segunda-feira, outubro 14, 2013

Unicamp cancela fórum sobre as origens

Cancelado
Foi com muita alegria e surpresa que nós, do Clube Criacionista de Campinas, soubemos que a Unicamp pretendia realizar seu 1º Fórum de Filosofia e Ciência das Origens, e ainda tivemos o privilégio de mediar o convite ao renomado físico Dr. Russel Humphreys, para apresentar sua palestra “Starlight and Time” nesse evento. Essa iniciativa parecia indicar uma disposição inusitada da academia, de oferecer uma oportunidade aos seus alunos para discutirem aberta e livremente a questão das origens. Infelizmente, a três dias da data do fórum, fomos informados de que o evento foi cancelado. Só podemos imaginar as enormes pressões exercidas sobre os responsáveis, para a tomada dessa decisão, que nos chocou, mas não nos surpreendeu, pois, diariamente, podemos acompanhar ao redor do mundo as atitudes de diversos grupos que, de forma tão agressiva quanto os inquisidores dos tempos obscurantistas, hoje se opõem ao diálogo e à discussão das ideias. Naquela ocasião, foram cientistas assumidamente criacionistas que levaram o mundo à verdadeira luz. Hoje, passados quase quinhentos anos do tempo em que as pessoas tiveram a Bíblia como seu primeiro compêndio, pseudocientistas querem impedir que os alunos tenham acesso à verdadeira ciência. (Eliézer Militão, diretor do Clube Criacionista de Campinas)

Manifestação do palestrante Dr. Marcos Eberlin: “Interessante notar que em uma universidade pública, financiada com recursos públicos, por impostos de todos nós –agnósticos, teístas, deístas, politeístas, ateus e desinteressados –, cientistas pagos para e com a responsabilidade buscar sempre a verdade e a melhor explicação científica para as nossas origens, doa a quem doer, fira a quem ferir em termos de subjetividades, nessa universidade e nessas condições, grupos e pessoas que se autointitulam ‘grandes guardiões do saber’ cancelem palestras e fóruns em que a intenção é somente apresentar evidências científicas e reestabelecer o debate. Bem nas catedrais do livre pensar e debater, fecham as portas para o debate, o livre debater de ideias... Na universidade em que fazem o ‘portas abertas’ batem-nos a porta na cara, e as fecham, por quê? O que temem? Seria o perigo da exposição das falácias da teoria que defendem? Cancelam o jogo e levam a bola para casa, como meninos. E a bola que levam acham que é deles, mas é de todos, comprada com dinheiro público.

“Infelicidade é notar que a melhor universidade brasileira se deixa guiar pela opinião subjetiva de alguns e, mais uma vez, de última hora, impede a exposição de argumentos. Exposição de evidências sólidas, como as da ‘Química do Universo e da Vida’, que eu apresentaria, e que mostram como nunca antes a urgência de se reestabelecer o debate entre as duas causas possíveis e legítimas para a origem do Universo e da Vida – forças naturais ou um agente inteligente? É mais uma demonstração da falência geral, ampla e irrestrita de uma teoria que um dia foi quase um consenso, mas que hoje só se sustenta na academia – infelizmente – não mais pelos fatos e pelos dados, mas pelo cerceamento do debate, pelo abafar de opiniões contrarias, pela propaganda enganosa – fato mais fato que a gravidade, repetem à exaustão, na esperança de que a repetição torne isso uma verdade. Que se sustenta ainda pela inquisição que nelas se instalou – uma inquisição, desta feita, secular...

“Fica, então, mais uma vez a constatação do ‘perigo’ que o debate sobre nossas origens traz ao naturalismo filosófico, falido que está, e que se apoderou da ciência e desse osso não quer largar! Um naturalismo filosófico que fez dela seu monopólio exclusivo, e que nela quer também monopolizar o palanque. Financiados por recursos públicos, se escondem detrás do paradigma dominante e em lugar de combater o bom combate do debate de teses e evidências, desqualificam seus oponentes com desqualificações espúrias, inquisições descabidas, correlações infundadas com pretensos interesses não científicos.

“Quem tem medo de ouvir falar sobre a química do Universo e da vida? Quem tem medo de escutar o que as moléculas nos falam sobre nossas origens? Quem tem medo de analisar o DNA, as proteínas, a homoquiralidade de todos nós? O código da vida, as bases nitrogenadas, a ribose contra a desoxirribose? Qual o estrago que poderia causar a uma universidade pública um químico dessa própria universidade, formado em suas bases, falar sobre a química da Vida e do Universo? Qual o perigo de ele trazer ao debate a informação sobre as nossas origens que essa química revela? Qual a nossa semelhança molecular com os chimpanzés? Qual a probabilidade da nuvem gasosa de hidrogênio e hélio ter formado estrelas? E da poeira estelar ter formado planetas rochosos como a Terra? Qual o perigo e quem tem medo dele? Seriam os que defendem uma teoria sólida, sustentada em fatos, ao nível atômico e molecular? Ou os que se valem apenas da inércia cientifica de uma teoria falida e do sufocar de ideias e conhecimentos contrários para defender suas cosmovisões e paixões? Você decide!”

Manifestação do palestrante Michelson Borges: “Claramente conscientes de que a Unicamp se trata de uma instituição secular, nós, os palestrantes daquele que seria o 1º Fórum de Filosofia e Ciência das Origens, tínhamos a convicção de que deveríamos, cada um em sua respectiva palestra e área, tratar do tema sob uma perspectiva científico-filosófica. Nenhum de nós iria ao campus falar de religião, Bíblia nem mesmo criacionismo. Não somos pensadores mal intencionados em busca de prosélitos. Todos nós – assim como penso que ocorre com muitos na academia – amamos a ciência e procuramos seguir as evidências, levem aonde levar. Não estamos engajados numa cruzada contra a ciência. Essa é a visão de uma oposição que vive à luz da falácia do espantalho, tenta nos desacreditar, nos ‘deformar’ e estereotipar sob a pecha de ‘fundamentalistas’, e, assim, impedir o livre debate de ideias num ambiente que deveria ser, acima de qualquer outro, local exatamente próprio para isso. Foi com profunda decepção que recebi a notícia do cancelamento do fórum, sem um motivo real que justificasse tal medida.”

Veja abaixo a apresentação que eu utilizaria durante minha palestra: