"Eu e minha noiva nos divertimos muito, dançamos, cantamos e saímos de lá às 3 horas da manhã com a alma purificada", diz o publicitário Fábio Faroni. O casal estava num show da Ivete Sangalo ou de Ed Motta? Não. Eles estavam na Balada LoCAL da Comunidade Apostólica Livre, a qual, segundo matéria da revista Up!Gospel (nº 8, ano 2), "agitou mais de 400 pessoas com ritmos como eletrônico, black e forró". Na Cristoteca, há uma missa à meia-noite e depois o som segue rolando até a alvorada. Tem ainda: Gospel Night - a festa, Pré-Reveillon Gospel, Gospel Night Fantasy, Festa Jesuína, Cristoteca... Os sons são diferentes, mas a linguagem é a mesma para agitar o esqueleto evangelizado, sacudir o corpitcho renascido, curtir a vida transformada que Jesus-me-deu!
A questão não é discutir se há honestidade espiritual ou não nas estratégias formuladas pelos líderes religiosos ou se o público-alvo é de fato atingido pelas mensagens musicalizadas. Mas há alguns pontos a ponderar nas propostas de eventos como a balada gospel, pontos estes que são logo atacados com frases do tipo: (1)"É melhor isso do que a balada secular", ou (2) "As igrejas estão atraindo os jovens", e ainda, (3) "O jovem evangélico precisa se divertir". [Leia mais]