sexta-feira, outubro 30, 2015

O desenvolvimento embrionário e o design inteligente

Complexidade pra lá de irredutível
A notícia chegou de uma forma meio inusitada. Minha esposa e eu, após cinco anos, decidimos que já estava na hora de termos outro bebê. Agora que nossa filha mais velha já tem mais autonomia e liberdade para fazer certos tipos de coisas, resolvemos dar a ela um(a) irmãozinho(a). Minha esposa parou de tomar o anticoncepcional e, mais ou menos 40 dias depois, fomos à médica para que ela passasse os exames necessários para sabermos se estava tudo bem. Mas, para nossa surpresa, minha esposa já estava grávida de seis semanas. Pelas contas, ela teria engravidado já na primeira semana após a última menstruação. No primeiro ultrassom, foi possível ver o “saco vitelino” e aquele pequeno ser nas suas primeiras fases de desenvolvimento embrionário. Aproveitando a oportunidade, tive a ideia de fazer algumas postagens analisando a complexidade de cada fase de gestação, a interação mamãe-bebê e os processos de desenvolvimento, semanalmente, demonstrando e extrema complexidade da gestação e a impossibilidade de uma explicação naturalista.

Após o ato sexual, milhões de espermatozoides “nadam” em direção ao útero. Essas células reprodutoras são produzidas nos testículos, que são verdadeiros mestres da produção em massa, cuspindo espermatozoides a uma taxa de 200 milhões por dia, numa prefeita linha de montagem. Assim que o espermatozoide entra em contato com o corpo da mulher, começa toda a “magia”. A vagina é revestida por epitélio estratificado pavimentoso, cujas células produzem glicogênio usado para fermentação pelos Lactobacillus acidophilus (bacilos de Döderlein), liberando ácido lático. Isso confere ao meio vaginal um pH ácido, que impede a proliferação da maioria dos micro-organismos patogênicos. Acontece que o pH do sêmen está entre 7,0 e 8,3, e ao entrar em contato com a vagina, ocorreria a morte instantânea dos gametas. Com o pH alcalino do sêmen, o pH da vagina passa, em 10 segundos, de 3,5 para 7,2, permitindo a sobrevivência dos espermatozoides. Essa mudança é indispensável para que os espermatozoides não morram ao entrar em contato com a mucosa vaginal. Isso ocorre porque os espermatozoides são depositados durante a ejaculação no meio vaginal, protegidos pelo líquido seminal e não isolados. O líquido seminal, inicialmente “coagulado”, é lentamente diluído pela acidez vaginal e seus componentes alcalinos funcionam como um tampão. Ao líquido seminal se associa a ação alcalinizante (básica, oposto de ácido) das secreções vaginais que surgem durante a excitação sexual, bloqueando a acidez vaginal em segundos e mantendo o pH adequado à sobrevida espermática por entre 6 e 16 horas. O interessante é que, se não ocorresse essa mudança de pH, a nova vida já seria eliminada logo no início.

[Continue lendo o ótimo artigo do professor Saulo Nogueira.]

Os cristãos e a festa do Halloween

quinta-feira, outubro 29, 2015

Ciência confirma princípios de saúde adventistas

Já sabíamos disso
Em uma mesma semana, três notícias confirmaram o que a Igreja Adventista vem ensinando há um século e meio, com base na Bíblia e nos escritos de sua cofundadora Ellen White. O consumo de carne vermelha e carnes processadas foi classificado como potencialmente cancerígeno para os seres humanos pela Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC), órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS). Em documento oficial, publicado no dia 26 de outubro, a Agência declarou que a afirmação está baseada em mais de 800 estudos realizados nos últimos 20 anos. De acordo com o IARC, carnes processadas – como salsicha, hambúrgueres, carne defumada e bacon – são classificadas como carcinogênicas (responsáveis pelo início do câncer) ao lado do tabaco e da fumaça de diesel. O câncer colorretal é o principal resultado associado ao consumo excessivo desses alimentos, seguido dos cânceres de pâncreas e próstata. Comer 50 gramas de carne processada por dia pode aumentar em quase 20% o risco de desenvolver câncer.

A respeito desse assunto, fazendo eco a textos bíblicos como Levítico 11 e Deuteronômio 14 e ampliando o motivo para se evitar a carne suína, Ellen escreveu: “Pululam parasitas nos tecidos do porco. Deste disse Deus: ‘Imundo vos será; não comereis da carne destes e não tocareis no seu cadáver’ (Deuteronômio 14:8). Esta ordem foi dada porque a carne do porco é imprópria para alimentação. [...] Nunca, sob nenhuma circunstância, devia sua carne ser ingerida por criaturas humanas” (A Ciência do Bom Viver, p. 313, 314).





Jogador é punido por fazer touchdown e apontar para o céu

Punição por louvar a Deus
O quarterback (armador) do time de futebol americano da Mexico High School (Nova York, EUA) foi punido por marcar um touchdown (equivalente ao gol no futebol americano - o da bola oval) e apontar para o céu. A comemoração provocou uma punição de 15 jardas, o que fez com que o time de Dante Turo fosse derrotado pela equipe de Vernon-Verona-Sherrill, em partida disputada em 17 de outubro, por 33 a 31. “Eu apenas estava tentando glorificar a Deus”, disse ao site Syracuse.com o jovem atleta, que correra 73 jardas para marcar o touch down (chegando à linha final do campo adversário). “Apontar para Deus é um símbolo internacional de glorificação a Jesus, e era isso o que estava tentando fazer”, comentou o jogador colegial à Fox News. Para os juízes, o comportamento de Turo foi antiesportivo. A punição deixou Tee Murabito, técnico de Turo, possesso. “Tentei explicar aos juízes, mas eles me disseram que era um insulto. Eu disse a eles que Turo estava reverenciando Deus. Como isso é um insulto?”, afirmou o treinador ao Washington Times. A associação de juízes local não se pronunciou sobre o caso.


Comentário indignado do amigo Marco Dourado:Veja como o neopaganismo vem tornando os países desenvolvidos cada vez mais intolerantes ao cristianismo, ao mesmo tempo em que induz os cristãos oprimidos a buscar amparo sob uma liderança religiosa mundial forte. Apontar para o céu é punível, mão chifrada e olho de Hórus é cult...”

terça-feira, outubro 27, 2015

Sistema imunológico: acaso ou design inteligente?

