Você sabe por onde seus filhos navegam na internet? Você sabe como saber por onde seus filhos navegam na internet? E sabe como orientá-los para navegar na internet? Se sua resposta foi “não” a pelo menos uma das três perguntas, você não pode deixar de ler Como Proteger Seus Filhos na Internet (Editora Novo Conceito, 246 páginas). E mesmo que sua resposta tenha sido “sim”, ainda vale a pena ler. O autor, Gregory S. Smith, é vice-presidente e diretor executivo de informação do Departamento de TI da World Wildlife Fund, em Washington, DC, e professor-adjunto nos programas de pós-graduação em negócios e educação na School of Professional Studies, na Johns Hopkins University. Além disso, é especialista na área da tecnologia e pai de dois filhos adolescentes. Resumindo: ele é a pessoa certa para escrever o que escreveu.
Para Smith, deixar a criança diante de um computador com acesso à internet, sem qualquer tipo de monitoração, é a mesma coisa que colocá-la numa esquina e não ficar vendo o que acontece. Em seu livro, ele apresenta os riscos da internet, inclui detalhes de tragédias recentes do mundo real (inclusive um diálogo explícito mantido entre um predador sexual e uma adolescente, o que torna a leitura não recomendável para crianças) e revela alguns segredos das atividades on-line.
Smith começa chamando a atenção dos pais: “Não tenha medo de ser pai/mãe. Alguns pais com quem conversei estão mais interessados em ser o melhor amigo dos filhos. Às vezes, é importante desempenhar os dois papeis, mas os pais nunca deveriam se esquecer do fato de que têm a obrigação e a responsabilidade de agir como pais e de proteger seus filhos” (p. 22). Em alguns momentos, o livro se torna até técnico, mas o autor justifica essa necessidade pelo fato de que, “quando os jovens atingem a idade dos 14 ou 15 anos, já terão ultrapassado completamente seus pais no que diz respeito ao conhecimento de informática e internet. Se não forem monitoradas, essas crianças podem entrar em confusão, quer queiram, quer não. Os pais têm a obrigação e o direito de criar, educar e proteger seus filhos contra os riscos associados à internet” (p. 70). E para protegê-los, precisam estar bem informados.
Smith descreve programas de monitoração, dá dicas de utilização e afirma, sobretudo, que o melhor caminho é conversar abertamente com os filhos sobre os riscos associados à internet, firmando com eles, inclusive, um contrato de uso dos equipamentos com os quais navegam na rede (computadores, PDAs e celulares – aliás, segundo ele, nenhuma criança deveria ter celular com acesso à internet).
No último capítulo, o autor defende a ideia de que “ser pai ou mãe significa fazer a correta mescla de amor, aprendizado, instrução e firmeza”. Imagino que amor você já tenha de sobra. Mas se precisa de informação para aplicar os outros elementos da mescla, Como Proteger Seus Filhos na Internet certamente poderá ajudá-lo(a).
Michelson Borges
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