Hoje pela manhã encontrei o Dr. Nahor no campus do Unasp, em Engenheiro Coelho. No intervalo de uma aula do meu curso de Estudos em Teologia, conversamos por alguns minutos e ele me disse que está lendo o último livro do darwinista Ernst Mayr, intitulado Biologia, Ciência Única. O texto de contracapa diz: "A teoria da evolução por seleção natural se encontra mais uma vez sob ataque, um século e meio após a publicação de Origem das espécies. Ninguém melhor do que Ernst Mayr, o 'Darwin do século XX', para mostrar que ela continua de pé. A evolução é fato, não só teoria, repete Mayr nos doze ensaios deste volume de combate contra a noção de que a biologia seja uma disciplina pouco rigorosa. O decano dos evolucionistas sai em defesa da ampliação do conceito de investigação científica, reabilitando as narrativas históricas que reconstroem o que não se pode repetir – método por excelência da biologia, ciência única que habita a fronteira entre a física e as humanidades." [Grifo meu.]
Nahor me disse que Mayr foi muito feliz (para desespero de alguns ultradarwinistas) ao separar a Biologia em duas partes: a que lida com fatos observáveis, portanto rigorosamente científica, e a que trabalha com a ciência histórica, como ocorre com a evolução. Segundo o coordenador do Núcleo Brasileiro de Design Inteligente e doutorando em História da Ciência, Enézio E. de Almeida Filho, "Mayr ampliou o conceito de investigação científica – as narrativas históricas foram reabilitadas como método! Por quê? Porque elas 'reconstroem o que não se pode repetir'. Durma-se com um barulho desses – narrativas históricas têm suficiência epistêmica para demonstrar o FATO da evolução!"
Obrigado pela dica, Dr. Nahor. O livro de Mayr já está na minha lista de leituras futuras.[MB]