Complexidade irredutível
A origem do sistema imunológico é um tema polêmico que ganhou voz por meio da defesa do bioquímico Michael Behe. Para ele, “podemos olhar para o alto ou para baixo, em livros ou em revistas, mas o resultado é o mesmo. A literatura científica não tem respostas para a questão da origem do sistema imunológico”.[1: p. 138] Sabe-se que o sistema imunológico pode reconhecer microrganismos invasores, mobilizar rapidamente as células de defesa a fim de procurar e destruir esses invasores e manter uma memória imunológica a partir de cada defesa. Diante disso, são realmente intrigantes os seguintes questionamentos: “Como poderia o sistema imunológico de animais e plantas evoluir?” e “Qual a possibilidade da primeira de milhares infecções potenciais ter matado o primeiro organismo vivo, uma vez que as muitas instruções que direcionam o sistema imunológico de uma planta ou de um animal não tinham sido pré-programadas no sistema genético desse tal organismo quando ele apareceu pela primeira vez na Terra?” Isso certamente anularia qualquer melhoria genética rara que supostamente tenha se acumulado no sentido evolutivo.

A teoria do design inteligente (TDI) sugere que, para cada organismo ter sobrevivido, toda essa informação deve ter sido inserida lá desde o início. Para o cientista zoólogo Avrion Mitchison, “infelizmente, não podemos rastrear a maioria dos passos evolutivos que o sistema imunológico deu. Praticamente todos os desenvolvimentos cruciais parecem ter acontecido em um estágio inicial de evolução dos vertebrados, que é mal representado no registro fóssil e do qual poucas espécies sobrevivem. Mesmo os vertebrados existentes mais primitivos parecem reorganizar seus genes de receptores de antígeno e possuem células T e B separadas, bem como as moléculas de MHC. Assim, tem-se que o sistema imunológico surgiu totalmente armado”.[2: p. 138]

Os evolucionistas afirmam que as mutações, juntamente com a seleção natural evoluíram vários sistemas imunológicos existentes hoje em humanos, do simples para o sistema mais complexo.[3] No entanto, os vários sistemas imunes adaptativos no reino animal são todos igualmente complexos, mas com grandes descontinuidades entre eles. Os biólogos criacionistas Bergman e O’Sullivan, por sua vez, afirmam que é improvável que um evoluiu para outro.[3] Segundo eles, todos os organismos multicelulares têm um sistema imune inato elaborado, e muitos animais têm um dos dois braços conhecidos do sistema adaptativo que produz uma enorme diversidade de anticorpos para destruir agentes patogênicos específicos. Embora sejam muito diferentes, todos os sistemas imunes conhecidos são altamente eficazes em combater agentes patogênicos. Para os pesquisadores criacionistas, não existe evidência para a evolução do sistema imunológico, que parece ser irredutivelmente complexo.

Outro ponto da imunologia que tem sido questionado diz respeito à variação da cadeia leve de anticorpos que ocorre por meio da aceleração de mutações. Os evolucionistas acreditam que muitas das variações de anticorpos necessárias são produzidas quando um processo de cópia celular é abrandado, e que isso aponta para a evolução em ação.[4] Nesse modelo, os genes do anticorpo são copiados para o RNA, e uma enzima especial chamada “desaminase induzida por ativação” (DIA) estimula o arranjo combinatório apenas das sequências de bases que se tornarão a cadeia leve. Quando a transcrição é retardada - processo chamado de estagnação da transcrição do RNA -, troca-se apenas uma base de cada vez para múltiplas bases. Essa hipermutação causa a produção mais rápida de variações de anticorpos, aumentando assim seu potencial de combate à doença.

No entanto, biólogos criacionistas alegam que a capacidade de anticorpos para hipermutação como um processo biológico é bem concebida e proposital (mente inteligente), ao contrário do que os evolucionistas alegam.[3] Essa interpretação é corroborada pelas especificações do processo, cada uma das quais representa a informação de que a natureza por si só não possui nenhum mecanismo para evoluir o sistema imunológico. A estrutura tridimensional da enzima DIA, a alocação de mutações (alterações de bases de RNA) especificamente sobre as pontas dos anticorpos, e a alocação de genes de imunoglobulina em segmentos apropriados do genoma de forma que possam ser transcritas em conjunto são algumas das especificações necessárias para variações de anticorpo a fim de atingir eficazmente seus efeitos.

Para Bergman e O’Sullivan, a prova de que a imunidade adaptativa é um sistema irredutivelmente complexo é bastante simples em seres humanos.[3] Isso é demonstrado por doenças imunológicas, como a aids (perda de função em células T helper), agamaglobulinemia ligada ao X (XLA; uma deficiência de enzimas Bright e BTK, o que leva a uma incapacidade de produzir o nível necessário de imunoglobulinas protetoras) que pode levar ao desenvolvimento de infecções repetidas, e doenças autoimunes (uma falha em diferenciar o próprio do não próprio). Todos esses exemplos apoiam a conclusão de que a falha de uma única parte vital do sistema conduz a uma falha catastrófica de todo o sistema, o que é uma manifestação primária de complexidade irredutível.

A complexidade irredutível é definida por Michael Behe como “um sistema único composto de várias partes bem combinadas que interagem e que contribuem para a função básica do sistema, onde a remoção de qualquer das partes faz com que o sistema pare de funcionar”.[1: p. 39] Nesse sentido, em 2005, durante o julgamento do caso Kitzmiller vs. Dover, a fim de refutar a alegação de Behe, o biólogo evolucionista Kenneth Miller argumentou que se a cascata de coagulação do sangue funciona sem determinadas partes, então a coagulação do sangue não é irredutivelmente complexa.[5] 

Entretanto, Behe nunca afirmou que todos os componentes da cascata de coagulação seriam necessários para que o sistema funcionasse corretamente. Para entender melhor a visão de Behe, é necessário conhecer algumas noções básicas sobre a cascata de coagulação. De forma geral, em vertebrados terrestres, existem duas vias diferentes pelas quais a cascata de coagulação pode ser iniciada − a via intrínseca e a via extrínseca, não podendo haver cruzamentos entre as duas vias. A fase final da cascata de coagulação só é alcançada após cada via atingir o fator X (ou fator de Stuart). Esses estágios finais da cascata são o que Behe chama de “além do garfo”. Em seu livro A Caixa Preta de Darwin, Behe declarou que seu argumento para a complexidade irredutível somente se aplicava na etapa “além do garfo”, em que as cascatas de coagulação do sangue, intrínsecas e extrínsecas, convergem.[6]

Segundo Behe, “deixando de lado o sistema antes da bifurcação na via, onde alguns detalhes são menos conhecidos, o sistema de coagulação do sangue se encaixa na definição de complexidade irredutível. [...] Os componentes do sistema (após a bifurcação da via) são fibrinogênio, protrombina, fator X (de Stuart) e proacelerina. [...] Na ausência de qualquer um dos componentes, o sangue não coagula e o sistema falha”.[6]

