quinta-feira, outubro 03, 2013

Mais sexo, por favor!

No contexto certo, uma bênção
Eu viajo muito por aí pregando e palestrando sobre e para mulheres. Gosto de ouvi-las no final e sempre guardo os bilhetinhos que recebo, ainda que alguns sejam raivosos como o que recebi dia desses, depois de um longo dia falando sobre submissão, sexualidade e vaidade. São temas que atingem, de um jeito ou de outro, todas as mulheres. Não importando região, nível social ou educacional. Mulher, afinal, não é tão indecifrável assim. Mas eu falei do bilhete e nele vou me ater, pois achei curioso. Numa das palestras, convoquei as mulheres a fazer mais sexo com seu marido, a pensar mais no assunto, a procurá-lo, surpreendê-lo e fazer as vontades do maridão que pensa e precisa mais de sexo do que a maioria das meninas, por conta da tal testosterona. Sim, falei isso. Chocou? Mostrei com pesquisas que os homens precisam aliviar a produção de sêmen a cada 72 horas e que as mulheres são preguiçosas crônicas quando se trata de sexo, sobretudo se já são casadas. Essa parte é minha intuição pouco científica, ressalto.

Daí veio o bilhete. Chamarei a remetente de Bia, para não expor a garota, estudiosa de Ciências Sociais, segundo ela me colocou, e com 21 anos. Para não correr riscos de ser injusta, transcrevo:

“Fabiana, sou formanda em Ciências Sociais pela Universidade Federal de ......... e fiquei horrorizada com tamanho retrocesso que vi em sua palestra. Não pude me calar, pois convocar mulheres a fazer sexo com seus esposos e se submeterem a tal submissão física em pleno século 21, depois de tanto sofrimento para tamanhas conquistas feministas que tivemos, é ultrajante!”

O bilhete continua me chamando de retrógrada, machista, burguesa (?) e outras coisas pouco lisonjeiras. Tudo bem, se quer me odiar, vai ter que procurar lugar no fim da fila, mas tem toda liberdade para fazê-lo. Como não conheço a moça e não tive oportunidade de responder, o faço aqui, para todos que por ventura pensem o mesmo.

Querida futura socióloga ou o que quer que queira fazer com sua formação. Obrigada por ouvir a palestra e fazer parte do auditório, ainda que, pressuponho, não tenha aplaudido. Você tem direito de ter sua opinião quanto às conquistas feministas e abominar um discurso que, em essência, prega a submissão cristã (não só ao marido, mas a Deus), mas eu tenho horror mesmo é de constatar que uma mulher cristã possa pensar de outra forma.

Bom, já que teve liberdade para me jogar seu discurso, peço licença para explicar rapidamente o meu. Vejo em tudo quanto é publicação, de revistas, livros a panfletos, passando por televisão e vídeos no YouTube, “especialistas” que pregam o prazer livre feminino. Encorajam o sexo casual e constante com qualquer macho que lhe corte a frente, como forma de autoconhecimento, de exercer a liberdade conquistada com a fumaça dos sutiãs. Daí vejo amigas e colegas se esfregando à noite, para chorar de manhã o seu valor que sente diminuir por entregar o corpo a quem não quer sua alma. A dividir a cama com quem não quer dividir a vida, a expor sua intimidade a quem não liga para sua fragilidade. E uma estudiosa como você vem dizer que isso é mais avançado que ter sexo sadio e constante com o marido com quem você jurou viver diante de Deus? Para mim não faz muito sentido.

Sexo é a união carnal de dois seres que, antes, são espirituais e, vivendo sob a luz de Cristo, querem se consagrar, se unir e se melhorar para encontrar seu Salvador. Esse mesmo Deus que deu o sexo de presente para essa relação estável e abençoada. O mesmo sexo que é para procriação e prazer (serve para algo mais o clitóris?).

Pois bem, prefiro pregar para as mulheres e conclamá-las a satisfazer o esposo e procurar ser feliz sexualmente do que validar um discurso falido e vazio de que precisam exercitar sua sexualidade com masturbação ou com todos os homens que lhe quiserem.

Desculpe a “antiguidade” dos meus valores, são mesmo tão velhos quanto a criação.

(Fabiana Bertotti, Meu Cantinho)

Nota: O conselho da Fabiana está em conformidade com Provérbios 5:18 e 19 e 1 Coríntios 7:5. [MB]