quinta-feira, novembro 07, 2013

Encontrados fósseis de insetos em pleno ato sexual

Soterrados no ato
Cientistas descobriram na China fósseis de dois insetos durante o ato sexual, revelou um estudo publicado nesta semana na revista PLoS One. O fóssil com o macho e a fêmea de cigarrinhas-da-espuma (Philaenus spumarius), deitados um de frente para o outro, foi escavado no nordeste do país asiático. A peça pode ter 165 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], destacou a pesquisa publicada no periódico. “Ao acasalar, o aedeagus (órgão reprodutivo do inseto macho) é inserido dentro da bursa copulatrix da fêmea”, destacou o estudo chefiado por cientistas do Laboratório de Evolução dos Insetos e Mudanças Ambientais da Universidade Capital Normal em Pequim. O fóssil raro revela “o registro mais antigo até agora de insetos copulando” e “lança luz sobre a evolução do comportamento de acasalamento no grupo dos insetos”, acrescentou. Claramente, segundo os autores, mostra que a genitália e a posição de cópula das criaturas permaneceram as mesmas por mais de 165 milhões de anos.


Nota: Essa descoberta mostra, mais uma vez, que alguma catástrofe hídrica pegou os seres vivos desprevenidos, de surpresa. Além desse, há outros fósseis de peixes dando à luz, se alimentando, etc. Não morreram “normalmente” e depois foram soterrados, como se diz. Foram soterrados em vida e de modo instantâneo. Outras duas coisas chamam a atenção no texto acima: (1) a reprodução sexuada, com toda a complexidade envolvida nela (confira), já existia num “tempo evolutivo” bem antigo, exatamente como é hoje, o que significa que duas mutações casuais com toda a informação genética provinda do nada devem ter dado origem a dois tipos de órgãos diferentes, numa mesma época e localidade, em dois seres diferentes, mas que tinham que ser perfeitamente compatíveis a ponto de fundir suas células reprodutivas diferentes e gerar novas formas de vida (ufa!); (2) “a genitália e a posição de cópula das criaturas permaneceram as mesmas por mais de 165 milhões de anos”; é a mesma conversa de sempre: quando são analisados órgãos, genes ou comportamentos que não podem ser alterados sob o risco de extinguir a vida, a “desculpa” é que eles não evoluíram ao longo dos alegados milhões de anos (confira outro exemplo aqui). Por quê? Porque não poderiam “evoluir”, já que foram criados para funcionar exatamente assim; e se “evoluíssem”, a coisa desandaria. Então, quando se analisam seres diferentes que se supõe serem um ancestral do outro (como os dinos e as aves, por exemplo), diz-se que houve macroevolução (ainda que faltem muitos "elos"); quando não pode ter havido modificação drástica, diz-se que não houve macroevolução. Uma teoria assim "elástica" que se propõe explicar tudo não explica quase nada. [MB]

Leia também um paper sobre esse assunto (clique aqui) e um comentário publicado na Nature (aqui).