quarta-feira, fevereiro 22, 2017

Nasa descobre sistema solar com sete planetas “Terra”

Concepção artística do sistema
A Nasa anunciou hoje que encontrou o primeiro sistema solar com sete planetas de tamanho similar ao da Terra pela primeira vez na história. O sistema foi encontrado a cerca de 39 anos-luz de distância – uma distância relativamente pequena em termos cósmicos. Dos sete planetas, três estão dentro de uma zona habitável, onde é possível ter água líquida e, consequentemente, vida. Os astros mais próximos do seu sol devem ser quentes demais para ter água líquida e os mais distantes devem ter oceanos congelados. Os planetas orbitam uma estrela anã chamada Trappist-1, que é similar ao Sol e um pouco maior do que Júpiter. Segundo a agência espacial, os astros têm massas semelhantes à da Terra e são de composição rochosa. A expectativa da Nasa é que, na pior das hipóteses, ao menos um dos planetas tenha temperatura ideal para a presença de oceanos de água em forma líquida, assim como acontece na Terra.

As observações preliminares indicam que um dos planetas pode ter oxigênio em sua atmosfera – o que possibilitaria a realização de atividades fotossintéticas por lá. Para que haja vida como concebida por nós, no entanto, é preciso a presença de outros elementos na atmosfera, como metano e ozônio.

Segundo o estudo, que foi publicado na revista Nature, há chances de os cientistas encontrarem vida nesses planetas. “Não é mais uma questão de ‘se’, mas uma questão de ‘quando’”, disse Thomas Zurbuchen, administrador da Direção de Missão Científica da Nasa, na coletiva que anunciou a descoberta.

Telescópios na Terra e o Hubble, um telescópio espacial, poderão analisar em detalhes as moléculas das atmosferas dos planetas. Nessa exploração, o Telescópio James Webb, que será lançado ao espaço em 2018, terá papel fundamental. Ele será equipado com luz infravermelha, ideal para analisar o tipo de luz que é emitida da estrela Trappist-1.

Quando o novo telescópio da European Space Organisation começar a funcionar, em 2024, será possível saber se há realmente água nesses planetas.

Mesmo que os pesquisadores não encontrem vida nesse sistema, ela pode se desenvolver lá. O estudo indica que a Trappist-1 é relativamente nova. “Essa estrela anã queima hidrogênio tão lentamente que vai viver por mais 10 trilhões de anos – que é sem dúvida tempo suficiente para a vida evoluir”, escreveu Ignas A. G. Snellen, do Observatório de Leiden, na Holanda, em um artigo opinativo que acompanha o estudo na revista Nature.

Apesar da similaridade entre a Terra e os planetas do sistema recém-descoberto, a estrela Trappist-1 é bem diferente de nosso Sol. A estrela tem apenas 1/12 da massa do nosso Sol. A sua temperatura também é bem menor. Em vez dos 10 mil graus Celsius que nosso Sol atinge, o Trappist-1 tem “apenas” 4.150 graus em sua superfície.

De acordo com o New York Times, a estrela também emite menos luz. Um reflexo disso seria uma superfície mais sombria. A claridade durante o dia, por lá, seria cerca de um centésimo da claridade na Terra durante o dia. Uma dúvida que paira sobre os cientistas é qual seria a cor emitida por pela Trappist-1. Essa cor pode variar de um vermelho profundo a tons mais puxados para o salmão.

Tudo começou em 2016, quando Michael Gillon, astrônomo na Universidade de Liège, na Bélgica, descobriu três exoplanetas orbitando uma estrela anã. Ele e seu grupo encontraram os astros após notar que a Trappist-1 escurecia periodicamente, indicando que um planeta poderia estar passando na frente da estrela e bloqueando a luz. Para estudar a descoberta mais a fundo, o pesquisador usou telescópios localizados na Terra, como o Star, da Universidade de Liège, o telescópio de Liverpool, na Inglaterra, e o Very Large Telescope da ESO, no Chile. Já no espaço, Gillon usou o Spitzer, o telescópio espacial da Nasa, durante 20 dias.

Com as observações no solo e no espaço, os cientistas calcularam que não havia apenas três exoplanetas, mas sete. A partir dessa análise, foi possível descobrir o tempo de translação, a distância da estrela, a massa e o diâmetro dos sete astros. De acordo com os pesquisadores, ainda é preciso observar o sistema solar por mais algum tempo para saber novos detalhes, como a existência de água líquida.


Nota: Você percebe como o pensamento evolucionista está entranhado em todas as áreas, inclusive na astronomia? Primeiro, os cientistas dão a entender claramente que encontraram planetas capazes de abrigar vida e que muito provavelmente ela deve estar lá. Mas, se não estiver, ela será capaz de surgir e se desenvolver em algum daqueles planetas. Então deduzem que a estrela do sistema recém-descoberto poderá existir por mais dez trilhões de anos, o que, segundo eles, “é sem dúvida tempo suficiente para a vida evoluir”. No entanto, sabe-se que nem em zilhões de anos seria possível surgir vida com toda a sua complexidade a partir de matéria não viva. Os biólogos evolucionistas evitam esse assunto, pois sabem que a matemática está contra eles (confira aqui e aqui). Mesmo aqui em nosso planeta, com todas as condições favoráveis à vida planejadas minuciosamente, a vida não poderia ter surgido e macroevoluído, sendo essa uma hipótese mais para o campo da metafísica. Se aqui na Terra o modelo evolucionista encontra suas limitações, quando o assunto é origem da informação complexa e específica e da complexidade irredutível, por que acreditar que em planetas que nem podem ser vistos diretamente (todas as ilustrações que inundaram a mídia são concepções artísticas) ela teria surgido e evoluído? É preciso realmente muita fé para crer nessa história. Mas a vontade de descobrir vida lá fora e provar a teoria da evolução é tanta que a mídia internacional está em festa. Até o Google produziu um de seus famosos doodles para comemorar o feito, como se, finalmente, tivéssemos descoberto o lar dos ETs. [MB]

Clique aqui e veja por que não é tão simples afirmar que a vida poderia surgir em algum planeta.