segunda-feira, dezembro 20, 2010

Sem Deus não há argumentos contra o incesto

O post “Suíça considera legalizar o incesto” gerou algumas reações surpreendentes por parte dos esquerdistas. A ideologia cristã defende que quando se nega que Deus seja a Referência Moral Absoluta, o homem fica moralmente à mercê da arbitrariedade humana. A questão do incesto demonstrou-o de forma óbvia. As seguintes citações foram feitas por pessoas que negam que o Deus da Bíblia seja a Ponto de Referência Absoluto para comportamentos morais. Segundo esses “iluminados”, cada sociedade deve decidir por si qual o caminho moral que quer seguir. Tendo isso como pano de fundo, vejamos o que eles respondem quando pressionados a declarar se um pai que tenha relações sexuais consentidas com as filhas adultas age bem ou mal. À medida que vai lendo as suas respostas, lembre-se de que essas são as mesmas pessoas que geralmente usam o que eles chamam de “argumento do mal” contra o Deus que eles pensam que não existe.

Comecemos pelas perguntas que deixei no blog do militante ateu Ludwig Krippahl: Qual é o argumento ateu contra o que os suíços querem fazer? Se a homossexualidade é permissível na base de que ninguém tem nada a ver com o que dois adultos fazem em privado e em consentimento, então quais os argumentos “laicos” contra um pai ter relações sexuais com a filha maior, se ambos assim o quiserem?

P.S.: Antes que algum ateu tente desviar a conversa aludindo para eventos que ele não acredita terem acontecido: (1) Ló não teve a aprovação de Deus para o seu incesto. Reportar algo não significa aprovar algo; (2) veja este texto com a resposta sobre os filhos de Adão e Eva.

Eis as respostas dos esquerdistas:

“O incesto - consensual entre adultos, repito - é uma questão muito complicada, mas de foro moral e não legal. E como todas as questões de foro moral, penso que cabe ao indivíduo decidi-la” (Cristy).

“As pessoas não precisam de Deus para saber que o incesto é uma pratica a evitar” (jmoitacarrasco).

“O que me preocupa a mim o que decidem entre si dois adultos na plena posse das suas faculdades? Em que medida é mau para mim ou para a minha família, que tu gostas tanto de puxar à conversa?” (Cristy).

“Isso para te dizer que os casos diferem, não se pode avaliar todos pelo mesmo padrão. E, no fim, a decisão cabe ao indivíduo, porque este, repito, não é um assunto legal” (Cristy).

“E o que eu acho é que o código penal não tem nada que ver com isso. Objetivamente, a única razão para evitar o incesto é o perigo de problemas genéticos. [...] Por isso também me parece difícil aceitar que a polícia se intrometa no incesto entre adultos” ([Ludwig).

“Para quem está sempre a condenar o intervencionismo de Estado como prática esquerdista e socialista, acho estranho que agora já julge que esse mesmo Estado tem o direito de se intrometer nas famílias” (Sérgio Sodré).

“Livremente sem coação entre adultos é entre eles, ou entre eles e Deus (para quem acredita no Deus bíblico ou alcorânico), e mais ninguém…” (Sérgio Sodré).

“O problema não é se o comportamento é moralmente correto, o problema é se outrem (coletivo ou individual) tem o direito de se intrometer no seio das famílias pela força” (Sérgio Sodré).

“O Estado sem aspas que fique do lado de fora dos lares e das famílias se não houver crimes contra a liberdade individual de ninguém” (Sérgio Sodré).

“Não sei o que o Estado deve fazer apenas sei que não o quero a espionar a vida interna das famílias, nem acho que ele tenha esse direito” (Sérgio Sodré).

Resumindo: segundo os “laicos”, o incesto é (1) “uma questão complicada”, (2) do “foro moral e não legal”, (3) moralmente qualificável apenas pelos “adultos” envolvidos (ninguém - nem o Estado - tem nada que se meter entre um homem e sua filha adulta que decidam ter relações sexuais), (4) aceitável se não houver “problemas genéticos” mas, ao mesmo tempo, (5) “uma prática a evitar”.

Ficou mais uma vez patente o quão à deriva nós humanos ficamos quando removemos o Deus da Bíblia como a Autoridade Moral Suprema neste universo. As pessoas citadas acima estão mais do que cientes de que há algo de fundamentalmente errado no incesto, mas, sem Deus, elas não têm como classificar esse comportamento como moralmente errado (para além da sua subjetividade pessoal).

As palavras supracitadas são um lembrete poderoso do quão baixo podemos cair quando nós humanos nos colocamos no lugar de autoridade moral vigente. Sem Deus, o homem fica à mercê do maior tirano que existe sobre a Terra: o nosso pecado.

(Darwinismo)