Quando era estudante universitário, lembro-me bem de uma aula
de crítica literária em que o professor tomou tempo para comentar acerca do
primeiro capítulo do livro de Gênesis. Para ele, um cristão católico acostumado
às interpretações metafóricas da criação ao modo de Santo Agostinho e da
tradição escolástica, Gênesis 1 não deveria ser interpretado literalmente. “Por
que não?” – eu indagava em pensamento. Enquanto o inteligente professor falava,
eu observava com atenção os argumentos apresentados dos quais já tinha certo
conhecimento; porém, percebia o quanto eram insustentáveis diante da força do
próprio texto escriturístico. Além de refletir os esquemas interpretativos da
teologia liberal e do método histórico-crítico, a argumentação ecoava a noção
pós-moderna de obra literária, que, sutilmente, mina a autoridade do texto e
impõe os pressupostos e a visão de mundo do leitor. Prudentemente, para não
suscitar qualquer debate, naquele momento da aula não me posicionei. Todavia,
tomando a declaração do professor, dita em sala, de que “para você defender uma
interpretação literal de Gênesis é preciso ter argumentos consistentes”, no
encontro seguinte ofereci-lhe um extenso artigo no qual era apresentada sólida
defesa em favor da literalidade dos dias da criação, desmontando, assim, a
interpretação figurativa. Se meu professor leu o artigo, deve ter notado que a
compreensão literal de Gênesis 1 é coerente e faz justiça ao texto, sendo,
portanto, bíblica e condizente com o caráter e os propósitos do Criador.
Na máxima pós-moderna,
“conhecer é sempre interpretar”. Nesse sentido, em relação à controvérsia
acerca das origens, o texto bíblico, como um todo, encontra-se no centro de uma
batalha de interpretações, muitas das quais acabam culminando em
superinterpretações. Em muitas leituras, a exegese acaba se transformando em eisegese,
pois “enquanto a exegese consiste em extrair o significado de um texto
qualquer, mediante legítimos métodos de interpretação; a eisegese consiste em
injetar em um texto alguma coisa que o intérprete, quer que esteja ali, mas que
na verdade não faz parte dele. Em última instância, quem usa a eisegese força o
texto mediante várias manipulações, fazendo com que uma passagem diga o que na
verdade não se acha lá”. Por isso, fazer hermenêutica de textos considerados
sagrados é um grande desafio que precisa seguir princípios seguros de
interpretação; no entanto, como pondera David K. Naugle, será que “existe algum
código-mestre interpretativo que forme um horizonte final para toda
interpretação textual? Existe algum sistema final de sinais que determine o
significado de todos os demais sinais com adequada certeza? Existe alguma
metanarrativa, uma Weltanschauung definitiva, que explique todas as demais
cosmovisões? Resulta a hermenêutica em nada mais que um intercâmbio perpétuo de
sinais e símbolos que finalmente e efetivamente banem o significado do
Universo? A resposta, ao que parece, depende da cosmovisão da pessoa”.
“Quem quer compreender um texto, em princípio, está disposto
a deixar que ele diga alguma coisa por si. Por isso, uma consciência formada
hermeneuticamente tem que se mostrar receptiva, desde o princípio, para a
alteridade do texto. Mas essa receptividade não pressupõe nem ‘neutralidade’
com relação à coisa nem tampouco autoanulamento, mas inclui a apropriação das
próprias opiniões prévias e preconceitos, apropriação que se destaca destes. O
que importa é dar-se conta das próprias antecipações, para que o próprio texto
possa apresentar-se em sua alteridade e obtenha assim a possibilidade de
confrontar sua verdade com as próprias opiniões prévias”, adverte Hans-Georg
Gadamer.
