Cerca de 150 achados arqueológicos do período compreendido entre 1000 a.C. até o século I da nossa era estão reunidos na exposição "Tesouros da Terra Santa - Do Rei David ao Cristianismo", que o Masp e a Calina Projetos apresentam no Museu a partir de 13 de agosto. A mostra reúne objetos trazidos de Jerusalém para contar algumas passagens históricas ligadas ao judaísmo e ao cristianismo, como a construção do Primeiro e Segundo templos e os dias de Jesus Cristo. Com curadoria de Naama Brosh e David Mevorah, do Museu de Israel Jerusalém, "Tesouros da Terra Santa" fica de 13 de agosto a 2 de novembro no Masp.
A exposição "Tesouros da Terra Santa - do Rei David ao Cristianismo" conta mil anos de história por meio de fontes arqueológicas e literárias. Dentre os 150 objetos que serão levados ao Masp estão o ossuário de Caifás e a inscrição de Pôncio Pilatos, dados como dois dos cinco artefatos genuínos da arqueologia que comprovam dados históricos do período de Jesus na Palestina, a exemplo da existência do sumo sacerdote judeu que presidiu o julgamento de Cristo e do governador romano que o levou à cruz.
Entre as peças que compõem o conjunto também está a "pedra da vitória", entalhada por um rei de Aram, contendo uma inscrição que menciona a "Casa de Davi", referência direta à dinastia fundada pelo Rei Davi. A mostra trará ainda a pedra funerária que marca o local do sepultamento de Uzias, um dos reis de Judah, cujo túmulo foi trocado de local quando da expansão de Jerusalém séculos após seu reinado. São peças que revelam a arquitetura real, a devoção religiosa e a administração durante o período do Primeiro Templo.
O espaço expositivo será dividido em duas partes. A primeira terá foco nos aspectos históricos, religiosos e políticos da Terra Santa, relacionados ao período do Primeiro Templo. Serão apresentados aspectos da devoção dos israelitas, com ênfase no Templo Sagrado e na centralização do culto em Jerusalém. Essa parte também tem a proposta de descrever a vida cotidiana dos israelitas, seus lares e tarefas domésticas. Já a segunda parte será voltada ao período do Segundo Templo, em Jerusalém, e ao início do Cristianismo. Será traçado o papel do Templo Sagrado e o estilo de vida dos primeiros cristãos.
O período Bizantino, entre os séculos IV e VII d.C, ganha destaque na parte final da mostra e complementa o milênio retratado, 600 anos depois. Nessa época, seguidores do judaísmo e do cristianismo viviam lado a lado e ambos dedicavam grandes recursos à construção de monumentais casas de oração, antigas sinagogas e igrejas. A reconstituição desses espaços, com pia batismal, altar e outros objetos, dá testemunho, principalmente, das semelhanças entre as duas religiões nesse período.
Mais informações aqui.