Miller também apontou o fato de que em 1969 foi descoberto que as baleias e os golfinhos não possuem o fator XII da cascata de coagulação (também chamado de fator Hageman). Além disso, a cascata de coagulação sanguínea no baiacu carece de fatores XI, XII e XIIA. Assim, foram retiradas as três partes que são conhecidas como o sistema de fase de contato - o fator XI, o fator XII e o fator que catalisa a conversão de 12 na forma ativa. Segundo Miller, embora essas três partes do sistema estejam faltando no peixe baiacu, os coágulos sanguíneos dele estão perfeitamente bem, indicando que a complexidade irredutível na cascata de coagulação de vertebrados não existe. Por outro lado, esse fato não refuta o argumento de Behe, apenas reforça que alguns vertebrados (como golfinhos ou peixes jawed) carecem de certos componentes envolvidos na via intrínseca (fatores XI, XII, e XIIA).[6]

Por exemplo, a via da cascata de coagulação sanguínea de peixes jawed tem uma diferença importante em relação à dos vertebrados terrestres, porque esse peixe não tem uma via intrínseca encontrada em vertebrados terrestres.[6] Isso não significa que o resto da cascata não seja irredutivelmente complexa, pois ambos podem ter um sistema de núcleo de peças que é irredutivelmente complexo. O “núcleo irredutível” é um conceito antigo dentro do pensamento do design definido por William Dembski e Jonathan Wells.

Durante o mesmo julgamento, foram apresentados também alguns estudos publicados entre 1996 e 2005 que supostamente refutariam a complexidade irredutível do sistema imunológico geral, reafirmando a explicação darwinista para a origem do sistema imunológico. No entanto, o microbiologista Don Ewert, que dirigiu o Instituto Wistar por 20 anos, após ler os artigos apresentados no julgamento, concluiu que o Dr. Behe estava certo em argumentar que esses documentos não fornecem uma explicação darwinista para a origem do sistema imunitário.[7] Segundo Don Ewert, fora utilizado o pressuposto da homologia como indício de uma relação de ancestralidade que, por si só, não é prova da relação evolutiva. Para ele, a estrutura dos locais de receptores de anticorpos que, em uma classe de proteínas - chamadas superfamília das imunoglobulinas – encontra-se distribuída em outras espécies, não pode ser usada como prova de que eles realmente evoluíram um do outro.

O Dr. Ewert diz que a afirmação dos evolucionistas sobre a origem do sistema imune adaptativo em vertebrados (um dos argumentos apresentados pelo Dr. Miller) é um grande problema.[7] Tem sido caracterizado como o “Big Bang” da imunologia, mas quando se olha para a complexidade desse sistema percebe-se que é praticamente inalcançável qualquer explicação evolutiva de colocá-los juntos nesse curto período de tempo, mesmo se você começar com alguns dos componentes já existentes em outras espécies. Para ele, a literatura de imunologia comparativa, juntamente com os achados de biologia de sistemas, fornece ampla evidência para o design inteligente.

(Everton Alves)

Referências:
[1] Behe MJ. Darwin’s Black Box: The Biochemical Challenge to Evolution. New York: The free press, 1996.
[2] Mitchison A. “Will We Survive? As host and pathogen evolve together, will the immune system retain the upper hand?” Scientific American 1993; 269:136-44.
[3] Bergman J, O’Sullivan N. “Did immune system antibody diversity evolve?” Journal of Creation 2008; 22(2):92-96.
[4] Thomas B. “Antibody Variation Is Not Evolution.” The Institute for Creation Research. Disponível em: https://www.icr.org/article/4336/358. Acesso em: 26/3/2015.
[5] Luskin C. “Kenneth Miller, Michael Behe, and the Irreducible Complexity of the Blood Clotting Cascade Saga.” Evolution News & Views, 2010. Disponível em: http://www.discovery.org/a/14081. Acesso em: 26/3/2015.
[6] Luskin C. “How Kenneth Miller Used Smoke-and-Mirrors at Kitzmiller to Misrepresent Michael Behe on the Irreducible Complexity of the Blood-Clotting Cascade.” Evolution News & Views, 2009. Disponível em: http://www.discovery.org/a/8561. Acesso em: 26/3/2015.
[7] Luskin C. “Five Years Later, Evolutionary Immunology and other Icons ofKitzmiller v. Dover Not Holding Up Well.” Evolution News & Views, 2010. Disponível em: http://www.evolutionnews.org/2010/12/five_years_later_evolutionary_042001.html. Acesso em: 26/3/2015.

A beleza extraordinária das Aves do Paraíso

Os vídeos a seguir descrevem aves conhecidas como Aves do Paraíso. São um espetáculo de beleza que certamente aponta para o Grande Designer (Romanos 1:20). Curiosamente, muitos dos cientistas que as catalogaram acreditam que essa beleza toda seja resultado de processos evolutivos não guiados!







segunda-feira, outubro 26, 2015

Cães podem ter “surgido” na Ásia

Era de se esperar...
De acordo com uma das pesquisas genéticas mais abrangentes já feitas, os cães de hoje podem traçar suas origens até a Ásia Central. Os cães são os animais mais diversos do planeta – um legado de milhares de anos de reprodução seletiva por seres humanos. Contudo, eles derivam de lobos selvagens que foram gradualmente domesticados e convocados para grupos de caça humanos – talvez perto da Mongólia ou do Nepal. Os resultados vêm de uma análise de DNA de milhares de cães e foram publicados no periódico PNAS. O pesquisador Adam Boyko, da Universidade de Cornell, e seus colegas estudaram 4.676 cães de raça pura de raças reconhecidas, bem como 549 “cães de rua” – animais soltos no ambiente em que vivem no entorno de instalações humanas. Este último grupo é o menos estudado, mas representa uma parte crucial no quadro da diversidade canina moderna.

“Pelo fato de que nós analisamos tantos cães de rua de tantas regiões diferentes, pudemos estreitar os padrões de diversidade nesses cães indígenas”, disse Boyko à BBC News. A domesticação de cachorros é o tipo de evento que poderia ter ocorrido de forma independente em diferentes cantos do globo, mas o DNA de cães modernos não fornece qualquer suporte para essa ideia. “Nós observamos exclusivamente para ver se havia evidência de múltiplos eventos de domesticação. E como qualquer outro grupo [de pesquisa] que procurou por isso, nós não encontramos nenhuma evidência”, afirmou o cientista. “Parece que há uma única origem, embora haja claramente situações em que houve... um pouco de fluxo gênico entre lobos e cães pós-domesticação.”