Em relação à Bíblia - considerada pelo cristianismo uma obra
divino-humana, e não uma peça de literatura aberta a subjetividades
interpretativas -, todo cuidado é pouco, porquanto “em interpretação, a criação
é sempre maior que a criatura”. Para o leitor consciencioso das Escrituras, a
pergunta bíblica se faz pertinente: “Entendes tu o que
lês?” (Atos 8:30); ela o coloca perante o mais sério desafio hermenêutico. Nossas
interpretações serão fracas ou fortes a depender da importância e do valor
atribuídos ao texto e às intenções primárias de Seu autor divino, que inspirou
autores humanos a escrever com base no “Assim diz o Senhor”.
Voltando ao primeiro capítulo da
Bíblia, qual tipo de interpretação seria mais consistente com a “alteridade” e
natureza do texto? O relato ali expresso constituiria uma expressão mitológica
da cultura judaica? Quem sabe uma descrição metafórica da criação, simples
alegoria, parábola ou mesmo uma visão espiritual de Moisés? Ou Gênesis 1 é uma
história (fato) entremeada de ricos simbolismos? Aposto nessa última opção
hermenêutica, considerando que o texto bíblico é o seu próprio intérprete.
Quando entregou os Dez Mandamentos
por intermédio de Moisés, Deus escreveu em um elemento da criação - na pedra -
a sólida e inapagável verdade: “Em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o
mar e tudo o que neles há...” (Êxodo 20:11). Contudo, a maioria das pessoas
instruídas na ciência e nas correntes filosóficas e teológicas modernas vê no
primeiro capítulo da Bíblia mera alegoria e simbologia, e nas “tardes e manhãs”
ali descritas, em vez de dias de vinte e quatro horas, enxergam eras de milhares
ou milhões de anos. Para tais indivíduos, nossas origens conforme as Escrituras
não correspondem a um fato, não possuem historicidade, não são literais;
consequentemente, precisam ser reinterpretadas de acordo com as “descobertas”
da ciência moderna.
Confrontando essa visão, certo
estudioso do Antigo Testamento esclarece: “O relato é um registro histórico em
prosa, escrito em estilo rítmico, registrando factualmente e acuradamente ‘o
que’ aconteceu na criação ‘dos céus e da terra’, retratando o tempo ‘em que’
ela ocorreu, descrevendo os processos de ‘como’ ela foi feita, e identificando
o Ser divino que (‘quem’) a executou.”
Os versos do relato se assemelham a
poesia, segundo William H. Shea, por causa do “paralelismo de pensamento,
característica da poesia hebraica. Mas a Gênesis 1 falta a métrica poética,
podendo o texto do capítulo ser mais precisamente descrito como prosa poética”.
Outros destacados eruditos, muitos adeptos do método histórico-crítico, admitem
honestamente, embora a contragosto, que “o autor bíblico intencionou que
seu relato fosse entendido factualmente ou literalmente”. Alguns vão além:
“Apesar de alegações em contrário (frequentemente no interesse de combater o
fundamentalismo), esses textos indicam que os pensadores de Israel perseguiram
cuidadosamente questões a respeito do como da criação, e não apenas questões de
quem e por quê.” Por conseguinte, a interpretação literal
desse capítulo controverso resulta da leitura “lisa”, “franca”, “óbvia”,
“evidente”, “plana”.
Para os que só enxergam mitos no
relato da criação, outro teólogo esclarece: “Embora as interpretações não
literais devam ser rejeitadas no que negam (a saber, a natureza literal e
histórica do relato de Gênesis), não obstante possuem um elemento de verdade no
que afirmam. Gênesis 1-2 tem que ver com mitologia – não para afirmar uma
interpretação mitológica, mas como polêmica contra a antiga mitologia do
Oriente Próximo. Os versículos de Gênesis 1:1 a 2:4 provavelmente são
estruturados de um modo semelhante à poesia hebraica (paralelismo sintético),
mas poesia não nega historicidade (ver, por exemplo, Êxodo 15, Daniel 7 e
aproximadamente 40% do Antigo Testamento, que são poesia). Escritores bíblicos
frequentemente escrevem em poesia para afirmar historicidade. Os versículos de
Gênesis 1-2 apresentam uma teologia profunda. Mas nas Escrituras teologia não
se opõe à história. Com efeito, teologia bíblica tem sua raiz na história. De
igual modo há um simbolismo profundo em Gênesis 1. Por exemplo, a linguagem do
Jardim do Éden e a ocupação de Adão e Eva claramente aludem ao simbolismo do
santuário e ao trabalho dos levitas (ver Êxodo 25-40). Mas porque aponta para
uma realidade diferente não diminui sua realidade literal”. Por
conseguinte, a literalidade salta da estrutura do texto e permite o
aparecimento do simbólico, assim como o conotativo segue o denotativo. A Bíblia
traz algo sobre a letra e o espírito da lei, sem desprezar nem um nem outro.
