terça-feira, junho 05, 2018

Evolucionistas admitem: vida não poderia surgir na Terra


Essa não dá para perder! Trata-se de um novo artigo científico, “Causa da Explosão Cambriana – Terrestre ou Cósmica?”, que argumenta em favor da panspermia. Em outras palavras, a semeadura da vida na Terra vinda do espaço sideral. Publicado na revista Progress in Biophysics and Molecular Biology (Progresso em Biofísica e Biologia Molecular), ele vem trazendo uma impressionante lista de mais de trinta autores de instituições renomadas em volta do mundo. Os próprios editores do periódico são altamente confiáveis, incluindo Denis Noble da Universidade de Oxford. Darwinistas responderão com a usual risada sem graça da hiena. Mas não se trata de uma piada. Os proponentes do design inteligente falarão sobre o artigo por muito tempo, já que ele aborda os mesmos problemas que teoristas como Stephen Meyer do Instituto Discovery buscam resolver – a origem da informação biológica, a origem da vida, a origem de novos genes, a Explosão Cambriana, a aparição abrupta de outras vidas complexas na Terra, e até mesmo as origens humanas.

Discutimos outras explanações materialistas propostas do enigma Cambriano – a teoria do oxigênio, a teoria do lodo, a teoria do ponto da virada, a teoria do câncer, mais recentemente a teoria da pipoca. Esta, a teoria do espaço sideral, pelo menos tem a virtude de levar a sério o problema da informação biológica. As outras são absurdas. O apelo à panspermia é extremamente exagerado, mas interessante. Sim, eles estão tentando substituir teorias de origem terrestre com algo vindo de um filme de ficção científica. (De fato um muito divertido, Prometheus, de Ridley Scott.) Do Resumo do artigo:

“A vida pode ter sido semeada aqui na Terra por cometas que transportam vida assim que as condições na Terra permitiram que ela florescesse (por volta ou próximo de 4,1 bilhões de anos atrás); e organismos vivos resistentes ao espaço como bactérias, vírus, células eucariontes complexas, ovos fertilizados e sementes têm sido continuamente entregues desde sempre à Terra, sendo portanto um importante meio de evolução terrestre, a qual resultou em considerável diversidade genética e a qual levou ao surgimento da humanidade.”

Ao tratar da aparição abrupta dos animais, o artigo propõe que “ovos criopreservados de lula e/ou polvo chegaram em meteoritos centenas de milhões de anos atrás”, e que isso ajuda a explicar “o rápido surgimento do polvo por volta de 270 milhões de anos atrás”. Isso mesmo: eles argumentam, entre outras propostas extraordinárias, em prol de polvos e lulas alienígenas, vindos das estrelas.

Ao tratar da origem da vida, eles dizem que um “milagre” seria necessário para que isso ocorresse na Terra: “A transformação de um amontoado de monômeros biológicos apropriadamente selecionados (por exemplo, aminoácidos, nucleotídeos) em uma célula viva primitiva capaz de evoluções adicionais parece requerer a superação de uma barreira de informação de proporções superastronômicas, um evento que não poderia ter acontecido dentro da linha do tempo da Terra exceto, acreditamos, por um milagre (Hoyle and Wickramasinghe, 1981, 1982, 2000). Todos os experimentos de laboratório que tentaram simular tal evento até agora levaram a deprimentes fracassos (Deamer, 2011; Walker and Wickramasinghe, 2015). Parece então razoável irmos ao maior ‘local’ disponível com relação a espaço e tempo.”

A solução? “Uma origem da vida cosmológica parece então plausível e esmagadoramente provável para nós.”

E a origem de novas informações genéticas? É oriunda de vírus, segundo eles, “dentre os sistemas naturais mais ricos em informação do Universo conhecido”, tendo, novamente, sido transportados à Terra a partir espaço:

“Devemos então plausivelmente considerar os vírus dentre os sistemas naturais mais ricos em informação no Universo conhecido. Seu tamanho os define como alvos muito pequenos, minimizando a probabilidade de destruição por ondas de calor ou radiação ionizadora (Hoyle and Wickramasinghe [1979], Capítulo 1). Suas dimensões nanométricas plausivelmente permitem fácil transporte e dispersão em grãos de poeira micrométricos e outras matrizes protetivas físicas de tamanho similar. Eles são então vetores genéticos de tamanho de nanopartículas que contêm toda a informação essencial para assumir e liderar a fisiologia de qualquer célula-alvo com a qual eles entram em contato. Seu crescimento replicante significa que eles são produzidos, e existem em números enormes em escalas cósmicas; de tal forma que eles (e em menor escala quantitativa seus reservatórios celulares) podem sofrer grandes perdas por inativação ao mesmo tempo em que deixam resíduos de milhões de partículas sobreviventes ainda potencialmente infecciosas. O vírus é então um tipo de módulo comprimido em contato com a totalidade da habilidade da célula de crescer e dividir para produzir a prole de células e dessa forma evoluir.”

Eles então argumentam que a informação necessária para construir vida complexa chegou à Terra antes que a vida complexa surgisse: “Em outras palavras, podemos agora plausivel e cientificamente argumentar que uma característica-chave de sistemas genéticos de informação densa para fazer organismos mais complexos já estava presente na Terra antes da aparição de fato da maior complexidade terrestre subsequente.”

Assim como o design inteligente, esse é um argumento de informação pré-existente. E eles aplicam a mesma forma de explicação à origem de humanos, plantas e animais, os quais eles dizem terem sido infectados por “vírus ricos em informação”, que fizeram com que eles evoluíssem: “Os genes cruciais mais relevantes para a evolução de hominídeos, assim como de todas as espécies de plantas e animais, parecem ser prováveis em muitos aspectos de origem externa, sendo transferidos ao longo da galáxia por vírus ricos em informações.”

E quanto à questão mais importante de todas: De onde essas informações nesses vírus viajantes do espaço vieram originalmente? Eles nem mesmo mencionam isso. E quem pode culpá-los? Então enquanto dão a impressão de explicar a origem da complexidade biológica, eles estão apenas deixando a questão para trás. Isso é o que a panspermia geralmente faz.

Bem, de certa forma, a abordagem faz total sentido se você for um materialista e, como eles afirmam, você “não encontrar teoria científica alternativa ao modelo de Wickramasinghe de Panspermia Cósmica (Cometária) como o maior condutor de vida na Terra”. O artigo é uma admissão de que as teorias Cambriana e outras antigas falharam. Enquanto bizarra, literalmente, a solução do espaço sideral sugere que o materialismo pode estar no caminho de dar seus últimos suspiros.

(Evolution News & Science Today; tradução de Leonardo Serafim)