[Nossos comentários seguem entre
colchetes. – MB/EL] Nestes tempos de dúvida e desconfiança em relação à ciência e ao conhecimento, é importante
reafirmar verdades absolutas
adquiridas através de muita pesquisa e trabalho duro de cientistas. A evolução, por exemplo, não é uma
hipótese. É um fato. Por mais de 150 anos, desde que Charles Darwin propôs
a teoria que o tornaria uma das pessoas mais conhecidas da história da humanidade,
a Teoria da Evolução passou por mais escrutínio e investigação rigorosa do que
qualquer outra afirmação científica – e isso só a fortaleceu. [Pois bem, já no
primeiro parágrafo tentam associar teoria da evolução com ciência, conhecimento
e verdade absoluta (imagino que quem escreveu isso não seja relativista). E,
para variar, são bastante generalistas, ao afirmar que a evolução – que
evolução? – não é uma hipótese, é um fato. De todas as áreas da pesquisa acadêmica,
essa está entre as que utilizam os métodos menos
rigorosos conhecidos. Afirmar o contrário é demonstrar total
desconhecimento de como se faz pesquisa rigorosa avançada. Por exemplo, podemos
afirmar com 5 ou 6 sigmas de certeza que todas as espécies da Terra vieram de
um acestral comum? Como exatamente os dados foram avaliados quantitativamente
para afirmar isso? Que famílias de modelos matemáticos suportam essa conclusão
e quais são seus limites de validade?]
Embora muitas pessoas queiram fazer
parecer que a evolução não é amplamente aceita dentro da comunidade científica,
isso não é verdade. Em todas as universidades, instituições de pesquisa e
organizações científicas, a evolução não é apenas aceita quase que
universalmente, é também a base sobre a qual estão sendo feitas pesquisas
importantes. [A macroevolução naturalista ou aspectos da teoria da evolução
que, de fato, são científicos, como a seleção natural? A mesma generalização de
sempre.] A evolução é a base da maior parte da ciência conhecida como biologia.
[A evolução é irrelevante para desvendar os mecanismos que realmente fazem
funcionar os organismos vivos; ficar imaginando cenários de como eles podem ter
evoluído até a presente situação tem desviado o foco do desenvolvimento de métodos
de pesquisa realmente avançados, causando um atraso desnecessário;
principalmente a partir da década de 1990, físicos têm começado um trabalho
para ajudar a compensar esse atraso, mostrando como usar métodos matemáticos na
pesquisa em Biologia.]
Caso você precise argumentar sobre o
fato da evolução ser, bem, um fato, e não uma hipótese, o portal Futurism
listou três evidências que podem ajudar nessa empreitada: [Evidências são
usadas para provar um fato? Parece haver um problema conceitual fundamental
aqui.]
Traços
comuns, ancestrais comuns
“Pense na sua família. Você e seus
parentes mais próximos são mais parecidos do que você e seus primos. Da mesma
forma, você se parece mais com seus primos do que com parentes mais distantes e
mais com parentes distantes do que com pessoas do outro lado do globo. Quanto
mais próximo você estiver relacionado, em geral, mais semelhanças você
compartilha. É claro que essas semelhanças se estendem muito além do nível da
superfície, alcançando nossa genética”, afirma o texto.
Esse padrão de semelhanças entre
parentes mais próximos se estende por toda a vida na Terra. Essas semelhanças
são conhecidas como “sinapomorfias”. São características que estão presentes em
espécies ancestrais e são compartilhadas exclusivamente (em forma mais ou menos
modificada) pelos descendentes evolutivos dessa espécie. As sinapomorfias vêm
em hierarquias aninhadas relacionadas à variedade e intensidade das
semelhanças.
Isso acontece porque as semelhanças
foram herdadas de ancestrais comuns, e quanto mais atrás no tempo quaisquer
duas espécies compartilham um ancestral comum, mais distantes as semelhanças se
tornam. Você e seus primos compartilham os mesmos ancestrais comuns nos seus
avós, mas você e seus irmãos compartilham ancestrais mais próximos – seus pais.
[Ancestralidade humana comum está plenamente de acordo com o que afirmam os
criacionistas bíblicos, afinal, descendemos mesmo de uma família ancestral, a
de Noé.]
O texto destaca que espécies com um
grande número de semelhanças tendem a viver perto umas das outras. Pinguins
vivem apenas no Hemisfério Sul, marsupiais vivem quase exclusivamente na
Austrália, cactos quase exclusivamente nas Américas, lêmures em Madagascar,
etc. “Se a evolução não fosse verdadeira, esse padrão geográfico não faria
absolutamente nenhum sentido. Além disso, essas semelhanças muitas vezes
parecem ser completamente arbitrárias, em vez de terem alguma vantagem seletiva.”
A imagem abaixo é um bom exemplo das semelhanças adquiridas por um ancestral em
comum: embora sejam incrivelmente diversos, os insetos têm seis patas. Há
provavelmente várias centenas de milhares de espécies de insetos e todas têm
praticamente o mesmo plano corporal. [O criacionista argumenta que essas
semelhanças são a assinatura do Projetista, não evidência de macroevolução. Criacionistas
não são fixistas. Acreditam que as espécies mudam e se diversificam com o
tempo, até de maneira muito rápida por meio de mecanismos epigenéticos. O que
os criacionistas contestam é que todos os organismos vivos possuem um ancestral
comum, assim como as escalas de tempo.]
