Concepção artística do sistema |
A Nasa anunciou hoje
que encontrou o primeiro sistema solar com sete planetas de tamanho similar ao
da Terra pela primeira vez na história. O sistema foi encontrado a
cerca de 39 anos-luz de distância – uma distância relativamente pequena em
termos cósmicos. Dos sete planetas, três estão dentro de uma zona habitável,
onde é possível ter água líquida e, consequentemente, vida. Os astros mais
próximos do seu sol devem ser quentes demais para ter água líquida e os
mais distantes devem ter oceanos congelados. Os planetas orbitam uma estrela
anã chamada Trappist-1, que é similar ao Sol e um pouco maior do que Júpiter.
Segundo a agência espacial, os astros têm massas semelhantes à da Terra e são
de composição rochosa. A expectativa da Nasa é que, na pior das hipóteses,
ao menos um dos planetas tenha temperatura ideal para a presença de oceanos de
água em forma líquida, assim como acontece na Terra.
As observações
preliminares indicam que um dos planetas pode ter oxigênio em sua atmosfera – o
que possibilitaria a realização de atividades fotossintéticas por lá. Para que
haja vida como concebida por nós, no entanto, é preciso a presença de outros
elementos na atmosfera, como metano e ozônio.
Segundo o estudo, que
foi publicado na revista Nature, há
chances de os cientistas encontrarem vida nesses planetas. “Não é mais uma
questão de ‘se’, mas uma questão de ‘quando’”, disse Thomas Zurbuchen,
administrador da Direção de Missão Científica da Nasa, na coletiva que anunciou
a descoberta.
Telescópios na Terra e
o Hubble, um telescópio espacial, poderão analisar em detalhes as moléculas das
atmosferas dos planetas. Nessa exploração, o Telescópio James Webb, que será
lançado ao espaço em 2018, terá papel fundamental. Ele será equipado com luz
infravermelha, ideal para analisar o tipo de luz que é emitida da estrela
Trappist-1.
Quando o novo
telescópio da European Space Organisation começar a funcionar, em 2024, será
possível saber se há realmente água nesses planetas.
Mesmo que os
pesquisadores não encontrem vida nesse sistema, ela pode se desenvolver lá. O
estudo indica que a Trappist-1 é relativamente nova. “Essa estrela anã queima
hidrogênio tão lentamente que vai viver por mais 10 trilhões de anos – que é
sem dúvida tempo suficiente para a vida evoluir”, escreveu Ignas A. G. Snellen,
do Observatório de Leiden, na Holanda, em um artigo opinativo que
acompanha o estudo na revista Nature.
Apesar da similaridade
entre a Terra e os planetas do sistema recém-descoberto, a estrela Trappist-1 é
bem diferente de nosso Sol. A estrela tem apenas 1/12 da massa do nosso Sol. A
sua temperatura também é bem menor. Em vez dos 10 mil graus Celsius que nosso
Sol atinge, o Trappist-1 tem “apenas” 4.150 graus em sua superfície.
De acordo com o New York Times, a estrela também emite
menos luz. Um reflexo disso seria uma superfície mais sombria. A claridade
durante o dia, por lá, seria cerca de um centésimo da claridade na Terra
durante o dia. Uma dúvida que paira sobre os cientistas é qual seria a cor
emitida por pela Trappist-1. Essa cor pode variar de um vermelho profundo
a tons mais puxados para o salmão.
Tudo começou em 2016,
quando Michael Gillon, astrônomo na Universidade de Liège, na Bélgica,
descobriu três exoplanetas orbitando uma estrela anã. Ele e seu grupo
encontraram os astros após notar que a Trappist-1 escurecia periodicamente,
indicando que um planeta poderia estar passando na frente da estrela e
bloqueando a luz. Para estudar a descoberta mais a fundo, o pesquisador usou telescópios
localizados na Terra, como o Star, da Universidade de Liège, o telescópio
de Liverpool, na Inglaterra, e o Very Large Telescope da ESO, no Chile. Já no
espaço, Gillon usou o Spitzer, o telescópio espacial da Nasa, durante 20 dias.
Com as observações no
solo e no espaço, os cientistas calcularam que não havia apenas três
exoplanetas, mas sete. A partir dessa análise, foi possível descobrir o tempo
de translação, a distância da estrela, a massa e o diâmetro dos sete astros. De
acordo com os pesquisadores, ainda é preciso observar o sistema solar por mais
algum tempo para saber novos detalhes, como a existência de água líquida.
(Exame)
Nota: Você percebe como o pensamento
evolucionista está entranhado em todas as áreas, inclusive na astronomia?
Primeiro, os cientistas dão a entender claramente que encontraram planetas
capazes de abrigar vida e que muito provavelmente ela deve estar lá. Mas, se
não estiver, ela será capaz de surgir e se desenvolver em algum daqueles
planetas. Então deduzem que a estrela do sistema recém-descoberto poderá
existir por mais dez trilhões de anos, o que, segundo
eles, “é sem dúvida tempo suficiente para a vida evoluir”. No entanto, sabe-se
que nem em zilhões de anos seria possível surgir vida com toda a sua
complexidade a partir de matéria não viva. Os biólogos evolucionistas evitam
esse assunto, pois sabem que a matemática está contra eles (confira aqui e
aqui). Mesmo aqui em nosso planeta, com todas as condições favoráveis à vida
planejadas minuciosamente, a vida não poderia ter surgido e macroevoluído,
sendo essa uma hipótese mais para o campo da metafísica. Se aqui na Terra o modelo
evolucionista encontra suas limitações, quando o assunto é origem da informação
complexa e específica e da complexidade irredutível, por que acreditar que em
planetas que nem podem ser vistos diretamente (todas as ilustrações que
inundaram a mídia são concepções artísticas) ela teria surgido e evoluído? É
preciso realmente muita fé para crer nessa história. Mas a vontade de descobrir vida lá fora e provar a teoria da evolução é tanta que a mídia internacional está em festa. Até o Google produziu um de seus famosos doodles para comemorar o feito, como se, finalmente, tivéssemos descoberto o lar dos ETs. [MB]
Clique aqui e
veja por que não é tão simples afirmar que a vida poderia surgir em algum
planeta.