A NASA finalmente liberou as imagens feitas pela sonda espacial StarDust do cometa Tempel 1. Um problema de software da sonda estragou a festa preparada para uma divulgação cinematográfica do evento, forçando o adiamento da coletiva de imprensa que a agência espacial prepara para essas ocasiões. As imagens deveriam ter sido transmitidas de volta à Terra seguindo sua “ordem de impacto” - as mais próximas e de maior resolução primeiro. Mas a velha e boa StarDust se recusou a obedecer e transmitiu as imagens pacientemente - cada foto leva 15 minutos para ser baixada - na exata ordem em que elas foram tiradas. A espera, contudo, valeu a pena. Os cientistas conseguiram identificar a cratera criada no cometa por outra sonda, a Impacto Profundo, em 2005.
A StarDust capturou 72 imagens do Tempel 1, sendo 54 imagens científicas de alta resolução - bem superior à versão mostrada acima. As imagens também mostraram mais alterações no cometa do que se esperava encontrar desde que ele foi fotografado em 2005 - ele mal completou uma órbita ao redor do Sol desde então.
Por exemplo, um conjunto de três crateras mesclou-se e transformou-se em um buraco único. As bordas de áreas maiores também mostram encolhimento ou modificações.
Todas as conclusões sobre as novas observações levarão algum tempo, e a expectativa é que os artigos científicos descrevendo as descobertas demorem alguns meses para serem publicados.
(Inovação Tecnológica)
Nota: Ao passar próximo do Sol, os cometas sofrem “desgaste”. Em tão pouco tempo, o Tempel 1 sofreu todas as alterações descritas na matéria acima. Se os cometas tivessem mesmo os alegados bilhões de anos de existência, teria sobrado algum pedaço deles? O sistema solar pode ser mais “jovem” do que se pensa...[MB]