Espécies
mudando com o tempo
A Teoria da Evolução de Darwin se
tornou possível através da descoberta de fósseis de animais que habitavam a
Terra milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista], mas que
deixaram de existir. Os primeiros paleontólogos perceberam que espécies que
viviam no passado são muitas vezes drasticamente diferentes de qualquer coisa
viva hoje. Trilobites, dinossauros, preguiças gigantes, entre outros, sugerem
que a vida na Terra mudou com o tempo. [Não é correto usar como exemplo de
animais atuais animais extintos. A ideia do parentesco é forçada. Quanto aos
preguiças gigantes, são exatamente iguais aos seus parentes modernos, só que...
gigantes.]
Quanto mais voltamos no tempo, mais
diferentes as espécies são quando comparadas com as espécies de hoje. [Não é o
que se vê quando são encontrados seres vivos que têm correspondentes atuais.
Tirando algumas características morfológicas e o tamanho, insetos, peixes,
anfíbios, aves de “milhões de anos” são praticamente idênticos aos descendentes
modernos.] Essas tendências gerais também podem ser vistas no nível individual,
já que as linhagens podem ser vistas mudando com o tempo. [Diversificação de
baixo nível é um fenômeno defendido pelos criacionistas.]
Como sabemos, no entanto, que as
progressões de fósseis não representam apenas espécies separadas e não
relacionadas? Primeiro, eles têm semelhanças que sugerem que eles estão
relacionados. [Assim como uma moto, um avião, um carro e uma bicicleta mostram
semelhanças...] Em segundo lugar, essas progressões representam uma tendência,
também conhecida como progressão de mudança. Por exemplo, ao longo do tempo, as
espécies vão da baixa expressão de uma determinada característica à expressão
intermediária e à alta expressão. Como a evolução das pernas, por exemplo. Não
há elos perdidos na evolução. [Óbvio que não há elos perdidos! Mas queria que
me explicassem como uma escama de réptil deu um salto evolutivo e se
transformou em algo tão especificamente complexo como uma pena.]
“Os fósseis não são a única maneira
de vermos a mudança de espécies. Podemos ver isso em um laboratório, através da
distribuição geográfica como uma espécie se espalha, ou através de seleção
artificial realizada por seres humanos”, ressalta o texto. [Repito: evidências
de diversificação de baixo nível não provam jamais a macroevolução, a menos que
se façam extrapolações filosóficas.]
Falhas
genéticas
As espécies carregam marcas de onde
vieram. Esses sinais de origem podem vir na forma de traços reaproveitados,
características que prejudicam as chances de uma espécie sobreviver ou se
reproduzir. Simplificando, as espécies são falhas, e são essas falhas que
contam claramente a origem natural delas.
A maioria dos mamíferos pode produzir
vitamina C. Eles não precisam se alimentar de frutas ou outros alimentos com
vitamina C em sua dieta. Não é o caso para os humanos. Nós tivemos ancestrais
que comeram frutas ricas em vitamina C por tanto tempo que nossos genes
produtores de vitamina C sofreram mutações há muito tempo. [Olha a hipótese sem
comprovação aí...] Nós, no entanto, ainda possuímos seu remanescente na forma
de pseudogenes. [Quem disse que “involução”, perda de uma característica seria
evidência de evolução ascendente? Pelo contrário: trata-se de evidência do
criacionismo.]
Com estes três fatos [sic] em mente,
temos a habilidade de olhar para qualquer espécie e perguntar algumas coisas.
Por exemplo: ela compartilha semelhanças com outras espécies que podem sugerir
que elas estão intimamente relacionadas? Podemos perguntar também se existem
mudanças progressivas nessa espécie que podem ser vistas no registro fóssil, na
história registrada ou na geografia, ou mesmo se a espécie em questão tem algum
traço que seja remanescente das suas gerações passadas.
As respostas para essas perguntas mostram como a evolução é uma realidade da natureza – e uma de suas maiores belezas.
As respostas para essas perguntas mostram como a evolução é uma realidade da natureza – e uma de suas maiores belezas.
“Essas três simples perguntas podem,
se você permitir, transformar a maneira como você olha para o reino biológico
ao seu redor. Continue. Pergunte à vontade. A biologia nunca será a mesma”,
conclui o texto do Futurism. [Sim, devemos sempre perguntar, a começar por esta
pergunta: Quanto há de verdadeiramente científico nos argumentos evolucionistas
e quanto disso é mera hipótese baseada em evidências mínimas? Observar coisas e
ficar imaginando explicações ad hoc é
um processo de pensamento pré-científico e não confiável. Quando se faz isso,
frequentemente escolhe-se arbitrariamente uma entre milhares de explicações
possíveis mas trata-se a possibilidade escolhida como se fosse a única. E o
pior é que se tem observado uma tendência afirmar aquela possibilidade como fato
em casos assim, incluindo o da hipótese da ancestralidade comum. Nas pesquisas
avançadas, o processo tem sido o inverso: parte-se da expressão matemática de
leis conhecidas, as quais, combinadas, formam uma teoria científica, com escopo
geral. Ao ser aplicada a casos particulares, essa teoria gera modelos
matemáticos que têm feito previsões que têm surpreendido os próprios
pesquisadores envolvidos na elaboração dos modelos. Essas previsões têm-se
confirmado por experimentos rigorosamente desenvolvidos e avaliados por métodos
estatísticos que atestam alta confiabilidade. É assim que se faz pesquisa
científica. O contrário disso é exatamente o que o texto propõe: conclusões ad hoc baseadas em observações interpretadas
por um viés. E esse viés passa a ser chamado de “fato” e de “verdade absoluta”.]
[Se essas são as melhores evidências
de que os evolucionistas dispõem, isso significa que a “coisa” está feia!]
(Futurism, via Hypescience)