrigo, o mérito e o diferencial dessa reportagem consistiram em mostrar que, para os arqueólogos, o assunto da historicidade bíblica está dividido. Ele diz: “Antes os artigos deixavam o leitor com a impressão de que todos os arqueólogos sérios e profissionais questionavam a Bíblia e apenas os leigos ou pseudo-arqueólogos (como Erich von Däniken ou Werner Keller) endossavam o texto bíblico com suas pesquisas particulares que não receberiam a chancela de nenhuma universidade.”

Segundo Rodrigo, essa situação de polêmica “felizmente fez surgir as figuras de Eilat Mazar e Garfinkel, que têm autoridade acadêmica para discordar de arqueólogos minimalistas como os que, via de regra, desfilam nas páginas de revistas populares como a National, a Superinteressante ou a Época”.

Rodrigo faz ainda duas observações com respeito à reportagem:

1. Quando o texto diz: “Há um probleminha: os arqueólogos, depois de procurar exaustivamente por décadas, não encontraram nenhum indício confiável de que Davi ou Salomão tenham construído qualquer coisa”, deixa os leitores leigos com uma impressão distorcida da pesquisa de campo em arqueologia. “Posso afirmar que 80% ou 90% da história antiga geral (i.e. não bíblica) não pôde ser ‘confirmada’ por escavações arqueológicas. Terremotos, guerras, roubos, ações do tempo, construção de novas metrópoles, etc., puseram a termo ou sepultaram para sempre monumentos e artefatos da antiguidade. Isso não acontece só com a Bíblia, mas com a história em geral. Não há, por exemplo, nenhuma prova arqueológica segura da presença dos imensos exércitos de Alexandre, o Grande, na Índia; o que temos são relatos tardios, escritos 300 anos depois da morte dele (cf. As Vidas Paralelas de Plutarco), e cujos originais também se perderam (o que nos restam são cópias ainda mais tardias).”

Curiosamente, no entanto, poucos historiadores questionam a presença alexandrina desde a Macedônia até as terras indianas. “Ora, se o critério da dúvida, tão advogado em relação à Bíblia, fosse aplicado à história em geral, teríamos que duvidar quase da totalidade do que os livros didáticos nos apresentam. Mesmo na história mais recente, onde estão (arqueologicamente falando) as provas de que Colombo desembarcou nas Antilhas em 1492 ou de que a primeira missa no Brasil foi realizada em Porto Seguro, pouco tempo depois do descobrimento? A resposta é: não há nenhum indício confiável de qualquer desses eventos. Vamos duvidar deles também? Com exceção das pirâmides do Egito e de uns poucos fragmentos do mausoléu de Halicarnasso, onde estão as provas de que as sete maravilhas do mundo antigo de fato existiram?”, questiona Rodrigo.

2. Para o professor do Unasp, o tom zombeteiro sobre arqueólogos como os falecidos Yadin, Albright e o renomado Benjamim Mazar (avô de Eilat), que escavavam, como diz o artigo, “com a pá numa mão e a Bíblia noutra”, parece o argumento do espantalho, para usar um exemplo de falácia. “Em primeiro lugar”, diz Rodrigo, “esses foram alguns dos mais respeitados e renomados arqueólogos de todos os tempos. Ademais, Albright vinha de uma escola humanista que não aceitava certos aspectos da teologia cristã; suas afirmações em relação à Bíblia, portanto, eram baseadas nos fatos e não em suas predisposições ou convicções pessoais.” Rodrigo cita também H. Schelermann, que usou justamente um texto antigo (a Ilíada de Homero) como uma espécie de “mapa” para encontrar Troia. E ele a encontrou. “Não creio que a valorização do texto antigo (como é o caso da Bíblia) seja algo anticientífico ou ultrapassado. E não se trata, como diz o artigo, de ‘literalizar’ cada frase da Bíblia Sagrada. Eu, pelo menos, não acredito na inerrância do texto bíblico, mas isso não nega que ele esteja descrevendo uma história real.”

Luiz Gustavo Assis lembra que a arqueologia tem limites. Existe a confirmação histórica da existência de Davi, feita por Avraham Biran, em 1993, e agora a provável identificação do sítio arqueológico mencionado na famosa história da batalha de Davi contra o filisteu Golias. No entanto, nenhum desses achados prova que o gigante foi morto com uma pedra de funda! Provavelmente jamais seja encontrado documento com uma inscrição como essa. No entanto, a credibilidade histórica da Bíblia não está no vácuo. Existe um terreno sólido sobre o qual o leitor pode caminhar.

Michelson Borges, jornalista e mestre em teologia

Nota: O arqueólogo Michael Hasel está trabalhando com Garfinkel. Clique aqui para ler o artigo que ele publicou sobre o assunto, neste ano, na Adventist Review. E este é o site oficial com a história da descoberta do ostracon: http://qeiyafa.huji.ac.il/ostracon.asp