Os pesquisadores estudaram os genes que estão localizados perto um do outro nos cromossomos dos cachorros. Os padrões desses marcadores genéticos estreitamente ligados permitiram à equipe identificar e localizar o evento de domesticação da Ásia Central. Porém, várias outras equipes têm enfrentado o mesmo problema e se deparado com resultados muito diferentes. Estudos anteriores já haviam sugerido diversas vezes uma origem dos cães no Oriente Médio – talvez revirando os restos alimentares dos primeiros agricultores –, no Leste da Ásia e na Europa.

É provável que esses últimos resultados não resolvam a questão, mas Boyko acredita que localizar a origem dos cães poderia estimular novas pesquisas. Uma dessas outras linhas de investigação poderia ser a análise de DNA antigo de restos de cães encontrados em sítios arqueológicos. Essa ferramenta poderia ajudar a apoiar ou refutar hipóteses sobre o papel da Ásia Central e outras regiões na domesticação do “melhor amigo do homem”.

Peter Savolainen, professor associado do KTH – Royal Institute of Technology, na Suécia, disse que o estudo havia mostrado que era possível encontrar populações de cães remotos que não tinham sido afetados pela mistura com variedades europeias – um legado da era da colonização. Mas ele suspeita que as origens da domesticação estão no Leste da Ásia, talvez no sul da China.

“A Mongólia é tecnicamente no leste da Ásia e o Nepal é no Sul da Ásia, a apenas uns mil quilômetros do Sul da China”, disse à BBC News. “Assim, temos um consenso de que a origem está em algum lugar naquela região. Mas uma coisa importante é que eles não têm um espécime da China, então, se tivessem, o que isso teria mostrado?” [...]


Nota: Acredito que se pesquisas detalhadas fossem feitas com outros seres vivos (inclusive os humanos), outras espécies teriam sua linhagem traçada até a Ásia. E por quê? Simples: porque foi lá o ponto de dispersão, a partir do momento em que a porta da arca de Noé foi aberta, lá na região asiática do Ararate. [MB]

Uma bola de “caipirinha” cósmica é nova esperança de vida

Jogando o problema para fora
Cientistas informaram na sexta-feira que conseguiram identificar, pela primeira vez, duas moléculas orgânicas complexas em um cometa - lançando nova luz sobre as origens cósmicas de planetas como a Terra. Segundo a pesquisa, publicada na revista Science Advances, os especialistas detectaram moléculas de álcool etílico e de um açúcar simples conhecido como glicolaldeído no cometa Lovejoy. “Essas moléculas orgânicas complexas podem ser parte do material rochoso a partir do qual os planetas se formaram”, afirmou o estudo. Moléculas orgânicas já haviam sido encontradas em núcleos de cometas. O caso mais recente foi o do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, onde o robô Philae da agência espacial europeia encontrou várias, algumas das quais nunca antes detectadas num cometa. Como os cometas contêm os materiais mais antigos e primitivos do sistema solar, os cientistas os estudam como se fossem cápsulas do tempo que oferecem pistas sobre como tudo começou [ou teria começado], 4,6 bilhões de anos atrás.

Durante anos, debateu-se se os cometas que se chocaram com a Terra há milhões de anos a alimentaram com os componentes necessários para a vida. Embora este último estudo não resolva a questão, adiciona novos elementos para o debate, garante Dominique Bockelée-Morvan, co-autor e astrofísico do Centro Francês para a investigação científica.

“A presença de uma grande molécula orgânica complexa no material de um cometa é um passo fundamental para uma melhor compreensão das condições que prevaleceram no momento em que a vida surgiu [sic] em nosso planeta”, explicou à AFP. “Essas observações vão significar uma possível explicação para a origem da vida em nosso planeta”, apontou.

Lovejoy interessa particularmente os cientistas porque “é um dos cometas mais ativos na área orbital da Terra”, disse o estudo.

A pesquisa foi feita através de um telescópio de 30 metros de comprimento no Instituto de Radioastronomia Milimétrica em Sierra Nevada, Espanha, em janeiro de 2015, quando o cometa estava no seu momento mais brilhante e produtivo.


Nota: Como me disse um amigo biólogo dotado de grande senso de humor: “Deve ter muito pinguço perdido nas estrelas!” O desespero para explicar a misteriosa origem da vida é tanto que a ideia da panspermia cósmica (origem espacial) vem ganhando força entre os cientistas. Como se fosse um pulinho partir de moléculas orgânicas para a vida, com toda a sua informação genética, suas máquinas moleculares e complexidades específicas. A hipótese da panspermia é a admissão de que mesmo em quase cinco bilhões de anos seria impossível surgir e evoluir vida aqui em nosso planeta. Então, o jeito é jogar o problema para fora. Mas se a vida viesse embarcada num cometa na forma de, digamos, uma bactéria alienígena? Ficaria muito difícil explicar como esse ser vivo teria sobrevivido no vácuo e no frio espaciais e resistido às radiações cósmicas letais. Além disso, quando chegasse ao nosso planeta, esse ET microscópico teria que resistir às altíssimas temperaturas causadas pelo atrito da entrada do cometa na atmosfera e, se o cometa não se esmigalhasse no ar e chegasse ao solo, o ser unicelular ainda teria que suportar a força do impacto. Só se fosse uma bactéria kryptoniana! Supor que o cometa Lovejoy, com seu conteúdo de “caipirinha espacial” pudesse ajudar a desvendar o mistério é depositar fé demais no acaso. E eu não tenho tanta fé para acreditar nesse tipo de história. [MB]

Carne processada vai para a lista de alimentos cancerígenos

Perigo no prato!
O maior consumo de carne processada aumenta o risco de câncer do intestino em humanos, e a carne vermelha é fator de risco provável, afirmaram especialistas da OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta segunda-feira (26), divulgando um relatório que deve acirrar o debate sobre os méritos de uma dieta baseada em carne. A IARC (Agência Internacional de Pesquisa do Câncer), braço da OMS baseado na França, colocou produtos como salsichas, linguiças, presunto e bacon em sua lista do grupo 1, que já inclui o tabaco, amianto e fumaça de diesel, para os quais já há “evidência suficiente” de ligação com o câncer. A decisão não foi tomada apenas com base em estudos novos, mas em uma análise da literatura médica sobre o assunto existente até agora, mais de 800 estudos. “Para um indivíduo, o risco de desenvolver câncer colorretal em razão do consumo de carne processada permanece pequeno, mas esse risco aumenta com a quantidade de carne consumida”, afirmou Kurt Straif, chefe de programa Monographs, do IARC, que avalia riscos para o câncer.

Os especialistas endossam estudos segundo os quais para cada porção diária de 50 gramas de carne processada aumenta o risco de câncer colorretal em 18%.

