sexta-feira, fevereiro 10, 2017

França autoriza filmes com sexo explícito para menores

Cena de "Azul É a Cor Mais Quente"
A França permitiu nesta semana que filmes com cenas de sexo explícito sejam autorizados a menores de 18 anos, sempre e quando permitir uma comissão de avaliação. O Diário Oficial francês publicou o decreto do Ministério de Cultura que elimina o artigo da lei que proibia qualquer filme com cenas de sexo explícito a menores. O governo responde assim a uma exigência da indústria do cinema francês, ao mesmo tempo que limita a margem de manobra da associação fundamentalista católica Promouvoir. Nos últimos anos, ela batalhou para proibir a difusão de vários filmes entre menores. Os dois mais simbólicos foram “Azul É a Cor Mais Quente” (2013), de Abdellatif Kechiche, e “Love” (2015), do franco-argentino Gaspar Noé. Inicialmente proibidos só a menores de 16 anos, os filmes foram finalmente vetados a todos os menores depois que a Promouvoir travou contra eles uma batalha legal que acabou anos após a estreia dos longas. Essas ações provocaram a reação do mundo do cinema, que se considerava cerceado.

Será a Comissão Nacional do Cinema a encarregada de avaliar se as cenas de sexo de um filme justificam seu veto a menores. O órgão, já encarregado de catalogar os filmes, terá uma maior margem de manobra graças à publicação do decreto. Sua opinião será levada em conta pelo Ministério para dar uma autorização de exploração a todos os públicos.

O decreto estabelece que a classificação deverá ser “proporcionada às exigências da proteção da infância e da juventude, levando em conta a sensibilidade e o desenvolvimento da personalidade próprias a cada idade e o respeito à dignidade humana”. Os filmes serão proibidos aos menores quando contenham cenas “que, em particular por sua acumulação, possam perturbar a sensibilidade dos menores” ou que apresentem a violência como um fato positivo ou banal.

Em 2015, dos cerca de 700 filmes analisados pela comissão, 53 foram proibidos a menores de 12 anos, cinco a menores de 16 e quatro a menores de 18. Por outro lado, o decreto também prevê que seja diretamente o Tribunal de Apelação de Paris a se pronunciar em caso que a classificação de um filme seja levada à Justiça. Dessa forma, o Ministério prevê encurtar os prazos nos possíveis litígios, que sempre poderão chegar à Corte Suprema.


Nota: O que se poderia esperar do país que difundiu o ateísmo e abandonou os valores judaico-cristãos? Depois as autoridades se espantam com o aumento alarmante das doenças sexualmente transmitidas (um em cada quatro adolescentes tem DST) e do crescente fenômeno das mães solteiras. Pesquisas indicam que a exposição precoce ao erotismo e a cenas de sexo levam à iniciação sexual também precoce; e o sexo praticado fora de um contexto de romantismo e compromisso (leia-se casamento) leva à depressão e à baixa autoestima. Este é o mundo que a “indústria cultural” irresponsável está legando às novas gerações. Sodoma e Gomorra que nos perdoem... [MB]