Primeiro foi o forró, depois o sertanejo. Agora, a nova moda entre os universitários de São Paulo são as festas em casas de swing. Mais por curiosidade que por vontade de experimentar, jovens estudantes estão trocando as casas noturnas convencionais pelas “baladas liberais”, que oferecem, para além da pista de dança, cabines e um grande labirinto escuro onde o sexo e a troca de casais rolam soltos. O fenômeno tem feito tanto sucesso que o Enigma Club, em Moema, instituiu a noite universitária, às quintas-feiras, em que os estudantes pagam meia-entrada. De R$ 74 o casal, para R$ 37 a meia, tudo consumível. Com RG falsificado, Marina, Flavia e Andressa, 17, debutavam no mundo do suingue na última quinta. Era uma festa de Halloween. “Vim por curiosidade. A balada é boa, a música é legal, mas não curti muito o clima lá dentro”, dizia a “caloura” Flavia - que foi com mais seis amigos, dois veteranos - ao sair do recinto onde acontecem as trocas de casais.
Além do Enigma, Inner Club e Nefertiti, todos em Moema, são os pontos de encontro favoritos dos jovens “swingers” atualmente. Não fossem os mastros de pole dance no meio da pista, o Enigma passaria por uma casa noturna qualquer. Mas logo se percebe a movimentação defronte a uma porta no fundo da casa, onde um segurança controla a entrada de casais. Homem sozinho não entra, e mulher sozinha também não sai.
O primeiro ambiente tem várias cabines com luzes vermelhas, algumas revestidas com vidro, outras com uma tela de madeira vazada. Mais à frente, um labirinto escuro. Ouvem-se gemidos, gritos, sons de tapas e avisos esparsos de que “sem camisinha, não” ou “desencosta, que eu não gosto de macho, não”.
“Em geral venho com meu amigo e um casal. Mas não trago minha namorada aqui, não. Minha mente não é tão liberal assim”, conta o “veterano” Leonardo, 25, que levou cinco “calouras” ao Enigma e que frequenta o meio há cinco anos. Ele diz não gostar da balada universitária, justamente porque atrai muitos curiosos. “Vi pela cara dessas meninas que trouxe aqui hoje que não ia rolar nada.”
Se muitos vão no embalo, há aqueles que experimentam e viram frequentadores. Carla, 21, estudante de engenharia da Faculdade Mauá, é uma dessas. “Venho para transar. Fico na pista só para observar o movimento e ver quem me interessa”, diz.
Mário Levi, diretor de marketing de cinco baladas, entre elas o Clube Taboo, no Brooklin (zona sul) e no Guarujá, afirma que o swing está tirando seus clientes. “O pessoal do swing teve uma sacada de marketing, que é transformar o nome em balada liberal. Isso se tornou uma coisa descolada. E hoje há uma tendência ao imediatismo no mundo todo. As pessoas querem se conhecer e resolver ali mesmo.”
(Folha.com)
Nota: Quando se tem dinheiro e mais “privilégios sociais”, o pecado é mascarado com nomes mais “suaves”. Roubo vira desvio de verbas. Libertinagem vira “swing”, ou melhor, “balada liberal”. E assim por diante. Sem Deus, o ser humano é apenas uma casca envernizada (às vezes pela cultura) cujo interior é podre. “Amantes dos prazeres” da carne constituem outro sinal da brevidade da volta de Jesus (cf. 2Tm 3:1-4). Aliás, como tenho dito aqui no blog, nossa dívida com Sodoma e Gomorra só vai aumentando.[MB]