Aqueles que guardam o espírito da lei vão muito além da sua letra, não pela
desconsideração da letra, mas por ver na letra significado maior. Nesse
aspecto, Gênesis combina muito bem letra e espírito, literalidade e simbologia.
Percebemos então que, nas Escrituras,
a convivência entre o literal e o simbólico nunca foi um problema insolúvel
para a hermenêutica, principalmente em Gênesis, não classificado como um livro
poético. As imagens do caos primitivo, do pairar do Espírito sobre o abismo, do
aparecimento da luz, organização da vida, da função pedagógica das duas árvores
paradisíacas, da serpente falaz, da queda da humanidade, etc. evocam
estimulantes interpretações. Apesar disso, a historicidade do relato jamais
poderá ser negada ou desprezada pelo simbolismo nele incutido. Logo, no
exercício da hermenêutica não se pode desnaturar o texto para acomodá-lo a
interpretações carentes de qualquer fundamentação ou justificativas semânticas,
lexicais e linguísticas.
Alguém poderia levantar a seguinte
possibilidade: A literalidade do primeiro capítulo de Gênesis não poderia se
dar pelo viés da interpretação evolucionista, uma vez que no pensamento
científico majoritário a evolução é considerada fato? Não seria essa uma
proposta plausível para o acontecimento da criação do mundo: harmonizar ciência
e fé cristã, aparentemente colocadas em lados opostos? Nesse caso, cabe aqui a
adoção de uma hermenêutica de suspeita ou atitude de prudência e cuidado quanto
ao “cavalo de Troia” que procura se apresentar como um presente à teologia,
quando, na verdade, é um funesto ataque ao teísmo bíblico. Além do mais, nas
próprias linhas de Gênesis 1 encontra-se argumentação contrária a esse
entendimento.
Ainda que muitos não admitam
expressamente, o modelo evolucionista vem sendo colocado contra a parede. No
plano teológico, ele sofre a pressão do criacionismo bíblico por meio de uma
hermenêutica consistente em defesa da historicidade da criação. No âmbito filosófico,
também recebe investidas em várias vertentes que abrangem metafísica e ética.
Já na esfera científica, o movimento do Design Inteligente continua oferecendo
fortes argumentos contra o pressuposto central da evolução, demonstrando que
projeto, design, informação e propósito estão presentes na estrutura da matéria
e do Universo. Por
outro lado, nota-se que o modelo criacionista consegue se sustentar sobre um
tripé teológico, filosófico e científico - sem desmoronar -, aplicando
corretamente o significado da palavra “evolução”, palavra
da moda cercada de controvérsias semânticas. Para um evolucionista radical, o
termo tornou-se sinônimo de ciência, mas é um ácido universal que corrói a
visão de mundo bíblico-cristã.