A carne vermelha - grupo dentro do qual estão tecido muscular de boi, porco, carneiro, bode e cavalo - foi classificada como um carcinógeno “provável” e entrou na lista do grupo 2A, que contém o glifosato, princípio ativo de muitos herbicidas.

A definição do IARC para carne processada inclui produtos “transformados por salgamento, curagem, fermentação, defumação e outros processos para realçar sabor ou melhorar a preservação”, afirma um artigo publicado por cientistas do IARC na revista médica The Lancet, que acompanhou a divulgação do novo relatório.

“A maior parte das carnes processadas contém carne de porco ou boi, mas também pode conter outras carnes vermelhas, frango, carne de segunda (fígado, por exemplo), ou subprodutos da carne, como o sangue”, afirma o artigo.

A classificação mais branda para a carne vermelha é reflexo de “evidências limitadas” de que ela causa câncer. O IARC descobriu ligações principalmente com o câncer de intestino, mas também observou associações com tumores no pâncreas e na próstata, afirmou.

“Essas descobertas dão mais suporte às recomendações sanitárias atuais para limitar o consumo de carne”, afirmou Christopher Wild, Diretor do IARC. “Ao mesmo tempo, a carne vermelha tem valor nutricional”, afirmou o médico, sugerindo que as novas recomendações não sejam encaradas de maneira alarmista. “Esses resultados, então, são importantes para permitir governos e agências regulatórias internacionais para conduzirem avaliações de risco, de modo a equilibrar riscos e benefícios de comer carne vermelha ou processada e para fornecer as melhores recomendações diárias possíveis.”


Nota 1: O valor nutricional da carne é facilmente substituído por alimentos de origem vegetal, como as castanhas e os feijões, por exemplo. Se você precisava de mais um incentivo para se tornar vegetariano, aí está. E se quiser conhecer mais informações sobre dieta adequada e estilo de vida saudável, assine a revista Vida e Saúde, há quase 80 anos publicando boas ideias para você viver bem. [MB]

Nota 2: Há mais de cem anos, Ellen White escreveu: “A carne nunca foi o melhor alimento; seu uso agora é, todavia, duplamente objetável, visto as doenças nos animais estarem crescendo com tanta rapidez. Os que comem alimentos cárneos mal sabem o que estão ingerindo. Frequentemente, se pudessem ver os animais ainda vivos, e saber que espécie de carne estão comendo, iriam repelir enojados. O povo come continuamente carne cheia de micróbios de tuberculose e câncer. Assim são comunicadas essas e outras doenças” (A Ciência do Bom Viver, p. 313).

sexta-feira, outubro 23, 2015

O Enem do Céu

Você precisa ser aprovado
O Exame Nacional do Ensino Médio de 2015 (Enem) será realizado neste fim de semana. Milhares de estudantes vêm, de longa data, se preparando para as provas, na expectativa de realizar o sonho de adentrar uma universidade. O acesso ao ensino superior é a grande meta desse público-alvo que vê no Enem a porta de entrada para maiores oportunidades acadêmicas. Na experiência do jovem estudante adventista do sétimo dia, o Enem não serve só como um meio de testar conhecimentos escolares; constitui também uma especial oportunidade de testemunhar a favor de Jesus e da lei de Deus. Nos últimos anos, o quarto mandamento alcançou evidência na mídia e se tornou uma “questão de prova” do Enem para os alunos cristãos que acreditam na vigência e validade do sábado. Quem for participar do Enem necessita ter em mente algumas coisas muito importantes: estar preparado em relação ao conteúdo das provas, não perdendo tempo com assuntos que desviam a atenção do foco principal; ficar ciente da grande concorrência; e chegar no horário marcado para prestar o exame (não se atrasar). Na vida espiritual, esses pontos precisam ser altamente considerados, caso se pretenda passar no “Enem do Céu” que, há muito tempo, já começou a ser aplicado aos estudantes deste mundo.

Conforme Ellen White, estamos nos preparando aqui na Terra para entrar no curso superior celestial. Ela afirma que “o Céu é uma escola; o campo de seus estudos, o Universo; seu professor, o Ser infinito. [...] A educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu. [...] Ali se revelará ao estudante uma história de infinito escopo e riqueza inexprimível”. Assim, se desejamos ver concretizado o sonho da aprovação divina, não podemos encarar o Enem do Céu sem observar as condições necessárias que Deus colocou perante nós. Dessa forma:

1. Prepare-se bem e adequadamente, conhecendo o conteúdo de sua fé e aproveitando o tempo para estudá-la com dedicação. “Examinai-vos se estais na fé, provai-vos a vós mesmos” (2 Co 13:5). Cada um deve estudar por si para obter o conhecimento e enfrentar o teste que não será em grupo, mas individual. Atenção: não adianta colar ou empregar meios fraudulentos; a reprovação virá certeira. Quer ajuda? A Igreja é o “cursinho” mais apropriado para se obter a aprendizagem acerca de todas as matérias que caem no “Enem do Céu”.

2. Concentre-se no essencial, naquilo que será mais cobrado de você – a ciência da redenção. Esse é um assunto por demais profundo, o qual exige de nós muita aplicação mental e espiritual. Sobre essa matéria, o livro de estudos exclusivo continua sendo a Bíblia; a oração e o testemunho são os exercícios e a prática para aprofundamento do conteúdo; o louvor e a gratidão expressam a alegria por se conseguir compreender um pouco desse grande tema, exposto na vida de Jesus – o Professor que ensina como ninguém ensina. Preste atenção nas dicas teóricas e práticas dEle. Além de Jesus, você também conta com um “Monitor” bastante competente para auxiliá-lo no entendimento da ciência da redenção: o Espírito Santo.

3. Esteja consciente de que o mundo concorre com você, tentando tirar sua vaga e seu diploma da “universidade celestial”. Por isso, o Professor adverte: “Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3:11).

4. Não se atrase para o dia do exame. Fique pronto e alerta. Haverá um tempo em que o último sinal será dado e as portas fecharão. Quem estiver fora não mais poderá entrar e quem estiver dentro não sairá. Portanto, seja pontual e fiel no seu compromisso com Deus para que tenha direito de “entrar na cidade pelas portas” (Ap 22:14).

No Enem do Céu, assim como no da Terra, uns vão passar, outros não. Que nós, com a ajuda divina, sejamos aprovados (2Tm 4:7). Uma grande comemoração de vitória espera todo “estudante” que fizer sua parte (Ap 3:21; 7:9,10). Mas lembre-se: o Senhor é quem produz em nós tanto o querer quanto o efetuar.

