quinta-feira, abril 20, 2023

Descoberta revela conexão entre o rei Salomão e Sabá

O Dr. Daniel Vainstub, epigrafista formado na Universidade Hebraica de Jerusalém e parte da equipe acadêmica da Moriah International Center, decifrou uma antiga escrita árabe, utilizada na região sul da Península Arábica (atual região do Iêmen) durante o domínio do Reino de Sabá. A inscrição estava gravada no pescoço da jarra de cerâmica e foi identificada como a escrita dos cananeus, a qual deu origem à antiga escrita hebraica usada nos dias do Primeiro Templo. A urna de barro continha incenso em seu interior e foi descoberta em escavações realizadas em 2012, a menos de 300 metros do Templo de Jerusalém, no atual parque arqueológico Davidson Center de Jerusalém.

Segundo a nova interpretação, a inscrição na urna é "Shi Ladananum 5", o segundo dos quatro componentes do incenso mencionados na Torá (Êxodo 3:34). Esse componente, referido nas fontes judaicas como "cravo" e mencionado no Talmud de Jerusalém e no Talmud da Babilônia como "unha", era um ingrediente necessário no incenso, que era queimado tanto no Primeiro quanto no Segundo Templo.

"Decifrar a inscrição na urna nos ensina não apenas sobre a presença de falantes da língua de Sabá em Israel durante o tempo de Salomão, mas também sobre a relação geopolítica em nossa região. Principalmente à luz do local onde a urna foi descoberta, uma área conhecida por ser o centro da atividade administrativa do rei Salomão e Jerusalém", observou o Dr. Vainstub. "Esta é mais uma evidência dos extensos laços comerciais e culturais que existiam entre Israel sob o rei Salomão e o Reino de Sabá."

(Moriah Center, Instagram; Times of Israel)