terça-feira, outubro 24, 2017

Tartaruga mais velha do mundo não era homossexual – nem tartaruga

A Folha de S. Paulo (seguida de outros veículos) deu mais uma contribuição para a agenda LGBT anti-família tradicional e anticriacionista ao publicar em seu site matéria em que afirma que a tartaruga [sic] mais velha do mundo, de 186 anos, seria homossexual. Segundo informações do jornal Extra, os cuidadores da tartaruga gigante chamada Jonathan descobriram que a companheira dele, Frederica, com quem ele está desde 1991, é, na verdade, um macho. A verdade veio à tona depois que ela, com cerca de 150 anos, precisou de uma consulta com um veterinário devido a um ferimento no casco. O episódio ocorreu em Santa Helena, território ultramarino britânico no Atlântico Sul, a 2 mil quilômetros a oeste da costa sudoeste da África. De acordo com os responsáveis pelas tartarugas, já existia uma preocupação sobre o porquê de eles não terem produzido nenhuma descendência nos últimos 26 anos. Jonathan e Frederica gostam da companhia um do outro para dormir e comer, além de, frequentemente, praticarem o que parece ser o ritual de acasalamento. Jonathan foi dado de presente para a remota ilha em 1882, junto com outras três tartarugas, segundo o Huffington Post da Austrália. Os cuidadores tiveram a ideia de apresentá-lo a Frederica porque ela se irritava muito facilmente e era difícil de lidar.

A amizade e o comportamento dos dois animais bastaram para servir de argumento (mais um) para os defensores das bandeiras LGBT. Ocorre que há dois erros aí: (1) as tartarugas não são tartarugas e (2) não podem ser chamadas de homossexuais.  

Quem explica é o biólogo e mestre em Zoologia Ebenézer Lobão Cruz: “Jonathan é, na verdade, um jabuti da espécie raríssima Dipsochelys hololissa. Por ser um animal desde sempre criado em cativeiro, ele não poderia ter o comportamento natural para suas ‘atitudes sexuais’. O normal seria fazer sexo com uma fêmea de sua espécie. A tal Frederica, que lhe foi ‘oferecida’ como parceira (e que foi revelado ser Frederico), é um jabuti da espécie Aldabrachelys gigantea, ou seja, é um animal que, mesmo que fosse fêmea, de jeito nenhum poderia gerar descendentes viáveis com Jonathan, por ser de espécie diferente. As pessoas fazem alarde demais quando querem expor uma informação que lhes é de interesse, mas geralmente não se preocupam em esclarecer as verdades.”

O biólogo e paleontólogo espanhol Raúl Esperante também ponderou: “Há pouquíssimas espécies que mostram um comportamento homossexual, porém, é preciso destacar alguns aspectos: (1) não se trata de um traço generalizado na espécie, a não ser em pouquíssimos indivíduos; (2) é necessário saber realmente o que é homossexualidade no mundo animal, pois não se pode aplicar a mesma definição dos humanos; (3) em algumas espécies, como as tartarugas e outros répteis, a sexualidade não está definida completamente por aspectos genéticos, senão por aspectos ambientais, e algumas espécies passam pelos dois sexos no mesmo corpo ao longo da vida, e alguns animais, ainda, têm os dois sexos ao mesmo tempo; (4) os animais não têm a capacidade de decidir que os humanos têm; (5) os humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus, e com a ordem expressa de unir-se heterossexualmente; (6) e o que diremos das plantas? Muitas delas fecundam a si mesmas. Será que a comunidade LGBT também vai desejar que o ser humano fecunde a si mesmo?”

Para saber mais sobre a suposta homossexualidade dos animais, leia o artigo “Animais podem ser homossexuais”, escrito pelo Ebenézer. Clique aqui. [MB]