![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8yc4d6m0L0gq1Xzr_ee7F0RW-FlpcgTy3jrfken81LlLTpKfPo7eXvIwDUeLQCZgOSghU3H5PpLJW5GeuJw7dYivWwbCONqjwN4uqYi1MHe_ZxUxtmb0nmbWlEqofj8gKULc5/s200/celso+mello.jpg)
Sem entrar no mérito da decisão do julgamento (espero que também não digam que a Bíblia é contra ou a favor do uso de células-tronco...), o ministro Celso de Mello comete um erro histórico e embarca no lugar comum de opor a ciência experimental (fundada por Galileu) à teologia bíblica. Nada mais equivocado.
De fato, a Igreja Católica condenou as teses heliocêntricas de Galileu. Mas o astrônomo, religioso que era, em momento algum foi contra as Escrituras. O que ele contrariou foi o pensamento geocêntrico aristotélico defendido então pelos católicos. Essa é a verdade que o ministro parece desconhecer.
Embora alguns aleguem que pelo fato de a Bíblia se referir ao “pôr-do-sol” ou afirmar que o Sol ficou parado no céu ela seria geocentrista, é bom lembrar que essas narrativas foram feitas do ponto de vista do observador na Terra. E, para ser justo com o relato bíblico (que não é científico), é bom lembrar que mesmo os astrônomos se referem ao pôr-do-sol quando querem mencionar o ocaso do “astro rei”.
O ministro podia ter dito que a Igreja Católica condenou Galileu. Mas não devia ter colocado a Bíblia nessa briga.