No dia 4 de março de 2010, Reinaldo José Lopes, então repórter do jornal Folha de S. Paulo, procurou o jornalista Michelson Borges, propondo uma entrevista sobre criacionismo, ambientalismo e mudanças climáticas. A matéria (clique aqui para lê-la) e a entrevista foram publicadas no caderno Mais! da Folha do dia 7 de março. Leia aqui na íntegra a entrevista concedida por Michelson há nove anos e que, neste momento, se mostra mais atual do que nunca:
Reinaldo: Você me disse que concordava que havia uma aproximação entre as duas posições – a favor do criacionismo e contra a tese da mudança climática antropogênica. Por que você acha que essa convergência está ocorrendo?
Michelson: A convergência se dá simplesmente pelo fato de que os criacionistas, no esforço por se pautarem por pesquisas fidedignas e dados concretos, se deram conta, já há algum tempo, de que estava havendo certo exagero na questão do aquecimento antropogenicamente causado. Na verdade, entendo ser esse o exercício do bom ceticismo: não aceitar certos consensos até que haja evidências seguras. No entanto, é bom que fique claro que os criacionistas não negam a mudança climática, tampouco a parcela de contribuição humana nisso. Contudo, os que têm estudado o assunto perceberam que o aquecimento global não é totalmente provocado pelo ser humano. Trata-se de um fenômeno natural para o qual a ciência ainda não tem um modelo que possa ser corroborado pelas evidências ou não. Recentemente, parece que certos veículos da grande imprensa também estão se dando conta disso.
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