A nosso ver, o evolucionismo teísta
apresenta-se como a pior tentativa na história do pensamento de combinação da
filosofia do naturalismo com a religião. Por trás dessa “boa intenção” está
embutido um insistente e visceral apelo ao naturalismo metafísico. Além do
mais, ler o relato da criação sob a ótica do modelo conceitual evolucionista
constitui um dos modismos interpretativos atuais mais danosos ao cristianismo. O
fato é que a teologia liberal, tentando ser politicamente “correta”, baixou a
cabeça para esse dogma sem sequer questioná-lo. Cegados pela eisegese, os
defensores da evolução teísta constroem um labirinto teológico para si mesmos. Consequentemente,
comprometem doutrinas cardeais do cristianismo como a queda humana em pecado, o
sacrifício expiatório de Cristo, a perpetuidade do sábado e da lei divina, a
segunda vinda de Jesus, etc. Dessa forma, a tentativa de unir pensamentos
inconciliáveis termina por gerar uma aberração monstruosa: um “frankenstein
teológico” que vai de encontro à real harmonia entre ciência e fé cristã. É
preciso ter cuidado com essa interpretação, pois a compreensão acertada do
primeiro capítulo da Bíblia é fundamental para se entender corretamente seus
ensinos posteriores, inclusive a literalidade da nova criação. Entretanto, apropriando-se
do termo “evolução”, não o rejeitemos de todo. Procuremos dar a ele um
significado bem criacionista, unindo-o à simbologia presente no âmago da
narrativa de Gênesis. Assim:
Cada dia da criação é um “verso” escrito pelo Construtor de
mundos perfeitos. Os sete dias “poéticos” constituem as sete criações
progressivas de Elohim. Da luz proveniente do Senhor (abrindo o parêntese da
semana e anunciando a verdade acerca de nossas origens) ao sábado (que coloca o
mundo, o homem e toda a matéria numa perspectiva especial) está implícito o sublime
sermão da vida: Deus é amor! Ou nas palavras de um intérprete sensível à
mensagem da criação:
“O 1º dia, a luz: nos traz uma esperança, com grande
velocidade e clareza que essa mesma criação transmite; o 2º dia, o firmamento:
abre as portas de conhecimento e caminhos infindos, dando espaço suficiente
para conquistar e acolher todas as coisas; o 3º dia, a natureza: as formas se
encontram, sobressaindo as metragens, as planagens, a divisão organizada para o
surgimento de uma beleza multiplicadora; o 4º dia, os luzeiros: as luzes se
acendem para mostrar a grande obra multicor que se combina conforme a forma de
olhar, a força e potência do Sol, e suavidade romântica da Lua; o 5º dia, os
seres vivos: oportunidade de conhecer, de ver, de viver um imenso cenário vivo,
podendo alcançar os grandes opostos: o voar das aves e o descer dos peixes; o
6º dia, o homem: a mais bela e perfeita criação, alguém semelhante ao Criador,
de uma simetria perfeita e consciência múltipla, para reconhecer e admirar a
grande criação e o Criador; o 7º dia, o descanso: após a grande corrida para
dividir, organizar e criar, surge a oportunidade de apreciar e sentir a
suavidade dessa criação. Apreciação renovada que nos mostra um grande amor.”
Tristemente, porém, a realidade paradisíaca dos tempos
primordiais sofreu uma queda descomunal causada pelo fenômeno do pecado. Agora,
depois de milênios de trágica história, habitamos em um mundo de ruínas com a
vaga lembrança do que foi, outrora, nosso planeta não caído. A Terra clama por
recomeço, outro princípio onde Deus esteja presente para reordenar as coisas e
seres afetados pelo mal. O mundo espera a sua recriação total, uma vez que
“toda a criação geme” aguardando o instante em que “será libertada do cativeiro
da corrupção” (Romanos 8:21, 22). Nessa esperançosa expectativa, existimos
dentro de parênteses, submetidos ao processo de redenção em que as forças
destrutivas são contidas pelo onipotente Deus Restaurador.
