Sepultamento em massa |
Além
de terra, minerais e água, o solo do município de São José da Tapera esconde
história. Fósseis de Preguiça Gigante, Mastodonte, Tatu-Gigante, Toxodon e
Paleolhama foram descobertos recentemente nas escavações das obras trecho 4 do
Canal Adutor do Sertão. Vestígios de vida da Era do Gelo em pleno Sertão
alagoano. No dia 6 de dezembro os últimos fósseis foram retirados da escavação
pelo paleontólogo, professor universitário e diretor técnico de Paleontologia
do Museu de História Natural da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Jorge
Luiz Lopes. “Foi um achado incrível. Temos dentes, ossos, e tudo foi
devidamente preservado e catalogado. Nesta última viagem, foram 12 caixas só
para trazer o material para o museu em Maceió”, afirmou. [...]
De
acordo com Lopes, o aumento em obras de grande porte, como o Canal do Sertão e
duplicações de rodovias, que envolvem relatórios exigidos pelos órgãos
ambientais competentes, além da ampliação na pesquisa e extensão de
paleontologia, têm favorecido o crescimento de incidência de fósseis no estado.
“Quando um fóssil é encontrado em uma obra, é necessário que o serviço seja
paralisado até que se faça uma pesquisa e remoção do material e depois é
liberado”, destacou. [...]
Graças a esses fatores, o número de municípios que registram incidências de descobertas de fósseis em Alagoas quadruplicou nos últimos oito anos, segundo o paleontólogo. “Nos municípios de Penedo, São Luis do Quitunde, Anadia, Maravilha, Ouro Branco e Poço das Trincheiras sempre havia relatos de achados de fósseis. Hoje passou de seis para 24 municípios com incidências, principalmente fósseis mamíferos, que são o foco dos nossos estudos”, contou.
Graças a esses fatores, o número de municípios que registram incidências de descobertas de fósseis em Alagoas quadruplicou nos últimos oito anos, segundo o paleontólogo. “Nos municípios de Penedo, São Luis do Quitunde, Anadia, Maravilha, Ouro Branco e Poço das Trincheiras sempre havia relatos de achados de fósseis. Hoje passou de seis para 24 municípios com incidências, principalmente fósseis mamíferos, que são o foco dos nossos estudos”, contou.
Nos
24 municípios pesquisados, há mais de 100 sítios paleontológicos, sendo 50 só
de fósseis mamíferos já georeferenciados pela equipe do museu da Ufal. “Nessas
pesquisas já chegamos a catalogar 14 espécies diferentes de animais mamíferos
fossilizados em Alagoas, a exemplo da Preguiça Gigante, do Mastodonte, que eram
parentes dos elefantes e os toxodons, parentes do hipopótamo. Dinoussauro, por
enquanto, não achamos”, destacou o especialista.
[Agora
começa a ficção:] Há milhões de anos, as condições climáticas e ambientais da
região que hoje é Alagoas favoreceram o processo de fossilização, segundo Jorge
Lopes. “Esses organismos viraram fósseis por causa do clima do passado. Eles
não se degradaram no clima de hoje, graças às condições do tempo e ambientais
de antigamente.”
De
acordo com Lopes, o fóssil mais antigo chega a registrar 420 milhões de anos
[segundo a cronologia evolucionista]. “Há três meses, um morador encontrou
fósseis de vestígios de atividades, como pegadas e vestígios de organismos no
Semiárido. Ou seja, são fósseis do período devoniano, da era Paleozoica.” [...]
O
crescimento do acervo e coleções de fósseis em Alagoas é tão grande, que,
segundo o professor, a estrutura do museu hoje não comporta tal aumento. [...]
Nota:
Assim como ocorre em Santana do Araripe, por exemplo, não deixa de surpreender a
ocorrência de fósseis de animais marinhos em regiões hoje desérticas ou
elevadas em relação ao nível do mar. Outro detalhe interessante, além da
abundância dos fósseis, é a proporção dos animais que foram sepultados. Animais
de grande porte e sepultamento em massa sob lama e água são elementos do
cenário proposto pela teoria diluvianista. [MB]