terça-feira, maio 11, 2021

Novo fóssil de pterossauro revela mais design inteligente na natureza

 

Há cerca de 100 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], répteis voadores gigantescos com pescoços mais longos do que os das girafas cruzavam os céus do Marrocos moderno. Os cientistas acham que esse tipo de pterossauro, com mandíbula grande e pescoço fino, se alimentava de peixes, pequenos mamíferos e até bebês dinossauros. Mas como o pescoço não se partia enquanto carregavam suas presas é um mistério. Agora, um novo estudo mostra que os ossos internos tinham uma estrutura intrincada em forma de raios que os tornava fortes e estáveis, mas leves o suficiente para voar.

Os pterossauros azhdarchid (em homenagem a uma criatura semelhante a um dragão na mitologia persa) do Marrocos são alguns dos maiores animais voadores que já existiram. Com envergadura de asas de até oito metros e pescoços de até 1,5 metro, os cientistas sempre se perguntaram como o corpo incomum lhes permitia caçar, andar e voar. “Com o tamanho, vêm todos os tipos de problemas biológicos complicados”, diz Nizar Ibrahim, anatomista e paleontólogo da Universidade de Portsmouth e coautor do estudo. “Como você constrói um esqueleto para um aviador gigante?”

Para aprender mais sobre os ossos, os pesquisadores examinaram a estrutura interna de uma vértebra do pterossauro azhdarchid bem preservada; tinha quase 100 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] e foi encontrado nos leitos Kem Kem, uma região rica em fósseis perto da fronteira do Marrocos e da Argélia. Usando tomografia computadorizada de raios-x e modelagem 3D, os cientistas descobriram que a vértebra estava cheia de dezenas de pontas de um milímetro de espessura, chamadas trabéculas, que se cruzam como os raios de uma roda de bicicleta em seção transversal, formando uma hélice ao longo do osso. Os raios circundaram um tubo central onde estaria a medula espinhal do animal. “Nós simplesmente não podíamos acreditar”, disse Cariad Williams, paleontóloga da Universidade de Illinois, Urbana-Champaign, que primeiro examinou os resultados. “Nunca vimos nada assim antes. Foi realmente impressionante.”

Para testar se os raios forneciam suporte extra aos ossos, os pesquisadores fizeram alguns modelos matemáticos. Eles descobriram que apenas 50 trabéculas quase dobraram a capacidade da vértebra de carregar peso, [conforme relataram] na iScience. Os pesquisadores também calcularam que o pescoço de seu espécime poderia levantar presas pesando entre 9 e 11 kg, aproximadamente o tamanho de um peru grande. “É um verdadeiro feito da engenharia biológica”, diz Ibrahim.


Além de permitir que os pterossauros pegassem e levantassem suas presas, a intrincada estrutura óssea do pescoço poderia tê-los ajudado a resistir aos fortes ventos que golpeavam seu grande crânio durante o vôo ou aos golpes violentos de outros machos durante brigas de rivalidade, observam os autores.

Muitos cientistas suspeitaram que os pterossauros azhdarchidae comiam presas grandes, mas esta é a primeira vez que pesquisadores testam essa hipótese com informações sobre a estrutura óssea interna, afirma o paleontólogo Rodrigo Pêgas, da Universidade Federal do ABC, em São Bernardo. A análise que a equipe usou para mostrar como as vértebras responderiam a forças externas foi particularmente boa, diz Pêgas. “É interessante que eles foram capazes de demonstrar quantitativamente que o animal era capaz de levantar [tal] presa.” [...]

 (Science)

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