“Eis que faço novas todas as coisas” (Apocalipse 21:5). A
nova criação já começou e assemelha-se às origens de Gênesis, pois tem nela
incutido o “Princípio da criação de Deus” (Apocalipse 3:14) - o reconhecimento
da sobrenaturalidade do Espírito sobre a força da matéria; mas começa
silenciosa e quase imperceptivelmente: não com os elementos inorgânicos
terrestres; tampouco com plantas, astros e animais; inicia-se com a luz
espiritual alcançando a escura vida do homem (2 Coríntios 4:6). Pois se a Queda
principiou com a humanidade e se estendeu por tudo o mais, a restauração tem o
ponto de partida em cada pessoa disposta a renascer espiritualmente. Tal
renascimento não é instantâneo como foi quando a palavra divina organizou a
matéria pesada, criou os seres e formou o homem. Na nova criação o processo de
restaurar exige um tempo mais longo, porquanto envolve o respeito às liberdades
individuais perante a Vontade recriadora. Para Deus é muito fácil criar do
nada, bastando uma palavra Sua. No entanto, redimir ou reconstruir o ser humano
caído exige não só poder infinito, mas igualmente paciência infinita combinada com
amor sacrifical. Por essa razão, o “nascer de novo” não se pode dar em semanas,
meses ou mesmo anos. Constitui um “processo evolutivo” demorado - não aleatório
e cego -, no qual a graça vai erguendo, pouco a pouco, a humanidade decaída. Como
se expressou Edna Saint-Vicent Millay:
“Não estou muito impressionada com o trabalho que Deus
desempenhou ao criar o mundo. Claro, é impressionante olhar a criação de onde
estou. Mas seria simples e rotineiro fazer tal truque se o nosso poder fosse
semelhante ao de Deus. Deus manipulou a matéria, essa coisa pesada e obstinada
que usou - para não dizer teimosa. Deve ter sido fácil e divertido para mãos
como as de Deus, dar forma a essa massa, jogar um planeta aqui, colocar uma
estrela acolá e montar uma galáxia para colocá-los dentro e, então,
concentrar-Se em nosso pequeno globo, decorando sua crosta com vida! Não, se eu
tivesse a sabedoria, a perícia e a força do Todo-Poderoso, tenho certeza de que
poderia fazer um mundo pelo menos tão lindo e tão assustador e triste como o
nosso. Mas o outro problema em que Deus Se envolveu é o que me encanta! Criar o
coração humano e em seguida deixá-lo livre, respeitando suas escolhas,
observando-o seguir seus próprios caminhos e tentando sempre nos ganhar de
volta novamente para aquilo que Ele havia planejado. Deus lê nosso coração como
ele é agora, camadas sobre camadas de erros que envolvem nossa alma e então
tenta arrancar tudo isso sem nos forçar! Entende tudo sem nos odiar! Pune
nossos erros sem nos destruir! E ainda continua tentando persuadir nosso
comportamento maldoso a escolher Seu estilo de bondade. Há um grande problema:
eu não posso entender por que Ele Se preocupa tanto, e não vejo por um só
momento se obterá algum resultado positivo. Mas como eu O respeito por ousar
tentar.”
Os sete dias do tempo formaram a semana literal, na qual o
espaço foi preenchido com os feitos maravilhosos do Criador, resultando em um
mundo de extrema beleza; e se há obras da criação, existem também as “obras da
redenção”. Na recriação, Deus, pelo Seu Espírito e consentimento humano, um dia
de cada vez, modela a “matéria” bruta, caótica e abismal que é a natureza
humana. Entretanto, ao invés de ordenar, a voz de Deus soa à consciência do
homem, convidando-o para acrescentar “à fé a bondade, e à bondade o
conhecimento, e ao conhecimento o domínio próprio, e ao domínio próprio a
perseverança, e à perseverança a piedade, e à piedade a fraternidade, e à
fraternidade o amor” (2 Pedro 1:5-7). Essas características virtuosas,
desenvolvidas nele pelo divino poder, fazem-no novamente imagem e semelhança do
seu Criador. Então, debaixo da vigilância de Deus, repleto do fôlego do
Espírito, solidificado no terreno da verdade para um contínuo crescimento,
iluminado pelo “Sol da Justiça”, guiado pela “Estrela da Manhã”, e vivendo em
harmonioso relacionamento com os demais seres, o ser humano completa os seus
dias no descanso. Forma-se na humanidade um mundo perfeito! Criado e redimido,
ele segue em eterno desenvolvimento. Eis a “divina evolução”!
(Frank de Souza Mangabeira, membro da Igreja Adventista do Bairro Siqueira Campos, Aracaju, SE; servidor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe)