segunda-feira, fevereiro 08, 2010

A misericórdia ilusória da crença

Ao promover debates com alunos de ensino fundamental e médio, dei-me conta de que mesmo os alunos cristãos acatam inconscientemente pressupostos que minam sua fé. Frases-conceito, tais como "cada um tem o direito de fazer o que quiser com sua vida", "Eu penso assim porque sou cristão, mas os não cristãos também estão certos por pensar do jeito deles", entre outras, revelam o nível de influência pós-moderna entre jovens cristãos. E é entre eles que as mudanças começam.

Muitos líderes, pios e bem dispostos, raciocinam que se os membros da igreja toda (o que inclui os jovens) se envolverem no evangelismo pessoal, não haverá espaço para dúvidas. Acredito no evangelismo pessoal. Sei de seu potencial para vitalizar a vida cristã. Mas ele não pode responder algumas dúvidas profundas; tais dúvidas não o são no sentido de questionamento em busca de resposta, mas na acepção de incredulidade.

E há muita incredulidade que se mistura no bojo pessoal de crenças, maculando a visão de determinados cristãos, que nem por isso deixam de ser membros ativos da igreja. Pensam ser cristãos, quando, de fato, seus conceitos não variam muito daqueles que a maior parte da população reconheceria como válidos. Sobretudo os mais novos estão despreparados para lidar com a sutil influência pós-moderna, através de filmes, animês, games, livros, revistas, amizades, etc. [Leia mais]