O ex-ateu Antony Flew, que já foi o ateu mais proeminente no mundo da lingua inglesa, criticou o livro Deus, um Delírio, obra do atual ateu mais proeminente, Richard Dawkins: "Deus, um Delírio, escrito pelo ateu Richard Dawkins é notável, em primeiro lugar, por ter conseguido uma espécie de recorde ao vender mais de um milhão de cópias. Mas o que é muito mais notável do que o sucesso econômico é que o conteúdo - ou melhor, a falta de conteúdo - desse livro mostra que o próprio Dawkins tornou-se o que ele e seus colegas secularistas acreditam tipicamente ser uma impossibilidade: ou seja, um fundamentalista secular. (A minha cópia do Dicionário de Oxford define fundamentalista como 'um obstinado ou um adepto intolerante de um ponto de vista')."
Flew abandonou o ateísmo e em 2004 admitiu reconhecer evidências em favor da existência de Deus. Flew afirma que certas considerações filosóficas e científicas o levaram a repensar seu trabalho de apoio ao ateísmo de toda uma vida, para se tornar favorável a um tipo de deísmo, similar ao defendido por Thomas Jefferson: "Por um lado, a razão, principalmente na forma de argumentos pró-design, nos assegura que há um Deus, por outro, não há espaço seja para alguma revelação sobrenatural, seja para alguma transação entre tal Deus e seres humanos individuais."
Em 2007, Flew lançou um livro intitulado There's a God (Existe um Deus) no qual, apesar da sua visão particular de Deus, chega mesmo a exaltar o cristianismo: "Na verdade, acho que o cristianismo é a religião que mais claramente merece ser honrada e respeitada, quer seja verdade ou não sua afirmação de que é uma revelação divina. Não há nada como a combinação da figura carismática de Jesus com o intelectual de primeira classe que foi São Paulo. Praticamente todo o argumento sobre o conteúdo da religião foi produzido por São Paulo, que tinha um raciocínio filosófico brilhante e era capaz de falar e escrever em todas as línguas relevantes."
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