(Frank de Souza Mangabeira, membro da Igreja Adventista do Bairro Siqueira Campos, Aracaju, SE; servidor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe)

quinta-feira, outubro 22, 2015

As cobras foram projetadas para deslizar no chão

Engenharia impressionante
Cientistas americanos anunciaram ter descoberto o que acreditam ser o segredo de como as cobras deslizam pelo chão. Segundo a equipe de pesquisadores da Universidade de Oregon, a evolução deu [sic] aos répteis uma concentração de “moléculas gordurosas” nas escamas da barriga, que seriam mais oleosas do que as localizadas nas costas. As razões para o fenômeno ainda não são conhecidas, mas a revelação da estrutura molecular da superfície das escamas oferece uma nova explicação para como as cobras reduzem o atrito na parte inferior de seus corpos. Joe Baio, engenheiro químico que coordenou o estudo das cobras, afirmou que a lubrificação ajuda as cobras de duas maneiras: facilita os movimentos e também reduz os danos à pele. “O coeficiente de atrito para as barrigas de cobras é muito menor que o das costas, então alguma coisa está reduzindo a fricção. O problema é que, debaixo do microscópio, o formato das escamas parece idêntico”, explicou Baio à BBC, em San José, na Califórnia (EUA), durante uma conferência sobre tecnologia de materiais.

Foi justamente em uma das edições do evento que ele conheceu seu “parceiro no crime”: o zoologista Stanislav Gorb. Uma conversa inocente sobre cobras fez com que a dupla se debruçasse sobre a resolução do mistério.

De seu laboratório em Kiel, na Alemanha, Gorb enviou carregamentos de escamas para Baio. Usando instrumentos de alta precisão, o americano conseguiu enxergar diferenças no nível nanoscópico nas amostras. E descobriu o que chamou de imensas diferenças entre as escamas da barriga e das costas das cobras. Ambas estão revestidas por uma película de gordura em sua superfície, mas nas escamas ventrais as moléculas lipídicas estavam distribuídas de maneira bem mais ordenada. “Trata-se de algo extremamente organizado, e não de algum tipo de gordura que tenha aparecido lá por acaso. Está lá por um motivo”, afirma Baio.

Os estudos começaram com a cobra-rei californiana, mas resultados similares foram encontrados em outras espécies. Agora, o passo é testar a hipótese. “Nosso argumento é que a química na superfície é a única diferença que conseguimos encontrar.”

Continua sendo um mistério a origem da camada lubrificante. Ela não parece gastar, então os cientistas acreditam que a gordura possa ser secretada de poros na pele das cobras ou mesmo “fixada”. “Outra possibilidade é que algum tipo de ligação eletromagnética posicione as moléculas. Ainda não descobrimos a origem”, diz Baio.

Para Baio, seus estudos podem ter aplicação prática no campo da engenharia, mais especificamente na produção de novas tintas ou vernizes que protejam superfícies. “Você pode produzir superfícies escorregadias imitando o que acontece nas escamas das cobras.”


Nota: Novamente cientistas utilizam tempo, dinheiro e muita inteligência com o objetivo de copiar algo que surgiu por acaso, sem a necessidade de um design inteligente! Mas, desta vez, há uma singela admissão: “Trata-se de algo extremamente organizado, e não de algum tipo de gordura que tenha aparecido lá por acaso. Está lá por um motivo.” Sim, está lá por um motivo: “Então o Senhor Deus declarou à serpente: ‘Já que você fez isso, maldita é você entre todos os rebanhos domésticos e entre todos os animais selvagens! Sobre o seu ventre você rastejará, e pó comerá todos os dias da sua vida’” (Gênesis 3:14). [MB]

quarta-feira, outubro 21, 2015

De volta para o futuro (de verdade)

O futuro em minhas mãos
Quando era adolescente, fui apaixonado por filmes e livros de ficção científica. Séries como Star Trek e produções cinematográficas como a trilogia De Volta Para o Futuro me levavam para um mundo de sonhos, povoado por fantasias e esperanças. Eu tinha apenas 13 anos quando Marty McFly pilotou pela primeira vez o DeLorean movido a plutônio. Imaginava, então, se dali 30 anos estaríamos nos deslocando em skates voadores, se nossos tênis se ajustariam automaticamente aos pés e se realmente assistiríamos a Tubarão 19 (rs). Na verdade, como produto da época da Guerra Fria, o que eu mais desejava era ver um mundo em paz, desarmado, sem fome, sem desigualdades, com a ciência tão evoluída que praticamente todos os nossos problemas seriam coisa do passado. Mas o futuro chegou (e rápido), e o mundo, em muitos aspectos, está pior do que aquele de três décadas atrás.

Foi no dia 21 de outubro de 2015 (hoje) que McFly e o Dr. Emmett Brown, no segundo filme da trilogia, pousaram o carro-máquina do tempo em Hill Valley. Por isso, hoje um dos assuntos mais comentados nas redes sociais foi justamente o futuro anunciado pelo filme de Robert Zemeckis. Muitos sites se puseram a comparar o que se previa em 1989 com o que realmente aconteceu anos depois. O filme acerta em algumas coisas, mas erra feio em outras.

O fato é que ainda penso que podemos voltar para o futuro, mas desta vez é de verdade. Quando Adão e Eva, usando seu livre-arbítrio, decidiram se desligar do Criador e cometer pecado, acabaram rompendo uma linha temporal que deveria ser eterna. Com isso, eles conheceram a finitude, o vazio, a dor. Mas Deus não os deixou abandonados. Prometeu que Ele mesmo pagaria o preço pelo resgate da humanidade caída, vindo ao mundo como ser humano, para viver entre nós e morrer numa cruz. A Bíblia diz que quem crê no Filho de Deus tem a vida (João 3:36), e essa vida será eterna. A linha do tempo rompida no passado será reatada à eternidade. E o pedaço do “filme estragado” chamado Grande Conflito será eliminado para sempre. Nunca mais sentiremos dor, choraremos por nossos mortos ou nos indignaremos pelas injustiças da vida. Aí, sim, não mais haverá guerras, fome, doenças. A paz será constante. De certa forma, voltaremos para o futuro que nunca deveríamos ter perdido. A grande diferença é que esse futuro não é fruto da imaginação de roteiristas hollywoodianos. Não. Esse futuro é real porque foi prometido e anunciado por Aquele que não pode mentir: Deus.

