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O jornal
Folha de S. Paulo de domingo passado publicou uma boa matéria sobre o polêmico projeto do governador José Serra que proíbe o fumo em lugares fechados de uso coletivo. Segundo o Datafolha, esse projeto tem a aprovação de 81% dos entrevistados. O repórter Rogério Pagnan pediu à atriz Manuela Alvim que fumasse em áreas proibidas em cinco lugares públicos de São Paulo: Palácio dos Bandeirantes, Assembléia Legislativa, Aeroporto de Congonhas, Shopping Iguatemi e uma lanchonete McDonald’s. Só chamaram a atenção da atriz no aeroporto e na lanchonete. Detalhe: apesar da repreensão, ninguém lhe disse para apagar o cigarro. No palácio onde Serra trabalha, Manuela fumou durante seis minutos ao lado de uma placa da proibição. Ninguém parece ter se importado.
O Brasil até que tem leis boas. O problema é garantir o cumprimento delas. Faltam fiscais e falta a cultura da obediência. É infração grave de trânsito jogar objetos pela janela dos automóveis, mas volta e meia vejo um cidadão porcalhão atirando latas de refrigerante ou de cerveja nas estradas. Aliás, falando em cerveja, tem muita gente que não tá nem aí com a lei seca: bebe e dirige irresponsavelmente arriscando a vida de inocentes. Políticos há que tripudiam com as verbas públicas oriundas dos impostos cobrados sobre nosso salário suado; de vez em quando, um é descoberto, mas geralmente nada acontece por conta da imunidade ou das CPIs que acabam em “pizza”. A impunidade é que corrói nosso país.