Fique tranquilo; vai demorar. SQN |
Você
se lembra do pânico que se instalou nas casas de todo o mundo no réveillon de 2000? Na ocasião, todos
acreditavam, com base nas mais diversas teorias, que o mundo acabaria quando o
relógio marcasse meia-noite. Não acabou, como podemos perceber. Mas, de lá pra
cá, não faltaram teorias de religiosos e místicos alertando para o fim do mundo. Agora, porém, parece que
o assunto ganhou seriedade. Em 2003, a Nasa apresentou ao mundo a teoria do Big Rip (“grande
ruptura”, em português). A agência, que é renomadíssima e muito respeitada,
levantou a hipótese de que as galáxias e os planetas podem se desintegrar daqui
a 22,8 bilhões de anos, Até ai, tudo tranquilo. Era apenas uma hipótese. Mas
você leu bem: era. Um brasileiro, formado em física e matemática, conseguiu
confirmar que a possibilidade do Big Rip acontecer é real.
A teoria do Big Rip é uma espécie
de Big Bang às avessas. Ou seja: haverá um momento em que as partículas que
formam a matéria estarão tão aceleradas que, no final, tudo vai ser rasgado em
pedaços.
Recentemente,
o físico e matemático brasileiro Marcelo Disconzi conseguiu confirmar que a
possibilidade do Big Rip acontecer é real. Enquanto apresentava um seminário na
Universidade de Vanderbilt, no Tennessee, nos Estados Unidos, o professor
brasileiro sugeriu uma explicação para entender o comportamento de fluidos
viscosos que viajavam com velocidade parecida com a da luz. A viscosidade mede
a capacidade de um fluido de expandir ou contrair. Sua teoria, então, propunha
uma solução desse problema da época dos anos 1950, criado pelo francês Andre
Lichnerowicz.
Foi
então que os professores de física da faculdade, Thomas Kephart e Robert
Scherrer, tiveram a ideia de aplicar as teorias do brasileiro à cosmologia, que
estuda a origem e a estrutura do universo, como reportado pelo site de notícias
da BBC. Eles propuseram que o brasileiro questionasse se sua teoria poderia de
alguma forma afetar o universo. Foi quando surgiu o estudo, que já foi publicado na revista Physical Review D, em 2015.
Segundo
a pesquisa, no universo existem regiões com matéria mais condensada, mais
junta, que são preenchidas pelas galáxias e por outros corpos celestes, e
existem espaços vazios. Daí vem a ideia dos fluidos. Nesse caso, o universo é
considerado o próprio fluido. “O ponto crucial é que essa distribuição [dos
corpos] se comporta como se fosse um fluido enchendo o universo. E isso nos dá
a certeza de que o universo está em expansão – e de forma acelerada”, explica
Disconzi.
O
que foi observado é que a energia dos corpos celestes aumenta com o tempo e
torna a viscosidade do Universo maior. Isso gera uma pressão negativa, que
origina uma força contrária à força gravitacional. Então, as galáxias tendem a
se dispersar e os planetas vão ficar mais distantes uns dos outros. Em uma
chamada “taxa de expansão infinita em um tempo infinito”.
“A
ideia do Big Rip é que, eventualmente, até os constituintes da matéria
começariam a se separar uns dos outros. É justo dizer que seria um cenário
dramático. O que sabemos a partir do que foi observado é que um cenário do Big
Rip é realmente possível, embora os dados avaliados estejam longe de serem
conclusivos”, revelou o cientista para o site de notícias britânico The Guardian.
(Vix)
Nota: São modelos interessantes, mas que
sempre apontam para um futuro de muitos bilhões de anos, ou seja, não temos
nada com que nos preocupar. A ideia subjacente é a de que, assim como os
“místicos” erraram ao anunciar (equivocadamente, é claro) o fim do mundo para o
ano 2000, os cientistas (os “sacerdotes” realmente tidos como confiáveis) nos
garantem que vai demorar muito tempo para o fim chegar – se chegar. Assim,
religiosos imprudentes e cristãos que não se dão ao trabalho de estudar a
Bíblia, juntamente com cientistas que estudam a evolução cósmica acabam
contribuindo para, ou desacreditar a ideia do fim ou deixar as pessoas
tranquilas com a enorme demora dessa possibilidade. Segundo a Bíblia, o
universo não vai acabar. Daí porque Jesus garantiu que são “bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão
a Terra” (Mateus 5:5). O que
terá fim é o estado de coisas criado pelo pecado neste planeta. Deus intervirá
após a volta de Jesus e recriará a Terra, fazendo com ela volte ao seu estado
original edênico. Esse, sim, é um futuro cheio de esperança. [MB]