Michelson Borges

Advogada apresenta TCC inspirado na Bíblia

Renata recebe a medalha
A advogada de Bauru, SP, Renata Cezar, de 26 anos, encontrou na Bíblia o tema de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), sobre direitos sociais, que rendeu a ela uma medalha de reconhecimento na Europa neste mês. Renata foi a única do Estado de São Paulo, que foi homenageada na quinta-feira (15). Ela e outros 49 brasileiros receberam a medalha “Il Merito Giuridico di Visitatori – autori internazionali”, em reconhecimento a suas contribuições à paz, das relações sociais e dos valores da humanidade, no Encontro Internacional de Autores Jurídicos, na região de Puglia, na Itália. A homenagem se deve a um artigo que escreveu em 2011, fruto de seu TCC, e que foi publicado em um site. A ideia de escrever sobre direitos sociais surgiu após um momento de leitura da Bíblia, de acordo com a advogada. Ela havia chegado da banca do TCC de seu irmão Thyago Cézar, também advogado, que havia tirado 10. “Os professores dele me disseram que no próximo ano eu iria enfrentar a banca e que era minha obrigação não tirar menos que ele. Quase morri de nervosismo, cheguei em casa chorando”, lembra.

Nervosa, Renata pediu a Deus que a ajudasse. “Abri a Bíblia e fui ler minha meditação semanal. Achei no livro de Hebreus o capítulo 13, cujo título era ‘Dos direitos sociais’. Aquilo foi o suficiente. Peguei minha constituição e vi o artigo 6º que prevê todos os direitos sociais.”

A advogada tirou 10 no TCC e foi indicada para iniciação científica. Ela transformou seu trabalho em um artigo e o publicou em algumas revistas jurídicas. Em um dos sites o artigo chegou a mais de oito mil visualizações, segundo a advogada.

Os organizadores do evento encontraram a jovem quando procuravam por advogados brasileiros que escreviam sobre o tema de direitos sociais. “Eu fiquei muito surpresa. Quero tentar o mestrado e isso vai contar muito pois vou registrar o artigo na universidade, além de ser bom para toda a minha vida acadêmica.” [...]

Na Itália, Renata diz viver um sonho. “São oito anos de dedicação em estudos. Conseguir registrar um artigo meu em uma universidade da Itália, um dos berços do direito, é fantástico. Sou muito grata a Deus”, agradece a advogada.

Apesar das dificuldades e conquistas, a advogada de Bauru não perde o ideal de justiça. “Mais do que achar um TCC na Bíblia, ter tirado 10, receber uma condecoração na Itália, o que me motiva a estudar, publicar e divulgar para a população é a esperança de vida digna. Afinal, é para isso que o direito serve, para amparar quem precisa”, acredita Renata.

Cidade misteriosa aparece no céu da China. Blue Beam?

Que coisa é esta?
O que poderia ser o primeiro parágrafo de um conto de terror sci-fi é um relato objetivo do que aconteceu em uma região da China há algumas semanas: “No início de outubro, moradores da província de Jiangxi e da cidade de Foshan, na China, levaram um susto ao contemplar o horizonte. Havia uma cidade ali. Não a cidade inteira, mas o topo ou a silhueta do topo de prédios imensos. Abaixo do topo não havia o restante dos andares ou a base dos prédios, mas nuvens. Nuvens espessas e cinzentas.” Para alguns, é o primeiro ato do fim do mundo. Para outros é uma rachadura na parede invisível que nos separa dos universos paralelos que nos rodeiam. Para os cientistas é um fenômeno que, apesar de natural, continua sendo quase tão bizarro quanto as outras teorias. Teorias conspiratórias e divertidas. No vídeo abaixo dá para ter uma noção do que aconteceu. A hipótese mais provável é de que se trata de uma miragem causada por uma ilusão de ótica chamada Fata Morgana (a explicação desse nome que parece saído da Santa Inquisição ou do Castelo Rá-Tim-Bum vem a seguir).


Quando uma camada da atmosfera é aquecida pelo Sol, mas a camada de baixo permanece fria, essa diferença de temperatura gera diferentes densidades. Quando o raio de luz solar passa de uma densidade para outra ele é refratado, fazendo com que seu ângulo mude. Apesar de a luz estar “entortada”, nosso cérebro não enxerga dessa maneira, interpretando a imagem como se os objetos estivessem no local em que estariam se o trajeto da luz tivesse permanecido inabalado. [E aí, convenceu?]

Acredita-se que Morgana foi uma sacerdotisa que viveu na Grã-Bretanha no século V – ela é uma figura recorrente nas fábulas do Rei Artur. A razão dela ter servido de inspiração para batizar o fenômeno é porque, por muito tempo, homens e mulheres acreditavam estar diante de uma experiência mística quando testemunhavam com os próprios olhos a miragem – algo não muito diferente da reação das pessoas hoje após o ocorrido em Jiangxi e Foshan. 

Uma das principais lendas dos mares, por exemplo. O Flying Dutchman, ou Holandês Voador, é um navio-fantasma amaldiçoado a navegar contra o vento para sempre, sem jamais conseguir aportar. A lenda foi criada – ou começou a se popularizar – no século 17 e já foi citada e replicada em tudo que é tipo de expressão da cultura pop. Nada mais que Fata Morgana.

Hoje, no lugar da lenda temos algumas hipóteses um pouco mais elaboradas. Há quem diga que o que foi visto na China faz parte do Blue Beam Project (algo como Projeto Feixe Azul). A cidade levitante faria parte do segundo passo (de um total de quatro) desse projeto que teria sido criado pela Nasa para implementar a “nova ordem mundial”, uma era dominada por uma nova religião cujo líder será o anticristo. [Ou, como dizem outros, para simular a volta de Cristo.]


Nota: A diferença deste fenômeno para o Holandês Voador ou a Fata Morgana é que destes dois não existem registros fotográficos ou em vídeo. No caso da China, há. O que seria, então, esse fenômeno? Várias pessoas já me perguntaram sobre o tal projeto Blue Beam. Assisti a alguns vídeos no YouTube e pesquisei alguma coisa sobre o assunto, mas confesso que as informações a que tive acesso não me convenceram (ainda) de que o assunto seja verídico. Diferentemente do projeto HAARP (sobre o qual falei aqui), o Blue Beam ainda soa mais como teoria da conspiração mesmo. Biblicamente falando, é sabido que o inimigo de Deus vai simular a segunda vinda de Jesus para enganar os últimos incautos com suas mentiras e distorções teológicas (por isso é muito importante saber como Jesus vai voltar e estudar atentamente a Bíblia Sagrada). Portanto, seria estranho imaginar que seres humanos (no caso, da Nasa) é que pudessem operar esse engano da falsa vinda de Cristo. De qualquer forma, é interessante notar que muitos chineses associaram a “aparição” nos céus com uma operação do anticristo e com o fim do mundo. No livro O Grande Conflito, Ellen White escreveu que, pouco tempo antes da destruição de Jerusalém (no ano 70 d.C.), apareceram no céu figuras misteriosas. China, ano 2015: Advertência divina? Portal dimensional? Aparição alienígena? Ilusão de ótica ou alucinação coletiva? Brincadeira dos pesquisadores da Nasa? Como saber? [MB] 

