Augusto Cury desenvolveu uma teoria e a nomeou de “Código da Inteligência”. Segundo ele, o objetivo “é disponibilizar ferramentas para estimular o debate de ideias, para que os leitores aprendam a atuar em seu psiquismo, a desenvolver consciência crítica, proteger sua emoção, tornarem-se gestores da sua mente e serem capazes de expandir seu potencial intelectual e prevenir transtornos psíquicos”. No livro O Código da Inteligência, ele nomeia e discorre sobre os tipos de inteligência e comenta como alguns ilustres personagens como Einstein, Freud e Jesus Cristo lidaram com as adversidades.
Segundo Cury, Einstein e Freud souberam criar e explicar teorias e problemas muito bem, porém, sofriam com seus próprios conflitos existenciais. Einstein abandonou um filho quando ele mais precisava dele, e Freud não suportou as críticas que surgiram dentro do ninho psicanalítico, nem admitiu ser confrontado por seus íntimos.
O que o autor fala de Jesus Cristo?
Segue a narrativa de parte das páginas 43 e 44: “E o mestre dos mestres, Jesus Cristo, decifrou esses códigos? Ele falhou nos focos de tensão quando o mundo desabava sobre ele? Como lidou com os opositores que surgiram ao redor de sua mesa? Tentei, através da análise crítica, derrubar o mito Jesus, mas esse homem me assombrou. No último jantar, ciente de que morreria do modo mais inumano possível no dia seguinte, decifrou o código da proteção da emoção e do gerenciamento dos pensamentos. Por isso, para assombro da psicologia, conseguiu ter apetite em uma situação na qual qualquer um teria anorexia. Nesse jantar, anunciou que alguém o trairia, mas não o identificou. Pela proximidade de sua morte, sua tolerância e generosidade deveriam estar tragadas pelas ‘janelas killers’ do medo e da angústia, mas decifrou o código do altruísmo, da resiliência, do carisma e da capacidade de se doar sem esperar retorno. Somente isso explica porque em vez de expor publicamente a traição de Judas Iscariotes, o protegeu e, ainda por cima, deu um pedaço de pão a ele. Seguro, disse-lhe: ‘O que tendes de fazer, faze-o depressa.’ Não tinha medo de ser traído, mas de perdê-lo. Diferente de Freud, ele incluiu, abraçou e respeitou quem O decepcionou ao máximo.”
(Colaboração do leitor Diogo Furlan de Oliveira)