Cerca de dois milhões de pessoas deixaram neste domingo (31) a costa do Estado da Louisiana, em razão da aproximação do furacão Gustav, que deve chegar à região nas próximas horas. Para meteorologistas, o fenômeno deve chegar com menos força que o Katrina, em 2005. Bobby Jindal, o governador da Louisiana afirma que cerca de 1,9 milhão de pessoas deixaram as áreas costeiras e apenas 10 mil ficaram para trás, em Nova Orleans. "Essa ainda é uma tempestade muito perigosa", afirmou Jindal. "Não é tarde para a retirada. Eu recomendo fortemente que vocês façam isso."
A indústria de petróleo do Texas a Nova Orleans já é afetada pelo furacão, a medida que teve que suspender a operação de praticamente todas as plataformas marítimas e muitas refinarias - a região é responsável por 25% do fornecimento de petróleo dos Estados Unidos.
Longas filas de carros e ônibus se formaram nas imediações de Nova Orleans, depois que o prefeito Ray Nagin, determinou a retirada obrigatória da cidade, que tem praticamente 240 mil habitantes. Ele afirmou que qualquer pessoa que se negue a sair estará em extremo perigo.
O prefeito determinou um toque de recolher e prometeu mandar para a prisão saqueadores que possivelmente queiram se aproveitar da situação.
Por enquanto, a retirada da população está acontecendo normalmente, apesar da lentidão do trânsito e do fechamento de algumas rodovias. Mais de 11,5 milhões de pessoas em cinco Estados podem sentir o impacto da tempestade. ...
Gustav perdeu força, para uma ainda perigosa categoria três, ao passar por Cuba. Especialistas indicam que o Gustav deve chegar a Nova Orleans por volta do meio-dia desta segunda-feira. Mas não deve mais atingir o grau quatro na escala Saffir-Simpson, que vai até cinco, como estava previsto. Os ventos devem atingir uma velocidade de 200 km/h, tornando-o um furacão categoria três afirma o Centro Nacional Americano de Furacões (NHC, na sigla em inglês).
Katrina era um furacão de categoria quatro quando chegou à cidade em 29 de agosto de 2005. Nova Orleans virou um cenário de caos e as pessoas afetadas esperaram por dias a chegada de apoio governamental. O fenômeno matou mais de 1.500 pessoas em cinco Estados, deixou 80% da cidade alagada e custou US$ 80 bilhões. ...
(Folha Online)