Confusão total |
Pelo que estou vendo por aí, as lojas já estão investindo em
departamentos infantis de roupas que não fazem distinção entre masculino e
feminino, e isso é no mínimo ridículo. Tirando o fato de ser estranho ver um
homem vestido de mulher e vice-versa, nós também temos diferenças anatômicas, a
velha “ditadura da biologia” que insiste em melar o discurso de igualdade da
esquerda caviar. Imagino que seja totalmente desconfortável para um homem usar
calças femininas, que ficam justas demais em locais que são, imagino eu,
muito sensíveis. É até estranho para mim ter que falar isso, pois é tão óbvio,
mas temos inúmeros motivos para fazer distinção entre roupas de homem e de
mulher: homens têm a cintura escapular mais larga que mulheres, mulheres têm
quadris mais largos que homens, homens têm pênis, mulheres tem seios, e por aí
vai...
Mas tirando essa maluquice, eu quero falar sobre a moda masculina
e feminina que vemos hoje nas lojas por aí, essa que está em todas as vitrines,
nos shoppings e ruas do Brasil. Faz
algum tempo que venho encontrando dificuldades para achar roupas decentes para
comprar; acredito que não seja só eu. Ultimamente, quando preciso comprar um
vestido, já me preparo psicologicamente para andar quilômetros e gastar horas
atrás de algo que me agrade. O caso é que as roupas femininas estão vindo cada
vez com menos tecido, quando não falta embaixo, falta em cima.
Se uma mulher quiser comprar uma roupa para trabalhar na zona
irá encontrar uma enorme variedade de cores e estilos, mas se quiser uma roupa
para trabalhar em um escritório pode se preparar para um suplício! As saias
mais parecem cintos, os shorts e as
calcinhas são do mesmo tamanho, as blusas são muito curtas ou muito
decotadas... Resumindo: as roupas são muito curtas, muito justas, muito
transparentes ou muito psicodélicas.
Durante a maratona para encontrar um simples vestido esses dias
eu fui experimentar um que não parecia tão indecente olhando na arara, quando
pus no corpo vi que estava enganada. Ainda na esperança de que tomando
distância do espelho pudesse ter uma visão melhor e descobrir que, afinal, a
coisa não era assim tão ruim, abri o provador e saí. A vendedora que estava me
atendendo logo abriu um sorriso e disse que estava ótimo e que a peça tinha me
valorizado muito; abri um sorriso amarelo e voltei para o provador pensando: “Mas
eu não quero me valorizar, eu só quero me vestir de uma forma normal.”
Eu imaginava que isso se passava apenas nas lojas de roupas
femininas, mas esses dias conversando com meu irmão ele me relatou uma
dificuldade de encontrar roupas masculinas também. Ele e um amigo foram para o
centro da cidade atrás de uma simples bermuda, foram em todas as lojas de roupa
masculina que havia e voltaram para casa de mãos vazias. Pelo que viram no
comércio, disseram que não fazem mais roupa para homens, somente para maricas. As bermudas masculinas que
achavam eram muito justas, muito curtas, muito coloridas ou muito cheias de
detalhes afeminados.
A conclusão a que eu chego é que, independentemente dessa tal
moda agênero, nós já estamos vendo a anulação das diferenças entre roupas de
homens e mulheres nas lojas que ainda dizem fazer distinção. Cada vez mais
estão fazendo as mulheres se vestirem como prostitutas e os homens como
mulheres. O discurso vigente é o de liberdade de expressão, mas a liberdade é
só para quem quer se vestir como palhaço e não para quem quer rir do palhaço
que está passando à sua frente. Me sinto em uma versão moderna da estória da
roupa nova do rei.
Os seres humanos estão cada vez mais idiotizados e indo atrás
das modas que são ditadas por pessoas que estão lá do outro lado do mundo.
Anulam sua personalidade para usar a roupa da vez e posarem de fashion diante dos amigos porque têm
medo de falar o que realmente pensam, pois correm o risco de parecerem
antiquados e, por isso, preferem agir como marionetes alienadas. Não percebem
que ao usar esse tipo de roupas não estão exteriorizando sua personalidade e,
sim, copiando o que a indústria globalista da moda dita como regra. Essa é a
mais perfeita forma de escravidão, aquela em que os escravos pensam que são
livres.