Nota 2: Curiosamente, ninguém sugeriu que a cidade pudesse ser obra do acaso ou uma simples formação nas nuvens. Tá vendo como o design inteligente pode ser facilmente detectado? [MB]

terça-feira, outubro 20, 2015

A origem da vida pode mesmo estar no barro

Dados suportam o relato bíblico
Na Bíblia, podemos aprender que Deus criou todas as formas de vida − plantas, aves, peixes, animais terrestres e o ser humano – literalmente através do barro. Em Gênesis 2:7, vemos que “o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida”. Já em Gênesis 2:19 é dito que “formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu”. Portanto, com um sopro, aquilo que era barro se tornou ossos, articulações, tendões, músculos, nervos, vasos sanguíneos, olhos, ouvidos – um ser vivo. Assim, nós, criacionistas, acreditamos por meio de uma fé racional que Deus tenha criado do barro toda a vida. Mas o que a ciência tem a nos dizer? Seria possível que o barro contivesse os elementos essenciais para o ato da criação? O químico Dr. Edwin Emery Slosson (1865–1929) ficou fascinado ao constatar a coerência da afirmação bíblica ao encontrar uma precisão química entre os elementos presentes no barro e no corpo humano: No pó da terra há dezesseis elementos químicos diferentes, e no corpo humano há esses mesmos dezesseis elementos químicos![1] Slosson fez essa afirmação, destacando que havia ainda outros elementos a serem descobertos e que apesar de seus esforços, ainda não havia conseguido identificá-los.

Décadas mais tarde, o biólogo terrestre Dr. Kevin Lee Griffin, em um de seus artigos intitulado A composição elementar da vida, classificou 26 elementos químicos do solo que também estão presentes (em quantidade variável) na composição do corpo humano.[2] Portanto, conforme afirma o rabino Tzvi Freeman: “Evolução e Gênesis ambos concordam que o homem começou como um punhado de barro. A evolução diz que se você deixar barro suficiente por tempo suficiente, aquilo terminará se tornando um ser humano que vai construir computadores e naves espaciais. O Gênesis diz que você precisa de uma força inteligente para que isso aconteça.”[3]

Em 2003, uma pesquisa publicada na revista Science sugeriu que, tal como é relatado na Bíblia, a vida na Terra possivelmente tenha surgido do barro.[4] Cientistas afirmaram ter conseguido reunir elementos do barro que são fundamentais no processo inicial de formação biológica. Entre eles, uma substância chamada “montmorillonite” que participa da formação de depósitos gordurosos e ajuda as células a compor o material genético chamado RNA (ácido ribonucléico), indispensável para a origem da vida.

Segundo os cientistas, a argila ou o barro podem ser catalizadores das reações químicas para a criação do RNA a partir dos nucleotídeos. Também descobriram que a argila acelera o processo de criação de ácidos graxos nas vesículas, elementos essenciais para a síntese de RNA. Para os pesquisadores, “a formação, crescimento e divisão das primeiras células pode haver ocorrido como resposta a reações similares de partículas minerais e agregados de material e energia”.[5]

Em 2013, outro estudo indicou que alguns tipos de argilas (barro) facilitaram a geração espontânea de vida (moléculas orgânicas) da matéria inanimada há [supostos] milhões de anos.[6] A argila contém uma série de minerais, tais como alumínio, silício e oxigênio, e sua composição forma uma substância chamada “hidrogel”. Esse polímero facilitaria a síntese de proteínas, DNA e demais componentes que tornam uma célula viva. Nos testes em laboratório, esses hidrogéis de argila apresentaram uma função de confinamento (lugar seguro e protegido) para biomoléculas e reações químicas, pois essas moléculas orgânicas tendem a aderir à superfície da argila, evitando sua degradação por enzimas “nucleases” (consideradas prejudiciais).[7]

Diante disso, uma questão pertinente levantada pelo jornalista Michelson Borges é: “De onde veio esse barro?”[8] Como podemos ver, a ciência nos diz que é possível a vida ter se originado do barro. Porém, não pode nos dizer como isso aconteceu. Embora pessoas estudem a origem da vida e do Universo, ainda há muitas coisas que não serão reveladas. Mas em relação a essa, a revelação já nos foi dada (embora seja ignorada) e pode ser encontrada em Jeremias 27:5: “Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, com o Meu grande poder, e com o Meu braço estendido, e a dou a quem é reto aos Meus Olhos.”

(Everton Alves)

Referências:
[1] Wroth M. In the Editor’s Mailberg. "Counter evidence" (February 28, 1964). Eugene Register-Guard Newspaper, Eugene, Oregon, United States. Disponível em: https://news.google.com/newspapers?nid=1310&dat=19640228&id=-_tVAAAAIBAJ&sjid=E-MDAAAAIBAJ&pg=4893,5862506&hl=pt-BR
[2] Griffin K. "The elemental composition of life." Disponível em: http://eesc.columbia.edu/courses/ees/life/lectures/lect21.html
[3] Freeman T. “A teoria da evolução combina com o judaísmo?” Chabad.org, 2012. Disponível em: http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1759826/jewish/A-Teoria-da-Evoluo-Combina-Com-o-Judasmo.htm
[4] Hanczyc MM, Fujikawa SM, Szostak JW. “Experimental models of primitive cellular compartments: encapsulation, growth, and division.” Science. 2003 Oct 24; 302(5645):618-22. Disponível em: http://www.sciencemag.org/content/302/5645/618.abstract?sid=b05eecc9-c700-4edc-b805-229704a8a918
[5] Agência EFE. “Origem da vida pode estar no barro, diz estudo” [out. 2003]. Notícias Terra, 2003. Disponível em: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI195749-EI238,00.html
[6] Yang D, Peng S, Hartman MR, Gupton-Campolongo T, Rice EJ, Chang AK, Gu Z, Lu GQ, Luo D. “Enhanced transcription and translation in clay hydrogel and implications for early life evolution.” Sci Rep. 2013 Nov 7; 3:3165. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3819617/
[7] Steele B. “Before cells, biochemicals may have combined in clay.” Cornell Chronicle, 2013. Disponível em: http://www.news.cornell.edu/stories/2013/11/chemicals-life-may-have-combined-clay
[8] Borges M. “A origem da vida e a teoria da evolução.” Criacionismo.com.br, 2014. Disponível em: http://www.criacionismo.com.br/2014/08/a-origem-da-vida-e-teoria-da-evolucao.html