Quão fiel? |
Cada
vez que Hollywood lança um novo filme bíblico, aqueles que levam a sério as
palavras e revelações das Escrituras ficam com dois pés atrás. Em 2014, vão
para as telas algumas produções baseadas em histórias bíblicas, como o filme “Noé”,
com Russell Crowe no papel principal. Depois de assistir ao trailer (abaixo),
dois amigos expressaram sua impressão: “Achei o trailer bem legal, mas
preocupante, por um outro lado. Do jeito que eles colocaram, ficou parecido com
filmes como ‘O Senhor dos Anéis’ e outras grandes produções hollywoodianas; e
assim subjetivamente mostram, quem sabe, a esta nova geração Y, o ‘caráter
fictício’ do filme, e isso poderá levar alguns a pensar: ‘Que viagem! Imagine
se isso aconteceu de verdade!’ Ou seja, a Bíblia é mais um livro de ficção” (Flávio
Pavanelli).
“É
claro que, dificilmente, um filme secular segue à risca o relato bíblico.
Apesar de o trailer parecer coerente com o modelo catastrofista do criacionismo,
são perceptíveis alguns traços de ficção ali. E, pelo menos, uma mensagem
subliminar já aparece embutida na chamada da produção. As palavras ‘O fim do
mundo é apenas o começo’ nos reportam ao o futuro, pois o dilúvio não foi o fim
do mundo (não como entendemos o fim do mundo). Ou seja, a chamada passa a velha
ideia cinematográfica de que, no fim, os homens vencerão a disposição divina de
destruir este sistema de coisas. É esperar para ver. Como diz Paulo: ‘Julgar
todas as coisas, reter o que for bom’” (Ronival Gonçalves).
Realmente
é de se ficar desconfiado (ainda mais quando no trailer aparece uma filha de
Noé!). O que gostei de ver foi a chuva de meteoritos e as fontes do abismo
jorrando água (como afirma o modelo catastrofista/criacionista). Mas não
acredito mesmo que o roteiro vá ser totalmente fiel à Bíblia. [MB]