Evolução gradual parece sinônimo de darwinismo, mas um geólogo da New York University discorda. De acordo com um artigo na PhysOrg, Michael Rampino acha que Patrick Matthew merece ser identificado por oferecer uma visão mais realista da evolução – a visão catastrófica. “Matthew descobriu e claramente declarou a ideia da selecção natural, aplicou-a à origem das espécies e colocou-a no contexto de um registo geológico marcado por extinções em massa seguida por adaptações relativamente rápidas”, afirma Rampino, cuja pesquisa em torno de eventos catastróficos inclui estudos sobre atividade vulcânica e impacto de asteróides.
Levando em conta a aceitação recente da importância das extinções em massa catastróficas na história da vida, talvez seja tempo de considerar a visão evolutiva de Patrick Matthew como uma muito mais de acordo com as ideias atuais do que a visão de Darwin.
Ao colocar a ênfase em eventos catastróficos, Rampino está ao mesmo tempo desqualificando um dos melhores amigos de Darwin: Charles Lyell, o ponto mais alto da geologia uniformitarianista. Rampino acha que Patrick Matthew estava muito à frente em relação a seus pares, mas esse dado escapou à atenção da comunidade científica da época.
Rampino talvez não saiba, mas ao criticar o santo do ateísmo – Charles Darwin – ele se colocou na linha de fogo dos militantes ateus. Não se pode pôr em causa Charles Darwin sem sofrer ataques pessoais, uma vez que, aos olhos do mundo secularista, um ataque a Darwin equivale a promover a Bíblia.
Como os secularistas são em sua maioria teofóbicos, eles não toleram cientistas que criticam o homem que tornou possível ser um “ateu intelectualmente realizado”.
(Darwinismo)