O Instagram da revista Galileu publicou a seguinte nota: “Publicada pela primeira vez em 1965, não é exagero dizer que a ‘Marcha do Progresso’, que você vê acima, é uma das representações mais mal-interpretadas de todos os tempos. Muito disso se dá por concepções equivocadas sobre a teoria da evolução desenvolvida pelo biólogo britânico Charles Darwin. É comum vermos a imagem sendo utilizada para ilustrar a ‘transformação’ do macaco em humano, passando a ideia de que há uma hierarquia entre os seres vivos na qual alguns organismos são ‘simples’ e outros, ‘sofisticados’. O desenho também dá a impressão de que entre o surgimento de uma espécie e outra há um salto evolutivo drástico, ou seja, não há intermediários entre elas. O principal motivo por trás dessa leitura equivocada é a má compreensão da teoria da evolução de Darwin.”
Quando li “biólogo britânico Charles Darwin”, tive vontade de nem prosseguir na leitura. Darwin nunca foi biólogo. Os primeiros cursos de Biologia foram criados bem depois da morte do naturalista que estudou Teologia. Mas resolvi fazer um esforço e ler o restante.
O objetivo da nota é mostrar que a imagem (ridícula por si só) não refletiria a “realidade” de que existiriam elos transicionais entre as espécias e não “saltos evolutivos”. Mas o que nos mostra o registro fóssil? Exatamente: saltos evolutivos.
De qualquer forma, grosso modo, a imagem expressa, sim, a filosofia subjacente ao modelo darwinista. Ou seja: está errada de qualquer forma.
Michelson Borges