terça-feira, outubro 01, 2013

Lições da nova milionária brasileira

TV do "bispo" premia a indecência
Após se tornar a mais nova campeã de “A Fazenda”, Bárbara Evans, 22, contou não ter dado mesmo importância para as câmeras instaladas no quarto em que dormia com Mateus Verdelho, 30, no confinamento. A filha de Monique Evans fez sexo com o namorado inúmeras vezes enquanto estava confinada no reality. “A gente se ama e quem se ama faz amor, sim. Quanto a isso, não estou nem um pouco ligando”, disse a modelo em resposta às críticas de sua oponente na casa, Andressa Urach, que classificou o comportamento do casal como desrespeitoso. “Ela quer ibope, mas comigo não vai ter mais”, declarou Bárbara. A mais nova milionária do Brasil credita sua vitória também aos momentos quentes que protagonizou com Mateus. “[Venci] por ser tão verdadeira, não fui outra pessoa em momento algum. Fiz sexo, sim. Bebi, sim. Chorei, sim. Dei risada, sim. Isso me levou ao grande prêmio.”

As brigas com Andressa estão entre as mais ásperas de todas as edições do reality. Com direito a cusparada, a animosidade entre as duas tornou quase impossível a reconciliação fora da casa, tanto que ao ser questionada por Britto Jr. quem era o peão com o qual Bárbara não gostaria de manter contato, ela logo mencionou Andressa.

Apesar disso, a modelo descartou ir à justiça contra a vice-Miss Bumbum e disse não se arrepender de seu comportamento na casa. “Ela falou muito da minha vida e eu poderia ir na Justiça e falar: ‘Se é isso tudo o que você falou, então prova.’ Mas eu tenho Deus no coração e quero mais que ela se exploda. Ele [Mateus] se arrepende, mas eu não me arrependo, não. [A Andressa] mereceu várias cuspidas. Se o tempo voltasse, eu ia lá e dava mais cuspidas nela.”


Nota: Aí está a mais nova milionária do Brasil e aí estão as lições que ela deixa para seus fãs e expectadores do programa: (1) se gostar de alguém, não há problema em fazer sexo com ele, ainda que não exista compromisso; (2) maus hábitos como sexo sem compromisso e bebedeiras agradam ao público e conquistam admiradores; (3) é possível ter Deus no coração e odiar o próximo; (4) quando odiar alguém, cuspa nele e não se arrependa disso; (5) esta não é necessariamente uma lição, mas revela um paradoxo absurdo: um canal de TV que pertence a um líder religioso premia a indecência, a mentira e a futilidade (canal que, segundo um amigo ex-pastor da Universal, foi comprado com dinheiro dos fiéis). Imagine o que se poderia veicular de conteúdo edificante em tantas horas jogadas fora e o que se poderia fazer com dois milhões de reais... Quantas bolsas de estudo poderiam ser doadas? Quantas cestas básicas poderiam ser distribuídas? Quantas Bíblias poderiam ser impressas? Enfim, quanta coisa poderia ser feita com um dinheiro que simplesmente ajudou milhões de brasileiros a ver que muitas vezes vence quem cava ainda mais o fundo do poço. Lamentável, para dizer o mínimo. [MB]