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O Sr. Petry, que na ligação se dizia tão interessado na apuração dos fatos, preferiu me citar seletivamente, omitindo a cobertura global da questão das origens realizada pela Instituição. Além disso, revela sua deficiente pesquisa, não apontando que no próximo mês de abril o Mackenzie apresenta o 2º Simpósio Internacional sobre Darwinismo, ao qual estarão presentes, além de expoentes internacionais da séria escola do Design Inteligente, renomados evolucionistas. Com isso demonstra o acato à pluralidade de ideias e o estímulo ao debate construtivo e saudável, e não a caricatura mal feita que o articulista esboçou em sua coluna. O artigo está muito longe de ser jornalismo saudável e esclarecedor.
Prefere, o Sr. Petry, ridicularizar, classificando em irônica ilação como “macacos tolos” aos que procuram enxergar um pouco mais além e dar continuidade ao ímpeto investigativo. Nunca chamaríamos Darwin de tal, pois foi um ser humano com inteligência, criado à imagem e semelhança de Deus. Petry prefere que a comunidade acadêmica e científica permaneça acorrentada a postulados anacrônicos de 150 anos atrás. Quer o conforto da ignorância de uma era na qual ainda não existiam quaisquer pesquisas possíveis na área de microbiologia, as quais têm exposto um número nada desprezível de fragilidades na teoria da evolução. Demonstra sua ignorância dos diferentes pontos de vista que existem no campo criacionista, com sua definição simplista e monolítica, gerada por ele próprio, e que não foi obtida através desta fonte. Ridicularizar pessoas e instituições é o seu estilo. Pena que uma revista tão séria, como VEJA, que tantas informações valiosas nos fornece a cada semana, o acolha impunemente em suas páginas. Ele diz que o criacionismo assusta. Ter fé em Darwin é o seu direito. Ter carta branca para difamar, isso sim, é assustador.
(E-mail de Francisco Solano Portela Neto, enviado à redação da revista Veja – ainda não publicado [e nem sei se vai]. Reproduzido aqui com autorização dele)
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