sexta-feira, outubro 12, 2012

Estudo revela mecanismo necessário para manter ereção

Um estudo desenvolvido na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, desvendou os processos químicos que levam o homem a manter uma ereção – até agora, só eram conhecidos os fatores que faziam com que o pênis ficasse ereto, mas não os necessários para mantê-lo dessa forma. Para os autores da pesquisa, publicada nesta semana no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), a descoberta abre portas para novas terapias capazes de ajudar pacientes que sofrem de disfunção erétil. De acordo com os pesquisadores, a liberação de óxido nítrico, um neurotransmissor produzido no tecido nervoso, provoca a ereção, pois relaxa os músculos, permitindo que o sangue chegue ao pênis. “No entanto, sabíamos que esse era apenas um estímulo inicial. Por isso, queríamos descobrir o que permite que a ereção se mantenha”, afirma o coordenador do estudo, Arthur Burnett.

Ao estudarem camundongos, Burnett e sua equipe descobriram que o sistema nervoso, depois de liberar com estímulos físicos e do cérebro ondas de óxido nítrico, produz uma cascata de substâncias químicas que são geradas com a ereção, fazendo com que a liberação do neurotransmissor continue por mais tempo, dentro de um modelo cíclico. 

Embora o estudo tenha sido feito com animais, Burnett afirma que a biologia básica da ereção é a mesma entre roedores e seres humanos. “Agora, vinte anos depois de descobrirmos a importância do óxido nítrico na ereção, sabemos que esse neurotransmissor inicia um sistema cíclico, que continua a produzir ondas do neurotransmissor”, diz o pesquisador. “Foi uma viagem de vinte anos para completar a nossa compreensão desse processo. Agora, pode ser possível desenvolver terapias para melhorar ou facilitar o processo”, diz Solomon Snyder, que participou da pesquisa. 

(Veja)

Nota: Já é difícil explicar naturalisticamente a origem do sexo, a perfeita interação óvulo-espermatozoide, o processo de gestação e outros milagres de complexidade relacionados com a sexualidade e a reprodução, agora essa nova pesquisa adiciona “pitadas” de design inteligente ao assunto (aliás, quanto mais se estuda a vida, mais se percebe que a ideia do acaso cego é absurda). Vamos à pergunta de sempre: O que “surgiu” primeiro, o pênis ou o neurotransmissor que causa a ereção? Para que serviria tanto um quanto o outro, antes que todo o sistema estivesse pronto, interconectado e funcional? E mais: para que serviria esse neurotransmissor (e o pênis), se o indivíduo fosse incapaz de manter a ereção graças à tal “cascata de substâncias químicas”? Note que a ereção e a manutenção dela não dependem de apenas uma substância química. A verdade é que cada célula, cada tecido, cada órgão e cada sistema dos seres vivos revelam as digitais, a assinatura de Quem os criou. Só não vê quem decidiu tapar os olhos.[MB]