O que ela é de fato? |
Os
pioneiros da revolução científica preocuparam-se com diversas questões desse
tipo. Inicialmente, eles mesmos usavam a palavra ciência dessa forma confusa.
Por exemplo, Roger Bacon (século 13), ainda usava a palavra ciência com o
sentido de área do conhecimento. A contribuição dele foi analisar as diversas
áreas do conhecimento e constatar que a Matemática está à base de todas.
Galileu
sentiu a necessidade de esclarecer o conceito de ciência a fim de desfazer
diversos equívocos filosóficos de sua época e preparar o caminho para um
significativo aprofundamento do estudo do que Deus faz. Segundo ele, Deus usou
elementos matemáticos para criar tudo. O universo (lembrando que a Terra e tudo
o que está nela faz parte do universo) é como um imenso livro escrito em
caracteres matemáticos. Sem conhecer esses caracteres (se formos analfabetos em
relação à linguagem matemática da natureza), ficaremos como que a vagar em um
labirinto escuro das especulações e promessas grandiosas mas vazias da
filosofia humana. Nessa perspectiva, ele considerou que a verdadeira ciência
consiste em uma metodologia baseada em métodos matemáticos e que pode ser
aprendida e utilizada pela humanidade.
Foi
a colocação em prática dessa ideia que alavancou o progresso do conhecimento a
níveis que ultrapassam a compreensão da maioria das pessoas mesmo hoje em dia.
Mesmo áreas que não costumam fazer uso direto dessas técnicas acabaram se
beneficiando grandemente pelo fato de pesquisadores de outras áreas as estarem
usando.
(Eduardo Lütz é físico)
Nota: Veja o que Ellen White escreveu há mais
de um século: “‘Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército
deles, pelo espírito da Sua boca’ (Salmo 33:6). Visto como o livro da natureza
e o da revelação apresentam indícios da mesma mente superior, não podem eles
deixar de estar em harmonia mútua. [...] Inferências erroneamente tiradas dos
fatos observados na natureza têm, entretanto, dado lugar a supostas
divergências entre a ciência e a revelação. [...] Tem-se pensado que a geologia
contradiga a interpretação literal do relatório mosaico da criação. Pretende-se
que milhões de anos fossem necessários para que a Terra evoluísse do caos; e
com o fim de acomodar a Bíblia a essa suposta revelação da ciência, supõe-se
que os dias da criação fossem períodos vastos. [...] Tal conclusão é
absolutamente infundada” (Educação,
p. 128, 129).
“De
cada dia consecutivo da criação, declara o registro sagrado que consistiu de
tarde e manhã, como todos os outros dias que se seguiram” (Patriarcas e Profetas, p. 112).
“Em
relação à obra da própria criação diz o testemunho divino: ‘Porque falou, e
tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu’ (Salmo 33:9). Para Aquele que assim
poderia evocar à existência inumeráveis mundos, quanto tempo seria necessário
para fazer surgir a Terra do caos? [...] É verdade que vestígios encontrados na
terra testificam da existência do homem, animais e plantas muito maiores do que
os que hoje se conhecem. [...] Mas com referência a essas coisas a história
bíblica fornece ampla explicação. Antes do dilúvio o desenvolvimento da vida
vegetal e animal era superior ao que desde então se conhece. Por ocasião do
dilúvio fragmentou-se a superfície da Terra, notáveis mudanças ocorreram, e na
remodelação da crosta terrestre foram preservadas muitas evidências da vida previamente
existente. [...] Estas coisas, [...] são testemunhas a testificarem
silenciosamente da verdade da Palavra de Deus” (Educação, p. 129).
“Precisamente
como Deus realizou a obra da criação, jamais Ele o revelou ao homem; a ciência
humana não pode pesquisar os segredos do Altíssimo. Seu poder criador é tão
incompreensível como a Sua existência” (Patriarcas
e Profetas, p. 113).