A Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, desenvolveu um curso de sociologia dedicado à vida, à obra e à ascensão da pop star Lady Gaga. De acordo com o site de notícias da BBC, a cadeira “Lady Gaga e a Sociologia da Fama” será ministrada pelo professor Mathieu Deflem, um fã da cantora. O texto de apresentação do curso afirma que os estudantes irão aprender a “empregar o pensamento erudito” a questões relacionadas com a fama de Lady Gaga. As aulas devem começar no primeiro semestre de 2011. O sociólogo, nascido na Bélgica, cujos interesses de pesquisa incluem ainda contraterrorismo, policiamento internacional, controle do crime e tecnologia da internet, conta que já assistiu a 30 shows de Lady Gaga.
“Vamos olhar para a cantora como um acontecimento social”, disse o professor Deflem ao jornal universitário Daily Gamecock. “Então não é sobre a pessoa nem sobre a música. É mais essa coisa que está acontecendo na sociedade que tem mais de dez milhões de seguidores no Facebook e seis milhões no Twitter. É um fenômeno social”, completou.
A descrição do curso afirma que o objetivo é “desvendar algumas das dimensões socialmente relevantes da fama de Lady Gaga no que diz respeito a música, vídeos, moda e outros aspectos artísticos”.
A cadeira irá analisar estratégias de negócios e marketing, o papel das mídias tradicionais e novas, fãs e shows, cultura gay, temas religiosos e políticos, sexo e sexualidade, e as cidades de New York e Los Angeles, a Hollywood, afirma.
O professor Deflem conta que ele havia inicialmente planejado chamar o curso de “Sociologia da Fama ou Sociologia da Celebridade”, usando Lady Gaga como um exemplo. “Então pensei “Ah, sabe de uma coisa? Vamos fazer esse curso todo sobre Lady Gaga e sua ascensão à fama’”.
Também fã de nomes como Frank Zappa, Prince, Led Zeppelin, Alice Cooper, Status Quo e Ritchie Blackmore, Deflem afirma que seu interesse por Lady Gaga começou quando a viu se apresentar pela primeira vez, pela televisão, no dia 9 de janeiro de 2009. “Espero que os alunos gostem pelo menos um pouco de Gaga”, disse o professor ao jornal estudantil. “Eles não precisam ser grandes fãs. O fã maior não será, necessariamente, um aluno melhor. Mas você deve ter algum interesse no assunto. Então, se você realmente não gostar dela, é melhor não fazer o curso”.
(O Globo)
Nota: Onde estão, numa hora dessas, os patrulheiros de Darwin, que se opõem ao ensino do criacionismo e do design inteligente nas escolas laicas e que não querem ter o criacionismo estudado sequer como fenômeno cultural? As grandes universidades norte-americanas foram criadas num contexto religioso. Com o tempo, se secularizaram. E hoje permitem esse tipo de futilidade em seus currículos.[MB]