Pode parecer pouco usual em termos de decisão histórica de
política internacional, mas o fim do mundo contou para a decisão de Donald
Trump de reconhecer
Jerusalém como
capital de Israel. O presidente americano pagou uma promessa a seu eleitorado
evangélico, que tem razões diversas para defender a existência de Israel, mas
no centro de sua teologia está uma crença ligada aos dias finais da humanidade,
segundo uma leitura bem literal do texto bíblico. Nada indica que Trump,
presbiteriano, compartilhe das ideias, mas o financiamento e apoio desse
segmento foi vital em sua campanha. Para várias denominações evangélicas americanas, e também no Brasil e em outros lugares, o
Estado judeu precisa estar plenamente estabelecido para dar curso à volta de
Jesus Cristo à Terra. A ideia da volta dos judeus, o povo eleito de Deus
segundo o Velho Testamento, é central na crença de que o Messias retornará para
protagonizar episódios narrados no livro do Apocalipse.
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