segunda-feira, dezembro 02, 2013

Religiosos consomem menos drogas que os ateus

Outra vantagem da fé
Os jovens Suíços que afirmam acreditar em Deus são menos suscetíveis a fumar cigarros, usar drogas ou ingerir pílulas de ecstasy do que os homens Suíços da mesma idade que se descrevem como ateus. A crença [no Deus da Bíblia] é um fator protetor contra comportamentos viciantes. Essa foi a conclusão apurada após um estudo financiado pelo Swiss National Science Foundation. Karl Marx disse que a religião era o ópio do povo, mas os novos dados sugerem que a religião tem um papel na prevenção do consumo de substâncias. Uma equipe de pesquisa liderada por Gerhard Gmel (Lausanne University Hospital) demonstrou na revista Substance Use & Misuse que, na Suíça, menos homens religiosos consomem substâncias viciantes que os homens da mesma faixa etária que são agnósticos ou ateus.

Para o estudo em torno do uso de substâncias na Suíça, Gmel e seus colegas entrevistaram homens com quase 20 anos no centro de recrutamento militar em Lausanne, Windisch e Mels, entre agosto de 2010 e novembro de 2011. Os pesquisadores finalizaram a avaliação dos 5.387 questionários completados pelos jovens homens.

Com base nas repostas, os cientistas dividiram os homens em cinco grupos:

1. O “religioso”, que acredita em Deus e frequenta os cultos.
2. O “espiritual”, que acredita numa Força Superior, mas que não pratica qualquer tipo de religião.
3. O “incerto”, que não sabe o que acreditar em relação a Deus.
4. O “agnóstico”, que assume que ninguém pode saber se Deus existe ou não.
5. O “ateu”, que não acredita em Deus.

Os pesquisadores apuraram que esses grupos lidam de maneira diferente com as substâncias viciantes. Entre os 543 homens religiosos, 30% fumavam cigarros diariamente, 20% fumavam maconha mais do que uma vez por semana, e menos de 1% tinha consumido ecstasy ou cocaína no ano anterior.

Entre os 1.650 ateus, 51% fumavam cigarros, 36% fumavam maconha mais do que uma vez por semana, e 6% tinham consumido ecstasy ou cocaína no ano anterior.

Os três grupos restantes ficaram numa área intermediária no que diz respeito a sua devoção religiosa e ao seu consumo de substâncias viciantes.

Para Gmel, esses números indicam que as pesquisas em torno do comportamento viciante não se devem limitar ao estudo dos fatores de risco, mas também aos fatores protetores. Os resultados demonstram que a crença [em Deus] é um fator protetor quando se fala do consumo de substâncias viciantes.

O que ainda fica por se responder é se as diferenças registadas são o efeito dos seus valores morais ou do controle social existente nos ambientes onde vivem.