quarta-feira, novembro 13, 2013

Assolados pelo tufão, filipinos cobram ação do mundo

Hayan visto da Estação Espacial
Em dezembro do ano passado, durante a 18ª Conferência do Clima em Doha, Catar, a imagem do negociador filipino Yeb Saño impressionou o mundo. Com lágrimas nos olhos, Saño contou como o tufão Bopha destruiu cidades inteiras do seu país e praticamente implorou aos demais participantes a manter o Protocolo de Kyoto. Um ano depois de seu apelo, Saño voltou a chorar em uma COP, desta vez na 19ª conferência, em Varsóvia, na Polônia. Seu país mal teve tempo de se recuperar do Bopha e já está enfrentando uma nova tragédia, causada pelo supertufão Haiyan [a imagem ao lado foi feita a partir da Estação Espacial Internacional; note o tamanho do tufão!]. Saño, cujo familiares são de Tacloban, cidade devastada pelo Haiyan, disse que as conferências climáticas só estão servido para desabafar. Ele voltou a cobrar dos demais países do mundo um acordo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e para destinar recursos a países em desenvolvimento - para que nações como as Filipinas consigam enfrentar eventos climáticos extremos. “Nós podemos resolver isso. Vamos acabar com essa loucura, aqui e agora.”

O negociador aproveitou para anunciar uma medida extrema. Disse que, em homenagem às vítimas e para pressionar os demais negociadores, entrará em greve de fome durante a conferência. No Twitter, anunciou o “dia um” da greve com a hashtag #FastingForThePhilippines (Jejuando Pelas Filipinas).

O governo das Filipinas viajou a Vasórvia disposto a defender a tese de que as mudanças climáticas estão aumentando o número de tufões, na expectativa que desastres como o Haiyan sensibilizem os governantes dos demais países. “O que a ciência nos diz é simples: mudanças climáticas significam tempestades tropicais mais intensas. A Terra esquenta, o oceano esquenta, e essa energia armazenada nas águas vai aumentar a intensidade dos tufões. Tufões mais destrutivos serão a norma”, disse Saño.

A ciência sobre o papel do aquecimento global nos tufões, no entanto, não é tão simples. Ainda não há consenso científico de que o aumento nas médias de temperatura do planeta contribua com o aumento de furacões. O IPCC diz que é possível, mas que ainda não há evidências suficientes para fazer o link. Mas alguns estudos recentes apontam que os filipinos podem estar certos. Um estudo publicado na Nature concluiu que a quantidade de tufões e furacões vai diminuir, mas que eles ficarão mais destrutivos. Outro, do Massachusetts Institute of Technology, acredita em aumento da quantidade de tufões de todas as intensidades.

As Filipinas estão acostumadas com tempestades e tufões, mas sendo um país em desenvolvimento, têm poucos recursos para enfrentar esses desastres. Um cenário com aumento de tufões, ou de tufões mais intensos, preocupa as autoridades do país, que veem no Haiyan uma amostra do que pode acontecer em caso de mudanças climáticas extremas.



Destruição comparável à do tsunami de 2004


Nota: É fato inegável que as catástrofes climáticas têm aumentado, no entanto, Ellen White fornece outra explicação para a origem delas: “Satanás também opera por meio dos elementos a fim de recolher sua colheita de almas desprevenidas. Estudou os segredos dos laboratórios da natureza, e emprega todo o seu poder para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus. Quando lhe foi permitido afligir a Jó, quão rapidamente rebanhos e gado, servos, casas, filhos, foram assolados, seguindo-se em um momento uma desgraça a outra! É Deus que protege as Suas criaturas, guardando-as do poder do destruidor. Mas o mundo cristão mostrou desdém pela lei de Jeová; e o Senhor fará exatamente o que declarou que faria: retirará Suas bênçãos da Terra, removendo Seu cuidado protetor dos que se estão rebelando contra a Sua lei, e ensinando e forçando outros a fazerem o mesmo. [...]Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo o seu poder. [...]Estas visitações devem tornar-se mais e mais frequentes e desastrosas” (O Grande Conflito, p. 589, 590).

O que aconteceu com os filipinos e tende a acontecer ainda mais em outros lugares do mundo poderá ter o poder de sensibilizar os governantes e as massas para adotar leis cujo objetivo será conter o aquecimento global, mas que dificultarão em muito a vida de outras pessoas, como aqueles que não aceitarem a imposição de um “dia de descanso para a Terra”. Pesquise mais sobre o tema ECOmenismo (clique aqui). [MB]